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Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Lucas 20:20 - João 5:47

O imposto para César

20 Esperando uma oportunidade, os líderes enviaram espiões que fingiam ser pessoas sinceras. Tentaram fazer Jesus dizer algo que pudesse ser relatado ao governador romano, de modo que ele fosse preso. 21 Disseram: “Mestre, sabemos que o senhor fala e ensina o que é certo, não se deixa influenciar por outros e ensina o caminho de Deus de acordo com a verdade. 22 Então, diga-nos: É certo pagar impostos a César ou não?”.

23 Jesus percebeu a hipocrisia deles e disse: 24 “Mostrem-me uma moeda de prata.[a] De quem são a imagem e o título nela gravados?”.

“De César”, responderam.

25 “Então deem a César o que pertence a César, e deem a Deus o que pertence a Deus”, disse ele.

26 Eles não conseguiam apanhá-lo em nada que ele dizia diante do povo. Em vez disso, admiraram-se de sua resposta e se calaram.

Discussão sobre a ressurreição dos mortos

27 Então vieram a Jesus alguns saduceus, líderes religiosos que afirmam não haver ressurreição dos mortos, 28 e perguntaram: “Mestre, Moisés nos deu uma lei segundo a qual se um homem morrer e deixar a esposa sem filhos, o irmão dele deve se casar com a viúva e ter um filho que dará continuidade ao nome do irmão.[b] 29 Numa família havia sete irmãos. O mais velho se casou e morreu sem deixar filhos. 30 O segundo irmão se casou com a viúva, mas também morreu. 31 Então o terceiro irmão se casou com ela. O mesmo aconteceu aos sete irmãos, que morreram sem deixar filhos. 32 Por fim, a mulher também morreu. 33 Diga-nos, de quem ela será esposa na ressurreição? Afinal, os sete se casaram com ela”.

34 Jesus respondeu: “O casamento é para pessoas deste mundo. 35 Mas, na era futura, aqueles que forem considerados dignos de ser ressuscitados dos mortos não se casarão nem se darão em casamento, 36 e nunca mais morrerão. Nesse sentido, serão como os anjos. São filhos de Deus e filhos da ressurreição.

37 “Agora, quanto a haver ressurreição dos mortos, o próprio Moisés provou isso quando escreveu a respeito do arbusto em chamas. Ele se referiu ao Senhor como ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’.[c] 38 Portanto, ele é o Deus dos vivos, e não dos mortos, pois para ele todos vivem”.

39 “Mestre, o senhor disse bem!”, comentaram alguns mestres da lei. 40 E ninguém mais teve coragem de lhe fazer perguntas.

De quem o Cristo é filho?

41 Então Jesus lhes perguntou: “Por que se diz que o Cristo é filho de Davi? 42 Afinal, o próprio Davi escreveu no Livro de Salmos:

‘O Senhor disse ao meu Senhor,

Sente-se no lugar de honra à minha direita

43 até que eu humilhe seus inimigos,

e os ponha debaixo de seus pés’.[d]

44 Uma vez que Davi chamou o Cristo de ‘meu Senhor’, como ele pode ser filho de Davi?”.

Jesus critica os mestres da lei

45 Então, enquanto as multidões o ouviam, Jesus se voltou para seus discípulos e disse: 46 “Cuidado com os mestres da lei! Eles gostam de se exibir com vestes longas e de receber saudações respeitosas quando andam pelas praças. E como gostam de sentar-se nos lugares de honra nas sinagogas e à cabeceira da mesa nos banquetes! 47 No entanto, tomam posse dos bens das viúvas de maneira desonesta e, depois, para dar a impressão de piedade, fazem longas orações em público. Por causa disso, serão duramente castigados”.

A oferta da viúva

21 Estando Jesus no templo, observava os ricos depositarem suas contribuições na caixa de ofertas. Então uma viúva pobre veio e colocou duas moedas pequenas.[e]

Jesus disse: “Eu lhes digo a verdade: esta viúva pobre deu mais que todos os outros. Eles deram uma parte do que lhes sobrava, mas ela, em sua pobreza, deu tudo que tinha”.

Jesus fala de acontecimentos futuros

Alguns de seus discípulos começaram a falar das pedras magníficas e das dádivas que adornavam o templo. Jesus, porém, disse: “Virá o dia em que estas coisas serão completamente demolidas. Não restará pedra sobre pedra!”.

Então eles perguntaram: “Mestre, quando isso tudo acontecerá? Que sinal indicará que essas coisas estão prestes a se cumprir?”.

Ele respondeu: “Não deixem que ninguém os engane, pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo’[f] e afirmando: ‘Chegou a hora!’, mas não acreditem neles. E, quando ouvirem falar de guerras e rebeliões, não entrem em pânico. Sim, é necessário que essas coisas aconteçam primeiro, mas ainda não será o fim”. 10 E continuou: “Uma nação guerreará contra a outra, e um reino contra o outro. 11 Haverá grandes terremotos, fome e peste em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais no céu.

12 “Antes de tudo isso, porém, haverá um tempo de perseguição. Vocês serão arrastados para sinagogas e prisões e, por minha causa, serão julgados diante de reis e governadores. 13 Essa, contudo, será sua oportunidade de lhes falar sobre mim.[g] 14 Mais uma vez lhes digo que não se preocupem com o modo como responderão às acusações contra vocês, 15 pois eu lhes darei as palavras certas e tanta sabedoria que seus adversários não serão capazes de responder nem contradizer. 16 Até mesmo seus pais, irmãos, parentes e amigos os trairão, e até matarão alguns de vocês. 17 Todos os odiarão por minha causa.[h] 18 Mas nem um fio de cabelo de sua cabeça se perderá! 19 É pela perseverança que obterão a vida.

20 “E, quando virem Jerusalém cercada de exércitos, saberão que chegou a hora de sua destruição. 21 Então, quem estiver na Judeia, fuja para os montes. Quem estiver na cidade, saia. E quem estiver no campo, não volte para a cidade. 22 Pois aqueles serão os dias da vingança, e as palavras proféticas das Escrituras se cumprirão. 23 Que dias terríveis serão aqueles para as grávidas e para as mães que estiverem amamentando! Pois haverá calamidade na terra e grande ira contra este povo. 24 Serão mortos pela espada ou levados como prisioneiros para todas as nações do mundo. E Jerusalém será pisoteada pelos gentios até que o tempo deles chegue ao fim.

25 “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, as nações ficarão angustiadas, perplexas com o rugir dos mares e a agitação das ondas. 26 As pessoas ficarão aterrorizadas diante do que estará prestes a acontecer na terra, pois os poderes dos céus serão abalados. 27 Então todos verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com poder e grande glória.[i] 28 Portanto, quando todas essas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça, pois a sua salvação estará próxima”.

29 Em seguida, deu-lhes esta ilustração: “Observem a figueira, e todas as outras árvores. 30 Quando as folhas aparecem, vocês sabem reconhecer, por conta própria, que o verão está próximo. 31 Da mesma forma, quando virem todas essas coisas acontecerem, saberão que o reino de Deus está próximo. 32 Eu lhes digo a verdade: esta geração[j] não passará até que todas essas coisas tenham acontecido. 33 O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras jamais desaparecerão.

34 “Tenham cuidado! Não deixem seu coração se entorpecer com farras e bebedeiras, nem com as preocupações desta vida. Não deixem que esse dia os pegue desprevenidos, 35 como uma armadilha. Pois esse dia virá sobre todos que vivem na terra. 36 Estejam sempre atentos e orem para serem considerados dignos de escapar[k] dos horrores que sucederão e de estar em pé na presença do Filho do Homem”.

Jesus ensina diariamente

37 Todos os dias, Jesus ia ao templo ensinar e, à tarde, voltava para passar a noite no monte das Oliveiras. 38 Pela manhã, o povo se reunia bem cedo no templo para ouvi-lo falar.

Judas concorda em trair Jesus

22 A Festa dos Pães sem Fermento, também chamada de Páscoa, se aproximava. Os principais sacerdotes e mestres da lei tramavam uma forma de matar Jesus, mas tinham medo da reação do povo.

Então Satanás entrou em Judas Iscariotes, um dos Doze, e ele foi aos principais sacerdotes e aos capitães da guarda do templo para combinar a melhor maneira de lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito satisfeitos e lhe prometeram dinheiro. Judas concordou e começou a procurar uma oportunidade de trair Jesus, para que o prendessem quando as multidões não estivessem por perto.

A última Páscoa

Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro pascal era sacrificado. Jesus mandou Pedro e João na frente e disse: “Vão e preparem a refeição da Páscoa, para que a comamos juntos”.

“Onde o senhor quer que a preparemos?”, perguntaram.

10 Ele respondeu: “Logo que vocês entrarem em Jerusalém, um homem carregando uma vasilha de água virá ao seu encontro. Sigam-no. Na casa onde ele entrar, 11 digam ao dono: ‘O Mestre pergunta: Onde fica o aposento no qual comerei a refeição da Páscoa com meus discípulos?’. 12 Ele os levará a uma sala grande no andar superior, que já estará arrumada. Preparem ali a refeição”. 13 Eles foram e encontraram tudo como Jesus tinha dito, e ali prepararam a refeição da Páscoa.

14 Quando chegou a hora, Jesus e seus apóstolos tomaram lugar à mesa. 15 Jesus disse: “Estava ansioso para comer a refeição da Páscoa com vocês antes do meu sofrimento. 16 Pois eu lhes digo agora que não voltarei a comê-la até que ela se cumpra no reino de Deus”.

17 Então tomou um cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois, disse: “Tomem isto e partilhem entre vocês. 18 Pois não beberei vinho outra vez até que venha o reino de Deus”.

19 Tomou o pão e agradeceu a Deus. Depois, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Este é o meu corpo, entregue por vocês. Façam isto em memória de mim”.

20 Depois da ceia, Jesus tomou o cálice de vinho e disse: “Este é o cálice da nova aliança, confirmada com o meu sangue, que é derramado como sacrifício por vocês.[l]

21 “Mas aqui, partilhando da mesa conosco, está o homem que vai me trair. 22 Pois foi determinado que o Filho do Homem deve morrer. Mas que aflição espera aquele que o trair!” 23 Os discípulos perguntavam uns aos outros qual deles faria uma coisa dessas.

24 Depois, começaram a discutir entre si qual deles era o mais importante. 25 Jesus lhes disse: “Neste mundo, os reis e os grandes homens exercem poder sobre o povo e, no entanto, são chamados de seus benfeitores. 26 Entre vocês, porém, será diferente. Que o maior entre vocês ocupe a posição inferior, e o líder seja o servo. 27 Quem é mais importante, o que está à mesa ou o que serve? Não é aquele que está à mesa? Mas não aqui! Pois eu estou entre vocês como quem serve.

28 “Vocês permaneceram comigo durante meu tempo de provação. 29 E, assim como meu Pai me concedeu um reino, eu agora lhes concedo o direito de 30 comer e beber à minha mesa, em meu reino. Vocês se sentarão em tronos e julgarão as doze tribos de Israel”.

Jesus prediz a negação de Pedro

31 Então o Senhor disse: “Simão, Simão, Satanás pediu para peneirar cada um de vocês como trigo. 32 Contudo, supliquei em oração por você, Simão, para que sua fé não vacile. Portanto, quando tiver se arrependido e voltado para mim, fortaleça seus irmãos”.

33 Pedro disse: “Senhor, estou pronto a ir para a prisão, e até a morrer ao seu lado”.

34 Jesus, porém, respondeu: “Pedro, vou lhe dizer uma coisa: hoje, antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece”.

35 Em seguida, Jesus lhes perguntou: “Quando eu os enviei para anunciar as boas-novas sem dinheiro, sem bolsa de viagem e sem sandálias extras, alguma coisa lhes faltou?”.

“Não”, responderam eles.

36 Então ele disse: “Agora, porém, peguem dinheiro e uma bolsa de viagem. E, se não tiverem uma espada, vendam sua capa e comprem uma. 37 Pois é necessário que se cumpra esta profecia a meu respeito: ‘Ele foi contado entre os rebeldes’.[m] Sim, tudo que os profetas escreveram a meu respeito se cumprirá”.

38 Eles responderam: “Senhor, temos aqui duas espadas”.

“É suficiente”, disse ele.

Jesus ora no monte das Oliveiras

39 Então, acompanhado de seus discípulos, Jesus foi, como de costume, ao monte das Oliveiras. 40 Ao chegar, disse: “Orem para que vocês não cedam à tentação”.

41 Afastou-se a uma distância como de um arremesso de pedra, ajoelhou-se e orou: 42 “Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha”. 43 Então apareceu um anjo do céu, que o fortalecia. 44 Ele orou com ainda mais fervor, e sua angústia era tanta que seu suor caía na terra como gotas de sangue.[n]

45 Por fim, ele se levantou, voltou aos discípulos e os encontrou dormindo, exaustos de tristeza. 46 “Por que vocês dormem?”, perguntou ele. “Levantem-se e orem para que não cedam à tentação.”

Jesus é traído e preso

47 Enquanto Jesus ainda falava, chegou uma multidão conduzida por Judas, um dos Doze. Ele se aproximou de Jesus e o cumprimentou com um beijo. 48 Jesus, porém, lhe disse: “Judas, com um beijo você trai o Filho do Homem?”.

49 Quando aqueles que estavam com Jesus viram o que ia acontecer, disseram: “Senhor, devemos lutar? Trouxemos as espadas!”. 50 E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.

51 Mas Jesus disse: “Basta!”. E, tocando a orelha do homem, curou-o.

52 Então Jesus se dirigiu aos principais sacerdotes, aos capitães da guarda do templo e aos líderes do povo que tinham vindo buscá-lo: “Por acaso sou um revolucionário perigoso para que venham me prender com espadas e pedaços de pau? 53 Por que não me prenderam no templo? Todos os dias eu estava ali, ensinando. Mas esta é a hora de vocês, o tempo em que reina o poder das trevas”.

Pedro nega Jesus

54 Então eles o prenderam e o levaram à casa do sumo sacerdote. Pedro o seguiu de longe. 55 Os guardas acenderam uma fogueira no meio do pátio e sentaram-se em volta, e Pedro sentou-se com eles. 56 Uma criada o notou à luz da fogueira e começou a olhar fixamente para ele. Por fim, disse: “Este homem era um dos seguidores de Jesus!”.

57 Mas Pedro negou, dizendo: “Mulher, eu nem o conheço!”.

58 Pouco depois, um homem olhou para ele e disse: “Você também é um deles!”.

“Não sou!”, retrucou Pedro.

59 Cerca de uma hora mais tarde, outro homem afirmou: “Com certeza esse aí também estava com ele, pois também é galileu!”.

60 Pedro, porém, respondeu: “Homem, eu não sei do que você está falando”. E, no mesmo instante, o galo cantou.

61 Então o Senhor se voltou e olhou para Pedro. E Pedro se lembrou das palavras dele: “Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes”. 62 E Pedro saiu dali, chorando amargamente.

63 Os guardas encarregados de Jesus começaram a zombar dele e a bater nele. 64 Vendaram seus olhos e diziam: “Profetize para nós! Quem foi que lhe bateu desta vez?”. 65 E o insultavam de muitas outras maneiras.

O julgamento de Jesus diante do conselho

66 Ao amanhecer, todos os líderes do povo se reuniram, incluindo os principais sacerdotes e os mestres da lei. Jesus foi conduzido à presença desse conselho,[o] 67 e eles perguntaram: “Diga-nos, você é o Cristo?”.

Jesus respondeu: “Se eu lhes disser, de modo algum acreditarão em mim. 68 E, se eu lhes fizer uma pergunta, não responderão. 69 Mas, de agora em diante, o Filho do Homem se sentará à direita do Deus Poderoso”.[p]

70 Todos gritaram: “Então você afirma que é o Filho de Deus?”.

E ele respondeu: “Vocês dizem que eu sou”.

71 “Que necessidade temos de outras testemunhas?”, disseram eles. “Nós mesmos o ouvimos de sua boca!”

O julgamento de Jesus diante de Pilatos

23 Então todo o conselho levou Jesus a Pilatos. Começaram a apresentar o caso: “Este homem corrompe o nosso povo, dizendo que não se deve pagar impostos ao governo romano e afirmando ser ele próprio o Cristo, o rei”.

Então Pilatos lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?”.

Jesus respondeu: “É como você diz”.

Pilatos se voltou para os principais sacerdotes e para a multidão e disse: “Não vejo crime algum neste homem!”.

Mas eles insistiam: “Ele provoca revoltas em toda a Judeia com seus ensinamentos, começando pela Galileia e agora aqui, em Jerusalém!”.

“Então ele é galileu?”, perguntou Pilatos. Quando responderam que sim, Pilatos o enviou a Herodes Antipas, pois a Galileia ficava sob sua jurisdição, e naqueles dias ele estava em Jerusalém.

Herodes se animou com a oportunidade de ver Jesus, pois tinha ouvido falar a seu respeito e esperava, havia tempo, vê-lo realizar algum milagre. Fez uma série de perguntas a Jesus, mas ele não lhe respondeu. 10 Enquanto isso, os principais sacerdotes e mestres da lei permaneciam ali, gritando acusações. 11 Então Herodes e seus soldados começaram a zombar de Jesus e ridicularizá-lo. Por fim, vestiram nele um manto real e o mandaram de volta a Pilatos. 12 Naquele dia, Herodes e Pilatos, que eram inimigos, tornaram-se amigos.

13 Então Pilatos reuniu os principais sacerdotes e outros líderes religiosos, juntamente com o povo, 14 e anunciou seu veredicto: “Vocês me trouxeram este homem acusando-o de liderar uma revolta. Eu o interroguei minuciosamente a esse respeito na presença de vocês e vejo que não há nada que o condene. 15 Herodes chegou à mesma conclusão e o enviou de volta a nós. Nada do que ele fez merece a pena de morte. 16 Portanto, ordenarei que seja açoitado e o soltarei”. 17 (Era necessário libertar-lhes um prisioneiro durante a festa da Páscoa.)[q]

18 Um grande clamor se levantou da multidão, e a uma só voz gritavam: “Mate-o! Solte-nos Barrabás!”. 19 Esse Barrabás estava preso por ter participado de uma revolta em Jerusalém contra o governo e ter cometido assassinato. 20 Pilatos discutiu com eles, pois desejava soltar Jesus. 21 Eles, porém, continuaram gritando: “Crucifique-o! Crucifique-o!”.

22 Pela terceira vez, ele perguntou: “Por quê? Que crime ele cometeu? Não encontrei motivo para condená-lo à morte. Portanto, ordenarei que seja açoitado e o soltarei”.

23 A multidão gritava cada vez mais alto, exigindo que Jesus fosse crucificado, e seu clamor prevaleceu. 24 Então Pilatos condenou Jesus à morte, conforme exigiam. 25 A pedido deles, libertou Barrabás, o homem preso por revolta e assassinato. Depois, entregou-lhes Jesus para fazerem com ele o que quisessem.

A crucificação

26 Enquanto levavam Jesus, um homem chamado Simão, de Cirene,[r] vinha do campo. Os soldados o agarraram, puseram a cruz sobre ele e o obrigaram a carregá-la atrás de Jesus. 27 Uma grande multidão os seguia, incluindo muitas mulheres aflitas que choravam por ele. 28 Mas Jesus, dirigindo-se a elas, disse: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por si mesmas e por seus filhos. 29 Pois estão chegando os dias em que dirão: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos e os seios que nunca amamentaram!’. 30 Suplicarão aos montes: ‘Caiam sobre nós!’ e pedirão às colinas: ‘Soterrem-nos!’.[s] 31 Pois, se fazem estas coisas com a árvore verde, o que acontecerá com a árvore seca?”.

32 Dois outros homens, ambos criminosos, foram levados com ele a fim de também serem executados. 33 Quando chegaram ao lugar chamado Caveira,[t] o pregaram na cruz. Os criminosos também foram crucificados, um à sua direita e outro à sua esquerda.

34 Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.[u] E os soldados tiraram sortes para dividir entre si as roupas de Jesus.

35 A multidão observava, e os líderes zombavam. “Salvou os outros, salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus”, diziam. 36 Os soldados também zombavam dele, oferecendo-lhe vinagre para beber. 37 Diziam: “Se você é o Rei dos judeus, salve a si mesmo!”. 38 Uma tabuleta presa acima dele dizia: “Este é o Rei dos Judeus”.

39 Um dos criminosos, dependurado ao lado dele, zombava: “Então você é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também!”.

40 Mas o outro criminoso o repreendeu: “Você não teme a Deus, nem mesmo ao ser condenado à morte? 41 Nós merecemos morrer por nossos crimes, mas este homem não cometeu mal algum”. 42 Então ele disse: “Jesus, lembre-se de mim quando vier no seu reino”.

43 E Jesus lhe respondeu: “Eu lhe asseguro que hoje você estará comigo no paraíso”.

A morte de Jesus

44 Já era cerca de meio-dia, e a escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. 45 A luz do sol desapareceu, e a cortina do santuário do templo rasgou-se ao meio. 46 Então Jesus clamou em alta voz: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!”.[v] E, com essas palavras, deu o último suspiro.

47 Quando o oficial romano[w] que supervisionava a execução viu o que havia acontecido, adorou a Deus e disse: “Sem dúvida este homem era inocente”.[x] 48 E, quando toda a multidão que tinha ido assistir à crucificação viu isso, voltou para casa entristecida e batendo no peito. 49 Mas os amigos de Jesus, incluindo as mulheres que o seguiram desde a Galileia, olhavam de longe.

O sepultamento de Jesus

50 Havia um homem bom e justo chamado José, membro do conselho dos líderes do povo, 51 mas que não tinha concordado com a decisão e os atos dos outros líderes religiosos. Era da cidade de Arimateia, na Judeia, e esperava a vinda do reino de Deus. 52 José foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53 Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol de linho e o colocou num túmulo novo, escavado na rocha. 54 Isso aconteceu na sexta-feira à tarde, no dia da preparação,[y] quando o sábado estava para começar.

55 As mulheres da Galileia seguiram José e viram o túmulo onde o corpo de Jesus foi colocado. 56 Depois, foram para casa e prepararam especiarias e perfumes para ungir o corpo. No sábado, descansaram, conforme a lei exigia.

A ressurreição

24 No primeiro dia da semana, bem cedo, as mulheres foram ao túmulo, levando as especiarias que haviam preparado, e viram que a pedra tinha sido afastada da entrada. Quando entraram no túmulo, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Enquanto estavam ali, perplexas, dois homens apareceram, vestidos com mantos resplandecentes.

As mulheres ficaram amedrontadas e se curvaram com o rosto em terra. Então os homens perguntaram: “Por que vocês procuram entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse na Galileia: ‘É necessário que o Filho do Homem seja traído e entregue nas mãos de pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’”.

Então lembraram-se dessas palavras de Jesus e, voltando do túmulo, foram contar aos onze discípulos e a todos os outros o que havia acontecido. 10 Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e as outras mulheres que as acompanhavam relataram tudo aos apóstolos. 11 Para eles, porém, a história pareceu absurda, e não acreditaram nelas. 12 Mas Pedro se levantou e correu até o túmulo. Abaixando-se, olhou atentamente para dentro e viu os panos de linho vazios; então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.

O caminho de Emaús

13 Naquele mesmo dia, dois dos seguidores de Jesus caminhavam para o povoado de Emaús, a onze quilômetros[z] de Jerusalém. 14 No caminho, falavam a respeito de tudo que havia acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a andar com eles. 16 Os olhos deles, porém, estavam como que impedidos de reconhecê-lo.

17 Jesus lhes perguntou: “Sobre o que vocês tanto debatem enquanto caminham?”.

Eles pararam, com o rosto entristecido. 18 Então um deles, chamado Cleopas, respondeu: “Você deve ser a única pessoa em Jerusalém que não sabe das coisas que aconteceram lá nos últimos dias”.

19 “Que coisas?”, perguntou Jesus.

“As coisas que aconteceram com Jesus de Nazaré”, responderam eles. “Ele era um profeta de palavras e ações poderosas aos olhos de Deus e de todo o povo. 20 Mas os principais sacerdotes e outros líderes religiosos o entregaram para que fosse condenado à morte e o crucificaram. 21 Tínhamos esperança de que ele fosse aquele que resgataria Israel. Isso tudo aconteceu há três dias.

22 “Algumas mulheres de nosso grupo foram até seu túmulo hoje bem cedo e voltaram contando uma história surpreendente. 23 Disseram que o corpo havia sumido e que viram anjos que lhes disseram que Jesus está vivo. 24 Alguns homens de nosso grupo correram até lá para ver e, de fato, tudo estava como as mulheres disseram, mas não o viram.”

25 Então Jesus lhes disse: “Como vocês são tolos! Como custam a entender o que os profetas registraram nas Escrituras! 26 Não percebem que era necessário que o Cristo sofresse essas coisas antes de entrar em sua glória?”. 27 Então Jesus os conduziu por todos os escritos de Moisés e dos profetas, explicando o que as Escrituras diziam a respeito dele.

28 Aproximando-se de Emaús, o destino deles, Jesus fez como quem seguiria viagem, 29 mas eles insistiram: “Fique conosco esta noite, pois já é tarde”. E Jesus foi para casa com eles. 30 Quando estavam à mesa, ele tomou o pão e o abençoou. Depois, partiu-o e lhes deu. 31 Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram. Nesse momento, ele desapareceu.

32 Disseram um ao outro: “Não ardia o nosso coração quando ele falava conosco no caminho e nos explicava as Escrituras?”. 33 E, na mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém. Ali, encontraram os onze discípulos e os outros que estavam reunidos com eles, 34 que lhes disseram: “É verdade que o Senhor ressuscitou! Ele apareceu a Pedro!”.[aa]

Jesus aparece a seus discípulos

35 Então os dois contaram como Jesus tinha aparecido enquanto andavam pelo caminho, e como o haviam reconhecido quando ele partiu o pão. 36 Enquanto contavam isso, o próprio Jesus apareceu entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!”. 37 Eles se assustaram e ficaram amedrontados, pensando que viam um fantasma.

38 “Por que estão perturbados?”, perguntou ele. “Por que seu coração está cheio de dúvida? 39 Vejam minhas mãos e meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam que não sou um fantasma, pois fantasmas não têm carne nem ossos e, como veem, eu tenho.” 40 Enquanto falava, mostrou-lhes as mãos e os pés.

41 Eles continuaram sem acreditar, cheios de alegria e espanto. Então Jesus perguntou: “Vocês têm aqui alguma coisa para comer?”. 42 Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, 43 e ele comeu diante de todos.

44 Em seguida, disse: “Enquanto ainda estava com vocês, eu lhes falei que devia se cumprir tudo que a lei de Moisés, os profetas e os salmos diziam a meu respeito”. 45 Então ele lhes abriu a mente para que entendessem as Escrituras, 46 e disse: “Sim, está escrito que o Cristo haveria de sofrer, morrer e ressuscitar no terceiro dia, 47 e que a mensagem de arrependimento para o perdão dos pecados seria proclamada com a autoridade de seu nome a todas as nações,[ab] começando por Jerusalém. 48 Vocês são testemunhas dessas coisas.

49 “Agora, envio a vocês a promessa de meu Pai. Mas fiquem na cidade até que sejam revestidos do poder do céu”.

A ascensão

50 Depois Jesus os levou a Betânia e, levantando as mãos para o céu, os abençoou. 51 Enquanto ainda os abençoava, deixou-os e foi elevado ao céu. 52 Então eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de grande alegria. 53 E estavam sempre no templo, louvando a Deus.

Prólogo: Cristo, a Palavra eterna

No princípio, aquele que é a Palavra já existia.

A Palavra estava com Deus,

e a Palavra era Deus.

Ele existia no princípio com Deus.

Por meio dele Deus criou todas as coisas,

e sem ele nada foi criado.

Aquele que é a Palavra possuía a vida,

e sua vida trouxe luz a todos.

A luz brilha na escuridão,

e a escuridão nunca conseguiu apagá-la.[ac]

Deus enviou um homem chamado João para falar a respeito da luz, a fim de que, por meio de seu testemunho, todos cressem. Ele não era a luz, mas veio para falar da luz. Aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo.

10 Veio ao mundo que ele criou, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio a seu próprio povo, e eles o rejeitaram. 12 Mas, a todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. 13 Estes não nasceram segundo a ordem natural, nem como resultado da paixão[ad] ou da vontade humana, mas nasceram de Deus.

14 Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele era cheio de graça e verdade. E vimos sua glória, a glória do Filho único do Pai.

15 João deu testemunho dele quando disse em alta voz: “Este é aquele a quem eu me referia quando disse: ‘Alguém virá depois de mim, muito mais poderoso que eu, pois existia muito antes de mim’”.

16 De sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça. 17 Pois a lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho único,[ae] que mantém comunhão íntima com o Pai, o revelou.

O testemunho de João Batista

19 Este foi o testemunho de João quando os líderes judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntar: “Quem é você?”. 20 Ele respondeu com toda franqueza: “Eu não sou o Cristo”.[af]

21 “Então quem é você?”, perguntaram eles. “É Elias?”

“Não”, respondeu ele.

“É o Profeta por quem temos esperado?”[ag]

“Não.”

22 “Afinal, quem é você? Precisamos de uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que você tem a dizer de si mesmo?”

23 João respondeu com as palavras do profeta Isaías:

“Eu sou uma voz que clama no deserto:

‘Preparem o caminho para a vinda do Senhor!’”.[ah]

24 Então os fariseus que tinham sido enviados 25 lhe perguntaram: “Se você não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta, que direito tem de batizar?”.

26 João lhes disse: “Eu batizo com[ai] água, mas em seu meio há alguém que vocês não reconhecem. 27 Embora ele venha depois de mim, não sou digno de desamarrar as correias de sua sandália”.

28 Esse encontro aconteceu em Betânia, um povoado a leste do rio Jordão, onde João estava batizando.

Jesus, o Cordeiro de Deus

29 No dia seguinte, João viu Jesus caminhando em sua direção e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30 Era a ele que eu me referia quando disse: ‘Um homem virá depois de mim, muito mais poderoso que eu, pois existia muito antes de mim’. 31 Eu não o conhecia, mas vim batizando com água para que ele fosse revelado a Israel”.

32 Então João deu o seguinte testemunho: “Vi o Espírito Santo descer do céu na forma de uma pomba e permanecer sobre ele. 33 Eu não sabia quem ele era, mas, quando Deus me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo’. 34 Eu vi isso acontecer e, portanto, dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”.[aj]

Os primeiros discípulos

35 No dia seguinte, João estava novamente com dois de seus discípulos. 36 Quando viu Jesus passar, olhou para ele e declarou: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!”. 37 Ao ouvirem isso, os dois discípulos de João seguiram Jesus.

38 Jesus olhou em volta e viu que o seguiam. “O que vocês querem?”, perguntou.

Eles responderam: “Rabi (que significa ‘Mestre’), onde o senhor está hospedado?”.

39 “Venham e vejam”, disse ele. Eram cerca de quatro horas da tarde quando o acompanharam até o lugar onde Jesus estava hospedado, e passaram o resto do dia com ele.

40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram o que João tinha dito e seguiram Jesus. 41 André foi procurar seu irmão, Simão, e lhe disse: “Encontramos o Messias (isto é, o Cristo)”.

42 Então André levou Simão para conhecer Jesus. Olhando para ele, Jesus disse: “Você é Simão, filho de João, mas será chamado Cefas (isto é, Pedro)”.[ak]

43 No dia seguinte, Jesus decidiu ir à Galileia. Encontrou Filipe e lhe disse: “Siga-me”. 44 Filipe era de Betsaida, cidade natal de André e Pedro.

45 Filipe foi procurar Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele sobre quem Moisés, na lei, e os profetas escreveram! Seu nome é Jesus de Nazaré, filho de José”.

46 “Nazaré!”, exclamou Natanael. “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?”

“Venha e veja você mesmo”, respondeu Filipe.

47 Jesus viu Natanael se aproximar e disse: “Aí está um verdadeiro filho de Israel, um homem totalmente íntegro”.

48 “Como o senhor sabe a meu respeito?”, perguntou Natanael.

Jesus respondeu: “Vi você sob a figueira antes que Filipe o chamasse”.

49 Então Natanael exclamou: “Rabi, o senhor é o Filho de Deus, o Rei de Israel!”.

50 Jesus lhe perguntou: “Você crê nisso porque eu disse que o vi sob a figueira? Você verá coisas maiores que essa”. 51 E acrescentou: “Eu lhes digo a verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

O casamento em Caná

Três dias depois, houve uma festa de casamento no povoado de Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava ali, e Jesus e seus discípulos também foram convidados para a celebração. Durante a festa, o vinho acabou, e a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”.

“Mulher, isso não me diz respeito”, respondeu Jesus. “Minha hora ainda não chegou.”

Sua mãe, porém, disse aos empregados: “Façam tudo que ele mandar”.

Havia ali perto seis potes de pedra usados na purificação cerimonial judaica. Cada um tinha capacidade entre 80 e 120 litros.[al] Jesus disse aos empregados: “Encham os potes com água”. Quando os potes estavam cheios, disse: “Agora tirem um pouco e levem ao mestre de cerimônias”. Os empregados seguiram suas instruções.

O mestre de cerimônias provou a água transformada em vinho, sem conhecer sua procedência (embora os empregados obviamente soubessem). Então chamou o noivo. 10 “O anfitrião sempre serve o melhor vinho primeiro”, disse ele. “Depois, quando todos já beberam bastante, serve o vinho de menor qualidade. Mas você guardou o melhor vinho até agora!”

11 Esse sinal em Caná da Galileia foi o primeiro milagre que Jesus fez. Com isso ele manifestou sua glória, e seus discípulos creram nele.

12 Depois do casamento, foi a Cafarnaum, onde passou alguns dias com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos.

Jesus purifica o templo

13 Era quase época da festa da Páscoa judaica, de modo que Jesus subiu a Jerusalém. 14 No pátio do templo, viu comerciantes que vendiam bois, ovelhas e pombas para os sacrifícios; também viu negociantes, em mesas, trocando dinheiro estrangeiro. 15 Jesus fez um chicote de cordas e os expulsou a todos do templo. Pôs para fora as ovelhas e os bois, espalhou as moedas dos negociantes no chão e virou as mesas. 16 Depois, foi até aqueles que vendiam pombas e lhes disse: “Tirem essas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!”.

17 Então os discípulos se lembraram desta profecia das Escrituras: “O zelo pela casa de Deus me consumirá”.[am]

18 “O que você está fazendo?”, questionaram os líderes judeus. “Que sinal você nos mostra para comprovar que tem autoridade para isso?”

19 “Pois bem”, respondeu Jesus. “Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei.”

20 Eles disseram: “Foram necessários 46 anos para construir este templo, e você o reconstruirá em três dias?”. 21 Mas quando Jesus disse “este templo”, estava se referindo a seu próprio corpo. 22 Depois que ele ressuscitou dos mortos, seus discípulos se lembraram do que ele tinha dito e creram nas Escrituras e em suas palavras.

23 Por causa dos sinais que Jesus realizou em Jerusalém durante a festa da Páscoa, muitos creram nele. 24 Jesus, porém, não confiava neles, pois conhecia a todos. 25 Ninguém precisava lhe dizer como o ser humano é de fato, pois ele conhecia a natureza humana.

Nicodemos visita Jesus

Havia um fariseu chamado Nicodemos, líder religioso entre os judeus. Certa noite, veio falar com Jesus e disse: “Rabi, todos nós sabemos que Deus enviou o senhor para nos ensinar. Seus sinais são prova de que Deus está com o senhor”.

Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: quem não nascer de novo,[an] não verá o reino de Deus”.

“Como pode um homem velho nascer de novo?”, perguntou Nicodemos. “Acaso ele pode voltar ao ventre da mãe e nascer uma segunda vez?”

Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: ninguém pode entrar no reino de Deus sem nascer da água e do Espírito.[ao] Os seres humanos podem gerar apenas vida humana, mas o Espírito dá à luz vida espiritual.[ap] Portanto, não se surpreenda quando eu digo: ‘É necessário nascer de novo’. O vento sopra onde quer. Assim como você ouve o vento, mas não é capaz de dizer de onde ele vem nem para onde vai, também é incapaz de explicar como as pessoas nascem do Espírito”.

“Como pode ser isso?”, perguntou Nicodemos.

10 Jesus respondeu: “Você é um mestre respeitado em Israel e não entende essas coisas? 11 Eu lhe digo a verdade: falamos daquilo que sabemos e vimos e, no entanto, vocês não creem em nosso testemunho. 12 Se vocês não creem em mim quando falo de coisas terrenas, como crerão se eu falar de coisas celestiais? 13 Ninguém jamais subiu ao céu, exceto aquele que de lá desceu, o Filho do Homem.[aq] 14 E, como Moisés, no deserto, levantou a serpente de bronze numa estaca, também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.[ar]

16 “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele.

18 “Não há condenação alguma para quem crê nele. Mas quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus. 19 E a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus. 20 Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima dela, pois teme que seus pecados sejam expostos. 21 Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que outros vejam que ele faz a vontade de Deus”.[as]

João Batista exalta Jesus

22 Então Jesus e seus discípulos saíram de Jerusalém e foram à região da Judeia. Jesus passou um tempo ali com eles, batizando.

23 Nessa época, João também batizava em Enom, perto de Salim, pois havia ali bastante água, e o povo ia até ele para ser batizado. 24 Isso aconteceu antes de João ser preso. 25 Surgiu uma discussão entre os discípulos de João e certo judeu[at] a respeito da purificação cerimonial. 26 Os discípulos de João foram falar com ele e lhe disseram: “Rabi, o homem que o senhor encontrou no outro lado do rio Jordão, aquele de quem o senhor deu testemunho, também está batizando. Todos vão até ele”.

27 João respondeu: “Ninguém pode receber coisa alguma, a menos que lhe seja concedida do céu. 28 Vocês sabem que eu lhes disse claramente: ‘Eu não sou o Cristo. Estou aqui apenas para preparar o caminho para ele’. 29 É o noivo que se casa com a noiva; o amigo do noivo simplesmente se alegra de estar ao lado dele e ouvir seus votos. Portanto, muito me alegro com o destaque dele. 30 Ele deve se tornar cada vez maior, e eu, cada vez menor”.

A superioridade do Filho

31 Aquele que veio do alto é superior a todos. Nós somos da terra e falamos de coisas terrenas, mas ele veio do céu e é superior a todos.[au] 32 Ele dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas como são poucos os que creem no que ele diz! 33 Todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. 34 Pois ele foi enviado por Deus e fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá, sem limites, o Espírito. 35 O Pai ama o Filho e pôs tudo em suas mãos. 36 E quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

A mulher samaritana junto ao poço

Jesus[av] sabia que os fariseus tinham ouvido dizer que ele batizava e fazia mais discípulos que João, embora Jesus mesmo não os batizasse, e sim seus discípulos. Assim, deixou a Judeia e voltou para a Galileia.

No caminho, teve de passar por Samaria. Chegou ao povoado samaritano de Sicar, perto do campo que Jacó tinha dado a seu filho José. O poço de Jacó ficava ali, e Jesus, cansado da longa caminhada, sentou-se junto ao poço, por volta do meio-dia. Pouco depois, uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: “Por favor, dê-me um pouco de água para beber”. Naquele momento, seus discípulos tinham ido ao povoado comprar comida.

A mulher ficou surpresa, pois os judeus se recusam a ter qualquer contato com os samaritanos. “Você é judeu, e eu sou uma mulher samaritana”, disse ela a Jesus. “Como é que me pede água para beber?”

10 Jesus respondeu: “Se ao menos você soubesse que presente Deus tem para você e com quem está falando, você me pediria e eu lhe daria água viva”.

11 “Mas você não tem corda nem balde, e o poço é muito fundo”, disse ela. “De onde tiraria essa água viva? 12 Além do mais, você se considera mais importante que nosso antepassado Jacó, que nos deu este poço? Como pode oferecer água melhor que esta que Jacó, seus filhos e seus animais bebiam?”

13 Jesus respondeu: “Quem bebe desta água logo terá sede outra vez, 14 mas quem bebe da água que eu dou nunca mais terá sede. Ela se torna uma fonte que brota dentro dele e lhe dá a vida eterna”.

15 “Por favor, senhor, dê-me dessa água!”, disse a mulher. “Assim eu nunca mais terei sede nem precisarei vir aqui para tirar água.”

16 “Vá buscar seu marido”, disse Jesus.

17 “Não tenho marido”, respondeu a mulher.

Jesus disse: “É verdade. Você não tem marido, 18 pois teve cinco maridos e não é casada com o homem com quem vive agora. Certamente você disse a verdade”.

19 “O senhor deve ser profeta”, disse a mulher. 20 “Então diga-me: por que os judeus insistem que Jerusalém é o único lugar de adoração, enquanto nós, os samaritanos, afirmamos que é aqui, no monte Gerizim,[aw] onde nossos antepassados adoraram?”

21 Jesus respondeu: “Creia em mim, mulher, está chegando a hora em que já não importará se você adora o Pai neste monte ou em Jerusalém. 22 Vocês, samaritanos, sabem muito pouco a respeito daquele a quem adoram. Nós adoramos com conhecimento, pois a salvação vem por meio dos judeus. 23 Mas está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.[ax] O Pai procura pessoas que o adorem desse modo. 24 Pois Deus é Espírito, e é necessário que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

25 A mulher disse: “Eu sei que o Messias (aquele que é chamado Cristo) virá. Quando vier, ele nos explicará tudo”.

26 Então Jesus lhe disse: “Sou eu, o que fala com você!”.

27 Naquele momento, seus discípulos voltaram. Ficaram surpresos de encontrá-lo falando com uma mulher, mas nenhum deles se atreveu a perguntar: “O que o senhor quer?” ou “Por que conversa com ela?”. 28 A mulher deixou sua vasilha de água junto ao poço e correu de volta para o povoado, dizendo a todos: 29 “Venham ver um homem que me disse tudo que eu já fiz na vida! Será que não é ele o Cristo?”. 30 Então as pessoas saíram do povoado para vê-lo.

31 Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus: “Rabi, coma alguma coisa”.

32 Ele, porém, respondeu: “Eu tenho um tipo de alimento que vocês não conhecem”.

33 Os discípulos perguntaram uns aos outros: “Será que alguém lhe trouxe comida?”.

34 Então Jesus explicou: “Meu alimento consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e em terminar a sua obra. 35 Vocês não costumam dizer: ‘Ainda faltam quatro meses para a colheita’? Mas eu lhes digo: despertem e olhem em volta. Os campos estão maduros para a colheita. 36 Os que colhem já recebem salário, e os frutos que ajuntam são as pessoas que passam a ter a vida eterna. Que alegria espera tanto o que semeia como o que colhe! 37 Vocês conhecem o ditado: ‘Um semeia e outro colhe’. E é verdade. 38 Eu envio vocês para colher onde não semearam; outros realizaram o trabalho, e agora vocês ajuntarão a colheita”.

Muitos samaritanos creem

39 Muitos samaritanos do povoado creram em Jesus por causa daquilo que a mulher relatou: “Ele me disse tudo que eu já fiz!”. 40 Quando saíram para vê-lo, insistiram que ficasse no povoado. Jesus permaneceu ali dois dias, 41 e muitos outros ouviram sua palavra e creram. 42 Então disseram à mulher: “Agora cremos, não apenas por causa do que você nos contou, mas porque nós mesmos o ouvimos. Agora sabemos que ele é, de fato, o Salvador do mundo”.

Jesus cura o filho de um oficial

43 Depois daqueles dois dias, Jesus partiu para a Galileia. 44 Ele mesmo tinha dito que um profeta não é honrado em sua própria terra. 45 Mas, uma vez que os galileus haviam estado em Jerusalém para a festa da Páscoa e visto tudo que Jesus fizera, eles o receberam.

46 Enquanto Jesus viajava pela Galileia, chegou a Caná, onde tinha transformado água em vinho. Perto dali, em Cafarnaum, havia um oficial do governo cujo filho estava muito doente. 47 Quando soube que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi até ele e suplicou que fosse a Cafarnaum para curar seu filho, que estava à beira da morte.

48 Jesus exclamou: “Jamais crerão, a menos que vejam sinais e maravilhas!”.

49 O oficial implorou: “Senhor, por favor, venha antes que meu filho morra”.

50 “Volte!”, disse Jesus. “Seu filho viverá.” O homem creu nas palavras de Jesus e partiu para casa.

51 Enquanto estava a caminho, alguns de seus servos vieram a seu encontro com a notícia de que seu filho estava vivo e bem. 52 Ele perguntou quando o menino havia começado a melhorar, e eles responderam: “Ontem à tarde, à uma hora, a febre subitamente desapareceu!”. 53 Então o pai percebeu que havia sido naquele exato momento que Jesus tinha dito: “Seu filho viverá”. E o oficial e todos de sua casa creram em Jesus. 54 Esse foi o segundo sinal que Jesus realizou na Galileia, depois que veio da Judeia.

Jesus cura um homem no sábado

Depois disso, Jesus voltou a Jerusalém para uma das festas religiosas dos judeus. Dentro da cidade, junto à porta das Ovelhas, ficava o tanque de Betesda,[ay] com cinco pátios cobertos. Ficavam ali cegos, mancos e paralíticos, uma multidão de enfermos, esperando um movimento da água, pois um anjo do Senhor descia de vez em quando e agitava a água. O primeiro que entrava no tanque após a água ser agitada era curado de qualquer enfermidade que tivesse.[az] Um dos homens ali estava doente havia 38 anos. Quando Jesus o viu e soube que estava enfermo por tanto tempo, perguntou-lhe: “Você gostaria de ser curado?”.

O homem respondeu: “Não consigo, senhor, pois não tenho quem me coloque no tanque quando a água se agita. Alguém sempre chega antes de mim”.

Jesus lhe disse: “Levante-se, pegue sua maca e ande!”.

No mesmo instante, o homem ficou curado. Ele pegou sua maca e começou a andar. Uma vez que esse milagre aconteceu no sábado, 10 os líderes judeus disseram ao homem que havia sido curado: “Hoje é sábado! A lei não permite que você carregue essa maca!”.

11 Mas ele respondeu: “O homem que me curou disse: ‘Pegue sua maca e ande’”.

12 “Quem foi que lhe disse uma coisa dessas?”, perguntaram eles.

13 O homem não sabia, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão. 14 Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Agora você está curado; deixe de pecar, para que nada pior lhe aconteça”. 15 O homem foi até os líderes judeus e lhes disse que tinha sido Jesus quem o havia curado.

Jesus afirma ser o Filho de Deus

16 Então os líderes judeus começaram a perseguir Jesus por não respeitar as regras do sábado. 17 Jesus, porém, disse: “Meu Pai sempre trabalha, e eu também”. 18 Assim, os líderes judeus se empenharam ainda mais em encontrar um modo de matá-lo, pois ele não apenas violava o sábado, mas afirmava que Deus era seu Pai e, portanto, se igualava a Deus.

19 Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o Pai fazer. Aquilo que o Pai faz, o Filho também faz. 20 Pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo que faz. Na verdade, o Pai lhe mostrará obras ainda maiores que estas, para que vocês fiquem admirados. 21 Pois assim como o Pai dá vida àqueles que ele ressuscita dos mortos, também o Filho dá vida a quem ele quer. 22 Além disso, o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho autoridade absoluta para julgar, 23 para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho certamente não honra o Pai, que o enviou.

24 “Eu lhes digo a verdade: quem ouve minha mensagem e crê naquele que me enviou tem a vida eterna. Jamais será condenado, mas já passou da morte para a vida.

25 “E eu lhes asseguro que está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os mortos ouvirão minha voz, a voz do Filho de Deus. E aqueles que a ouvirem viverão. 26 O Pai tem a vida em si mesmo, e concedeu a seu Filho igual poder de dar vida, 27 e lhe deu autoridade para julgar a todos, porque ele é o Filho do Homem. 28 Não fiquem tão surpresos! Na verdade, vem o tempo em que todos os mortos ouvirão, em seus túmulos, a voz do Filho de Deus 29 e ressuscitarão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para terem vida eterna, e aqueles que continuaram a fazer o mal ressuscitarão para serem julgados. 30 Não posso fazer coisa alguma por minha própria conta. Julgo conforme aquilo que Deus me diz. Logo, meu julgamento é justo, pois não faço minha própria vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.”

Testemunhas de Jesus

31 “Se eu testemunhasse a respeito de mim mesmo, meu testemunho não seria válido. 32 Mas há outro que também testemunha sobre mim, e eu lhes asseguro que tudo que ele diz a meu respeito é verdadeiro. 33 Vocês enviaram investigadores para ouvir João, e o testemunho dele sobre mim é verdadeiro. 34 Claro que não tenho necessidade alguma de testemunhas humanas, mas digo estas coisas para que vocês sejam salvos. 35 João era como uma lâmpada que queimava e brilhava e, por algum tempo, vocês se empolgaram com a mensagem dele. 36 Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que realizo. O Pai me deu essas obras para concluir, e elas provam que ele me enviou. 37 E o Pai, que me enviou, testemunhou, ele próprio, a meu respeito. Vocês nunca ouviram sua voz, nem o viram pessoalmente, 38 e não têm sua mensagem no coração, pois não creem em mim, aquele que foi enviado por ele.

39 “Vocês estudam minuciosamente as Escrituras porque creem que elas lhes dão vida eterna. Mas as Escrituras apontam para mim! 40 E, no entanto, vocês se recusam a vir a mim para receber essa vida.

41 “Sua aprovação não vale nada para mim, 42 pois eu sei que o amor a Deus não está em vocês. 43 Eu vim em nome de meu Pai, e vocês me rejeitaram. Se outro vier em seu próprio nome, vocês o receberão. 44 Não é de admirar que não possam crer, pois vocês honram uns aos outros, mas não se importam com a honra que vem do único Deus![ba]

45 “Mas não sou eu quem os acusará diante do Pai. Moisés os acusará! Sim, Moisés, em quem vocês põem sua esperança. 46 Se cressem, de fato, em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. 47 Contudo, uma vez que não creem naquilo que ele escreveu, como crerão no que eu digo?”.

Nova Versão Transformadora (NVT)

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