2 Crônicas 24-26
Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000
O reinado de Joás, de Judá(A)
24 Joás tinha sete anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou quarenta anos em Jerusalém. 2 A sua mãe se chamava Zíbia e era da cidade de Berseba. Enquanto o sacerdote Joiada vivia, Joás fez o que agrada a Deus, o Senhor. 3 Joiada arranjou para Joás duas esposas, que lhe deram filhos e filhas.
4 Algum tempo depois, Joás decidiu fazer consertos no Templo. 5 Mandou chamar os sacerdotes e os levitas e lhes disse:
— Vão pelas cidades de Judá e recebam o dinheiro que o povo deve dar para o pagamento dos consertos que são feitos todos os anos no Templo. E façam isso logo!
Mas eles não se apressaram. 6 Então o rei mandou chamar o Grande Sacerdote Joiada e perguntou:
— Por que você não exigiu que os levitas trouxessem de Judá e de Jerusalém o imposto que Moisés, servo do Senhor, mandou cobrar do povo para pagar as despesas da Tenda da Presença de Deus?
7 (Atalia, aquela mulher má, e os seus seguidores haviam estragado o Templo e tinham usado os objetos sagrados do Templo na adoração do deus Baal.)
8 O rei mandou fazer um cofre, que foi colocado perto do portão do Templo, do lado de fora. 9 Então anunciaram pela cidade de Jerusalém e pelo país inteiro que o povo devia trazer a Deus, o Senhor, o imposto que Moisés, servo de Deus, havia mandado cobrar quando eles estavam no deserto. 10 Os chefes e todo o povo vieram alegres e puseram o dinheiro no cofre, até que ficou cheio. 11 Todos os dias os levitas levavam o cofre aos funcionários do rei, e, quando estes viam que estava cheio, o secretário do rei e o representante do Grande Sacerdote vinham, tiravam o dinheiro e levavam o cofre de volta para o Templo. Assim ajuntaram muito dinheiro.
12 O rei e Joiada entregavam o dinheiro aos homens que estavam encarregados do trabalho do Templo, e estes contratavam pedreiros, carpinteiros e pessoas que trabalhavam com ferro e bronze, para fazer os consertos no Templo. 13 Todos puseram mãos à obra e trabalharam tão bem, que o Templo acabou ficando como era quando tinha sido construído; ficou até mais forte do que antes. 14 Quando terminaram o trabalho, levaram ao rei e a Joiada o ouro e a prata que haviam sobrado. Eles usaram esse ouro e essa prata para fazer os objetos usados para o culto no Templo e para os sacrifícios e também para fazer vasilhas e outros objetos. Enquanto Joiada viveu, os sacrifícios foram oferecidos no Templo todos os dias.
15 Joiada viveu muito, até ficar bem velho. Ele morreu aos cento e trinta anos de idade 16 e foi sepultado junto com os reis na Cidade de Davi, por causa do bom serviço que havia prestado ao povo de Israel, a Deus e ao Templo.
O pecado e o castigo de Joás
17 Depois da morte de Joiada, as altas autoridades de Judá foram falar com o rei e se ajoelharam em frente dele em sinal de respeito. E o rei concordou com o que eles disseram. 18 Aí o povo parou de ir ao Templo para adorar o Senhor, o Deus dos seus antepassados, e começou a adorar os postes da deusa Aserá e outros ídolos. Por causa desse pecado, o Senhor Deus ficou irado com o povo de Judá e com os moradores de Jerusalém. 19 Mas o Senhor mandou profetas a fim de avisarem o povo que voltasse para ele; porém o povo não deu atenção a eles.
20 Aí o Espírito de Deus veio sobre Zacarias, filho do sacerdote Joiada. Então ele ficou de pé num lugar alto e disse ao povo:
— Esta é a mensagem de Deus: “Por que desobedecem aos mandamentos de Deus, o Senhor, fazendo assim com que a desgraça caia sobre vocês? Vocês abandonaram o Senhor, e por isso ele também os abandonará.”
21 Algumas pessoas fizeram planos para matar Zacarias; e, obedecendo à ordem do rei, o mataram a pedradas no pátio do Templo. 22 O rei nem pensou no serviço fiel que lhe havia prestado Joiada, o pai de Zacarias; matou o filho dele. Zacarias, ao morrer, disse:
— Que o Senhor Deus veja isto e acerte as contas!
23 Durante a primavera daquele ano, o exército sírio invadiu a terra de Judá e atacou a cidade de Jerusalém; mataram as altas autoridades do país e mandaram para o rei da Síria, em Damasco, tudo o que levaram do país. 24 O exército sírio era pequeno, mas o Senhor Deus deixou que eles derrotassem o exército dos judeus, que era muito maior, pois os judeus haviam abandonado o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Assim o rei Joás recebeu o castigo que merecia.
25 Joás havia sido gravemente ferido. Depois que os sírios foram embora, dois oficiais de Joás fizeram uma revolta contra ele e o mataram enquanto ainda estava de cama. Eles fizeram isso para se vingar da morte do filho do sacerdote Joiada. Joás foi sepultado na Cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis. 26 Dois homens planejaram a morte dele: Zabade, filho de Simeate, uma mulher da terra de Amom, e Jeozabate, filho de Sinrite, uma mulher da terra de Moabe. 27 No Comentário sobre o Livro dos Reis, estão escritas as histórias dos filhos de Joás, as muitas profecias que foram feitas contra ele e a história da reconstrução do Templo. Amazias, filho de Joás, ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Amazias, de Judá(B)
25 Amazias tinha vinte e cinco anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou vinte e nove anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Jeoadã e era da cidade de Jerusalém. 2 Amazias fez o que é agradável a Deus, o Senhor, mas não foi sincero. 3 Logo que se firmou no poder, ele mandou matar os oficiais que haviam assassinado o seu pai, o rei. 4 No entanto, não mandou matar os filhos deles, mas seguiu o que o Senhor havia ordenado na Lei de Moisés: “Os pais não serão mortos por causa de crimes cometidos pelos filhos, nem os filhos, por causa de crimes cometidos pelos pais; uma pessoa será morta somente como castigo pelo crime que ela mesma cometeu.”
Guerra contra os edomitas(C)
5 Amazias mandou chamar todos os homens que tinham vinte anos de idade para cima das tribos de Judá e de Benjamim. Ele os organizou em grupos de mil e de cem, segundo as famílias a que pertenciam, e os pôs debaixo do comando de oficiais. Eram trezentos mil homens; todos eram soldados corajosos e experientes, armados com lanças e escudos. 6 Além destes, Amazias contratou cem mil soldados de Israel por uns três mil e quatrocentos quilos de prata.
7 Mas um profeta foi falar com Amazias e disse:
— Ó rei, não leve esses soldados, pois o Senhor Deus não está com esses homens do Reino do Norte. 8 Mas, se o senhor achar que com eles o seu exército ficará mais forte, então Deus fará com que o senhor seja vencido pelos inimigos, pois ele tem poder para dar a vitória ou a derrota.
9 Amazias perguntou:
— Mas o que vai acontecer com toda aquela prata que paguei para que os soldados de Israel lutassem do meu lado?
O profeta respondeu:
— O Senhor Deus pode lhe dar muito mais do que isso!
10 Então Amazias mandou os soldados do Reino do Norte de volta para casa. E eles foram embora, furiosos com o povo de Judá.
11 Amazias tomou coragem e foi com o seu exército até o vale do Sal, onde matou dez mil edomitas. 12 Outros dez mil foram presos pelos soldados de Amazias e levados até o alto de um rochedo; dali eles foram jogados e morreram esmigalhados lá em baixo.
13 Enquanto isso, os soldados israelitas que Amazias tinha mandado embora atacaram as cidades de Judá que ficavam entre Samaria e Bete-Horom; mataram três mil pessoas e levaram consigo muitas coisas.
14 Depois de ter derrotado os edomitas, Amazias voltou para Jerusalém, trazendo consigo os ídolos deles. Ele fez desses ídolos os seus próprios deuses, e os adorou, e queimou incenso a eles. 15 O Senhor Deus ficou irado com Amazias e enviou um profeta, que lhe disse o seguinte:
— Por que o senhor está adorando esses deuses estrangeiros que não puderam salvar o povo deles das mãos do senhor?
16 Mas o rei o interrompeu, dizendo:
— Desde quando eu coloquei você como meu conselheiro? Cale a boca! Se não, vou mandar matá-lo.
O profeta se calou, mas antes disse:
— Eu sei que Deus decidiu destruí-lo, pois o senhor fez tudo isso e não deu atenção ao meu conselho.
Guerra contra Israel(D)
17 Depois de consultar os seus conselheiros, o rei Amazias mandou mensageiros ao rei de Israel, Jeoás, que era filho de Jeoacaz e neto de Jeú, desafiando-o para uma batalha. 18 Mas o rei Jeoás respondeu assim:
— Uma vez um espinheiro dos montes Líbanos mandou a seguinte mensagem para um cedro: “Dê a sua filha em casamento para o meu filho.” Mas um animal selvagem passou por ali e pisou em cima do espinheiro. 19 De fato, você, Amazias, venceu os edomitas e por isso está todo orgulhoso. Alegre-se com a sua fama e fique em casa. Para que arranjar um problema que trará somente a desgraça para você e para o seu povo?
20 Mas Amazias não quis atendê-lo, pois era da vontade de Deus que Amazias e o seu povo fossem presos pelos seus inimigos por terem adorado os deuses dos edomitas. 21 Então o rei Jeoás saiu com os seus soldados e lutou contra Amazias em Bete-Semes, na região de Judá. 22 O exército de Amazias foi derrotado, e todos os seus soldados fugiram para casa. 23 Jeoás prendeu Amazias em Bete-Semes e o levou para Jerusalém, onde derrubou as muralhas da cidade desde o Portão de Efraim até o Portão da Esquina, um trecho de mais ou menos duzentos metros. 24 Ele pegou toda a prata e todo o ouro que achou, pegou todos os objetos do Templo que estavam sendo guardados pelos descendentes de Obede-Edom e todos os tesouros do palácio e também levou reféns. E voltou para Samaria.
A morte do rei Amazias(E)
25 O rei Amazias, de Judá, viveu quinze anos depois da morte do rei de Israel, Jeoás, filho de Jeoacaz. 26 Todas as outras coisas que Amazias fez, desde o começo até o fim do seu reinado, estão escritas na História dos Reis de Judá e de Israel. 27 Depois que Amazias se revoltou contra Deus, o Senhor, houve uma conspiração em Jerusalém para matá-lo, e por isso ele fugiu para a cidade de Laquis; mas os seus inimigos o seguiram até lá e o mataram. 28 O seu corpo foi levado de volta para Jerusalém num cavalo e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi.
O reinado de Uzias, de Judá(F)
26 No lugar de Amazias o povo de Judá pôs como rei o seu filho Uzias, que tinha dezesseis anos de idade. 2 Depois da morte do pai, Uzias reconquistou e construiu de novo a cidade de Elate.
3 Uzias se tornou rei aos dezesseis anos de idade. Ele governou cinquenta e dois anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Jecolias e era da cidade de Jerusalém. 4 Seguindo o exemplo do seu pai, Uzias fez aquilo que agrada a Deus, o Senhor. 5 Enquanto Zacarias viveu, Uzias serviu a Deus fielmente, pois Zacarias o ensinou a respeitar o Senhor. Durante esse tempo Deus o abençoou.
6 Uzias fez guerra contra os filisteus e derrubou as muralhas das cidades de Gate, de Jâmnia e de Asdode; depois construiu cidades protegidas por muralhas perto de Asdode e em outros lugares da região dos filisteus. 7 Deus o ajudou a derrotar os filisteus, os árabes que moravam em Gur-Baal e os meunitas. 8 O poder de Uzias aumentou, e a sua fama se espalhou até o Egito; e os amonitas lhe pagavam impostos.
9 A fim de tornar mais fortes as muralhas de Jerusalém, Uzias construiu torres no Portão da Esquina, no Portão do Vale e no lugar onde a muralha faz esquina. 10 Construiu também torres de vigia nos campos e abriu uma porção de poços, pois tinha muito gado, tanto nas planícies como nos planaltos de Judá. Tinha também homens trabalhando nas plantações de uvas e nas hortas das regiões montanhosas e nos campos férteis, pois se interessava pela agricultura.
11 Uzias tinha um exército de homens prontos para a guerra; eles marchavam para a batalha em grupos organizados de acordo com as listas que estavam aos cuidados do escrivão Jeiel e do oficial Maaseias. O chefe desses dois homens era Hananias, um dos generais do rei. 12 O exército era comandado por dois mil e seiscentos chefes de famílias, todos eles soldados valentes. 13 Eles comandavam um exército poderoso de trezentos e sete mil e quinhentos soldados, que estava à disposição do rei nas suas lutas contra os seus inimigos. 14 Uzias armou os seus soldados com escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos e flechas, e fundas para atirar pedras. 15 Em Jerusalém os seus engenheiros construíram máquinas de guerra que eram postas nas torres e nas esquinas das muralhas, a fim de atirarem flechas e pedras grandes. A fama de Uzias se espalhou por toda parte. E ele se tornou muito poderoso, pois Deus o ajudava.
16 Porém, quando se tornou assim poderoso, Uzias ficou cheio de orgulho, e essa foi a sua desgraça. Ele pecou contra o Senhor, seu Deus, pois entrou no Templo para queimar incenso no altar do incenso. 17 O Grande Sacerdote Azarias e oitenta sacerdotes corajosos entraram atrás do rei 18 e o enfrentaram, dizendo:
— Ó rei, o senhor não pode queimar incenso ao Senhor Deus. Só têm esse direito os sacerdotes, os descendentes de Arão, que foram separados para este serviço. Saia deste Lugar Santo, pois o senhor pecou contra Deus, e por isso ele não vai abençoá-lo.
19 Ao ouvir isso, Uzias ficou furioso com os sacerdotes. Ele estava ali no Templo, perto do altar do incenso, segurando o queimador de incenso. E, no momento em que ficou furioso, uma doença contagiosa da pele apareceu na sua testa. 20 Azarias e os sacerdotes, vendo que ele estava com aquela terrível doença, o expulsaram imediatamente do Templo. E ele mesmo tratou de sair depressa, pois o Senhor Deus o havia castigado.
21 O rei Uzias sofreu dessa doença até morrer. E, por ter ficado impuro, ele morava numa casa separada e ficou proibido de entrar no Templo. O seu filho Jotão era quem mandava no palácio e governava o país.
22 Todas as outras coisas que Uzias fez, desde o começo até o fim do seu reinado, foram escritas pelo profeta Isaías, filho de Amoz. 23 Uzias morreu e foi sepultado no cemitério dos reis em Jerusalém, mas não nos túmulos dos reis, por causa da sua doença. E o seu filho Jotão ficou no lugar dele como rei.
2 Crônicas 29-35
Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000
O reinado de Ezequias, de Judá(A)
29 Ezequias tinha vinte e cinco anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou vinte e nove anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Abia e era filha de Zacarias. 2 Seguindo o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, Ezequias fez aquilo que agrada a Deus, o Senhor.
A purificação do Templo
3 No primeiro mês do seu reinado, Ezequias abriu os portões do pátio do Templo e mandou consertá-los. 4 Depois mandou chamar os sacerdotes e os levitas para uma reunião no pátio leste do Templo 5 e disse:
— Levitas, escutem o que vou dizer! Purifiquem-se a vocês mesmos e purifiquem também o Templo do Senhor, o Deus dos nossos antepassados. Tirem do Templo tudo o que é impuro. 6 Os nossos antepassados foram infiéis ao Senhor, nosso Deus, o rejeitaram e fizeram aquilo que ele considera mau. Viraram as costas para o Templo, onde Deus mora, e deixaram de adorá-lo. 7 Fecharam os portões do Templo, apagaram as lamparinas e deixaram de queimar incenso e de oferecer ao Deus de Israel sacrifícios que costumavam ser completamente queimados no altar que ficava em frente do Templo. 8 Por isso, o Senhor ficou irado com o povo de Judá e de Jerusalém e o que ele fez deixou todos chocados e horrorizados. E então todos começaram a zombar de nós, como vocês bem sabem. 9 Os nossos pais foram mortos na guerra, e os nossos filhos, as nossas filhas e as nossas mulheres foram levados embora como prisioneiros.
10 — Agora resolvi fazer uma aliança com o Senhor, o Deus de Israel, para que ele pare de ficar irado conosco. 11 Portanto, meus filhos, não sejam relaxados, pois o Senhor os escolheu para que vocês o sirvam no Templo, para que ajudem nos cultos de adoração e para que queimem incenso em honra dele.
12-14 Estavam ali os seguintes levitas:
do grupo de Coate: Maate, filho de Amasai, e Joel, filho de Azarias;
do grupo de Merari: Quis, filho de Abdi, e Azarias, filho de Jealelel;
do grupo de Gérson: Joá, filho de Zima, e Éden, filho de Joá;
do grupo de Elisafã: Sinri e Jeuel;
do grupo de Asafe: Zacarias e Matanias;
do grupo de Hemã: Jeuel e Simei;
do grupo de Jedutum: Semaías e Uziel.
15 Esses homens mandaram chamar os outros levitas, e todos eles se purificaram. Depois, de acordo com o que o rei, obedecendo à ordem de Deus, havia mandado, foram purificar o Templo. 16 Aí os sacerdotes também entraram no Templo para purificá-lo; tiraram de lá de dentro tudo o que era impuro e levaram para o pátio, e dali os levitas levaram para fora da cidade, até o vale do Cedrom.
17 Começaram a purificação no primeiro dia do primeiro mês; no dia oito já haviam chegado até a sala de entrada do Templo. Trabalharam mais oito dias e no dia dezesseis terminaram a purificação do Templo.
18 Então foram ao palácio para falar com o rei Ezequias e lhe disseram:
— Purificamos o Templo todo, incluindo o altar onde os sacrifícios são queimados, com todos os seus objetos e a mesa para os pães oferecidos a Deus, com os seus objetos. 19 Também fomos buscar os objetos que o rei Acaz, por ser infiel a Deus, havia jogado fora durante o seu reinado. Nós os purificamos e colocamos em frente do altar de Deus, o Senhor.
O Templo é dedicado a Deus
20 No dia seguinte, Ezequias se levantou bem cedo, mandou chamar as altas autoridades de Jerusalém, e foram juntos ao Templo. 21 Ezequias mandou que trouxessem sete touros novos, sete carneiros, sete ovelhas e sete bodes, a fim de oferecê-los como sacrifício para tirar os pecados da família do rei e do povo de Judá e para purificar o Templo. Então ordenou que os sacerdotes, os descendentes de Arão, oferecessem os animais no altar. 22 Primeiro os sacerdotes mataram os touros novos, pegaram um pouco do sangue e borrifaram o altar; depois fizeram o mesmo com os carneiros e as ovelhas. 23 Em seguida pegaram os bodes, que eram o sacrifício para tirar os pecados, e os levaram ao rei e às outras pessoas para que colocassem as mãos na cabeça deles. 24 Então os sacerdotes mataram os bodes e despejaram o sangue ao pé do altar como sacrifício para tirar o pecado de todo o povo; pois o rei havia ordenado que o sacrifício que era completamente queimado e o sacrifício para tirar os pecados fossem oferecidos em favor de todo o povo de Israel.
25 Ezequias obedeceu à ordem do rei Davi e à ordem que o Senhor Deus tinha dado por meio de Gade, o profeta do rei, e do profeta Natã: ele pôs no Templo os levitas, com os seus pratos musicais, harpas e liras. 26 Os levitas estavam ali de pé com aqueles instrumentos musicais que Davi havia mandado usar, e os sacerdotes tinham trombetas. 27 Ezequias ordenou que oferecessem no altar o sacrifício que ia ser completamente queimado; e, logo que o sacrifício começou, todos começaram a cantar hinos de louvor a Deus, o Senhor, acompanhados pelas trombetas e pelos outros instrumentos musicais. 28 Todos adoraram a Deus, e os hinos e o toque de trombetas continuaram até que o sacrifício terminou. 29 Em seguida, o rei e todas as outras pessoas se ajoelharam e adoraram a Deus. 30 O rei e as altas autoridades disseram aos levitas que cantassem ao Senhor os cânticos compostos por Davi e pelo profeta Asafe. Cantaram cheios de alegria e depois se ajoelharam e adoraram a Deus.
31 Então Ezequias disse ao povo:
— Vocês se dedicaram ao serviço de Deus, o Senhor; portanto, venham ao Templo e ofereçam sacrifícios como ofertas de gratidão a Deus.
O povo fez o que o rei mandou; e alguns, por vontade própria, apresentaram sacrifícios para serem completamente queimados. 32 Para esses sacrifícios, ofereceram a Deus setenta touros novos, cem carneiros e duzentas ovelhas.
33 Para as ofertas de gratidão, foram oferecidos seiscentos touros e três mil carneiros.
34 Não havia sacerdotes em número suficiente para tirar a pele dos animais que estavam sendo sacrificados, e por isso os levitas os ajudaram até terminarem os sacrifícios. A essa altura outros sacerdotes já se haviam purificado. (Os levitas estavam mais dispostos a se purificarem do que os sacerdotes.) 35 Além dos muitos animais que foram completamente queimados, houve também a oferta da gordura dos animais oferecidos como ofertas de paz. E houve as ofertas de vinho que acompanhavam os sacrifícios que eram completamente queimados.
Assim começou de novo o culto no Templo. 36 Ezequias e todo o povo ficaram alegres com o que Deus havia feito por eles; pois tudo isso aconteceu muito depressa.
A comemoração da Páscoa
30 Depois disso, o rei Ezequias enviou mensageiros por toda a terra de Israel e de Judá e mandou cartas para o povo das tribos de Efraim e de Manassés, convidando todos para virem ao Templo em Jerusalém a fim de comemorar a Festa da Páscoa em honra do Senhor, o Deus de Israel. 2 O rei, as altas autoridades e os moradores de Jerusalém tinham concordado em comemorar essa festa no segundo mês do ano 3 porque não tinham podido fazê-lo no tempo marcado, isto é, no primeiro mês. Isso porque os sacerdotes que se haviam purificado eram poucos, e o povo não se havia reunido em Jerusalém. 4 O rei e o povo acharam bom o seu plano. 5 Resolveram espalhar a notícia pelo país inteiro, desde a cidade de Berseba, no Sul, até a tribo de Dã, no Norte, convidando todos para virem a Jerusalém a fim de tomar parte na Festa da Páscoa em honra do Senhor, o Deus de Israel. Pois já fazia muito tempo que a Páscoa não era comemorada de acordo com o que estava escrito na Lei.
6 Os mensageiros obedeceram à ordem do rei e levaram as cartas do rei e também as cartas das altas autoridades por toda a terra de Israel e de Judá. Elas diziam assim:
“Povo de Israel, voltem para o Senhor, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e assim ele voltará para vocês que escaparam do poder dos reis da Assíria. 7 Não sejam como os seus antepassados e como os seus patrícios, que foram infiéis ao Senhor, o Deus dos nossos antepassados. Foi por isso que ele os destruiu, como vocês estão vendo. 8 Não sejam teimosos como os seus antepassados, mas sejam obedientes ao Senhor. Venham ao Templo, que ele separou para a sua adoração para sempre, e adorem a Deus a fim de que ele pare de ficar irado com vocês. 9 Se vocês voltarem para Deus, então os inimigos que levaram os seus parentes e os seus filhos como prisioneiros terão pena deles e os deixarão voltar para casa. Pois o Senhor, nosso Deus, é bondoso e misericordioso e os aceitará se vocês voltarem para ele.”
10 Os mensageiros foram por todas as cidades das tribos de Efraim e de Manassés, chegando até o território da tribo de Zebulom, no Norte; mas todos riram e caçoaram deles. 11 Porém algumas pessoas das tribos de Aser, de Manassés e de Zebulom se arrependeram e foram até Jerusalém. 12 E em Judá Deus fez com que todo o povo cumprisse o que o rei e as altas autoridades tinham ordenado, obedecendo à ordem de Deus, o Senhor.
13 Portanto, no segundo mês do ano, muitas pessoas foram até Jerusalém para comemorar a Festa dos Pães sem Fermento. Era uma multidão enorme. 14 Pegaram os altares onde eram oferecidos sacrifícios e também os altares onde era queimado incenso e os jogaram no vale do Cedrom. 15 No dia catorze do segundo mês, mataram os carneiros para a Festa da Páscoa. Os sacerdotes e os levitas ficaram com vergonha e por isso se purificaram e levaram ao Templo sacrifícios para serem completamente queimados. 16 Foram para os seus lugares no Templo, de acordo com o que mandava a Lei de Moisés, homem de Deus. Os levitas davam o sangue dos animais aos sacerdotes, e estes borrifavam o altar. 17 Havia ali muitas pessoas que estavam impuras, e por isso os levitas precisaram matar os carneiros que essas pessoas ofereciam, a fim de dedicá-los a Deus, o Senhor. 18 Pois muitas pessoas das tribos de Efraim, de Manassés, de Issacar e de Zebulom haviam comido o jantar da Páscoa sem terem se purificado, como manda a Lei de Deus. Mas Ezequias orou em favor delas, dizendo:
— Ó Deus bondoso, perdoa todos 19 os que com todo o coração te adoram a ti, o Senhor, o Deus dos nossos antepassados. Perdoa-os, ó Senhor, ainda que eles não se tenham purificado de acordo com a lei do Templo.
20 O Senhor Deus atendeu o pedido de Ezequias e perdoou o povo. 21 Durante sete dias, todos os israelitas que estavam em Jerusalém comemoraram com grande alegria a Festa dos Pães sem Fermento. Todos os dias os sacerdotes e os levitas louvaram a Deus, tocando bem alto os instrumentos musicais sagrados. 22 Ezequias elogiou todos os levitas que haviam dirigido tão bem o culto de adoração. Durante sete dias, todos tomaram parte na Festa, apresentaram as ofertas de paz e louvaram o Senhor, o Deus dos seus antepassados.
23 Aí concordaram em festejar mais sete dias e assim fizeram com muita alegria. 24 O rei Ezequias deu ao povo mil touros novos e sete mil carneiros, e as altas autoridades deram mil touros novos e dez mil carneiros para a Festa. E muitos sacerdotes se purificaram. 25 Assim todo mundo ficou alegre — o povo de Judá, os sacerdotes, os levitas, as pessoas que tinham vindo da terra de Israel e os estrangeiros que moravam em Israel e em Judá. 26 Houve grande alegria em toda a cidade de Jerusalém, pois desde o tempo de Salomão, rei de Israel e filho de Davi, nunca havia acontecido uma coisa assim.
27 Os sacerdotes e os levitas, de pé, pediram as bênçãos de Deus para o povo. E Deus, no seu santo lar no céu, ouviu a oração e atendeu o pedido deles.
A reforma feita por Ezequias
31 Quando a festa terminou, todos os israelitas que estavam em Jerusalém foram pelas cidades de Judá, quebrando as colunas do deus Baal, cortando os postes da deusa Aserá e destruindo os altares e os lugares pagãos de adoração. Fizeram o mesmo em todo o território das tribos de Judá, de Benjamim, de Efraim e de Manassés. Depois todos voltaram para casa.
2 Ezequias organizou os sacerdotes e os levitas em grupos, dando a cada grupo a sua responsabilidade. Os sacerdotes apresentavam os sacrifícios que eram completamente queimados e as ofertas de paz; os levitas cantavam louvores, e davam graças a Deus, e guardavam os portões do Templo. 3 Dos seus touros e dos seus carneiros, o rei dava animais para os sacrifícios a serem completamente queimados que eram oferecidos de manhã e à tarde e também para os sacrifícios a serem completamente queimados que eram oferecidos nos sábados, nas Festas da Lua Nova e nas outras festas fixas, conforme mandava a Lei de Deus, o Senhor.
4 O rei ordenou aos moradores de Jerusalém que entregassem aos sacerdotes e levitas tudo o que, de direito, era deles, a fim de que pudessem gastar todo o seu tempo fazendo aquilo que a Lei do Senhor mandava. 5 Logo que a ordem do rei foi anunciada, o povo deu generosamente a melhor parte do seu trigo, vinho, azeite, mel e de todos os outros produtos das suas plantações; trouxeram também em grande quantidade a décima parte de tudo o que tinham. 6 Os que moravam em Israel e os moradores das outras cidades de Judá também trouxeram a décima parte dos seus touros e dos seus carneiros e a décima parte de tudo o que tinham dedicado ao Senhor, seu Deus, e juntaram as coisas em grandes montões. 7 Começaram a amontoar as ofertas no terceiro mês e terminaram no sétimo mês. 8 Quando Ezequias e as altas autoridades foram ver aqueles montões de ofertas, louvaram a Deus, o Senhor, e elogiaram o povo de Israel. 9 Ezequias falou com os sacerdotes e os levitas a respeito daqueles montões, 10 e o Grande Sacerdote Azarias, descendente de Zadoque, respondeu:
— Desde que o povo começou a trazer todas estas ofertas ao Templo, nós temos tido bastante para comer, e tem sobrado muita coisa; o Senhor Deus tem abençoado o seu povo, e por isso temos comida até demais.
11 Aí o rei Ezequias ordenou que preparassem depósitos no Templo, e isso foi feito. 12 Foram honestos e colocaram ali todas as ofertas, os dízimos e as coisas dedicadas a Deus. Para tomar conta dos depósitos, puseram um levita chamado Conanias, que tinha como ajudante o seu irmão Simei. 13 O rei Ezequias e o Grande Sacerdote Azarias nomearam os seguintes levitas para servirem debaixo da direção de Conanias e Simei: Jeiel, Azarias, Naate, Asael, Jerimote, Jozabade, Eliel, Ismaquias, Maate e Benaías. 14 O guarda do Portão Leste do Templo, Coré, filho de Imna, estava encarregado das ofertas feitas a Deus por vontade própria; ele distribuía as ofertas e as coisas dedicadas a Deus. 15 Nas outras cidades onde os sacerdotes moravam, os seguintes levitas trabalhavam fielmente debaixo da direção de Coré: Éden, Miniamim, Jesua, Semaías, Amariá e Secanias. Estes distribuíam as porções devidas a todos os seus colegas, os levitas, de acordo com os grupos a que pertenciam, dando a cada um a mesma porção. 16 Sem levar em conta se os seus nomes estavam ou não nas listas dos seus antepassados, a distribuição era feita a todos os homens de trinta anos para cima que iam ao Templo para fazer os seus serviços diários, de acordo com o grupo a que pertenciam e o trabalho que faziam. 17 A lista dos sacerdotes foi feita de acordo com os seus grupos de famílias; os levitas de vinte anos para cima estavam alistados de acordo com o trabalho que faziam e o grupo a que pertenciam. 18 Nas listas estavam também os nomes das mulheres, dos filhos e das filhas, isto é, da família inteira. Os sacerdotes e os levitas tinham sido consagrados a Deus e precisavam estar sempre prontos para fazer o seu trabalho sagrado. 19 Havia também homens nomeados para distribuírem os alimentos que eram para os sacerdotes, os descendentes de Arão, que moravam nas cidades dos sacerdotes ou nos campos que ficavam ao redor, e também os alimentos que eram para todos os levitas cujos nomes estavam nas listas.
20 Foi isso o que Ezequias fez em toda a terra de Judá. Ele sempre foi bom, correto e fiel em todos os serviços que prestou ao Senhor, seu Deus. 21 Tudo o que Ezequias fez para o Templo ou em obediência à lei deu certo porque ele procurou sempre seguir com todo o coração a vontade de Deus.
Senaqueribe invade Judá(B)
32 Depois de tudo isso e dessas provas de fidelidade que o rei Ezequias deu, Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu o país de Judá. O seu exército cercou as cidades protegidas por muralhas, procurando conquistá-las. 2 Quando Ezequias viu que Senaqueribe estava planejando atacar Jerusalém também, 3 consultou os seus chefes militares e civis e propôs que tapassem as fontes de água que ficavam fora da cidade; e eles concordaram com o plano. 4 Muita gente se ajuntou, e foram tapar todas as fontes e também o canal que atravessava aquela região. Isso foi feito para que os assírios encontrassem pouca água quando chegassem perto da cidade.
5 Ezequias se animou e consertou a muralha da cidade, construiu torres em cima dela e levantou outra muralha ao redor da que já existia. Também construiu defesas no aterro que havia sido feito no lado leste, na Cidade de Davi; e mandou fazer muitas lanças e escudos. 6 Colocou oficiais no comando de todos os homens da cidade, mandou os oficiais se reunirem na praça do portão de entrada da cidade e disse:
7 — Sejam fortes e corajosos! Não fiquem assustados, nem tenham medo do rei da Assíria e do seu enorme exército. Pois aquele que está do nosso lado é mais poderoso do que o que está do lado dele. 8 Ele só conta com a força dos homens, mas do nosso lado está o Senhor, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear por nós.
E o povo ficou animado ao ouvir as palavras do rei Ezequias.
9 Algum tempo depois, Senaqueribe, rei da Assíria, junto com o seu exército estava cercando a cidade de Laquis. Ele enviou alguns oficiais a Jerusalém para entregarem ao rei Ezequias a seguinte mensagem:
10 “Eu, Senaqueribe, rei da Assíria, quero saber como é que vocês, moradores de Jerusalém, podem se sentir seguros ficando aí enquanto o exército inimigo está cercando a cidade. 11 Ezequias diz que o Senhor, o Deus de vocês, os livrará das minhas mãos; mas ele os está enganando, e vocês morrerão de fome e de sede. 12 Pois foi o próprio Ezequias que acabou com os lugares de adoração e com os altares desse Deus e disse ao povo de Judá e aos moradores de Jerusalém que adorassem a Deus diante de um altar só e queimassem incenso somente naquele altar. 13 Será que vocês não sabem o que eu e os meus antepassados fizemos com os povos de outras nações? Vocês pensam que os deuses daquelas nações foram capazes de salvá-las das minhas mãos? 14 Não houve nenhum deus das nações que os meus antepassados conquistaram que fosse capaz de salvar o seu povo do meu poder. Então por que é que vocês pensam que o seu Deus pode salvá-los das minhas mãos? 15 Portanto, não deixem que Ezequias os engane assim. Não se iludam, não acreditem nele. Nunca houve nenhum deus que pudesse salvar o seu povo do poder dos meus antepassados ou do meu poder. Muito menos o Deus de vocês poderá salvá-los!”
16 Os oficiais assírios disseram coisas ainda piores contra Deus, o Senhor, e contra o seu servo Ezequias. 17 E Senaqueribe escreveu cartas em que insultava o Senhor, o Deus de Israel, dizendo o seguinte contra ele: “Os deuses de outras nações não salvaram os seus povos das minhas mãos; assim também o Deus de Ezequias não salvará o seu povo das minhas mãos.” 18 Os oficiais gritaram isso em hebraico aos moradores de Jerusalém que estavam em cima da muralha da cidade, a fim de assustá-los e deixá-los apavorados e assim poder conquistar a cidade. 19 Os oficiais falaram a respeito do Deus de Jerusalém como se ele fosse como os deuses de outros povos, que são ídolos feitos por mãos humanas.
20 Aí o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amoz, oraram a Deus e pediram a sua ajuda. 21 Então o Senhor Deus enviou um anjo que matou todos os soldados e todos os oficiais do exército assírio. O rei Senaqueribe voltou envergonhado para o seu país. Certo dia, quando estava adorando no templo do seu deus, alguns dos seus filhos o mataram à espada.
22 Foi assim que o Senhor Deus salvou Ezequias e os moradores de Jerusalém das mãos de Senaqueribe, rei da Assíria, e das mãos de todos os outros inimigos. E Deus deu ao seu povo paz com todos os países vizinhos. 23 Muitas pessoas iam a Jerusalém levando ofertas ao Senhor e ricos presentes para o rei Ezequias, de Judá. Daquela época em diante, a fama de Ezequias foi crescendo em todas as nações.
A doença de Ezequias(C)
24 Por esse tempo, o rei Ezequias ficou doente e quase morreu. Então orou a Deus, o Senhor, e Deus respondeu, dando um sinal para provar que ele ficaria bom. 25 Deus foi bondoso com Ezequias, mas ele não lhe agradeceu, pois era orgulhoso. Por isso, Deus ficou irado com ele, com o povo de Judá e com os moradores de Jerusalém. 26 Aí Ezequias se arrependeu do seu orgulho, como também os moradores de Jerusalém, e assim o Senhor só castigou o povo depois da morte de Ezequias.
A riqueza de Ezequias
27 Ezequias ficou muito rico e recebeu muitas homenagens. Construiu depósitos para guardar a prata, o ouro, as pedras preciosas, as especiarias, os escudos e os outros objetos de valor que possuía. 28 Construiu também armazéns para os cereais, o vinho e o azeite, estrebarias para o gado e currais para os carneiros. 29 Ezequias também construiu cidades. Ele se tornou dono de muito gado e de muitos carneiros, pois Deus lhe deu muitas riquezas.
30 Foi Ezequias quem mandou tapar a saída de cima da fonte de Giom e cavar no lado oeste de Jerusalém um túnel para levar água para dentro da cidade. Tudo o que Ezequias fez deu certo. 31 Quando as altas autoridades da Babilônia enviaram mensageiros a Ezequias para fazerem perguntas sobre o milagre que havia acontecido em Judá, Deus não o ajudou, pois queria pô-lo à prova a fim de descobrir o que estava no fundo do seu coração.
A morte de Ezequias(D)
32 Tudo o mais que Ezequias fez, inclusive as coisas que fez como prova da sua dedicação a Deus, está escrito na Visão do Profeta Isaías, Filho de Amoz, e na História dos Reis de Judá e de Israel. 33 Ezequias morreu e foi sepultado na parte de cima dos túmulos dos reis, que eram descendentes de Davi. Quando ele morreu, o povo de Judá e os moradores de Jerusalém lhe prestaram homenagens. E o seu filho Manassés ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Manassés, de Judá(E)
33 Manassés tinha doze anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. 2 Manassés pecou contra Deus, o Senhor, seguindo os costumes nojentos das nações que o Senhor havia expulsado da terra conforme o povo de Israel avançava. 3 Ele construiu de novo os lugares pagãos de adoração que Ezequias, o seu pai, havia destruído. Construiu altares para a adoração do deus Baal, fez postes da deusa Aserá e adorou as estrelas. 4 Construiu altares pagãos no Templo onde, conforme o Senhor tinha dito, ele devia ser adorado para sempre. 5 Nos dois pátios do Templo, Manassés construiu altares para a adoração das estrelas. 6 Queimou os seus filhos em sacrifício no vale de Ben-Hinom, fazia adivinhações, praticava magia e feitiçarias e consultava adivinhos e médiuns. Pecou muito contra Deus, o Senhor, e fez com que ele ficasse irado. 7 Manassés colocou uma imagem esculpida da deusa Aserá no Templo, o lugar a respeito do qual o Senhor tinha dito a Davi e ao seu filho Salomão o seguinte: “Em todo o território das doze tribos de Israel, escolhi este Templo, aqui em Jerusalém, para ser o lugar onde serei adorado para sempre. 8 E, se o povo de Israel obedecer a todos os meus mandamentos e fizer tudo o que manda a Lei que Moisés deu a eles, então eu não deixarei que sejam expulsos da terra que dei aos seus antepassados.” 9 Manassés levou o povo de Judá e os moradores de Jerusalém a cometerem pecados ainda piores do que aqueles cometidos pelas nações que o Senhor Deus havia expulsado da terra conforme o seu povo ia avançando.
O arrependimento de Manassés
10 O Senhor Deus falou com Manassés e com o seu povo, mas eles não lhe deram atenção. 11 Por isso, Deus deixou que os comandantes do exército assírio invadissem o país de Judá. Eles prenderam Manassés com ganchos, amarraram com correntes e o levaram como prisioneiro para a Babilônia. 12 No seu sofrimento Manassés orou com fervor ao Senhor, seu Deus; cheio de humildade, ele se arrependeu diante do Deus dos seus antepassados. 13 Deus ouviu a sua oração e atendeu o seu pedido, deixando que ele voltasse para Jerusalém e fosse rei de novo. Aí Manassés declarou que o Senhor é Deus.
14 Depois disso, Manassés construiu uma muralha muito alta em volta da Cidade de Davi. A muralha começava no vale que ficava a oeste da fonte de Giom, continuava na direção norte até o Portão do Peixe e passava ao redor da parte da cidade chamada Ofel. Manassés também colocou chefes militares no comando de todas as cidades de Judá que eram protegidas por muralhas. 15 Ele tirou do Templo as imagens dos deuses pagãos e o ídolo que havia colocado lá, derrubou os altares que havia mandado construir no monte onde ficava o Templo e em outros lugares de Jerusalém e os jogou fora da cidade. 16 Consertou o altar do Senhor, ofereceu nele ofertas de paz e ofertas de gratidão e ordenou ao povo de Judá que adorasse o Senhor, o Deus de Israel. 17 O povo continuou a oferecer sacrifícios nos altares pagãos, mas os oferecia somente ao Senhor, seu Deus.
A morte de Manassés(F)
18 Todas as outras coisas que Manassés fez, a sua oração a Deus e as mensagens dos profetas que falaram com ele em nome do Senhor, o Deus de Israel, tudo isso está escrito na História dos Reis de Israel. 19 A oração de Manassés, a resposta de Deus e todos os pecados que Manassés cometeu antes de se arrepender, isto é, a adoração de ídolos, os lugares pagãos de adoração que construiu, os postes da deusa Aserá e as imagens que mandou fazer, tudo isso está escrito na História dos Profetas. 20 Manassés morreu e foi sepultado no jardim do palácio, e o seu filho Amom ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Amom, de Judá(G)
21 Amom tinha vinte e dois anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou dois anos em Jerusalém. 22 Como Manassés, o seu pai, Amom pecou contra Deus, o Senhor. Ofereceu sacrifícios a todos os ídolos que o seu pai havia feito e os adorou. 23 Mas ele não se arrependeu, como o seu pai. Pelo contrário, Amom continuou pecando cada vez mais.
24 Os oficiais de Amom fizeram uma revolta contra ele e o mataram no palácio. 25 Porém o povo de Judá matou todos os que haviam feito a revolta contra Amom e pôs o seu filho Josias no lugar dele como rei.
O reinado de Josias, de Judá(H)
34 Josias tinha oito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou trinta e um anos em Jerusalém. 2 Josias fez o que agrada a Deus, o Senhor; seguiu o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, e não se desviou nem para um lado nem para o outro.
A reforma religiosa feita por Josias(I)
3 No oitavo ano do seu reinado, quando era ainda bem moço, Josias começou a adorar o Deus do seu antepassado Davi. E quatro anos mais tarde começou a purificar a terra de Judá e a cidade de Jerusalém, destruindo os lugares pagãos de adoração, os postes da deusa Aserá e as outras imagens de pedra e de metal. 4 Na presença dele, foram derrubados os altares do deus Baal, e ele mesmo quebrou os altares de incenso que estavam em cima deles. Quebrou também os postes da deusa Aserá e as outras imagens de pedra e de metal, os esmigalhou até virarem pó e espalhou o pó em cima das sepulturas das pessoas que tinham oferecido sacrifícios a esses ídolos. 5 Depois queimou os ossos dos sacerdotes pagãos nos altares onde eles haviam oferecido sacrifícios. Assim Josias purificou Judá e Jerusalém.
6 Ele fez a mesma coisa nas cidades das tribos de Manassés, de Efraim, de Simeão e até de Naftali e nas ruínas ao redor daquelas cidades. 7 Ele andou por todo o país de Israel, derrubando os altares, os postes da deusa Aserá e os outros ídolos, esmigalhando-os até virarem pó e quebrando todos os altares de incenso. Depois voltou para Jerusalém.
O Livro da Lei é achado(J)
8 No ano dezoito do seu reinado, depois de ter purificado o país e o Templo, Josias enviou os seguintes homens para fazerem os consertos no Templo: Safã, filho de Azalias; Maaseias, o governador de Jerusalém; e o conselheiro do rei, Joá, filho de Joacaz. 9 Eles foram falar com o Grande Sacerdote Hilquias e lhe entregaram o dinheiro que os levitas tinham recebido e trazido ao Templo. Esse dinheiro tinha sido dado por gente das tribos de Manassés e de Efraim e do resto do Reino de Israel, e também por gente das tribos de Judá e de Benjamim e pelos moradores de Jerusalém. 10 O dinheiro foi entregue aos homens que estavam encarregados dos consertos, e estes o usaram para pagar os trabalhadores que estavam reconstruindo e consertando o Templo. 11 Deram o dinheiro aos carpinteiros e aos construtores para comprarem pedras trabalhadas e madeira para as vigas e para os outros consertos que deviam ser feitos nos edifícios que os reis de Judá haviam deixado cair aos pedaços. 12-13 Os trabalhadores eram honestos em tudo, e os seus chefes eram quatro levitas: Jaate e Obadias, do grupo de Merari, e Zacarias e Mesulã, do grupo de Coate. Eles eram chefes também dos guardas dos portões e de todos os outros homens que trabalhavam no Templo. Todos os levitas sabiam tocar bem instrumentos musicais, e alguns deles eram escrivães, outros eram fiscais, e outros eram guardas dos portões. 14 Enquanto entregavam o dinheiro que havia sido dado para o Templo, Hilquias achou o Livro da Lei de Deus, a Lei que o Senhor tinha dado por meio de Moisés. 15 Hilquias disse a Safã, o escrivão:
— Achei o Livro da Lei aqui no Templo.
E deu o livro a Safã. 16 Este o levou ao rei e prestou o seu relatório, dizendo:
— Nós, seus servidores, fizemos tudo o que o senhor mandou. 17 Pegamos o dinheiro que estava no Templo e o entregamos aos trabalhadores e aos seus chefes.
18 Safã disse também:
— Tenho aqui comigo um livro que Hilquias me entregou.
E leu o livro em voz alta para o rei. 19 Quando ouviu o que o livro dizia, o rei rasgou as suas roupas em sinal de tristeza. 20 Então deu a Hilquias e a Aicã, filho de Safã, e a Abdom, filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servidor do rei, a seguinte ordem:
21 — Vão consultar a Deus, o Senhor, por mim e por todo o povo de Israel e de Judá a respeito dos ensinamentos deste livro. Deus está muito irado conosco porque os nossos antepassados não obedeceram às ordens do Senhor, nem fizeram o que este livro manda.
22 Então Hilquias e os homens que o rei tinha enviado foram falar com uma profetisa chamada Hulda, que morava no bairro novo de Jerusalém. O marido dela, que se chamava Salum, filho de Ticva e neto de Harás, era o encarregado da rouparia do Templo. Eles contaram a Hulda o que havia acontecido, 23 e ela lhes disse que voltassem e dessem ao rei a seguinte mensagem de Deus:
24 — Eu, o Senhor, o Deus de Israel, vou castigar a cidade de Jerusalém e todo o seu povo com todos os castigos escritos no livro que foi lido para o rei de Judá. 25 Eles me abandonaram e têm oferecido sacrifícios a outros deuses e assim me fizeram ficar irado por causa de todas as coisas que têm feito. A minha ira se acendeu contra Jerusalém e não vai se apagar. 26 Eu, o Senhor, o Deus de Israel, digo isto ao rei: “Você ouviu o que está escrito no livro, 27 e se arrependeu, e se humilhou diante de mim, rasgando as suas roupas e chorando quando ouviu como ameacei castigar a cidade de Jerusalém e o seu povo. Eu ouvi a sua oração 28 e por isso só depois da sua morte é que vou castigar Jerusalém e o seu povo. Vou deixar que você morra em paz.”
Então os homens levaram ao rei essa resposta.
Josias renova a aliança com Deus(K)
29 O rei Josias mandou que todos os líderes de Judá e de Jerusalém se reunissem, 30 e todos foram juntos até o Templo, acompanhados pelos sacerdotes, pelos levitas e por todo o resto do povo de Jerusalém e de Judá, desde os mais importantes até os mais humildes. Então o rei leu diante deles todo o Livro da Aliança, que havia sido achado no Templo. 31 Ele ficou perto da coluna real, em pé, e fez com Deus, o Senhor, uma aliança pela qual eles lhe obedeceriam e guardariam as suas leis e mandamentos com todo o coração e com toda a alma. E também cumpririam tudo o que a aliança mandava fazer, como estava escrito no livro. 32 Então Josias fez com que todo o povo de Jerusalém e da tribo de Benjamim prometesse ser fiel à aliança. Assim os moradores de Jerusalém foram fiéis à aliança feita com o Deus dos seus antepassados. 33 Josias acabou com todos os ídolos nojentos que havia nas terras dos israelitas e fez com que todos os israelitas adorassem o Senhor, seu Deus. Enquanto Josias viveu, o povo não deixou de obedecer ao Senhor, o Deus dos seus antepassados.
A comemoração da Festa da Páscoa(L)
35 Josias comemorou em Jerusalém a Festa da Páscoa em honra de Deus, o Senhor; no dia catorze do primeiro mês, foram mortos os carneiros para a festa. 2 Ele pôs os sacerdotes nos seus lugares de serviço no Templo e os animou a fazerem bem o seu trabalho. 3 Depois mandou chamar os levitas, que ensinavam a Lei de Deus a todos os israelitas e que eram separados para o serviço do Senhor, e lhes disse:
— Ponham a arca da aliança no Templo construído pelo rei Salomão, filho de Davi; daqui em diante, vocês não precisarão carregá-la nos ombros. Dediquem-se ao serviço do Senhor, nosso Deus, e do seu povo de Israel. 4 Organizem-se para o serviço por grupos e por famílias, de acordo com as ordens escritas pelo rei Davi, de Israel, e pelo seu filho Salomão. 5 Os grupos devem ser organizados de acordo com os grupos de famílias do nosso povo, a fim de que haja um grupo de levitas à disposição de cada grupo de famílias. 6 Matem os carneiros para a Páscoa, purifiquem-se e preparem a Festa a fim de que os seus irmãos, os outros israelitas, comemorem a Páscoa de acordo com as ordens que Deus nos deu por meio de Moisés.
7 Do seu gado e dos seus rebanhos, o rei Josias deu ao povo os animais para a Festa da Páscoa: trinta mil carneiros e cabritos e três mil touros. 8 As autoridades também deram ofertas ao povo, aos sacerdotes e aos levitas. E Hilquias, Zacarias e Jeiel, os administradores do Templo, deram aos sacerdotes dois mil e seiscentos carneiros e cabritos e trezentos touros para os sacrifícios da Páscoa. 9 Os chefes dos levitas, Conanias, os seus irmãos Semaías e Netanel, e também Hasabias, Jeiel e Jozabade deram aos levitas cinco mil carneiros e cabritos e quinhentos touros para a Páscoa. 10 Quando tudo estava pronto para a Festa, os sacerdotes foram para os seus lugares, e os levitas se juntaram em grupos, de acordo com o que o rei havia ordenado. 11 Aí foram mortos os carneiros e os cabritos; os levitas tiravam a pele dos animais, davam o sangue aos sacerdotes, e estes borrifavam o altar com ele. 12 Entregaram ao povo, segundo os grupos de famílias, a gordura dos animais que seria queimada como sacrifício a Deus, o Senhor, de acordo com o que a Lei de Moisés manda. E fizeram a mesma coisa com os touros. 13 Depois assaram os animais de acordo com a lei; cozinharam as outras ofertas sagradas em panelas, caldeirões e frigideiras e distribuíram rapidamente para todo o povo. 14 Em seguida, os levitas prepararam o que era deles e dos sacerdotes, os descendentes de Arão. Os levitas precisaram fazer isso porque os sacerdotes ficaram ocupados até a noite, oferecendo a Deus os animais que eram completamente queimados e a gordura.
15 Os cantores do grupo de Asafe estavam nos seus lugares, de acordo com as ordens do rei Davi e de Asafe, de Hemã e de Jedutum, o profeta do rei. Os guardas também estavam nos seus lugares guardando os portões do Templo. Nenhum deles precisou abandonar o seu posto, pois os seus colegas, os outros levitas, prepararam a parte dos sacrifícios que era deles.
16 Assim tudo foi feito naquele dia para a adoração de Deus, o Senhor, como o rei Josias havia ordenado: comemoraram a Festa da Páscoa em honra do Senhor e apresentaram as ofertas que eram completamente queimadas no altar. 17 Durante sete dias, todos os israelitas que estavam em Jerusalém tomaram parte na Festa da Páscoa e na Festa dos Pães sem Fermento. 18 Desde o tempo do profeta Samuel, os israelitas nunca haviam comemorado uma Festa da Páscoa como esta. Nenhum outro rei de Israel comemorou a Festa como Josias fez com os sacerdotes e os levitas, com o povo de Judá e de Israel que estava presente e com os moradores de Jerusalém. 19 Foi no ano dezoito do seu reinado que essa Páscoa foi comemorada.
O fim do reinado de Josias(M)
20 Depois de tudo isso, quando Josias já havia acabado de pôr em ordem o Templo e o culto, o rei Neco, do Egito, marchou com o seu exército para lutar em Carquemis, que ficava na beira do rio Eufrates. Josias saiu com o seu exército para lutar contra ele, 21 mas Neco lhe mandou a seguinte mensagem:
— Rei de Judá, você não tem nada a ver com esta luta. Eu não vim lutar contra você, mas contra os meus inimigos, e Deus mandou que eu me apressasse. Deus está comigo; portanto, se você lutar contra Deus, ele o destruirá.
22 Mas Josias não voltou atrás; ele não quis dar atenção ao aviso que Deus estava dando por meio do rei Neco. Pelo contrário, ele se disfarçou e marchou para lutar contra Neco no vale de Megido. 23 Os soldados egípcios atiraram flechas contra Josias, e ele gritou para os seus oficiais:
— Estou gravemente ferido! Tirem-me daqui!
24 Os oficiais o tiraram do seu carro de guerra, e o puseram em outro carro, e o levaram para Jerusalém. Josias morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis. Todo o povo de Judá e de Jerusalém chorou a morte dele.
25 O profeta Jeremias compôs uma lamentação em honra de Josias. Até hoje os cantores e as cantoras cantam essa canção quando choram a morte de Josias. Já se tornou costume em Israel cantar essas canções, que se acham na coleção de lamentações.
26 Josias fez muitas outras coisas e praticou atos de bondade em obediência à Lei de Deus, o Senhor. 27 Tudo o que ele fez, desde o começo até o fim do seu reinado, está escrito na História dos Reis de Israel e de Judá.
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