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Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Mateus 26:57 - Marcos 9:13

O julgamento de Jesus diante do conselho

57 Então os que haviam prendido Jesus o levaram para a casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde estavam reunidos os mestres da lei e os líderes do povo. 58 Enquanto isso, Pedro seguia Jesus de longe, até chegar ao pátio do sumo sacerdote. Entrou ali, sentou-se com os guardas e esperou para ver o que aconteceria.

59 Lá dentro, os principais sacerdotes e todo o conselho dos líderes do povo[a] tentavam encontrar testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. 60 Embora muitos estivessem dispostos a dar falso testemunho, não puderam usar o depoimento de ninguém. Por fim, apresentaram-se dois homens, 61 que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias’”.

62 Então o sumo sacerdote se levantou e disse a Jesus: “Você não vai responder a essas acusações? O que tem a dizer em sua defesa?”. 63 Jesus, porém, permaneceu calado. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo em nome do Deus vivo que nos diga se é o Cristo, o Filho de Deus”.

64 Jesus respondeu: “É como você diz. Eu lhes digo que, no futuro, verão o Filho do Homem sentado à direita do Deus Poderoso[b] e vindo sobre as nuvens do céu”.[c]

65 Então o sumo sacerdote rasgou as vestes e disse: “Blasfêmia! Que necessidade temos de outras testemunhas? Todos ouviram a blasfêmia. 66 Qual é o veredicto?”.

“Culpado!”, responderam. “Ele merece morrer!”

67 Então começaram a cuspir no rosto de Jesus e a dar-lhe socos. Alguns lhe davam tapas 68 e zombavam: “Profetize para nós, Cristo! Quem foi que lhe bateu desta vez?”.

Pedro nega Jesus

69 Enquanto isso, Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio. Uma criada foi até ele e disse: “Você é um dos que estavam com Jesus, o galileu”.

70 Mas Pedro o negou diante de todos. “Não sei do que você está falando”, disse.

71 Mais tarde, junto ao portão, outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus de Nazaré”.[d]

72 Novamente, Pedro o negou, dessa vez com juramento. “Nem mesmo conheço esse homem!”, disse ele.

73 Pouco depois, alguns dos outros ali presentes vieram a Pedro e disseram: “Você deve ser um deles; percebemos pelo seu sotaque galileu”.

74 Pedro jurou: “Que eu seja amaldiçoado se estiver mentindo. Não conheço esse homem!”. Imediatamente, o galo cantou.

75 Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E saiu dali, chorando amargamente.

Judas se enforca

27 De manhã cedo, os principais sacerdotes e líderes do povo se reuniram outra vez para planejar uma maneira de levar Jesus à morte. Então o amarraram, o levaram e o entregaram a Pilatos, o governador romano.

Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus tinha sido condenado à morte, encheu-se de remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e líderes do povo, dizendo: “Pequei, pois traí um homem inocente”.

“Que nos importa?”, retrucaram eles. “Isso é problema seu.”

Então Judas jogou as moedas de prata no templo, saiu e se enforcou.

Os principais sacerdotes juntaram as moedas e disseram: “Não seria certo colocar este dinheiro no tesouro do templo, pois é dinheiro manchado de sangue”. Então resolveram comprar o campo do oleiro e transformá-lo num cemitério para estrangeiros. Por isso, até hoje ele se chama Campo de Sangue. Cumpriu-se, assim, a profecia de Jeremias que diz:

“Tomaram as trinta peças de prata,

preço pelo qual ele foi avaliado pelo povo de Israel,

10 e compraram[e] o campo do oleiro,

conforme o Senhor ordenou”.[f]

O julgamento de Jesus diante de Pilatos

11 Agora Jesus estava diante de Pilatos, o governador romano, que lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?”.

Jesus respondeu: “É como você diz”.

12 No entanto, quando os principais sacerdotes e os líderes do povo fizeram acusações contra ele, Jesus permaneceu calado. 13 Então Pilatos perguntou: “Você não ouve essas acusações que fazem contra você?”. 14 Mas, para surpresa do governador, Jesus nada disse.

15 A cada ano, durante a festa da Páscoa, era costume do governador libertar um prisioneiro, qualquer um que a multidão escolhesse. 16 Nesse ano, havia um prisioneiro, famoso por sua maldade, chamado Barrabás.[g] 17 Quando a multidão se reuniu diante de Pilatos naquela manhã, ele perguntou: “Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?”. 18 Pois ele sabia muito bem que os líderes religiosos judeus tinham prendido Jesus por inveja.

19 Nesse momento, enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua esposa lhe mandou o seguinte recado: “Deixe esse homem inocente em paz. Na noite passada, tive um sonho a respeito dele e fiquei muito perturbada”.

20 Enquanto isso, os principais sacerdotes e os líderes do povo convenceram a multidão a pedir que Barrabás fosse solto e Jesus executado. 21 Então o governador perguntou outra vez: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?”.

A multidão gritou em resposta: “Barrabás!”.

22 Pilatos perguntou: “E o que farei com Jesus, chamado Cristo?”.

“Crucifique-o!”, gritou a multidão.

23 “Por quê?”, quis saber Pilatos. “Que crime ele cometeu?”

Mas a multidão gritou ainda mais alto: “Crucifique-o!”.

24 Pilatos viu que de nada adiantava insistir e que um tumulto se iniciava. Assim, mandou buscar uma bacia com água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem. A responsabilidade é de vocês”.

25 Todo o povo gritou em resposta: “Que nós e nossos descendentes sejamos responsabilizados pela morte dele!”.[h]

26 Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Os soldados zombam de Jesus

27 Alguns dos soldados do governador levaram Jesus ao quartel[i] e chamaram todo o regimento. 28 Tiraram as roupas de Jesus e puseram nele um manto vermelho. 29 Teceram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Em sua mão direita, puseram um caniço, como se fosse um cetro. Ajoelhavam-se diante dele e zombavam: “Salve, rei dos judeus!”. 30 Cuspiam nele, tomavam-lhe o caniço da mão e com ele batiam em sua cabeça. 31 Quando se cansaram de zombar dele, tiraram o manto e o vestiram novamente com suas roupas. Então o levaram para ser crucificado.

A crucificação

32 No caminho, encontraram um homem chamado Simão, de Cirene,[j] e os soldados o obrigaram a carregar a cruz. 33 Então saíram para um lugar chamado Gólgota (que quer dizer “Lugar da Caveira”). 34 Os soldados lhe deram para beber vinho misturado com fel, mas, quando Jesus o provou, recusou-se a beber.

35 Depois de pregá-lo na cruz, os soldados tiraram sortes para dividir suas roupas.[k] 36 Então, sentaram-se em redor e montaram guarda. 37 Acima de sua cabeça estava presa uma tabuleta com a acusação feita contra ele: “Este é Jesus, o Rei dos judeus”. 38 Dois criminosos foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda.

39 O povo que passava por ali gritava insultos e sacudia a cabeça, em zombaria: 40 “Você disse que destruiria o templo e o reconstruiria em três dias. Pois bem, se é o Filho de Deus, salve a si mesmo e desça da cruz!”.

41 Os principais sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo também zombavam de Jesus. 42 “Salvou os outros, mas não pode salvar a si mesmo!”, diziam. “Quer dizer que ele é o rei de Israel? Que desça da cruz agora mesmo e creremos nele! 43 Ele confiou em Deus, então que Deus o salve agora, se quiser. Pois ele disse: ‘Eu sou o Filho de Deus’.” 44 Até os criminosos que tinham sido crucificados com ele o insultavam da mesma forma.

A morte de Jesus

45 Ao meio-dia, desceu sobre toda a terra uma escuridão que durou três horas. 46 Por volta das três da tarde, Jesus clamou em alta voz: “Eli, Eli,[l] lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”.[m]

47 Alguns dos que estavam ali pensaram que ele chamava o profeta Elias. 48 Um deles correu, ensopou uma esponja com vinagre e a ergueu num caniço para que ele bebesse. 49 Os outros, porém, disseram: “Esperem! Vamos ver se Elias vem salvá-lo”.[n]

50 Então Jesus clamou em alta voz novamente e entregou seu espírito. 51 Naquele momento, a cortina do santuário do templo se rasgou em duas partes, de cima até embaixo. A terra estremeceu, rochas se partiram 52 e sepulturas se abriram. Muitos do povo santo que haviam morrido ressuscitaram. 53 Saíram do cemitério depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa de Jerusalém e apareceram a muita gente.

54 O oficial romano[o] e os outros soldados que vigiavam Jesus ficaram aterrorizados com o terremoto e com tudo que havia acontecido, e disseram: “Este homem era verdadeiramente o Filho de Deus!”.

55 Muitas mulheres que tinham vindo da Galileia com Jesus para servi-lo olhavam de longe. 56 Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

O sepultamento de Jesus

57 Ao entardecer, José, um homem rico de Arimateia que tinha se tornado seguidor de Jesus, 58 foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos ordenou que lhe entregassem o corpo. 59 José tomou o corpo e o envolveu num lençol limpo, feito de linho, 60 e o colocou num túmulo novo, de sua propriedade, escavado na rocha. Então rolou uma grande pedra na entrada do túmulo e foi embora. 61 Maria Madalena e a outra Maria estavam ali, sentadas em frente ao túmulo.

Os guardas no túmulo

62 No dia seguinte, no sábado,[p] os principais sacerdotes e os fariseus foram a Pilatos 63 e disseram: “Senhor, lembramos que, quando ainda vivia, aquele mentiroso disse: ‘Depois de três dias ressuscitarei’. 64 Por isso, pedimos que lacre o túmulo até o terceiro dia. Isso impedirá que seus discípulos roubem o corpo e depois digam a todos que ele ressuscitou. Se isso acontecer, estaremos em pior situação que antes”.

65 Pilatos respondeu: “Levem soldados e guardem o túmulo como acharem melhor”. 66 Então eles lacraram o túmulo e puseram guardas para protegê-lo.

A ressurreição

28 Depois do sábado, no primeiro dia da semana, bem cedo, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o túmulo.

De repente, houve um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra da entrada e sentou-se sobre ela. Seu rosto brilhava como um relâmpago, e suas roupas eram brancas como a neve. Quando os guardas viram o anjo, tremeram de medo e caíram desmaiados, como mortos.

Então o anjo falou com as mulheres. “Não tenham medo”, disse ele. “Sei que vocês procuram Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como tinha dito que aconteceria. Venham, vejam onde seu corpo estava. Agora vão depressa e contem aos discípulos que ele ressuscitou e que vai adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão. Lembrem-se do que eu lhes disse!”

As mulheres saíram apressadas do túmulo e, assustadas mas cheias de alegria, correram para transmitir aos discípulos a mensagem do anjo. No caminho, Jesus as encontrou e as cumprimentou. Elas correram para ele, abraçaram seus pés e o adoraram. 10 Então Jesus lhes disse: “Não tenham medo! Vão e digam a meus irmãos que se dirijam à Galileia. Lá eles me verão”.

O relato dos guardas

11 Enquanto as mulheres estavam a caminho, alguns dos guardas entraram na cidade e contaram aos principais sacerdotes o que havia acontecido. 12 Eles convocaram uma reunião com os líderes do povo e decidiram subornar os guardas com uma grande soma de dinheiro. 13 Instruíram os soldados: “Vocês devem dizer o seguinte: ‘Os discípulos de Jesus vieram durante a noite, enquanto dormíamos, e roubaram o corpo’. 14 Se o governador ficar sabendo disso, nós os defenderemos, para que não se compliquem”. 15 Os guardas aceitaram o suborno e falaram conforme tinham sido instruídos. Essa versão se espalhou entre os judeus, que continuam a contá-la até hoje.

A Grande Comissão

16 Então os onze discípulos partiram para a Galileia e foram ao monte que Jesus havia indicado. 17 Quando o viram, o adoraram; alguns deles, porém, duvidaram.

18 Jesus se aproximou deles e disse: “Toda a autoridade no céu e na terra me foi dada. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,[q] batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 20 Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto: estou sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

João Batista prepara o caminho

Este é o princípio das boas-novas a respeito de Jesus Cristo,[r] o Filho de Deus.[s] Iniciou-se como o profeta Isaías escreveu:

“Envio meu mensageiro adiante de ti,
e ele preparará teu caminho.[t]
Ele é uma voz que clama no deserto:
‘Preparem o caminho para a vinda do Senhor![u]
Abram a estrada para ele!’”.[v]

Esse mensageiro era João Batista. Ele apareceu no deserto, pregando o batismo como sinal de arrependimento para o perdão dos pecados. Gente de toda a Judeia, incluindo os moradores de Jerusalém, saía para ver e ouvir João. Quando confessavam seus pecados, ele os batizava no rio Jordão. João vestia roupas tecidas com pelos de camelo, usava um cinto de couro e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.

João anunciava: “Depois de mim virá alguém mais poderoso que eu, alguém tão superior que não sou digno de me abaixar e desamarrar as correias de suas sandálias. Eu os batizo com[w] água, mas ele os batizará com o Espírito Santo!”.

O batismo e a tentação de Jesus

Certo dia, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e João o batizou no rio Jordão. 10 Enquanto saía da água, viu o céu se abrir e o Espírito Santo descer sobre ele como uma pomba. 11 E uma voz do céu disse: “Você é meu Filho amado, que me dá grande alegria”.

12 Em seguida, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, 13 onde ele foi tentado por Satanás durante quarenta dias. Estava entre animais selvagens, e anjos o serviam.

14 Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, onde anunciou as boas-novas de Deus.[x] 15 “Enfim chegou o tempo prometido!”, proclamava. “O reino de Deus está próximo! Arrependam-se e creiam nas boas-novas!”

Os primeiros discípulos

16 Enquanto andava à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão[y] e seu irmão André. Jogavam redes ao mar, pois viviam da pesca. 17 Jesus lhes disse: “Venham! Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de gente”. 18 No mesmo instante, deixaram suas redes e o seguiram.

19 Pouco mais adiante, Jesus viu Tiago e João, filhos de Zebedeu, consertando redes num barco. 20 Chamou-os de imediato e eles também o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, no barco com os empregados.

Jesus expulsa um espírito impuro

21 Jesus e seus seguidores foram à cidade de Cafarnaum. Quando chegou o sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22 O povo ficou admirado com seu ensino, pois ele falava com verdadeira autoridade, diferentemente dos mestres da lei.

23 De repente, um homem ali na sinagoga, possuído por um espírito impuro, gritou: 24 “Por que vem nos importunar, Jesus de Nazaré? Veio para nos destruir? Sei quem é você: o Santo de Deus!”.

25 “Cale-se!”, repreendeu-o Jesus. “Saia deste homem!” 26 Então o espírito impuro soltou um grito, sacudiu o homem violentamente e saiu dele.

27 Todos os presentes ficaram admirados e começaram a discutir o que tinha acontecido. “Que ensinamento novo é esse?”, perguntavam. “Como tem autoridade! Até os espíritos impuros obedecem às ordens dele!” 28 As notícias a respeito de Jesus se espalharam rapidamente por toda a região da Galileia.

Jesus cura muitas pessoas

29 Depois que Jesus saiu da sinagoga com Tiago e João, foram à casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão estava de cama, com febre. Imediatamente, falaram a seu respeito para Jesus. 31 Ele foi até ela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela passou a servi-los.

32 Ao entardecer, depois que o sol se pôs, trouxeram a Jesus muitos enfermos e possuídos por demônios. 33 Toda a cidade se reuniu à porta da casa para observar. 34 Então Jesus curou muitas pessoas que sofriam de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios. Não permitia, porém, que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.

Jesus anuncia sua mensagem na Galileia

35 No dia seguinte, antes do amanhecer, Jesus se levantou e foi a um lugar isolado para orar. 36 Mais tarde, Simão e os outros saíram para procurá-lo. 37 Quando o encontraram, disseram: “Todos estão à sua procura!”.

38 Jesus respondeu: “Devemos prosseguir para outras cidades e lá também anunciar minha mensagem. Foi para isso que vim”. 39 Então ele viajou por toda a região da Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando demônios.

Jesus cura um leproso

40 Um leproso veio e ajoelhou-se diante de Jesus, implorando para ser curado: “Se o senhor quiser, pode me curar e me deixar limpo”.

41 Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão e tocou nele. “Eu quero”, respondeu. “Seja curado e fique limpo!” 42 No mesmo instante, a lepra desapareceu e o homem foi curado. 43 Então Jesus se despediu dele com uma forte advertência: 44 “Não conte isso a ninguém. Vá e apresente-se ao sacerdote para que ele o examine. Leve a oferta que a lei de Moisés exige pela sua purificação.[z] Isso servirá como testemunho”.

45 O homem, porém, saiu e começou a contar a todos o que havia acontecido. Por isso, em pouco tempo, grandes multidões cercaram Jesus, e ele já não conseguia entrar publicamente em cidade alguma. E, embora se mantivesse em lugares isolados, gente de toda parte vinha até ele.

Jesus cura um paralítico

Dias depois, quando Jesus retornou a Cafarnaum, a notícia de que ele tinha voltado se espalhou rapidamente. Em pouco tempo, a casa onde estava hospedado ficou tão cheia que não havia lugar nem do lado de fora da porta. Enquanto ele anunciava a palavra de Deus, quatro homens vieram carregando um paralítico numa maca. Por causa da multidão, não tinham como levá-lo até Jesus. Então abriram um buraco no teto, acima de onde Jesus estava. Em seguida, baixaram o homem na maca, bem na frente dele. Ao ver a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, seus pecados estão perdoados”.

Alguns dos mestres da lei que estavam ali sentados pensaram: “O que ele está dizendo? Isso é blasfêmia! Somente Deus pode perdoar pecados!”.

Jesus logo percebeu o que eles estavam pensando e perguntou: “Por que vocês questionam essas coisas em seu coração? O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Seus pecados estão perdoados’ ou ‘Levante-se, pegue sua maca e ande’? 10 Mas eu lhes mostrarei que o Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados”. Então disse ao paralítico: 11 “Levante-se, pegue sua maca e vá para casa”.

12 O homem se levantou de um salto, pegou sua maca e saiu andando diante de todos. A multidão ficou admirada e louvava a Deus, exclamando: “Nunca vimos nada igual!”.

Jesus chama Levi

13 Em seguida, Jesus saiu outra vez para a beira do mar e ensinou as multidões que vinham até ele. 14 Enquanto caminhava por ali, viu Levi,[aa] filho de Alfeu, sentado no lugar onde se coletavam os impostos. “Siga-me”, disse-lhe Jesus, e Levi se levantou e o seguiu.

15 Mais tarde, na casa de Levi, Jesus e seus discípulos estavam à mesa, acompanhados de um grande número de cobradores de impostos e outros pecadores, pois eram muitos os que o seguiam. 16 Quando alguns fariseus, mestres da lei,[ab] viram Jesus comer com cobradores de impostos e outros pecadores, perguntaram a seus discípulos: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?”.

17 Ao ouvir isso, Jesus lhes disse: “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes. Não vim para chamar os justos, mas sim os pecadores”.

Discussão sobre o jejum

18 Certa vez, quando os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando, algumas pessoas vieram a Jesus e perguntaram: “Por que seus discípulos não têm o hábito de jejuar como os discípulos de João e os discípulos dos fariseus?”.

19 Jesus respondeu: “Por acaso os convidados de um casamento jejuam enquanto festejam com o noivo? Não podem jejuar enquanto o noivo está com eles. 20 Um dia, porém, o noivo lhes será tirado, e então jejuarão.

21 “Além disso, ninguém remendaria uma roupa velha usando pano novo. O pano novo encolheria a roupa velha e a rasgaria, deixando um buraco ainda maior.

22 “E ninguém colocaria vinho novo em velhos recipientes de couro. O vinho os arrebentaria, e tanto o vinho como os recipientes se estragariam. Vinho novo precisa de recipientes novos”.

Discussão sobre o sábado

23 Num sábado, enquanto Jesus caminhava pelos campos de cereal, seus discípulos começaram a colher espigas. 24 Os fariseus lhe perguntaram: “Por que seus discípulos desobedecem à lei colhendo cereal no sábado?”.

25 Jesus respondeu: “Vocês não leram nas Escrituras o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? 26 Ele entrou na casa de Deus, nos dias em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães sagrados que só os sacerdotes tinham permissão de comer e os deu também a seus companheiros”.

27 Então Jesus disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. 28 Portanto, o Filho do Homem é senhor até mesmo do sábado”.

Jesus cura no sábado

Em outra ocasião, Jesus entrou na sinagoga e notou que havia ali um homem com uma das mãos deformada. Os inimigos de Jesus o observavam atentamente. Se ele curasse a mão do homem, planejavam acusá-lo, pois era sábado.

Jesus disse ao homem com a mão deformada: “Venha e fique diante de todos”. Em seguida, voltou-se para seus críticos e perguntou: “O que a lei permite fazer no sábado? O bem ou o mal? Salvar uma vida ou destruí-la?”. Eles ficaram em silêncio.

Jesus olhou para os que estavam ao seu redor, irado e muito triste pelo coração endurecido deles. Então disse ao homem: “Estenda a mão”. O homem estendeu a mão, e ela foi restaurada. No mesmo instante, os fariseus saíram e se reuniram com os membros do partido de Herodes para tramar um modo de matá-lo.

Multidões seguem Jesus

Jesus saiu para o mar com seus discípulos, e uma grande multidão os seguiu. Vinham de todas as partes da Galileia, da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do leste do rio Jordão e até de lugares distantes ao norte, como Tiro e Sidom. A notícia de seus milagres havia se espalhado para longe, e um grande número de pessoas vinha vê-lo.

Jesus instruiu seus discípulos a prepararem um barco para evitar que a multidão o esmagasse. 10 Havia curado muitos naquele dia, e os enfermos se empurravam para chegar até ele e tocá-lo. 11 E, sempre que o viam, os espíritos impuros se atiravam no chão na frente dele e gritavam: “Você é o Filho de Deus!”. 12 Jesus, porém, lhes dava ordens severas para que não revelassem quem ele era.

Jesus escolhe os doze apóstolos

13 Depois, Jesus subiu a um monte e chamou aqueles que ele desejava que o acompanhassem, e eles foram. 14 Escolheu doze e os chamou seus apóstolos,[ac] para que o seguissem e fossem enviados para anunciar sua mensagem, 15 e lhes deu autoridade para expulsar demônios. 16 Estes foram os doze que ele escolheu:

Simão, a quem ele chamou Pedro,

17 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”,

18 André,

Filipe,

Bartolomeu,

Mateus,

Tomé,

Tiago, filho de Alfeu,

Tadeu,

Simão, o cananeu,

19 Judas Iscariotes, que depois o traiu.

A fonte do poder de Jesus

20 Certo dia, Jesus entrou numa casa, e as multidões começaram a se juntar outra vez. Logo, ele e seus discípulos não tinham tempo nem para comer. 21 Quando os familiares de Jesus souberam o que estava acontecendo, tentaram impedi-lo de continuar. “Está fora de si”, diziam.

22 Então os mestres da lei, que tinham vindo de Jerusalém, disseram: “Está possuído por Belzebu, príncipe dos demônios. É dele que recebe poder para expulsar demônios”.

23 Jesus os chamou e respondeu com uma comparação: “Como é possível Satanás expulsar Satanás?”, perguntou. 24 “Um reino dividido internamente será destruído. 25 Da mesma forma, uma família dividida contra si mesma se desintegrará. 26 E, se Satanás está dividido e luta contra si mesmo, não pode se manter de pé; está acabado. 27 Quem tem poder para entrar na casa de um homem forte e saquear seus bens? Somente alguém ainda mais forte, alguém capaz de amarrá-lo e saquear sua casa.

28 “Eu lhes digo a verdade: todo pecado e toda blasfêmia podem ser perdoados, 29 mas quem blasfemar contra o Espírito Santo jamais será perdoado. Esse é um pecado com consequências eternas.” 30 Ele disse isso porque afirmavam: “Está possuído por um espírito impuro”.

A verdadeira família de Jesus

31 Então a mãe e os irmãos de Jesus foram vê-lo. Ficaram do lado de fora e mandaram alguém avisá-lo para sair e falar com eles. 32 Havia muitas pessoas sentadas ao seu redor, e alguém disse: “Sua mãe e seus irmãos[ad] estão lá fora e o procuram”.

33 Jesus respondeu: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?”. 34 Então olhou para aqueles que estavam ao seu redor e disse: “Vejam, estes são minha mãe e meus irmãos. 35 Quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

A parábola do semeador

Mais uma vez, Jesus começou a ensinar à beira-mar. Em pouco tempo, uma grande multidão se juntou ao seu redor. Então ele entrou num barco e sentou-se, enquanto o povo ficou na praia. Ele os ensinou contando várias histórias na forma de parábolas, como esta:

“Ouçam! Um lavrador saiu para semear. Enquanto espalhava as sementes pelo campo, algumas caíram à beira do caminho, e as aves vieram e as comeram. Outras sementes caíram em solo rochoso e, não havendo muita terra, germinaram rapidamente, mas as plantas logo murcharam sob o calor do sol e secaram, pois não tinham raízes profundas. Outras sementes caíram entre espinhos, que cresceram e sufocaram os brotos, sem nada produzirem. Ainda outras caíram em solo fértil e germinaram, cresceram e produziram uma colheita trinta, sessenta e até cem vezes maior que a quantidade semeada”. Então ele disse: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça com atenção!”.

10 Mais tarde, quando Jesus estava sozinho com os Doze e os outros que estavam reunidos ao seu redor, perguntaram-lhe qual era o significado das parábolas.

11 Ele respondeu: “A vocês é permitido entender o segredo[ae] do reino de Deus, mas uso parábolas para falar aos de fora, 12 de modo que:

‘Mesmo que vejam o que faço,
não perceberão,
e ainda que ouçam o que digo,
não compreenderão.
Do contrário, poderiam voltar-se para mim,
e ser perdoados’”.[af]

13 Então Jesus disse: “Se vocês não entendem o significado desta parábola, como entenderão as demais? 14 O lavrador lança sementes ao anunciar a mensagem. 15 As sementes que caíram à beira do caminho representam os que ouvem a mensagem, mas Satanás logo vem e a toma deles. 16 As que caíram no solo rochoso representam aqueles que ouvem a mensagem e, sem demora, a recebem com alegria. 17 Contudo, uma vez que não têm raízes profundas, não duram muito. Assim que enfrentam problemas ou são perseguidos por causa da mensagem, cedo desanimam. 18 As que caíram entre os espinhos representam outros que ouvem a mensagem, 19 mas logo ela é sufocada pelas preocupações desta vida, pela sedução da riqueza e pelo desejo por outras coisas, não produzindo fruto. 20 E as que caíram em solo fértil representam os que ouvem e aceitam a mensagem e produzem uma colheita trinta, sessenta ou até cem vezes maior que a quantidade semeada”.

A parábola da lâmpada

21 Em seguida, Jesus lhes perguntou: “Alguém acenderia uma lâmpada e a colocaria sob um cesto ou uma cama? Claro que não! A lâmpada é colocada num pedestal, de onde sua luz brilhará. 22 Da mesma forma, tudo que está escondido será revelado, e tudo que está oculto virá à luz. 23 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça com atenção!”.

24 Então acrescentou: “Prestem muita atenção ao que vão ouvir. Com o mesmo padrão de medida que adotarem, vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. 25 Pois ao que tem, mais lhe será dado; mas do que não tem, até o que tem lhe será tirado”.

A parábola da semente que cresce

26 Jesus também disse: “O reino de Deus é como um lavrador que lança sementes sobre a terra. 27 Noite e dia, esteja ele dormindo ou acordado, as sementes germinam e crescem, mas ele não sabe como isso acontece. 28 A terra produz as colheitas por si própria. Primeiro aparece uma folha, depois se formam as espigas de trigo e, por fim, o cereal amadurece. 29 E, assim que o cereal está maduro, o lavrador vem e o corta com a foice, pois chegou o tempo da colheita”.

A parábola da semente de mostarda

30 Jesus disse ainda: “Como posso descrever o reino de Deus? Que comparação devo usar para ilustrá-lo? 31 É como uma semente de mostarda plantada na terra. É a menor das sementes, 32 mas se torna a maior de todas as hortaliças, com ramos tão grandes que as aves fazem ninhos à sua sombra”.

33 Jesus usou muitas histórias e ilustrações semelhantes para ensinar o povo, conforme tinham condições de entender. 34 Na verdade, só usava parábolas para ensinar em público. Depois, quando estava sozinho com seus discípulos, explicava tudo para eles.

Jesus acalma a tempestade

35 Ao anoitecer, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos atravessar para o outro lado do mar”. 36 Com ele a bordo, partiram e deixaram a multidão para trás, embora outros barcos os seguissem. 37 Logo uma forte tempestade se levantou. As ondas arrebentavam sobre o barco, que começou a encher-se de água.

38 Jesus dormia na parte de trás do barco, com a cabeça numa almofada. Os discípulos o acordaram, clamando: “Mestre, vamos morrer! O senhor não se importa?”.

39 Jesus despertou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Aquiete-se!”. De repente, o vento parou, e houve grande calmaria. 40 Então Jesus lhes perguntou: “Por que estão com medo? Ainda não têm fé?”.

41 Apavorados, os discípulos diziam uns aos outros: “Quem é este homem? Até o vento e o mar lhe obedecem!”.

Jesus exerce autoridade sobre demônios

Assim, chegaram ao outro lado do mar, à região dos gerasenos.[ag] Quando Jesus desembarcou, imediatamente um homem possuído por um espírito impuro saiu do cemitério e veio ao seu encontro. Esse homem morava entre as cavernas usadas como túmulos e ninguém conseguia detê-lo, nem mesmo com correntes. Sempre que era acorrentado e algemado, quebrava as algemas dos pulsos e despedaçava as correntes dos pés. Ninguém era forte o suficiente para dominá-lo. Dia e noite, vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e cortando-se com pedras.

Quando o homem viu Jesus, ainda a certa distância, correu ao seu encontro e se curvou diante dele. Então soltou um forte grito: “Por que vem me importunar, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Em nome de Deus, suplico que não me torture!”. Pois Jesus já havia falado ao espírito: “Saia deste homem, espírito impuro!”.

Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?”.

Ele respondeu: “Meu nome é Legião, porque há muitos de nós dentro deste homem”. 10 E os espíritos impuros suplicaram repetidamente que ele não os enviasse a algum lugar distante.

11 Havia uma grande manada de porcos pastando num monte ali perto. 12 “Mande-nos para aqueles porcos”, imploraram os espíritos. “Deixe que entremos neles.”

13 Jesus lhes deu permissão. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos, e toda a manada, cerca de dois mil porcos, se atirou pela encosta íngreme do monte para dentro do mar e se afogou.

14 Os que cuidavam dos porcos fugiram para uma cidade próxima e para seus arredores, espalhando a notícia. O povo correu para ver o que havia ocorrido. 15 Chegaram até onde Jesus estava e viram o homem que tinha sido possuído pela legião de demônios. Estava sentado ali, vestido e em perfeito juízo, e todos tiveram medo. 16 Então os que presenciaram os acontecimentos contaram aos outros o que havia ocorrido com o homem possuído por demônios e com os porcos. 17 A multidão começou a suplicar que Jesus fosse embora da região.

18 Quando Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possuído por demônios implorou para ir com ele. 19 Jesus, porém, não permitiu e disse: “Volte para sua casa e para sua família e conte-lhes tudo que o Senhor fez por você e como ele foi misericordioso”. 20 Então o homem partiu e começou a anunciar pela região das Dez Cidades[ah] quanto Jesus havia feito por ele, e todos se admiravam do que ele dizia.

Jesus cura em resposta à fé

21 Jesus entrou novamente no barco e voltou para o outro lado do mar, onde uma grande multidão se juntou ao seu redor na praia. 22 Então chegou um dos líderes da sinagoga local, chamado Jairo. Quando viu Jesus, prostrou-se a seus pés e 23 suplicou repetidas vezes: “Minha filhinha está morrendo. Por favor, venha e ponha as mãos sobre ela; cure-a para que ela viva!”.

24 Jesus foi com ele, e todo o povo o seguiu, apertando-se ao seu redor. 25 No meio da multidão estava uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragia. 26 Tinha passado por muitas dificuldades nas mãos de vários médicos e, ao longo dos anos, gastou tudo que possuía, sem melhorar. Na verdade, havia piorado. 27 Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se por trás dele no meio da multidão e tocou em seu manto, 28 pois pensava: “Se eu apenas tocar em seu manto, serei curada”. 29 No mesmo instante, a hemorragia parou, e ela sentiu em seu corpo que tinha sido curada da enfermidade.

30 Jesus imediatamente percebeu que dele havia saído poder; por isso, virou-se para a multidão e perguntou: “Quem tocou em meu manto?”.

31 Seus discípulos disseram: “Veja a multidão que o aperta de todos os lados. Como o senhor ainda pergunta: ‘Quem tocou em mim?’”.

32 Jesus, porém, continuou a olhar ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33 Então a mulher, assustada e tremendo pelo que lhe tinha acontecido, veio e, ajoelhando-se diante dele, contou o que havia feito. 34 Jesus lhe disse: “Filha, sua fé a curou. Vá em paz. Seu sofrimento acabou”.

35 Enquanto Jesus ainda falava com a mulher, chegaram mensageiros da casa de Jairo, o líder da sinagoga, e lhe disseram: “Sua filha morreu. Para que continuar incomodando o mestre?”.

36 Jesus, porém, ouviu[ai] essas palavras e disse a Jairo: “Não tenha medo. Apenas creia”.

37 Então Jesus deteve a multidão e não deixou que ninguém o acompanhasse, exceto Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Quando chegaram à casa do líder da sinagoga, Jesus viu um grande tumulto, com muito choro e lamentação. 39 Então entrou e perguntou: “Por que todo esse tumulto e choro? A criança não morreu; está apenas dormindo”.

40 A multidão riu de Jesus. Ele, porém, fez todos saírem e levou o pai e a mãe da menina e os três discípulos para o quarto onde ela estava deitada. 41 Segurando-a pela mão, disse-lhe: “Talita cumi!”, que quer dizer “Menina, levante-se!”. 42 A menina, que tinha doze anos, levantou-se de imediato e começou a andar. Todos ficaram muito admirados. 43 Jesus deu ordens claras para que não contassem a ninguém o que havia acontecido e depois mandou que dessem alguma coisa para a menina comer.

Jesus é rejeitado em Nazaré

Jesus deixou essa região e voltou com seus discípulos para Nazaré, cidade onde tinha morado. No sábado seguinte, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiraram e perguntavam: “De onde vem tanta sabedoria e poder para realizar esses milagres? Não é esse o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José,[aj] Judas e Simão? Suas irmãs moram aqui, entre nós”. E sentiam-se muito ofendidos.

Então Jesus lhes disse: “Um profeta recebe honra em toda parte, menos em sua cidade e entre seus parentes e sua própria família”. Por isso, não pôde realizar milagres ali, exceto pôr as mãos sobre alguns enfermos e curá-los. E ficou admirado com a incredulidade daquele povo.

Jesus envia os doze apóstolos

Então Jesus percorreu diversos povoados, ensinando a seus moradores. Reuniu os Doze e começou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros. Instruiu-os a não levar coisa alguma na viagem, exceto um cajado. Não poderiam levar alimento, nem bolsa de viagem, nem dinheiro.[ak] Poderiam calçar sandálias, mas não levar uma muda de roupa extra.

10 Disse ele: “Onde quer que forem, fiquem na mesma casa até partirem da cidade. 11 Mas, se algum povoado se recusar a recebê-los ou a ouvi-los, ao saírem, sacudam a poeira dos pés como sinal de reprovação”.

12 Então eles partiram, dizendo a todos que encontravam que se arrependessem. 13 Expulsaram muitos demônios e curaram muitos enfermos, ungindo-os com óleo.

A morte de João Batista

14 Logo o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois todos comentavam a seu respeito. Alguns diziam:[al] “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso tem poder para fazer esses milagres”. 15 Outros diziam: “É Elias”. Ainda outros diziam: “É um profeta, como os profetas de antigamente”.

16 Quando Herodes ouviu falar de Jesus, disse: “João, o homem a quem decapitei, voltou dos mortos!”.

17 O rei havia mandado prender e encarcerar João para agradar Herodias. Ela era esposa de seu irmão, Filipe, mas Herodes tinha se casado com ela. 18 João dizia a Herodes: “É contra a lei que o senhor viva com a esposa de seu irmão”. 19 Por isso Herodias guardava rancor de João e queria matá-lo, mas não podia fazê-lo, 20 pois Herodes o respeitava e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo. Herodes ficava muito perturbado sempre que falava com João, mas mesmo assim gostava de ouvi-lo.

21 Finalmente, no aniversário de Herodes, Herodias teve a oportunidade que procurava. Ele deu uma festa para os membros do alto escalão do governo, para seus oficiais militares e para os cidadãos mais importantes da Galileia. 22 Sua filha, também chamada Herodias,[am] entrou e apresentou uma dança que agradou muito Herodes e seus convidados. “Peça-me qualquer coisa que deseje, e eu lhe darei”, disse o rei à moça. 23 E prometeu, sob juramento: “Eu lhe darei o que pedir, até metade do meu reino!”.

24 Ela saiu e perguntou à mãe: “O que devo pedir?”.

A mãe lhe disse: “Peça a cabeça de João Batista!”.

25 A moça voltou depressa ao rei e disse: “Quero a cabeça de João Batista agora mesmo num prato!”.

26 O rei muito se entristeceu com isso, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde negar o pedido. 27 Assim, enviou no mesmo instante um carrasco com ordens de cortar a cabeça de João e trazê-la. Ele decapitou João na prisão, 28 trouxe a cabeça num prato e a entregou à moça, que a levou à sua mãe. 29 Quando os discípulos de João souberam o que havia acontecido, foram buscar o corpo e o colocaram numa sepultura.

A primeira multiplicação dos pães

30 Os apóstolos voltaram de sua missão e contaram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. 31 Jesus lhes disse: “Vamos sozinhos até um lugar tranquilo para descansar um pouco”, pois tanta gente ia e vinha que eles não tinham tempo nem para comer.

32 Então saíram de barco para um lugar isolado, a fim de ficarem a sós. 33 Contudo, muitos os reconheceram e os viram partir, e pessoas de várias cidades correram e chegaram antes deles. 34 Quando Jesus saiu do barco, viu a grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas sem pastor. Então começou a lhes ensinar muitas coisas.

35 Ao entardecer, os discípulos foram até ele e disseram: “Este lugar é isolado, e já está tarde. 36 Mande as multidões embora, para que possam ir aos campos e povoados vizinhos e comprar algo para comer”.

37 Jesus, porém, disse: “Providenciem vocês mesmos alimento para eles”.

“Precisaríamos de muito dinheiro[an] para comprar comida para todo esse povo!”, responderam.

38 “Quantos pães vocês têm?”, perguntou ele. “Vão verificar.”

Eles voltaram e informaram: “Cinco pães e dois peixes”.

39 Então Jesus ordenou que fizessem a multidão sentar-se em grupos na grama verde. 40 Assim, eles se sentaram em grupos de cinquenta e de cem.

41 Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e os abençoou. Então, à medida que ia partindo os pães, entregava-os aos discípulos para que os distribuíssem ao povo. Também dividiu os peixes para que todos recebessem uma porção. 42 Todos comeram à vontade, 43 e os discípulos recolheram doze cestos com os pães e peixes que sobraram. 44 Os que comeram[ao] foram cinco mil homens.

Jesus anda sobre o mar

45 Logo em seguida, Jesus insistiu com seus discípulos que voltassem ao barco e atravessassem o mar até Betsaida, enquanto ele mandava o povo para casa. 46 Depois de se despedir de todos, subiu sozinho ao monte para orar.

47 Durante a noite, os discípulos estavam no barco, no meio do mar, e Jesus, sozinho em terra. 48 Ele viu que estavam em apuros, remando com força e lutando contra o vento e as ondas. Por volta das três da madrugada,[ap] Jesus foi até eles caminhando sobre o mar. Sua intenção era passar por eles, 49 mas, quando o avistaram caminhando sobre as águas, gritaram de pavor, pensando que fosse um fantasma. 50 Ficaram todos aterrorizados ao vê-lo.

Imediatamente, porém, Jesus lhes disse: “Não tenham medo! Coragem, sou eu!”. 51 Em seguida, subiu no barco e o vento parou. Os discípulos ficaram admirados, 52 pois ainda não tinham entendido o milagre dos pães. O coração deles estava endurecido.

Jesus cura os enfermos

53 Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré. Levaram o barco até a margem 54 e desceram. As pessoas reconheceram Jesus assim que o viram. 55 Quando ouviam que Jesus estava em algum lugar, corriam por toda a região, levando os enfermos em macas para onde sabiam que ele estava. 56 Aonde quer que ele fosse — aos povoados, às cidades ou aos campos ao redor —, levavam os enfermos para as praças. Suplicavam que ele os deixasse pelo menos tocar na borda de seu manto, e todos que o tocavam eram curados.

Ensino sobre a pureza interior

Certo dia, alguns fariseus e mestres da lei chegaram de Jerusalém para ver Jesus. Observaram que alguns de seus discípulos comiam sua refeição com as mãos impuras, ou seja, sem lavá-las. (Pois todos os judeus, sobretudo os fariseus, não comem sem antes lavar cuidadosamente as mãos, como exige a tradição dos líderes religiosos. Quando chegam do mercado, não comem coisa alguma sem antes mergulhar as mãos em água. Essa é apenas uma das muitas tradições às quais se apegam, como a lavagem de copos, jarras e panelas.[aq])

Então os fariseus e mestres da lei lhe perguntaram: “Por que seus discípulos não seguem a tradição dos líderes religiosos? Eles comem sem antes realizar a cerimônia de lavar as mãos!”.

Jesus respondeu: “Hipócritas! Isaías tinha razão quando profetizou a seu respeito, pois escreveu:

‘Este povo me honra com os lábios,
mas o coração está longe de mim.
Sua adoração é uma farsa,
pois ensinam doutrinas humanas
como se fossem mandamentos de Deus’.[ar]

Vocês desprezam a lei de Deus e a substituem por sua própria tradição”.

Disse ainda: “Vocês se esquivam com habilidade da lei de Deus para se apegar à sua própria tradição. 10 Por exemplo, Moisés deu esta lei: ‘Honre seu pai e sua mãe’[as] e ‘Quem insultar seu pai ou sua mãe será executado’.[at] 11 Vocês, porém, ensinam que alguém pode dizer a seus pais: ‘Não posso ajudá-los. Jurei entregar como oferta a Deus aquilo que eu teria dado a vocês’.[au] 12 Com isso, desobrigam as pessoas de cuidarem dos pais, 13 anulando a palavra de Deus a fim de transmitir sua própria tradição. E esse é apenas um exemplo entre muitos outros”.

14 Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Ouçam, todos vocês, e procurem entender. 15 Não é o que entra no corpo que os contamina; vocês se contaminam com o que sai do coração. 16 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça com atenção!”.[av]

17 Então Jesus entrou numa casa para se afastar da multidão, e seus discípulos lhe perguntaram o que ele queria dizer com a parábola que havia acabado de contar. 18 “Vocês também ainda não entendem?”, perguntou. “Não percebem que a comida que entra no corpo não pode contaminá-los? 19 O alimento não vai para o coração, mas apenas passa pelo estômago e vai parar no esgoto.” (Ao dizer isso, declarou que todo tipo de comida é aceitável.)

20 Em seguida, acrescentou: “Aquilo que vem de dentro é que os contamina. 21 Pois, de dentro, do coração da pessoa, vêm maus pensamentos, imoralidade sexual, roubo, homicídio, 22 adultério, cobiça, perversidade, engano, paixões carnais, inveja, calúnias, orgulho e insensatez. 23 Todas essas coisas desprezíveis vêm de dentro; são elas que os contaminam”.

A mulher siro-fenícia demonstra fé

24 Então Jesus deixou a Galileia e se dirigiu para o norte, para a região de Tiro.[aw] Não queria que ninguém soubesse onde ele estava hospedado, mas não foi possível manter segredo. 25 De imediato, uma mulher que tinha ouvido falar dele veio e caiu a seus pés. A filha dela estava possuída por um espírito impuro, 26 e ela implorou que ele expulsasse o demônio que estava na menina.

Sendo ela grega, nascida na região da Fenícia, na Síria, 27 Jesus lhe disse: “Primeiro devem-se alimentar os filhos. Não é certo tirar comida das crianças e jogá-la aos cachorros”.

28 “Senhor, é verdade”, disse a mulher. “No entanto, até os cachorros, debaixo da mesa, comem as migalhas dos pratos dos filhos.”

29 “Boa resposta!”, disse Jesus. “Vá para casa, pois o demônio já deixou sua filha.” 30 E, quando ela chegou à sua casa, sua filha estava deitada na cama, e o demônio a havia deixado.

Jesus cura um surdo

31 Jesus saiu de Tiro e subiu para Sidom antes de voltar ao mar da Galileia e à região das Dez Cidades.[ax] 32 Algumas pessoas lhe trouxeram um homem surdo e com dificuldade de fala, e lhe pediram que pusesse as mãos sobre ele e o curasse.

33 Jesus o afastou da multidão para ficar a sós com ele. Pôs os dedos nos ouvidos do homem e, em seguida, cuspiu nos dedos e tocou a língua dele. 34 Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que significa “Abra-se!”. 35 No mesmo instante, o homem passou a ouvir perfeitamente; sua língua ficou livre, e ele começou a falar com clareza.

36 Jesus ordenou à multidão que não contasse a ninguém, mas, quanto mais ele os proibia, mais divulgavam o que havia acontecido. 37 Estavam muito admirados e diziam repetidamente: “Tudo que ele faz é maravilhoso! Ele até faz o surdo ouvir e o mudo falar!”.

A segunda multiplicação dos pães

Naqueles dias, outra grande multidão se reuniu e, mais uma vez, o povo ficou sem comida. Jesus chamou os discípulos e disse: “Tenho compaixão dessa gente. Estão aqui comigo há três dias e não têm mais nada para comer. Se eu os mandar embora com fome, desmaiarão no caminho. Alguns vieram de longe”.

Os discípulos disseram: “Como conseguiremos comida suficiente neste lugar deserto para alimentá-los?”.

Jesus perguntou: “Quantos pães vocês têm?”.

“Sete”, responderam eles.

Então Jesus mandou todo o povo sentar-se no chão. Tomou os sete pães, agradeceu a Deus e os partiu em pedaços. Em seguida, entregou-os aos discípulos, que os distribuíram à multidão. Eles encontraram, ainda, alguns peixinhos; Jesus também os abençoou e mandou que os discípulos os distribuíssem.

Todos comeram à vontade. Depois, os discípulos recolheram sete cestos grandes com as sobras. Naquele dia, havia cerca de quatro mil homens na multidão. Após comerem, Jesus os mandou para casa. 10 Em seguida, entrou com seus discípulos num barco e atravessou para a região de Dalmanuta.

Os fariseus exigem um sinal

11 Alguns fariseus vieram ao encontro de Jesus e começaram a discutir com ele. Para pô-lo à prova, exigiram que lhes mostrasse um sinal do céu.

12 Ao ouvir isso, Jesus suspirou profundamente e disse: “Por que este povo insiste em pedir um sinal? Eu lhes digo a verdade: não darei sinal algum aos homens desta geração”. 13 Então ele os deixou, entrou de volta no barco e atravessou para o outro lado do mar.

O fermento dos fariseus e de Herodes

14 Os discípulos, porém, se esqueceram de levar comida. Tinham no barco apenas um pão. 15 Enquanto atravessavam o mar, Jesus os advertiu: “Fiquem atentos! Tenham cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes”.

16 Os discípulos começaram a discutir entre si porque não tinham trazido pão. 17 Ao saber do que estavam falando, Jesus disse: “Por que discutem sobre a falta de pão? Ainda não sabem ou não entenderam? Seu coração está tão endurecido que não compreendem? 18 Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem?[ay] Não se lembram de nada? 19 Quando reparti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de sobras vocês recolheram?”.

“Doze”, responderam eles.

20 “E quando reparti os sete pães entre os quatro mil, quantos cestos grandes cheios de sobras vocês recolheram?”

“Sete”, responderam.

21 “E vocês ainda não entendem?”, perguntou.

Jesus cura um cego

22 Quando chegaram a Betsaida, algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus e lhe pediram que o tocasse. 23 Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Em seguida, cuspiu nos olhos do homem, pôs as mãos sobre ele e perguntou: “Vê alguma coisa?”.

24 Recuperando aos poucos a vista, o homem respondeu: “Vejo pessoas, mas não as enxergo claramente. Parecem árvores andando”.

25 Jesus pôs as mãos sobre os olhos do homem mais uma vez, e sua visão foi completamente restaurada; ele passou a ver tudo com nitidez. 26 Então Jesus se despediu dele e disse: “Ao voltar para casa, não entre no povoado”.

Pedro declara sua fé

27 Jesus e seus discípulos deixaram a Galileia e foram para os povoados perto de Cesareia de Filipe. Enquanto caminhavam, Jesus lhes perguntou: “Quem as pessoas dizem que eu sou?”.

28 Eles responderam: “Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias ou um dos profetas”.

29 “E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?”

Pedro respondeu: “O senhor é o Cristo!”.

30 Mas Jesus os advertiu de que não falassem a ninguém a seu respeito.

Jesus prediz sua morte

31 Então Jesus começou a lhes ensinar que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes do povo, pelos principais sacerdotes e pelos mestres da lei. Seria morto, mas três dias depois ressuscitaria. 32 Enquanto falava abertamente sobre isso com os discípulos, Pedro o chamou de lado e o repreendeu por dizer tais coisas.

33 Jesus se virou, olhou para seus discípulos e repreendeu Pedro. “Afaste-se de mim, Satanás!”, disse ele. “Você considera as coisas apenas do ponto de vista humano, e não da perspectiva de Deus.”

34 Depois, chamou a multidão e os discípulos e disse: “Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 35 Se tentar se apegar à sua vida, a perderá. Mas, se abrir mão de sua vida por minha causa e por causa das boas-novas, a salvará. 36 Que vantagem há em ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida? 37 E o que daria o homem em troca de sua vida? 38 Se alguém se envergonhar de mim e de minha mensagem nesta época de adultério e pecado, o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.

Jesus prosseguiu: “Eu lhes digo a verdade: alguns que estão aqui neste momento não morrerão antes de ver o reino de Deus vindo com grande poder!”.

A transfiguração

Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João até um monte alto, para estarem a sós. Ali, diante de seus olhos, a aparência de Jesus foi transformada. Suas roupas ficaram brancas e resplandecentes, muito mais claras do que qualquer lavandeiro seria capaz de deixá-las. Então Elias e Moisés apareceram e começaram a falar com Jesus.

Pedro exclamou: “Rabi, é maravilhoso estarmos aqui! Vamos fazer três tendas: uma será sua, uma de Moisés e outra de Elias”. Disse isso porque não sabia o que mais falar, pois estavam todos apavorados.

Então uma nuvem os cobriu, e uma voz que vinha da nuvem disse: “Este é meu Filho amado. Ouçam-no!”. De repente, quando olharam em volta, só Jesus estava com eles.

Enquanto desciam o monte, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles guardaram segredo, mas conversavam entre si com frequência sobre o que ele queria dizer com “ressuscitar dos mortos”.

11 Então eles perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da lei afirmam que é necessário que Elias volte antes que o Cristo venha?”.[az]

12 Jesus respondeu: “De fato, Elias vem primeiro para restaurar tudo. Então por que as Escrituras dizem que é necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser tratado com desprezo? 13 Eu, porém, lhes digo: Elias já veio e eles preferiram maltratá-lo, conforme as Escrituras haviam previsto”.

Nova Versão Transformadora (NVT)

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