Bible in 90 Days
7 Filho meu, guarda as minhas palavras e esconde dentro de ti os meus mandamentos. 2 Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. 3 Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. 4 Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; 5 para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras.
6 Porque da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu, 7 vi entre os simples, descobri entre os jovens, um jovem falto de juízo, 8 que passava pela rua junto à sua esquina e seguia o caminho da sua casa, 9 no crepúsculo, à tarde do dia, na escuridão e trevas da noite.
10 E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, com enfeites de prostituta e astuto coração. 11 Esta era alvoroçadora e contenciosa, e não paravam em casa os seus pés; 12 ora pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por todos os cantos, 13 aproximou-se dele, e o beijou, e esforçou o seu rosto, e disse-lhe: 14 Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. 15 Por isso, saí ao teu encontro, a buscar diligentemente a tua face, e te achei. 16 Já cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas com linho fino do Egito; 17 já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela. 18 Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com amores. 19 Porque o marido não está em casa, foi fazer uma jornada ao longe. 20 Um saquitel de dinheiro levou na sua mão; só no dia marcado voltará a casa.
21 Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu. 22 E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro; e, como o louco ao castigo das prisões, 23 até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço e não sabe que ele está ali contra a sua vida.
24 Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos e estai atentos às palavras da minha boca; 25 não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas; 26 porque a muitos feridos derribou; e são muitíssimos os que por ela foram mortos. 27 Caminhos de sepultura é a sua casa, os quais descem às câmaras da morte.
A excelência e justiça dos preceitos da Sabedoria
8 Não clama, porventura, a Sabedoria? E a Inteligência não dá a sua voz? 2 No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas, ela se coloca. 3 Da banda das portas da cidade, à entrada da cidade e à entrada das portas está clamando: 4 A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. 5 Entendei, ó simples, a prudência; e vós, loucos, entendei de coração. 6 Ouvi, porque proferirei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a equidade. 7 Porque a minha boca proferirá a verdade; os meus lábios abominam a impiedade. 8 Em justiça são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa. 9 Todas elas são retas para o que bem as entende e justas, para os que acham o conhecimento. 10 Aceitai a minha correção, e não a prata, e o conhecimento mais do que o ouro fino escolhido. 11 Porque melhor é a sabedoria do que os rubins; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.
12 Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e acho a ciência dos conselhos. 13 O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço. 14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza. 15 Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam justiça. 16 Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra. 17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. 18 Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça. 19 Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades, melhores do que a prata escolhida. 20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. 21 Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros.
A Sabedoria existe desde a eternidade
22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas. 23 Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra. 24 Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. 25 Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. 26 Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. 27 Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo; 28 quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo; 29 quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não trespassassem o seu mando; quando compunha os fundamentos da terra, 30 então, eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo, 31 folgando no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.
32 Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos. 33 Ouvi a correção, não a rejeiteis e sede sábios. 34 Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada. 35 Porque o que me achar achará a vida e alcançará favor do Senhor. 36 Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me aborrecem amam a morte.
O banquete da Sabedoria
9 A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas. 2 Já sacrificou as suas vítimas, misturou o seu vinho e já preparou a sua mesa. 3 Já deu ordens às suas criadas, já anda convidando desde as alturas da cidade, dizendo: 4 Quem é simples volte-se para aqui. Aos faltos de entendimento diz: 5 Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que tenho misturado. 6 Deixai os insensatos, e vivei, e andai pelo caminho do entendimento.
7 O que repreende o escarnecedor afronta toma para si; e o que censura o ímpio recebe a sua mancha. 8 Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e amar-te-á. 9 Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. 10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência. 11 Porque, por mim, se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão. 12 Se fores sábio, para ti sábio serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás.
13 A mulher louca é alvoroçadora; é néscia e não sabe coisa alguma. 14 E assenta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da cidade, 15 para chamar os que passam e seguem direito o seu caminho. 16 Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de entendimento diz: 17 As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é suave. 18 Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.
Provérbios acerca de vários assuntos
10 Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho louco é a tristeza de sua mãe. 2 Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte. 3 O Senhor não deixa ter fome a alma do justo, mas o desejo dos ímpios rechaça. 4 O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece. 5 O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha. 6 Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos ímpios. 7 A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá. 8 O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o louco palrador será transtornado. 9 Quem anda em sinceridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. 10 O que acena com os olhos dá dores, e o tolo de lábios será transtornado. 11 A boca do justo é manancial de vida, mas a violência cobre a boca dos ímpios. 12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. 13 Nos lábios do sábio se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento. 14 Os sábios escondem a sabedoria, mas a boca do tolo é uma destruição. 15 A fazenda do rico é a cidade da sua fortaleza; a destruição dos pobres é a sua pobreza. 16 A obra do justo conduz à vida, as produções do ímpio, ao pecado. 17 O caminho para a vida é daquele que guarda a correção, mas o que abandona a repreensão erra. 18 O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que difama é um insensato. 19 Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente. 20 Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos ímpios é de nenhum preço. 21 Os lábios do justo apascentam muitos, mas os tolos, por falta de entendimento, morrem. 22 A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores. 23 Um divertimento é para o tolo praticar a iniquidade; para o homem inteligente, o mesmo é o ser sábio. 24 O temor do ímpio virá sobre ele, mas o desejo dos justos Deus o cumprirá. 25 Como a tempestade, assim passa o ímpio, mas o justo tem perpétuo fundamento. 26 Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. 27 O temor do Senhor aumenta os dias, mas os anos dos ímpios serão abreviados. 28 A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos ímpios perecerá. 29 O caminho do Senhor é fortaleza para os retos, mas ruína virá aos que praticam a iniquidade. 30 O justo nunca será abalado, mas os ímpios não habitarão a terra. 31 A boca do justo produz sabedoria em abundância, mas a língua da perversidade será desarraigada. 32 Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos ímpios anda cheia de perversidades.
11 Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer. 2 Vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria. 3 A sinceridade dos sinceros os encaminhará, mas a perversidade dos desleais os destruirá. 4 Não aproveitam as riquezas no dia da ira, mas a justiça livra da morte. 5 A justiça do sincero endireitará o seu caminho, mas o ímpio, pela sua impiedade, cairá. 6 A justiça dos virtuosos os livrará, mas, na sua perversidade, serão apanhados os iníquos. 7 Morrendo o homem ímpio, perece a sua expectação, e a esperança da iniquidade perde-se. 8 O justo é libertado da angústia, e o ímpio fica em seu lugar. 9 O hipócrita, com a boca, danifica o seu próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento. 10 No bem dos justos, exulta a cidade; e, perecendo os ímpios, há júbilo. 11 Pela bênção dos sinceros, se exalta a cidade, mas pela boca dos ímpios é derribada. 12 O que despreza o seu próximo é falto de sabedoria, mas o homem de entendimento cala-se. 13 O que anda praguejando descobre o segredo, mas o fiel de espírito encobre o negócio. 14 Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança. 15 Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro. 16 A mulher aprazível guarda a honra, como os violentos guardam as riquezas. 17 O homem benigno faz bem à sua própria alma, mas o cruel perturba a sua própria carne. 18 O ímpio recebe um salário enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo. 19 Como a justiça encaminha para a vida, assim o que segue o mal faz isso para sua morte. 20 Abominação para o Senhor são os perversos de coração, mas os que são perfeitos em seu caminho são o seu deleite. 21 Ainda que o mau junte mão à mão, não ficará sem castigo, mas a semente dos justos escapará. 22 Como joia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa que se aparta da razão. 23 O desejo dos justos é somente o bem, mas a esperança dos ímpios é a ira. 24 Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é para a sua perda. 25 A alma generosa engordará, e o que regar também será regado. 26 Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do vendedor. 27 O que busca cedo o bem busca favor, mas ao que procura o mal, este lhe sobrevirá. 28 Aquele que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a rama. 29 O que perturba a sua casa herdará o vento, e o tolo será servo do sábio de coração. 30 O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas sábio é. 31 Eis que o justo é punido na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!
12 O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto. 2 O homem de bem alcançará o favor do Senhor, mas ao homem de perversas imaginações ele condenará. 3 O homem não se estabelecerá pela impiedade, mas a raiz dos justos não será removida. 4 A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos. 5 Os pensamentos do justo são retos, mas os conselhos do ímpio, engano. 6 As palavras dos ímpios são para armarem ciladas ao sangue, mas a boca dos retos os livrará. 7 Transtornados serão os ímpios e não serão mais, mas a casa dos justos permanecerá. 8 Segundo o seu entendimento, será louvado cada qual, mas o perverso de coração estará em desprezo. 9 Melhor é o que se estima em pouco e tem servos do que o que se honra a si mesmo e tem falta de pão. 10 O justo olha pela vida dos seus animais, mas as misericórdias dos ímpios são cruéis. 11 O que lavra a sua terra se fartará de pão, mas o que segue os ociosos está falto de juízo. 12 Deseja o ímpio a rede dos maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto. 13 O laço do ímpio está na transgressão dos lábios, mas o justo sairá da angústia. 14 Cada um se farta de bem pelo fruto da sua boca, e o que as mãos do homem fizerem isso ele receberá. 15 O caminho do tolo é reto aos seus olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio. 16 A ira do louco se conhece no mesmo dia, mas o avisado encobre a afronta. 17 O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa engana. 18 Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde. 19 O lábio de verdade ficará para sempre, mas a língua mentirosa dura só um momento. 20 Engano há no coração dos que maquinam mal, mas alegria têm os que aconselham a paz. 21 Nenhum agravo sobrevirá ao justo, mas os ímpios ficam cheios de mal. 22 Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o seu deleite. 23 O homem avisado encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama a estultícia. 24 A mão dos diligentes dominará, mas os enganadores serão tributários. 25 A solicitude no coração do homem o abate, mas uma boa palavra o alegra. 26 O justo é um guia para o seu companheiro, mas o caminho dos ímpios os faz errar. 27 O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser diligente. 28 Na vereda da justiça está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte.
13 O filho sábio ouve a correção do pai, mas o escarnecedor não ouve a repreensão. 2 Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência. 3 O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação. 4 A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes engorda. 5 O justo aborrece a palavra de mentira, mas o ímpio é abominável e se confunde. 6 A justiça guarda ao que é sincero no seu caminho, mas a impiedade transtornará o pecador. 7 Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza. 8 O resgate da vida de cada um são as suas riquezas, mas o pobre não ouve as ameaças. 9 A luz dos justos alegra, mas a candeia dos ímpios se apagará. 10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria. 11 A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento. 12 A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida. 13 O que despreza a palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado. 14 A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte. 15 O bom entendimento dá graça, mas o caminho dos prevaricadores é áspero. 16 Todo prudente age com conhecimento, mas o tolo espraia a sua loucura. 17 Um mau mensageiro cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde. 18 Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção, mas o que guarda a repreensão será venerado. 19 O desejo que se cumpre deleita a alma, mas apartar-se do mal é abominação para os loucos. 20 Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido. 21 O mal perseguirá aos pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem. 22 O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo. 23 Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo. 24 O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga. 25 O justo come até que a sua alma fique satisfeita, mas o ventre dos ímpios terá necessidade.
14 Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derriba-a com as suas mãos. 2 O que anda na sua sinceridade teme ao Senhor, mas o que se desvia de seus caminhos despreza-o. 3 Na boca do tolo está a vara da soberba, mas os lábios do sábio preservá-lo-ão. 4 Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas, pela força do boi, há abundância de colheitas. 5 A testemunha verdadeira não mentirá, mas a testemunha falsa se desboca em mentiras. 6 O escarnecedor busca sabedoria e não a acha, mas para o prudente o conhecimento é fácil. 7 Vai-te à presença do homem insensato e nele não divisarás os lábios do conhecimento. 8 A sabedoria do prudente é entender o seu caminho, mas a estultícia dos tolos é enganar. 9 Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade. 10 O coração conhece a sua própria amargura, e o estranho não se entremeterá na sua alegria. 11 A casa dos ímpios se desfará, mas a tenda dos retos florescerá. 12 Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte. 13 Até no riso terá dor o coração, e o fim da alegria é tristeza. 14 Dos seus caminhos se fartará o infiel de coração, mas o homem bom se fartará de si mesmo. 15 O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos. 16 O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo encoleriza-se e dá-se por seguro. 17 O que presto se ira fará doidices, e o homem de más imaginações será aborrecido. 18 Os simples herdarão a estultícia, mas os prudentes se coroarão de conhecimento. 19 Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os ímpios, diante das portas do justo. 20 O pobre é aborrecido até do companheiro, mas os amigos dos ricos são muitos. 21 O que despreza ao seu companheiro peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado. 22 Porventura, não erram os que praticam o mal? Mas beneficência e fidelidade haverá para os que praticam o bem. 23 Em todo trabalho há proveito, mas a palavra dos lábios só encaminha para a pobreza. 24 A coroa dos sábios é a sua riqueza, a estultícia dos tolos é só estultícia. 25 A testemunha verdadeira livra as almas, mas o que se desboca em mentiras é enganador. 26 No temor do Senhor, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos. 27 O temor do Senhor é uma fonte de vida para preservar dos laços da morte. 28 Na multidão do povo está a magnificência do rei, mas, na falta de povo, a perturbação do príncipe. 29 O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. 30 O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos. 31 O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado honra-o. 32 Pela sua malícia, será lançado fora o ímpio, mas o justo até na sua morte tem esperança. 33 No coração do prudente, repousa a sabedoria, mas o que há no interior dos tolos se conhece. 34 A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos. 35 O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas, sobre o que procede indignamente, cairá o seu furor.
15 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. 2 A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia. 3 Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. 4 Uma língua saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela quebranta o espírito. 5 O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repreensão prudentemente se haverá. 6 Na casa do justo há um grande tesouro, mas nos frutos do ímpio há perturbação. 7 Os lábios dos sábios derramarão o conhecimento, mas o coração dos tolos não fará assim. 8 O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento. 9 O caminho do ímpio é abominável ao Senhor, mas ele ama o que segue a justiça. 10 Correção molesta há para o que deixa a vereda, e o que aborrece a repreensão morrerá. 11 O inferno e a perdição estão perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens! 12 Não ama o escarnecedor aquele que o repreende, nem se chegará para os sábios. 13 O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate. 14 O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia. 15 Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo. 16 Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação. 17 Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio. 18 O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apaziguará a luta. 19 O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos, mas a vereda dos retos está bem-igualada. 20 O filho sábio alegrará a seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe. 21 A estultícia é alegria para o que carece de entendimento, mas o homem sábio anda retamente. 22 Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão. 23 O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é! 24 Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo. 25 O Senhor arrancará a casa dos soberbos, mas firmará a herança da viúva. 26 Abomináveis são para o Senhor os pensamentos do mau, mas as palavras dos limpos são aprazíveis. 27 O que se dá à cobiça perturba a sua casa, mas o que aborrece as dádivas viverá. 28 O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más. 29 Longe está o Senhor dos ímpios, mas escutará a oração dos justos. 30 A luz dos olhos alegra o coração; a boa fama engorda os ossos. 31 Os ouvidos que escutam a repreensão da vida no meio dos sábios farão a sua morada. 32 O que rejeita a correção menospreza a sua alma, mas o que escuta a repreensão adquire entendimento. 33 O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e diante da honra vai a humildade.
16 Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor, a resposta da boca. 2 Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos. 3 Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos. 4 O Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins e até ao ímpio, para o dia do mal. 5 Abominação é para o Senhor todo altivo de coração; ainda que ele junte mão à mão, não ficará impune. 6 Pela misericórdia e pela verdade, se purifica a iniquidade; e, pelo temor do Senhor, os homens se desviam do mal. 7 Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele. 8 Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça. 9 O coração do homem considera o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. 10 Adivinhação se acha nos lábios do rei; em juízo não prevaricará a sua boca. 11 O peso e a balança justa são do Senhor; obra sua são todas as pedras da bolsa. 12 Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, porque com justiça se estabelece o trono. 13 Os lábios de justiça são o contentamento dos reis, e eles amarão o que fala coisas retas. 14 O furor do rei é como um mensageiro da morte, mas o homem sábio o apaziguará. 15 Na luz do rosto do rei está a vida, e a sua benevolência é como a nuvem de chuva serôdia. 16 Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E quanto mais excelente, adquirir a prudência do que a prata! 17 O alto caminho dos retos é desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma. 18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. 19 Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos. 20 O que atenta prudentemente para a palavra achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado. 21 O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino. 22 O entendimento, para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua estultícia. 23 O coração do sábio instrui a sua boca e acrescenta doutrina aos seus lábios. 24 Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos. 25 Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte. 26 O trabalhador trabalha para si mesmo, porque a sua boca o instiga. 27 O homem vão cava o mal, e nos seus lábios se acha como que um fogo ardente. 28 O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos. 29 O homem violento persuade o seu companheiro e guia-o por caminho não bom. 30 Fecha os olhos para imaginar perversidades; mordendo os lábios, efetua o mal. 31 Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça. 32 Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade. 33 A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a sua disposição.
17 Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda. 2 O servo prudente dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos repartirá a herança. 3 O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro; mas o Senhor prova os corações. 4 O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna. 5 O que escarnece do pobre insulta ao que o criou; o que se alegra da calamidade não ficará impune. 6 Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais. 7 Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe, o lábio mentiroso! 8 Pedra preciosa é o presente aos olhos dos que o recebem; para onde quer que se volte, servirá de proveito. 9 O que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos. 10 Mais profundamente entra a repreensão no prudente do que cem açoites no tolo. 11 Na verdade, o rebelde não busca senão o mal, mas mensageiro cruel se enviará contra ele. 12 Encontre-se com o homem a ursa à qual roubaram os filhos, mas não o louco na sua estultícia. 13 Quanto àquele que torna mal por bem, não se apartará o mal da sua casa. 14 Como o soltar as águas, é o princípio da contenda; deixa por isso a porfia, antes que sejas envolvido. 15 O que justifica o ímpio e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro. 16 De que serviria o preço na mão do tolo para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento? 17 Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão. 18 O homem falto de entendimento dá a mão, ficando por fiador do seu companheiro. 19 O que ama a contenda ama a transgressão; o que alça a sua porta busca a ruína. 20 O perverso de coração nunca achará o bem; e o que tem a língua dobre virá a cair no mal. 21 O que gera um tolo, para sua tristeza o faz; e o pai do insensato não se alegrará. 22 O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos. 23 O ímpio tira o presente do seio para perverter as veredas da justiça. 24 No rosto do sábio se vê a sabedoria, mas os olhos do louco estão nas extremidades da terra. 25 O filho insensato é tristeza para seu pai e amargura para quem o deu à luz. 26 Não é bom também punir o justo, nem ferirem os príncipes ao que age justamente. 27 Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito. 28 Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio.
18 Busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria. 2 Não toma prazer o tolo no entendimento, senão em que se descubra o seu coração. 3 Vindo o ímpio, vem também o desprezo; e, com a ignomínia, a vergonha. 4 Águas profundas são as palavras da boca do homem, e ribeiro transbordante é a fonte da sabedoria. 5 Não é bom ter respeito à pessoa do ímpio, para derribar o justo em juízo. 6 Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites. 7 A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma. 8 As palavras do linguareiro são como doces bocados, e elas descem ao íntimo do ventre. 9 Também o negligente na sua obra é irmão do desperdiçador. 10 Torre forte é o nome do Senhor; para ela correrá o justo e estará em alto retiro. 11 A fazenda do rico é sua cidade forte e, como um muro alto, na sua imaginação. 12 Antes de ser quebrantado, eleva-se o coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade. 13 Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha. 14 O espírito do homem aliviará a sua enfermidade, mas ao espírito abatido, quem o levantará? 15 O coração do sábio adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a ciência. 16 O presente do homem alarga-lhe o caminho e leva-o à presença dos grandes. 17 O que primeiro começa o seu pleito justo parece; mas vem o seu companheiro e o examina. 18 A sorte faz cessar os pleitos e faz separação entre os poderosos. 19 O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio. 20 Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios se fartará. 21 A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. 22 O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor. 23 O pobre fala com rogos, mas o rico responde com durezas. 24 O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão.
19 Melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o perverso de lábios e tolo. 2 Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom; e o que se apressa com seus pés peca. 3 A estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o Senhor. 4 As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre o seu próprio amigo o deixa. 5 A falsa testemunha não ficará inocente; e o que profere mentiras não escapará. 6 Muitos suplicam a face do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes. 7 Todos os irmãos do pobre o aborrecem; quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com palavras, mas não servem de nada. 8 O que adquire entendimento ama a sua alma; o que conserva a inteligência achará o bem. 9 A falsa testemunha não ficará impune; e o que profere mentiras perecerá. 10 Ao tolo não está bem o deleite; quanto menos ao servo dominar os príncipes! 11 O entendimento do homem retém a sua ira; e sua glória é passar sobre a transgressão. 12 Como o bramido do filho do leão é a indignação do rei; mas, como o orvalho sobre a erva, é a sua benevolência. 13 Grande miséria é para o pai o filho insensato, e um gotejar contínuo, as contenções da mulher. 14 A casa e a fazenda são a herança dos pais; mas do Senhor vem a mulher prudente. 15 A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma enganadora padecerá fome. 16 O que guardar o mandamento guardará a sua alma; mas o que desprezar os seus caminhos morrerá. 17 Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício. 18 Castiga teu filho enquanto há esperança, mas para o matar não alçarás a tua alma. 19 Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo novamente. 20 Ouve o conselho e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias. 21 Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do Senhor permanecerá. 22 O desejo do homem é a sua beneficência; mas o pobre é melhor do que o mentiroso. 23 O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum. 24 O preguiçoso esconde a mão no seio; enfada-se de a levar à boca. 25 Fere o escarnecedor, e o simples tomará aviso; repreende ao sábio, e aprenderá conhecimento. 26 O que aflige a seu pai ou afugenta a sua mãe filho é que envergonha e desonra. 27 Cessa, filho meu, ouvindo a instrução, de te desviares das palavras do conhecimento. 28 A testemunha de Belial escarnece do juízo, e a boca dos ímpios engole a iniquidade. 29 Preparados estão os juízos para os escarnecedores e os açoites para as costas dos tolos.
20 O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio. 2 Como o bramido do leão é o terror do rei; o que provoca a sua ira peca contra a sua própria alma. 3 Honroso é para o homem o desviar-se de questões, mas todo tolo se entremete nelas. 4 O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega e nada receberá. 5 Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o tirará para fora. 6 Cada qual entre os homens apregoa a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará? 7 O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele. 8 Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo mal. 9 Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado! 10 Duas espécies de peso e duas espécies de medida são abominação para o Senhor, tanto uma coisa como outra. 11 Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta. 12 O ouvido que ouve e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos. 13 Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos e te fartarás de pão. 14 Nada vale, nada vale, dirá o comprador, mas, indo-se, então, se gabará. 15 Há ouro e abundância de rubins, mas os lábios do conhecimento são joia preciosa. 16 Aquele que fica por fiador do estranho tira a sua roupa e penhora-a por um estranho. 17 Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia. 18 Cada pensamento com conselho se confirma; e com conselhos prudentes faz a guerra. 19 O que anda maldizendo descobre o segredo; pelo que, com o que afaga com seus lábios, não te entremetas. 20 O que a seu pai ou a sua mãe amaldiçoar, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada e ficará em trevas densas. 21 Entrando-se apressadamente de posse de uma herança no princípio, o seu fim não será bendito.
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