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Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Ezequiel 36:1-47:12

Restauração de Israel

36 “Filho do homem, profetize aos montes de Israel e transmita-lhes esta mensagem: Ó montes de Israel, ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Senhor Soberano: Seus inimigos zombaram de vocês, dizendo: ‘Bem feito! Agora as antigas montanhas são nossas!’. Por isso, transmita aos montes de Israel esta mensagem do Senhor Soberano: Seus inimigos o atacaram de todos os lados e o tornaram propriedade de muitas nações e objeto de muita zombaria e calúnia. Portanto, ó montes de Israel, ouçam a palavra do Senhor Soberano. Ele fala às colinas e aos montes, aos desfiladeiros e aos vales, às ruínas arrasadas e às cidades desertas, destruídas e ridicularizadas pelas nações vizinhas. Assim diz o Senhor Soberano: A ira de meu zelo arde contra essas nações, especialmente contra Edom, porque me desprezaram completamente, se apossaram de minha terra com satisfação e a tomaram como despojo.

“Portanto, profetize às colinas e aos montes, aos desfiladeiros e aos vales de Israel. Assim diz o Senhor Soberano: Estou furioso em meu zelo porque vocês passaram vergonha diante das nações vizinhas. Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Jurei solenemente que essas nações logo passarão vergonha também.

“Os montes de Israel, no entanto, produzirão colheitas fartas de frutos para meu povo, pois em breve ele voltará para casa! Pois estou com vocês e lhes darei atenção. Seu solo será arado, e suas lavouras serão plantadas. 10 Multiplicarei a população de Israel, e as cidades arruinadas serão reconstruídas e ficarão cheias de gente. 11 Multiplicarei tanto as pessoas como os animais. Ó montes de Israel, trarei gente para habitá-los outra vez! Eu os tornarei ainda mais prósperos que antes. Então vocês saberão que eu sou o Senhor. 12 Farei meu povo andar sobre vocês novamente, e serão território dele. Vocês nunca mais o deixarão sem filhos.

13 “Assim diz o Senhor Soberano: As outras nações zombam de você e dizem: ‘É uma terra que devora seu povo e os deixa sem filhos!’. 14 Mas você nunca mais devorará seu povo nem o deixará sem filhos, diz o Senhor Soberano. 15 Não o deixarei ouvir os insultos de outras nações, nem sua zombaria. Você não será uma terra que faz sua nação cair, diz o Senhor Soberano”.

16 Então recebi esta mensagem do Senhor: 17 “Filho do homem, quando os israelitas viviam em sua própria terra, eles a profanaram com seu estilo de vida. Para mim, sua conduta foi tão impura como o fluxo menstrual de uma mulher. 18 Eles contaminaram a terra com assassinato e adoração a ídolos,[a] por isso derramei sobre eles minha fúria. 19 Eu os espalhei entre as nações para castigá-los por sua conduta. 20 Quando, porém, foram espalhados entre as nações, desonraram meu santo nome. Pois as nações diziam: ‘Este é o povo do Senhor, mas ele não foi capaz de mantê-lo a salvo em sua própria terra!’. 21 Tive consideração por meu santo nome, que meu povo desonrou entre as nações.

22 “Portanto, transmita ao povo de Israel esta mensagem do Senhor Soberano: Eu os trarei de volta, ó povo de Israel, mas não porque merecem. Farei isso por causa do meu santo nome, que vocês desonraram entre as nações. 23 Eu lhes mostrarei a santidade de meu grande nome, o nome que vocês desonraram entre as nações. E, quando eu mostrar minha santidade por meio de vocês diante das nações, diz o Senhor, elas saberão que eu sou o Senhor. 24 Pois eu os reunirei dentre as nações e os trarei de volta para sua terra.

25 “Então aspergirei sobre vocês água pura, e ficarão limpos. Eu os purificarei de sua impureza e sua adoração a ídolos. 26 Eu lhes darei um novo coração e colocarei em vocês um novo espírito. Removerei seu coração de pedra e lhes darei coração de carne. 27 Porei dentro de vocês meu Espírito, para que sigam meus decretos e tenham o cuidado de obedecer a meus estatutos.

28 “Vocês habitarão em Israel, a terra que dei a seus antepassados. Vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 29 Eu os livrarei de sua impureza. Aumentarei a produção de cereais e não enviarei mais fome à terra. 30 Darei colheitas fartas de suas árvores frutíferas e seus campos, e nunca mais as nações vizinhas zombarão de sua terra por causa da fome. 31 Então se lembrarão dos pecados que cometeram no passado e terão aversão de si mesmos por todas as coisas detestáveis que fizeram. 32 Mas assim diz o Senhor Soberano: Lembrem-se de que não farei tudo isso porque vocês merecem. Ó meu povo de Israel, vocês deveriam se envergonhar profundamente de tudo que fizeram!

33 “Assim diz o Senhor Soberano: Quando eu os purificar de seus pecados, farei que suas cidades voltem a ser habitadas e as ruínas sejam reconstruídas. 34 Os campos que estavam vazios e desolados à vista de todos voltarão a ser cultivados. 35 E, quando eu trouxer vocês de volta, as pessoas dirão: ‘Essa terra que antes era deserta agora é como o jardim do Éden! As cidades abandonadas e em ruínas agora têm muros fortes e estão cheias de gente!’. 36 Com isso, as nações vizinhas que restarem saberão que eu, o Senhor, reconstruí as ruínas e replantei onde estava deserto. Pois eu, o Senhor, falei e cumprirei o que prometi.

37 “Assim diz o Senhor Soberano: Estou disposto a ouvir as orações de Israel e a multiplicar seu povo como um rebanho. 38 Serão numerosos como os rebanhos consagrados que enchem as ruas de Jerusalém na época de suas festas. As cidades que estavam em ruínas voltarão a ficar cheias de gente, e todos saberão que eu sou o Senhor”.

O vale dos ossos secos

37 A mão do Senhor veio sobre mim, e o Espírito do Senhor me levou a um vale cheio de ossos. Ele me conduziu por entre os ossos que cobriam o fundo do vale, espalhados por toda parte e completamente secos. Então ele me perguntou: “Filho do homem, acaso estes ossos podem voltar a viver?”.

Respondi: “Ó Senhor Soberano, só tu o sabes”.

Então ele me disse: “Profetize a estes ossos e diga: ‘Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Senhor Soberano: Soprarei meu espírito[b] e os trarei de volta à vida! Porei carne e músculo em vocês e os cobrirei com pele. Darei fôlego a vocês, e voltarão à vida. Então saberão que eu sou o Senhor’”.

Assim, anunciei essa mensagem, como ele me havia ordenado. De repente, enquanto eu profetizava, ouviu-se em todo o vale o barulho de ossos batendo uns contra os outros, e os ossos de cada corpo estavam se juntando. Então, enquanto eu observava, músculos e carne se formaram sobre os ossos. Em seguida, pele se formou para cobrir os corpos, mas ainda não respiravam.

Então ele me disse: “Filho do homem, profetize aos ventos. Anuncie-lhes uma mensagem e diga: ‘Assim diz o Senhor Soberano: Ó fôlego, venha dos quatro ventos! Sopre nesses corpos mortos para que voltem a viver!’”.

10 Anunciei a mensagem, como ele me havia ordenado, e o espírito entrou nos corpos. Todos eles voltaram à vida e se levantaram, e formavam um grande exército.

11 Então ele me disse: “Filho do homem, esses ossos representam todo o povo de Israel. Eles dizem: ‘Tornamo-nos ossos velhos e secos; não há mais esperança. Nossa nação acabou’. 12 Portanto, profetize para eles e diga: ‘Assim diz o Senhor Soberano: Ó meu povo, eu abrirei as sepulturas do exílio e os farei sair delas. Então os trarei de volta à terra de Israel. 13 Quando isso acontecer, meu povo, vocês saberão que eu sou o Senhor. 14 Soprarei meu espírito em vocês, e voltarão a viver, e eu os trarei de volta para sua terra. Então saberão que eu, o Senhor, falei e cumpri o que prometi. Sim, eu, o Senhor, falei!’”.

Israel e Judá são reunidos

15 Recebi outra mensagem do Senhor: 16 “Filho do homem, pegue um pedaço de madeira e grave nele estas palavras: ‘Isto representa Judá e suas tribos aliadas’. Depois, pegue outro pedaço de madeira e grave nele estas palavras: ‘Isto representa Efraim e as tribos do norte de Israel’.[c] 17 Agora, segure-os juntos em sua mão, como se fossem um só pedaço de madeira. 18 Quando seus compatriotas lhe perguntarem o que isso significa, 19 diga-lhes: ‘Assim diz o Senhor Soberano: Pegarei Efraim e as tribos do norte, suas irmãs, e as juntarei a Judá. Farei delas um só pedaço de madeira em minha mão’.

20 “Em seguida, segure diante do povo os pedaços de madeira que você gravou, para que todos os vejam, 21 e transmita esta mensagem do Senhor Soberano: Reunirei meu povo de Israel dentre as nações onde foram espalhados e os trarei de volta para sua terra. 22 Eu os reunirei em uma só nação nos montes de Israel. Um único rei os governará, e não serão mais divididos em duas nações nem em dois reinos. 23 Nunca mais se contaminarão com ídolos,[d] nem com imagens detestáveis, nem com qualquer de suas rebeliões, pois eu os salvarei de sua apostasia pecaminosa.[e] Sim, eu os purificarei; então eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

24 “Meu servo Davi será seu rei, e eles terão um só pastor. Seguirão meus estatutos e terão o cuidado de guardar meus decretos. 25 Viverão na terra que dei a meu servo Jacó, a terra onde seus antepassados viveram. Eles, seus filhos e seus netos viverão ali para sempre, de geração em geração, e meu servo Davi será seu príncipe para sempre. 26 Farei com eles uma aliança de paz, uma aliança permanente. Eu lhes darei sua terra e os multiplicarei[f] e estabelecerei meu templo no meio deles para sempre. 27 Sim, eu habitarei no meio deles. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 28 E, quando meu templo estiver entre eles para sempre, as nações saberão que eu sou o Senhor, que santifico Israel”.

Mensagem para Gogue

38 Recebi esta mensagem do Senhor: “Filho do homem, volte o rosto para Gogue, da terra de Magogue, príncipe que governa as nações de Meseque e Tubal, e profetize contra ele. Transmita-lhe esta mensagem do Senhor Soberano: Gogue, príncipe de Meseque e Tubal, sou seu inimigo. Eu o farei voltar e colocarei argolas em seu queixo para levá-lo junto com todo o seu exército: seus cavalos e condutores de carros de guerra vestidos com sua armadura completa e uma grande multidão armada com escudos e espadas. A Pérsia, a Etiópia e a Líbia,[g] com todas as suas armas, o acompanharão. Gômer e todos os seus exércitos também se unirão a você, bem como os exércitos de Bete-Togarma, do extremo norte, e muitos outros.

“Prepare-se; esteja pronto! Mantenha todos os exércitos ao seu redor de prontidão e assuma o comando deles. Daqui a muito tempo, você será convocado para entrar em ação. No futuro distante, você virá de repente sobre a terra de Israel, que viverá confiante depois de ter se recuperado da guerra e depois que seu povo tiver regressado de muitas terras para os montes de Israel. Você e todos os seus aliados, um exército imenso e assustador, virão sobre Israel como uma tempestade e cobrirão a terra como uma nuvem.

10 “Assim diz o Senhor Soberano: Naquele dia, maus pensamentos lhe virão à mente e você tramará um plano perverso. 11 Dirá: ‘Israel é uma terra desprotegida, cheia de povoados sem muros, sem portões e sem trancas. Marcharei contra ela e acabarei com esse povo que vive tão confiante. 12 Irei às cidades antes desoladas, mas que agora estão cheias de gente que voltou do exílio em muitas nações. Tomarei grande quantidade de despojo, pois agora seus habitantes têm muito gado e outros bens. Pensam que o mundo gira em torno deles!’. 13 Contudo, Sabá, Dedã e os comerciantes de Társis, com todos os seus jovens guerreiros, perguntarão: ‘Você pensa mesmo que os grandes exércitos que reuniu podem tomar a prata e o ouro deles? Acham que podem levar seus rebanhos, apoderar-se de seus bens e tomar despojos?’.

14 “Portanto, filho do homem, profetize contra Gogue. Transmita-lhe esta mensagem do Senhor Soberano: Quando meu povo estiver vivendo confiante na terra dele, então você despertará.[h] 15 Virá de sua terra no extremo norte com sua grande cavalaria e seu exército poderoso, 16 atacará meu povo, Israel, e cobrirá a terra como uma nuvem. Naquele dia, trarei você, Gogue, contra minha terra à vista de todos e mostrarei minha santidade por meio de tudo que lhe acontecer. Então todas as nações me conhecerão.

17 “Assim diz o Senhor Soberano: Acaso você é aquele de quem falei muito tempo atrás, quando anunciei por meio de meus servos, os profetas de Israel, que, no futuro, o traria contra meu povo? 18 Mas assim diz o Senhor Soberano: Quando Gogue invadir a terra de Israel, minha fúria transbordará! 19 Pois, em meu zelo e em minha ira ardente, sacudirei a terra de Israel violentamente naquele dia. 20 Todos os seres vivos, os peixes do mar, as aves do céu, os animais do campo, os animais que rastejam pelo chão, e todas as pessoas da terra, tremerão em minha presença. Montes serão derrubados, despenhadeiros cairão e muros desabarão. 21 Convocarei a espada contra você em todas as colinas de Israel, diz o Senhor Soberano, e seus homens voltarão as espadas uns contra os outros. 22 Castigarei você e seus exércitos com doença e derramamento de sangue; enviarei chuvas torrenciais, granizo, fogo e enxofre! 23 Com isso mostrarei minha grandeza e santidade e me farei conhecido às nações do mundo. Então saberão que eu sou o Senhor.”

O massacre das multidões de Gogue

39 “Filho do homem, profetize contra Gogue. Transmita-lhe esta mensagem do Senhor Soberano: Sou seu inimigo, ó Gogue, príncipe que governa as nações de Meseque e Tubal. Eu o farei dar a volta e o trarei do extremo norte, e o conduzirei em direção aos montes de Israel. Derrubarei o arco de sua mão esquerda e as flechas de sua mão direita. Você, seu exército e seus aliados morrerão nos montes. Eu os darei como alimento aos abutres e aos animais selvagens. Você cairá em campos abertos, pois eu falei, diz o Senhor Soberano. Enviarei fogo sobre Magogue e sobre todos os seus aliados que vivem em segurança no litoral. Então eles saberão que eu sou o Senhor.

“Assim, farei conhecido meu santo nome no meio de meu povo, Israel. Não deixarei que ninguém desonre meu nome. E as nações também saberão que eu sou o Senhor, o Santo de Israel. Esse dia de julgamento virá, diz o Senhor Soberano. Tudo acontecerá como eu declarei.

“Então os habitantes das cidades de Israel sairão e recolherão seus escudos pequenos e os grandes, seus arcos e flechas, seus dardos e lanças e os usarão como lenha. Haverá o suficiente para sete anos! 10 Não precisarão cortar lenha dos campos nem dos bosques, pois essas armas fornecerão todo o combustível necessário. Eles saquearão aqueles que os saquearam e despojarão aqueles que os despojaram, diz o Senhor Soberano.

11 “Nesse dia, prepararei um enorme cemitério para Gogue e suas multidões no vale dos Viajantes, a leste do mar Morto.[i] Ele impedirá a passagem dos que viajam por ali, e eles mudarão o nome do lugar para vale das Multidões de Gogue. 12 O povo de Israel levará sete meses para sepultar os corpos e purificar a terra. 13 Todos em Israel ajudarão a sepultar, pois esse dia em que eu mostrar minha glória será uma data memorável para Israel, diz o Senhor Soberano.

14 “Depois de sete meses, grupos de homens serão nomeados para percorrer a terra em busca de esqueletos para sepultar, a fim de que a terra seja purificada. 15 Onde forem encontrados ossos, será colocado um sinal para que os coveiros os levem e os enterrem no vale das Multidões de Gogue. 16 (Haverá ali uma cidade chamada Hamoná.[j]) E com isso, enfim, a terra será purificada.

17 “Agora, filho do homem, assim diz o Senhor Soberano: Chame todas as aves e todos os animais selvagens e diga-lhes: Reúnam-se para meu grande banquete sacrificial. Venham, de longe e de perto, para os montes de Israel e ali comam carne e bebam sangue! 18 Comam a carne de homens poderosos e bebam o sangue dos príncipes das nações como se fossem carneiros, cordeiros, bodes e touros, todos animais engordados de Basã. 19 Devorem carne até se empanturrar e bebam sangue até se embriagar. Este é o banquete sacrificial que lhes preparei. 20 Comam com fartura à minha mesa; comam cavalos, condutores de carros de guerra, homens valentes e guerreiros de toda espécie, diz o Senhor Soberano.

21 “Desse modo, mostrarei minha glória às nações. Todos verão o castigo que trouxe sobre eles e o poder de minha mão quando eu castigo. 22 E, daquele dia em diante, o povo de Israel saberá que sou o Senhor, seu Deus. 23 As nações saberão por que Israel foi enviado para o exílio: foi como castigo por causa do pecado, pois foram infiéis a seu Deus. Por isso me afastei deles e os entreguei a seus inimigos, para que os destruíssem. 24 Escondi deles o rosto e os castiguei por causa de sua impureza e de seus pecados.”

Restauração do povo de Deus

25 “Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Acabarei com o exílio de meu povo;[k] terei compaixão de todo o Israel, pois tenho zelo por meu santo nome. 26 Quando voltarem para sua terra e viverem em segurança, sem que ninguém lhes cause medo, assumirão a responsabilidade por[l] sua vergonha e infidelidade no passado. 27 Quando eu os trouxer de volta das terras de seus inimigos, mostrarei minha santidade no meio deles, para que todas as nações a vejam. 28 Então meu povo saberá que eu sou o Senhor, seu Deus, pois os enviei para o exílio entre as nações e os trouxe de volta para sua terra. Não deixarei nenhum deles para trás 29 e nunca mais me afastarei deles, pois derramarei meu Espírito sobre o povo de Israel. Eu, o Senhor Soberano, falei!”.

A nova área do templo

40 Em 28 de abril,[m] no vigésimo quinto ano de nosso exílio, catorze anos depois da queda de Jerusalém, a mão do Senhor veio sobre mim, e ele me levou para lá. Numa visão, Deus me levou para a terra de Israel e me colocou num monte muito alto. Dali, vi em direção ao sul algo parecido com uma cidade. Quando ele me levou mais perto, vi um homem cuja face brilhava como bronze. Ele estava em pé junto a uma porta e tinha na mão uma corda de medir feita de linho e uma vara de medir.

Disse-me: “Filho do homem, observe e ouça. Preste muita atenção a tudo que lhe mostrarei. Você foi trazido aqui para que eu lhe mostre várias coisas. Depois você voltará ao povo de Israel e contará tudo que vir”.

A porta leste

Vi um muro que cercava completamente a área do templo. O homem pegou a vara de medir de 3 metros[n] de comprimento e com ela mediu o muro, que tinha 3 metros[o] de espessura e 3 metros de altura.

Em seguida, foi à porta leste. Subiu os degraus e mediu a soleira da porta, que tinha 3 metros de profundidade.[p] Na passagem de entrada, havia salas para guardas de cada lado. Cada uma das salas era quadrada e media 3 metros de cada lado, e a distância entre as salas era de 2,5 metros[q] ao longo da parede da passagem. A soleira interna da porta, que dava para o pórtico na extremidade interna da passagem de entrada, tinha 3 metros de profundidade. Ele também mediu o pórtico.[r] Tinha 4 metros[s] de extensão e suas colunas tinham 1 metro[t] de espessura. Esse pórtico era a extremidade interna da passagem de entrada e era voltado para o templo.

10 Havia três salas de cada lado da passagem de entrada. Cada uma tinha as mesmas medidas, e as paredes entre elas também eram idênticas. 11 Então o homem mediu a porta de entrada, que tinha 5 metros[u] de largura e 6,5 metros[v] de comprimento na passagem. 12 Em frente de cada sala havia uma mureta com 0,5 metro[w] de altura. As salas propriamente ditas tinham 3 metros[x] de cada lado.

13 Então ele mediu toda a largura da porta, a distância desde a parede dos fundos de uma sala para guardas até a parede dos fundos de outra sala; essa distância era de 12,5 metros.[y] 14 Mediu as paredes divisórias ao longo de todo o interior da passagem até o pórtico; a distância era de 30 metros.[z] 15 O comprimento total da passagem, de uma extremidade à outra, era de 25 metros.[aa] 16 Nas paredes das salas e em suas paredes divisórias havia janelas embutidas que se estreitavam em direção à parte interna. Também havia janelas no pórtico. As superfícies das paredes divisórias eram enfeitadas com entalhes de palmeiras.

O pátio externo

17 Então o homem me levou pela entrada até o pátio externo do templo. Ao longo das paredes do pátio havia uma calçada e, junto às paredes, havia trinta salas que abriam para a calçada. 18 A calçada ladeava as portas, e seu comprimento desde os muros até o pátio era o mesmo da passagem de entrada. Essa era a calçada inferior. 19 Em seguida, o homem mediu a largura do pátio externo do templo, entre a entrada externa e a interna, e a distância era de 50 metros.[ab]

A porta norte

20 O homem mediu a porta norte da mesma forma que a leste. 21 Também ali havia três salas e um pórtico. Todas as medidas eram iguais às da porta leste. A passagem da entrada tinha 25 metros de comprimento e 12,5 metros de largura entre as paredes dos fundos de uma sala para guardas e a parede dos fundos de outra sala. 22 As janelas, o pórtico e os enfeites de palmeiras eram idênticos aos da porta leste. Havia sete degraus que davam para a passagem da entrada, e o pórtico ficava na extremidade interna da passagem de entrada. 23 Do lado norte, como do lado leste, havia outra porta que dava para o pátio interno do templo, oposta à entrada externa. A distância entre as duas entradas era de 50 metros.

A porta sul

24 Então o homem me levou à porta sul e mediu suas partes, e eram exatamente iguais às medidas das outras portas. 25 Tinha janelas ao longo das paredes, como as outras, e um pórtico no qual a passagem de entrada abria para o pátio externo. E, como nas outras portas, a passagem de entrada tinha 25 metros de comprimento e 12,5 metros de largura. 26 Essa entrada também tinha uma escada com sete degraus que davam para ela, um pórtico na extremidade interna e enfeites de palmeiras nas paredes divisórias. 27 E aqui também havia outra entrada que dava para o pátio interno, oposta à entrada externa. A distância entre as duas entradas era de 50 metros.

Portas para o pátio interno

28 Então o homem me levou à porta sul, que dava para o pátio interno. Ele a mediu, e tinha as mesmas medidas das outras portas. 29 Suas salas para guardas, suas paredes divisórias e seu pórtico eram do mesmo tamanho das outras portas, e havia janelas ao longo das paredes e no pórtico. E, como nas outras portas, a passagem da entrada tinha 25 metros de comprimento e 12,5 metros de largura. 30 (Os pórticos que davam para o pátio interno tinham 4 metros de comprimento[ac] e 12,5 metros de largura.) 31 O pórtico da porta sul ficava voltado para o pátio externo. Suas colunas eram enfeitadas com palmeiras, e oito degraus subiam até sua entrada.

32 Então ele me levou à porta leste, que dava para o pátio interno. Ele a mediu, e tinha as mesmas medidas das outras portas. 33 Suas salas para guardas, suas paredes divisórias e seu pórtico eram do mesmo tamanho das outras portas, e havia janelas ao longo das paredes e no pórtico. A passagem da entrada tinha 25 metros de comprimento e 12,5 metros de largura. 34 Seu pórtico ficava voltado para o pátio externo. Suas colunas eram enfeitadas com palmeiras, e oito degraus subiam até sua entrada.

35 Então ele me levou à porta norte, que dava para o pátio interno. Ele a mediu, e tinha as mesmas medidas das outras portas. 36 Suas salas para guardas, suas paredes divisórias e seu pórtico tinham as mesmas medidas das outras portas e janelas dispostas da mesma forma. A entrada da passagem tinha 25 metros de comprimento e 12,5 metros de largura. 37 Seu pórtico[ad] ficava voltado para o pátio externo. Suas colunas eram enfeitadas com palmeiras, e oito degraus subiam até sua entrada.

Salas para o preparo dos sacrifícios

38 No pórtico de uma das entradas internas havia uma porta que dava para uma sala lateral onde era lavada a carne para os holocaustos. 39 De cada lado desse pórtico havia duas mesas onde os animais para os sacrifícios eram abatidos para os holocaustos, as ofertas pelo pecado e as ofertas pela culpa. 40 Do lado de fora do pórtico, de cada lado das escadas que subiam para a entrada norte, havia mais duas mesas. 41 Havia, portanto, oito mesas no total, quatro do lado de dentro e quatro do lado de fora, onde se abatiam os sacrifícios. 42 Também havia quatro mesas de pedra cortada para o preparo dos holocaustos, cada uma com 75 centímetros de comprimento e de largura e 50 centímetros de altura.[ae] Sobre essas mesas eram colocadas os instrumentos para abater os animais para os sacrifícios. 43 Havia ganchos, cada um com 8 centímetros[af] de comprimento, presos ao redor das paredes do pórtico. A carne dos sacrifícios era colocada sobre as mesas.

Salas para os sacerdotes

44 Dentro do pátio interno havia duas salas,[ag] uma ao lado da porta norte, voltada para o sul,[ah] e outra ao lado da porta sul, voltada para o norte. 45 E o homem me disse: “A sala ao lado da porta norte é para os sacerdotes que supervisionam a manutenção do templo. 46 A sala ao lado da porta sul é para os sacerdotes encarregados do altar, os descendentes de Zadoque, pois somente eles, dentre todos os levitas, podem se aproximar do Senhor, para servir diante dele”.

O pátio interno e o templo

47 Então o homem mediu o pátio interno, e era um quadrado com 50 metros de largura e 50 metros de comprimento. O altar ficava no pátio em frente ao templo. 48 Então ele me levou ao pórtico do templo. Mediu as paredes de ambos os lados da passagem para o pórtico, e tinham 2,5 metros de espessura. A entrada propriamente dita tinha 7 metros de largura, e as paredes de cada lado da entrada tinham mais 1,5 metros de comprimento.[ai] 49 O pórtico tinha 10 metros[aj] de largura e 6 metros[ak] de profundidade. Dez degraus[al] subiam para ele, com uma coluna de cada lado.

41 Depois disso, o homem me levou ao santuário do templo. Mediu as paredes de cada lado de sua porta,[am] e tinham 3 metros[an] de espessura. A entrada tinha 5 metros[ao] de largura, e as paredes de cada lado tinham 2,5 metros[ap] de comprimento. O santuário propriamente dito tinha 20 metros de comprimento e 10 metros de largura.[aq]

Então ele passou do santuário para a sala interna. Mediu as paredes de cada lado de sua entrada, e tinham 1 metro[ar] de espessura. A entrada tinha 3 metros de largura, e as paredes de cada lado da entrada tinham 3,5 metros de comprimento.[as] A sala interna do santuário tinha 10 metros[at] de comprimento e 10 metros de largura. Ele me disse: “Este é o lugar santíssimo”.

Então ele mediu a parede do templo, e tinha 3 metros de espessura. Junto à parte externa da parede havia uma fileira de salas; cada sala tinha 2 metros[au] de largura. Essas salas laterais ficavam em três andares, uma acima da outra, e havia trinta salas em cada andar. Os pontos de sustentação das salas laterais ficavam apoiados em saliências externas na parede do templo; não se estendiam para dentro da parede. Cada andar era mais largo que o andar abaixo, acompanhando a inclinação da parede do templo. Uma escada subia do andar inferior para os andares do meio e de cima.

Vi que o templo era construído sobre uma plataforma que servia de base para as salas laterais. Essa plataforma tinha 3 metros de altura.[av] A parede externa das salas laterais do templo tinha 2,5 metros espessura. Havia, portanto, uma área aberta entre essas salas laterais 10 e a fileira de salas junto à parede externa do pátio interno. Essa área aberta tinha 10 metros de largura e se estendia ao redor de todo o templo. 11 Duas portas nas salas laterais davam para a área aberta da plataforma, que tinha 2,5 metros de largura. Uma porta ficava voltada para o norte, e a outra, para o sul.

12 Havia um edifício grande a oeste, voltado para o pátio do templo. Tinha 35 metros de largura e 45 metros de comprimento, e suas paredes tinham 2,5 metros de espessura.[aw] 13 Então o homem mediu o templo, e tinha 50 metros[ax] de comprimento. O pátio ao redor do edifício, incluindo suas paredes, tinha mais 50 metros de comprimento. 14 O pátio interno do lado leste do templo tinha 50 metros de largura. 15 O edifício a oeste, incluindo suas duas paredes, também tinha 50 metros de largura.

O santuário, a sala interna e o pórtico do templo 16 eram todos revestidos de madeira, assim como as armações das janelas embutidas. As paredes internas eram revestidas de madeira acima e abaixo das janelas. 17 O espaço acima da porta que dava para a sala interna e suas paredes internas e externas também eram revestidos de madeira. 18 Todas as paredes eram enfeitadas com entalhes de querubins, cada um com dois rostos, alternados com entalhes de palmeiras. 19 Um dos rostos do querubim, o rosto de homem, ficava voltado para a palmeira de um lado. O outro rosto, o de leão forte, ficava voltado para a palmeira do outro lado. Havia figuras entalhadas ao redor de todo o templo, 20 desde o chão até o alto das paredes, inclusive na parede externa do santuário.

21 Na entrada do santuário havia colunas quadradas, e as colunas na entrada do lugar santíssimo eram semelhantes. 22 Havia um altar de madeira com 1,5 metros de altura e 1 metro de cada lado.[ay] Seus cantos, sua base e seus lados eram de madeira. O homem me disse: “Esta é a mesa que fica na presença do Senhor”.

23 Tanto o santuário como o lugar santíssimo tinham portas duplas, 24 cada uma com duas folhas que se abriam para os dois lados. 25 As portas que davam para o santuário eram enfeitadas com entalhes de querubins e de palmeiras, assim como as paredes. E havia uma cobertura de madeira na frente do pórtico do templo. 26 Dos dois lados do pórtico havia janelas embutidas enfeitadas com entalhes de palmeiras. As salas laterais junto à parede externa também tinham coberturas.

Salas para os sacerdotes

42 Então o homem me levou ao pátio do templo, passando pela porta norte. Entramos no pátio externo e chegamos a um edifício com salas junto à parede do pátio interno. Esse edifício, cuja entrada dava para o norte, tinha 50 metros[az] de comprimento e 25 metros[ba] de largura. Um conjunto de salas dava para o espaço do pátio interno, que tinha 10 metros[bb] de largura. Outro conjunto de salas dava para a calçada do pátio externo. Os dois conjuntos tinham três andares e ficavam um de frente para o outro. Entre os dois conjuntos de salas havia uma passagem com 5 metros[bc] de largura. Estendia-se ao longo dos 50 metros[bd] do edifício, e todas as portas davam para o norte. Cada um dos dois andares superiores com salas era mais estreito que o andar abaixo, pois nos andares superiores precisava haver espaço para passagens na frente de cada um. Uma vez que havia três andares e eles não tinham colunas de sustentação como os pátios, cada andar superior era recuado em relação ao andar abaixo. Havia uma parede externa que servia de divisória entre as salas e o pátio externo e que tinha 25 metros de comprimento. Essa parede acrescentava comprimento ao conjunto externo de salas, que se estendia por apenas 25 metros, enquanto o conjunto interno, cujas salas eram voltadas para o templo, tinha 50 metros de comprimento. Havia uma entrada pelo lado leste do pátio externo para essas salas.

10 Do lado sul[be] do templo havia dois conjuntos de salas ao sul do pátio interno, entre o templo e o pátio externo. A disposição dessas salas era semelhante à das salas do lado norte. 11 Havia uma passagem entre os dois conjuntos de salas, como do lado norte do templo. Esse conjunto de salas tinha o mesmo comprimento do outro, e também as mesmas entradas e portas. As dimensões deles eram idênticas. 12 Havia, portanto, uma entrada na parede voltada para o conjunto interno de salas e outra na extremidade leste da passagem interior.

13 Então o homem me disse: “Estas salas ao norte e ao sul que dão para o pátio do templo são santas. Aqui os sacerdotes que oferecem sacrifícios ao Senhor comerão as ofertas santíssimas. E, porque as salas são santas, serão usadas para guardar as ofertas sagradas: as ofertas de cereal, as ofertas pelo pecado e as ofertas pela culpa. 14 Quando os sacerdotes saírem do santuário, não irão diretamente para o pátio externo. Primeiro, removerão as roupas que usaram enquanto serviam no templo, pois elas são santas. Vestirão outras roupas antes de entrar nas dependências abertas para o povo”.

15 Quando o homem terminou de medir a área interna do templo, ele me levou para fora pela porta leste a fim de medir toda a área ao redor. 16 Mediu o lado leste com a vara de medir, e tinha 250 metros[bf] de comprimento. 17 Mediu o lado norte, e também tinha 250 metros. 18 O lado sul tinha 250 metros, 19 e o lado oeste também tinha 250 metros. 20 Portanto, a área tinha 250 metros de cada lado e um muro ao redor para separar o santo do comum.

A glória do Senhor volta ao templo

43 Depois disso, o homem me levou à porta leste. De repente, a glória do Deus de Israel surgiu, vindo do leste. O som de sua vinda era como o rugido de águas revoltas, e toda a paisagem se iluminou com sua glória. A visão era como as outras que eu havia tido, primeiro junto ao rio Quebar e depois quando ele veio[bg] destruir Jerusalém. Prostrei-me com o rosto no chão, e a glória do Senhor entrou no templo pela porta leste.

Então o Espírito me pôs em pé e me levou ao pátio interno, e a glória do Senhor encheu o templo. Ouvi alguém falar comigo de dentro do templo, enquanto o homem que havia tomado as medidas estava ao meu lado. O Senhor me disse: “Filho do homem, este é o lugar de meu trono e o lugar onde descanso meus pés. Habitarei aqui para sempre no meio do povo de Israel. Eles e seus reis nunca mais profanarão meu santo nome ao cometer adultério adorando outros deuses ou ao honrar relíquias de seus reis que morreram.[bh] Puseram os altares de seus ídolos ao lado de meu altar, com apenas uma parede entre mim e eles. Profanaram meu santo nome com esse pecado detestável, por isso os consumi em minha ira. Agora, que deixem de adorar outros deuses e honrar as relíquias de seus reis, e eu habitarei no meio deles para sempre.

10 “Filho do homem, descreva para o povo de Israel o templo que lhe mostrei, para que eles se envergonhem de todos os seus pecados. Que eles estudem a planta do templo 11 e fiquem envergonhados[bi] de tudo que fizeram. Descreva-lhes todas as especificações do templo, incluindo as entradas e saídas, e todos os outros detalhes. Fale de seus decretos e suas leis. Escreva todas essas especificações e todos esses decretos diante do povo, para que se lembrem deles e lhes obedeçam. 12 E esta é a lei do templo: todo o alto do monte onde está o templo é santo. Sim, esta é a lei do templo.”

O altar

13 “Estas são as medidas do altar:[bj] há uma calha ao redor de todo o altar com 0,5 metro de profundidade e 0,5 metro de largura,[bk] com uma borda de 23 centímetros[bl] à sua volta. E esta é a altura[bm] do altar: 14 da calha o altar se eleva por 1 metro[bn] até uma borda inferior ao seu redor com 0,5 metro[bo] de largura. Da borda inferior o altar se eleva por 2 metros[bp] até a borda superior, que também tem 0,5 metro de largura. 15 A parte de cima do altar, onde fica o fogo, se eleva mais 2 metros, com um chifre em cada um dos quatro cantos. 16 A parte de cima do altar é quadrada, com 6 metros de cada lado.[bq] 17 A borda superior também forma um quadrado, com 7 metros de cada lado,[br] uma calha de 0,5 metro e uma saliência de 25 centímetros[bs] ao redor da borda. Há degraus do lado leste do altar”.

18 Então ele me disse: “Filho do homem, assim diz o Senhor Soberano: Estas serão as regras para a queima de ofertas e a aspersão de sangue depois que o altar for construído. 19 Nessa ocasião, os sacerdotes levitas da família de Zadoque, aqueles que servem diante de mim, devem receber um novilho para uma oferta pelo pecado, diz o Senhor Soberano. 20 Você pegará um pouco do sangue do novilho e o aplicará aos quatro chifres do altar, aos quatro cantos da borda superior e à saliência em volta da borda. Com isso, purificará o altar e fará expiação por ele. 21 Em seguida, pegará o novilho para a oferta pelo pecado e o queimará no lugar indicado, fora da área do templo.

22 “No segundo dia, apresentará como oferta pelo pecado um bode sem defeito. Em seguida, purificará o altar e fará expiação por ele novamente, como fez com o novilho. 23 Quando tiver terminado a cerimônia de purificação, apresentará outro novilho sem defeito e um carneiro perfeito do rebanho. 24 Você os oferecerá ao Senhor, e os sacerdotes espalharão sal sobre eles e os apresentarão como holocausto ao Senhor.

25 “Todos os dias, por sete dias, você apresentará um bode, um novilho e um carneiro do rebanho como oferta pelo pecado. Nenhum desses animais deve ter qualquer defeito. 26 Fará isso todos os dias, por sete dias, para purificar o altar e fazer expiação por ele e, desse modo, separá-lo para o uso sagrado. 27 No oitavo dia, e a cada dia depois disso, os sacerdotes oferecerão no altar os holocaustos e as ofertas de paz do povo. Então eu aceitarei vocês. Eu, o Senhor Soberano, falei!”.

O príncipe, os levitas e os sacerdotes

44 Depois disso, o homem me levou de volta à porta leste no muro externo do templo, mas ela estava fechada. Então o Senhor me disse: “Esta porta deve permanecer fechada; nunca mais será aberta. Ninguém jamais a abrirá nem passará por ela, pois o Senhor, o Deus de Israel, entrou por ela. Portanto, permanecerá sempre fechada. Somente o príncipe pode sentar-se junto a essa entrada para comer na presença do Senhor. Mas só pode entrar e sair pelo pórtico da entrada”.

Então o homem me levou para a frente do templo, passando pela porta norte. Olhei e vi a glória do Senhor encher o templo do Senhor, e prostrei-me com o rosto no chão.

Então o Senhor me disse: “Filho do homem, preste atenção. Use seus olhos e seus ouvidos e escute atentamente tudo que lhe digo acerca das regras no templo do Senhor. Observe com atenção os procedimentos para o uso das entradas e saídas do templo. E transmita a esses rebeldes, o povo de Israel, esta mensagem do Senhor Soberano: Ó povo de Israel, basta de seus pecados detestáveis! Vocês trouxeram estrangeiros incircuncisos para dentro de meu santuário, gente incircuncisa de corpo e coração. Com isso, profanaram meu templo enquanto me ofereciam comida, a gordura e o sangue dos sacrifícios. Além de todos os seus outros pecados detestáveis, vocês quebraram minha aliança. Em vez de guardar minhas ordens sobre as coisas sagradas, contrataram estrangeiros para realizar o serviço de meu santuário.

“Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Nenhum estrangeiro, nem mesmo aqueles que vivem no meio do povo de Israel, entrará em meu santuário se não tiver sido circuncidado, de corpo e coração. 10 E os homens da tribo de Levi que me abandonaram quando Israel se afastou de mim para adorar ídolos[bt] sofrerão as consequências de seus pecados. 11 Ainda poderão ser guardas do templo e das portas, poderão abater os animais trazidos para os holocaustos e estar presentes para servir o povo. 12 Contudo, incentivaram o povo a adorar ídolos e fizeram Israel cair em pecado profundo. Por isso, jurei solenemente que eles sofrerão as consequências de seus pecados, diz o Senhor Soberano. 13 Não se aproximarão de mim para me servir como sacerdotes. Não tocarão em nenhuma das minhas coisas sagradas nem nas ofertas sagradas, pois carregarão a vergonha de todos os pecados detestáveis que cometeram. 14 Cuidarão do templo e serão encarregados do trabalho de manutenção e dos serviços gerais.

15 “Contudo, os sacerdotes levitas da família de Zadoque continuaram a servir fielmente no templo quando Israel me abandonou. Eles me servirão; estarão em minha presença e oferecerão a gordura e o sangue dos sacrifícios, diz o Senhor Soberano. 16 Somente eles entrarão em meu santuário e se aproximarão de minha mesa para me servir. Eles cumprirão todas as minhas ordens.

17 “Quando entrarem pela porta para o pátio interno, vestirão somente roupas de linho. Não usarão veste alguma de lã enquanto estiverem de serviço no pátio interno ou no templo propriamente dito. 18 Usarão turbantes de linho e as roupas de baixo de linho. Nunca vestirão roupas que os façam transpirar. 19 Quando voltarem ao pátio externo, onde o povo está, removerão as vestes que usam enquanto me servem. Deixarão essas vestes nas salas sagradas e vestirão outras roupas, a fim de não colocar ninguém em perigo ao consagrá-lo indevidamente por meio das vestes.

20 “Não rasparão a cabeça nem deixarão o cabelo comprido demais; antes, o manterão aparado. 21 Os sacerdotes não beberão vinho antes de entrar no pátio interno. 22 Poderão escolher a esposa somente entre as virgens de Israel ou entre as viúvas dos sacerdotes. Não se casarão com outras viúvas nem com mulheres divorciadas. 23 Ensinarão meu povo a diferença entre sagrado e profano, entre cerimonialmente puro e impuro.

24 “Servirão como juízes para resolver desentendimentos entre membros de meu povo. Suas decisões serão baseadas em meus estatutos. E eles mesmos obedecerão às minhas instruções e aos meus decretos em todas as festas sagradas e se certificarão de que meus sábados sejam separados como dias santos.

25 “O sacerdote não deverá se contaminar por se aproximar de uma pessoa morta, a menos que seja seu pai, sua mãe, seu filho, sua filha, seu irmão ou sua irmã não casada. Nesses casos, será permitido que se torne impuro. 26 Mesmo assim, só poderá retomar seus deveres no templo depois de se purificar cerimonialmente e esperar sete dias. 27 No primeiro dia em que voltar ao trabalho e entrar no pátio interno e no santuário, apresentará uma oferta pelo pecado por si mesmo, diz o Senhor Soberano.

28 “Os sacerdotes não terão propriedades nem porção alguma de terra, pois eu sou sua herança. 29 Seu alimento virá das ofertas e dos sacrifícios que os israelitas trouxerem para o templo: as ofertas de cereal, as ofertas pelo pecado e as ofertas pela culpa. Tudo que for consagrado para o Senhor pertencerá aos sacerdotes. 30 Os primeiros frutos maduros e todas as ofertas trazidas irão para os sacerdotes. As primeiras porções serão entregues aos sacerdotes, para que os lares de vocês sejam abençoados. 31 Os sacerdotes não comerão carne de qualquer ave ou animal que morrer de causas naturais ou que for morto por outro animal.”

Divisão da terra

45 “Quando vocês repartirem a terra entre as tribos de Israel, separem uma parte para o Senhor como sua porção santa. Ela terá 12,5 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura.[bu] Toda essa área será santa. Uma parte dessa terra, com 250 metros de cada lado,[bv] será separada para o templo. Ao redor dela haverá um espaço aberto com 25 metros[bw] de largura. Dentro da área santa maior, separem uma porção de terra com 12,5 quilômetros de comprimento e 5 quilômetros de largura.[bx] Dentro dela ficará o santuário, o lugar santíssimo. Essa área será santa, separada para os sacerdotes que servem ao Senhor no santuário. Ali ficarão suas casas e meu templo. A faixa de terra sagrada ao lado dela, também com 12,5 quilômetros de comprimento e 5 quilômetros de largura, será destinada às casas dos levitas que trabalham no templo. Será propriedade deles e um lugar para seus povoados.[by]

“Junto à área santa maior haverá um faixa de terra com 12,5 quilômetros de comprimento e 2,5 quilômetros de largura.[bz] Ela será separada para uma cidade onde qualquer um em Israel poderá morar.

“Duas faixas de terra serão separadas para o príncipe. Uma delas fará divisa com o lado leste das terras sagradas e com a cidade, e a outra fará divisa com o lado oeste. As divisas no extremo leste e no extremo oeste das terras do príncipe ficarão junto às divisas leste e oeste dos territórios das tribos. Essas porções de terra serão separadas para o príncipe. Então meus príncipes não oprimirão mais meu povo; distribuirão o restante da terra entre o povo e separarão uma parte para cada tribo.”

Regras para os príncipes

“Assim diz o Senhor Soberano: Basta, príncipes de Israel! Parem com a violência e a opressão e façam o que é justo e certo. Parem de expulsar meu povo de suas casas, diz o Senhor Soberano. 10 Usem somente pesos, medidas e balanças honestos para secos e líquidos.[ca] 11 O ômer[cb] será a unidade padrão para medir volume, e o efa e o bato[cc] medirão, cada um, um décimo de ômer. 12 A medida padrão para pesos será o siclo de prata.[cd] Um siclo consistirá em vinte geras, e sessenta siclos corresponderão a uma mina.”[ce]

Ofertas especiais e comemorações

13 “Esta é a oferta que vocês entregarão ao príncipe: um cesto de trigo ou de cevada para cada sessenta cestos[cf] que colherem, 14 um centésimo de seu azeite,[cg] 15 e uma ovelha ou um bode para cada duzentos de seus rebanhos em Israel. Serão ofertas de cereal, holocaustos e ofertas de paz que farão expiação por aqueles que os apresentarem, diz o Senhor Soberano. 16 Todo o povo de Israel levará essas ofertas ao príncipe. 17 Caberá ao príncipe fornecer as ofertas apresentadas nas festas religiosas, nas comemorações da lua nova, aos sábados e em outras ocasiões semelhantes. Ele providenciará as ofertas pelo pecado, os holocaustos, as ofertas de cereal, as ofertas derramadas e as ofertas de paz para fazer expiação pelo povo de Israel.

18 “Assim diz o Senhor Soberano: No primeiro dia do primeiro mês de cada ano,[ch] vocês sacrificarão um novilho sem defeito para purificar o templo. 19 O sacerdote pegará sangue dessa oferta pelo pecado e o aplicará aos batentes da porta do templo, aos quatro cantos da borda superior do altar e aos batentes da entrada do pátio interno. 20 Vocês farão o mesmo no sétimo dia do ano novo em favor de qualquer um que houver pecado sem intenção ou por ignorância. Assim, purificarão[ci] o templo.

21 “No décimo quarto dia do primeiro mês,[cj] vocês celebrarão a Páscoa. Essa festa durará sete dias. O pão que comerem durante esses dias será feito sem fermento. 22 No dia da Páscoa, o príncipe fornecerá um novilho como oferta pelo pecado em favor de si mesmo e do povo de Israel. 23 A cada dia, durante os sete dias da festa, ele preparará um holocausto para o Senhor com sete novilhos e sete carneiros sem defeito. Também apresentará, a cada dia, um bode como oferta pelo pecado. 24 O príncipe fornecerá um cesto[ck] de farinha como oferta de cereal e um jarro[cl] de azeite com cada novilho e cada carneiro.

25 “Durante os sete dias da Festa das Cabanas, que ocorre a cada ano no décimo quinto dia do sétimo mês,[cm] o príncipe fornecerá esses mesmos sacrifícios como oferta pelo pecado, holocausto e oferta de cereal, bem como a quantidade requerida de azeite.”

46 “Assim diz o Senhor Soberano: A porta leste do pátio interno ficará fechada durante os seis dias de trabalho da semana, mas será aberta aos sábados e nas comemorações da lua nova. O príncipe entrará pelo pórtico da entrada, vindo de fora. Ficará em pé junto ao batente da porta enquanto o sacerdote apresenta os holocaustos e as ofertas de paz. Ele se curvará em adoração na passagem de entrada e depois sairá por onde entrou. A porta não será fechada até a tarde. O povo se curvará e adorará o Senhor junto a essa porta aos sábados e nas comemorações da lua nova.

“A cada sábado o príncipe apresentará ao Senhor um holocausto de seis cordeiros e um carneiro, todos sem defeito. Apresentará uma oferta de cereal de um cesto de farinha[cn] com o carneiro e a quantidade de farinha que puder com cada cordeiro; também oferecerá um jarro[co] de azeite para cada cesto de farinha. Nas comemorações da lua nova, trará um novilho, seis cordeiros e um carneiro, todos sem defeito. Junto com o novilho, apresentará um cesto de farinha da melhor qualidade como oferta de cereal. Junto com o carneiro, apresentará outro cesto de farinha. E, junto com cada cordeiro, apresentará a quantidade de farinha que desejar. Para cada cesto de farinha, oferecerá um jarro de azeite.

“Quando o príncipe entrar, virá pelo pórtico e sairá por onde entrou. Mas, quando o povo entrar pela porta norte para adorar o Senhor durante as festas religiosas, sairá pela porta sul. E quem entrar pela porta sul sairá pela porta norte. Ninguém sairá pela mesma porta por onde entrou, mas sempre pela porta oposta. 10 O príncipe entrará e sairá com o povo nessas ocasiões.

11 “Portanto, nas festas especiais e nas festas sagradas, a oferta de cereal será um cesto de farinha da melhor qualidade para cada novilho, mais outro cesto de farinha para cada carneiro e a quantidade de farinha que o adorador desejar oferecer com cada cordeiro. Para cada cesto de farinha será apresentado um jarro de azeite. 12 Quando o príncipe oferecer voluntariamente ao Senhor um holocausto ou uma oferta de paz, a porta leste do pátio interno será aberta para ele, e ele oferecerá os sacrifícios como faz aos sábados. Então ele sairá e a porta será fechada.

13 “A cada manhã, vocês oferecerão um cordeiro de um ano sem defeito como holocausto ao Senhor. 14 Junto com ele, apresentarão ao Senhor uma oferta de cereal com a sexta parte de um cesto[cp] de farinha e um terço do jarro[cq] de azeite para umedecer a farinha da melhor qualidade. Este será um decreto permanente para vocês. 15 O cordeiro, a oferta de cereal e o azeite devem ser apresentados como sacrifício diário a cada manhã, sem falta.

16 “Assim diz o Senhor Soberano: Se o príncipe der um pedaço de terra para um de seus filhos como herança, pertencerá a ele e a seus descendentes para sempre. 17 Mas, se o príncipe der um pedaço de terra de sua herança para um de seus servos, o servo a manterá apenas até o Ano do Jubileu.[cr] Nessa ocasião, a terra voltará para o príncipe. Contudo, aquilo que o príncipe der a seus filhos será permanente. 18 Além disso, o príncipe não poderá tomar a propriedade de ninguém à força. Se ele der propriedades a seus filhos, terão de ser de suas próprias terras, pois não quero que meu povo seja despejado de suas propriedades”.

As cozinhas do templo

19 Depois disso, o homem me levou pela entrada ao lado da porta e me conduziu às salas sagradas reservadas para os sacerdotes e que ficavam voltadas para o norte. Mostrou-me um lugar na extremidade oeste dessas salas 20 e explicou: “Aqui os sacerdotes cozinharão a carne das ofertas pela culpa e das ofertas pelo pecado e assarão o pão feito com a farinha das ofertas de cereal. Farão isso aqui para não ter de carregar os sacrifícios pelo pátio externo e correr o risco de consagrar o povo indevidamente”.

21 Então ele me levou de volta ao pátio externo e me conduziu a cada um de seus quatro cantos. Em cada canto vi uma área cercada. 22 Cada uma dessas áreas cercadas tinha 20 metros de comprimento e 15 metros de largura[cs] e era rodeada por um muro. 23 Ao longo da parte interna desses muros havia uma saliência de pedra, com lugares para acender fogo debaixo da saliência, em todo o redor. 24 O homem me disse: “Estas são as cozinhas onde os assistentes do templo cozinharão os sacrifícios oferecidos pelo povo”.

O rio de cura

47 Depois disso, o homem me levou de volta à entrada do templo. Ali, notei que jorrava água para o leste por debaixo da porta do templo e passava à direita do altar, do lado sul. Ele me levou para fora do muro pela porta norte e me conduziu até a entrada leste. Ali, vi que a água corria pelo lado sul da porta leste.

O homem me conduziu pela água e, enquanto caminhávamos, ele ia medindo. Quando percorremos quinhentos metros,[ct] ele me levou para o outro lado do rio. Ali a água chegava a meus tornozelos. Ele mediu mais quinhentos metros e atravessamos o rio novamente. Dessa vez, a água chegava a meus joelhos. Depois de mais quinhentos metros, chegava à minha cintura. Então ele mediu mais quinhentos metros e ali a água era um rio fundo o suficiente para atravessar a nado, mas fundo demais para atravessar a pé.

Ele me perguntou: “Filho do homem, você está vendo?”, e me levou de volta à margem do rio. Ao voltar, fiquei surpreso de ver muitas árvores que cresciam dos dois lados do rio. Então ele me disse: “Este rio corre para o leste, pelo deserto, até o vale do mar Morto.[cu] Sua água tornará pura a água salgada do mar Morto. Por onde a água deste rio passar,[cv] haverá muitos seres vivos. O mar Morto ficará cheio de peixes, porque sua água se tornará pura. Surgirá vida por onde esta água fluir. 10 Pescadores ficarão às margens do mar Morto. Desde En-Gedi até En-Eglaim, as praias ficarão cobertas de redes secando ao sol. O mar Morto se encherá de peixes de toda espécie, como os peixes do mar Mediterrâneo.[cw] 11 Mas os brejos e os pântanos não serão purificados; continuarão salgados. 12 Em ambas as margens do rio crescerão árvores frutíferas de toda espécie. As folhas dessas árvores nunca secarão nem cairão, e sempre haverá frutos em seus ramos. Produzirão uma nova colheita a cada mês, pois são regadas pela água do rio que nasce no templo. Seus frutos servirão de alimento, e suas folhas, de remédio”.

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