Bible in 90 Days
Paulo prega e ensina em Roma
17 Três dias depois de chegar, Paulo convocou os líderes judeus locais e lhes disse: “Irmãos, embora eu não tenha feito nada contra nosso povo nem contra os costumes de nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue ao governo romano. 18 Os romanos me interrogaram e queriam me soltar, pois não encontraram motivo para me condenar à morte. 19 Mas, quando os líderes judeus protestaram contra a decisão, considerei necessário apelar a César, embora não tivesse acusação alguma contra meu próprio povo. 20 Por isso pedi a vocês que viessem aqui hoje para que nos conhecêssemos, e também para que eu pudesse explicar que estou preso com estas correntes porque creio na esperança de Israel”.
21 Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judeia, e ninguém que veio de lá nos informou alguma coisa contra você. 22 Contudo, queremos ouvir o que você pensa, pois o que sabemos a respeito desse movimento é que ele é contestado em toda parte”.
23 Então marcaram uma data e, nesse dia, muita gente foi à casa de Paulo. Ele explicou e testemunhou sobre o reino de Deus e, desde cedo até a noite, procurou convencê-los acerca de Jesus com base na lei de Moisés e nos livros dos profetas. 24 Alguns foram convencidos pelas coisas que ele disse, mas outros não creram. 25 E, depois de discutirem entre si, foram embora com estas palavras finais de Paulo: “O Espírito Santo estava certo quando disse a nossos antepassados por meio do profeta Isaías:
26 ‘Vá e diga a este povo:
Quando ouvirem o que digo,
não entenderão.
Quando virem o que faço,
não compreenderão.
27 Pois o coração deste povo está endurecido;
ouvem com dificuldade
e têm os olhos fechados,
de modo que seus olhos não veem,
e seus ouvidos não ouvem,
e seu coração não entende,
e não se voltam para mim,
nem permitem que eu os cure’.[a]
28 Portanto, quero que saibam que esta salvação vinda de Deus também foi oferecida aos gentios, e eles a aceitarão”. 29 Depois de ele ter dito essas palavras, os judeus partiram, em grande desacordo uns com os outros.[b]
30 Durante os dois anos seguintes, Paulo morou em Roma, às próprias custas.[c] A todos que o visitavam ele recebia, 31 proclamando corajosamente o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo sem restrição alguma.
Saudações de Paulo
1 Eu, Paulo, escravo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo e enviado para anunciar as boas-novas de Deus, escrevo esta carta. 2 Deus prometeu as boas-novas muito tempo atrás nas Escrituras Sagradas, por meio de seus profetas. 3 Elas se referem a seu Filho, que, como homem, nasceu da linhagem do rei Davi, 4 e, quando o poder do Espírito Santo o ressuscitou dos mortos, foi demonstrado que ele era[d] o Filho de Deus. Ele é Jesus Cristo, nosso Senhor. 5 Por meio dele recebemos a graça e a autoridade, como apóstolos, de chamar os gentios em toda parte a crer nele e lhe obedecer, em honra de seu nome.
6 E vocês estão entre esses gentios chamados para pertencer a Jesus Cristo. 7 Escrevo a todos vocês que estão em Roma, amados por Deus e chamados para ser seu povo santo.
Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz.
As boas-novas de Deus
8 Antes de tudo, quero dizer que, por meio de Jesus Cristo, agradeço a meu Deus por todos vocês, pois sua fé nele é comentada em todo o mundo. 9 O Deus a quem sirvo em meu espírito, anunciando as boas-novas a respeito de seu Filho, sabe como nunca deixo de me lembrar de vocês 10 em minhas orações, sempre pedindo, se for da vontade de Deus, uma oportunidade de ir vê-los. 11 Desejo muito visitá-los, a fim de compartilhar com vocês alguma dádiva espiritual que os ajude a se fortalecerem. 12 Quando nos encontrarmos, quero encorajá-los na fé, e também quero ser encorajado por sua fé.
13 Quero que saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas até agora fui impedido. Meu desejo é trabalhar entre vocês e ver frutos espirituais como tenho visto entre outros gentios, 14 pois sinto grande obrigação tanto para com os gregos como os bárbaros, tanto para com os instruídos como os não instruídos. 15 Por isso, aguardo com expectativa para visitá-los, a fim de anunciar as boas-novas também a vocês, em Roma.
16 Pois não me envergonho das boas-novas a respeito de Cristo, que são o poder de Deus em ação para salvar todos os que creem, primeiro os judeus, e também os gentios.[e] 17 As boas-novas revelam como Deus nos declara justos diante dele, o que, do começo ao fim, é algo que se dá pela fé. Como dizem as Escrituras: “O justo viverá pela fé”.[f]
A ira de Deus contra o pecado
18 Assim, Deus mostra do céu sua ira contra todos que são pecadores e perversos, que por sua maldade impedem que a verdade seja conhecida.[g] 19 Sabem a verdade a respeito de Deus, pois ele a tornou evidente. 20 Por meio de tudo que ele fez desde a criação do mundo, podem perceber claramente seus atributos invisíveis: seu poder eterno e sua natureza divina. Portanto, não têm desculpa alguma.
21 Sim, eles conheciam algo sobre Deus, mas não o adoraram nem lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se tolos. 23 Trocaram a grandeza do Deus imortal por imagens de seres humanos mortais, bem como de aves, animais e répteis.
24 Por isso, Deus os entregou aos desejos pecaminosos de seu coração. Como resultado, praticaram entre si coisas desprezíveis e degradantes com o próprio corpo. 25 Trocaram a verdade sobre Deus pela mentira. Desse modo, adoraram e serviram coisas que Deus criou, em lugar do Criador, que é digno de louvor eterno! Amém. 26 Por isso, Deus os entregou a desejos vergonhosos. Até as mulheres trocaram sua forma natural de ter relações sexuais por práticas não naturais. 27 E os homens, em vez de ter relações sexuais normais com mulheres, arderam de desejo uns pelos outros. Homens praticaram atos indecentes com outros homens e, em decorrência desse pecado, sofreram em si mesmos o castigo que mereciam.
28 Uma vez que consideraram que conhecer a Deus era algo inútil, o próprio Deus os entregou a um inútil modo de pensar, deixando que fizessem coisas que jamais deveriam ser feitas. 29 A vida deles se encheu de toda espécie de perversidade, pecado, ganância, ódio, inveja, homicídio, discórdia, engano, malícia e fofocas. 30 Espalham calúnias, odeiam a Deus, são insolentes, orgulhosos e arrogantes. Inventam novas maneiras de pecar e desobedecem a seus pais. 31 Não têm entendimento, quebram suas promessas, não mostram afeição nem misericórdia. 32 Sabem que, de acordo com a justiça de Deus, quem pratica essas coisas merece morrer, mas ainda assim continuam a praticá-las. E, o que é pior, incentivam outros a também fazê-lo.
O julgamento de Deus
2 Talvez você pense que pode condenar esses indivíduos, mas é igual a eles e não tem desculpa! Quando diz que eles deveriam ser castigados, condena a si mesmo, porque você, que julga os outros, pratica as mesmas coisas. 2 E sabemos que Deus, em sua justiça, castigará todos que praticam tais coisas. 3 Uma vez que você julga outros por fazerem essas coisas, o que o leva a pensar que evitará o julgamento de Deus ao agir da mesma forma? 4 Não percebe quanto ele é bondoso, tolerante e paciente com você? Não vê que essas manifestações da bondade de Deus visam levá-lo ao arrependimento?
5 Mas, por causa de seu coração rebelde, você se recusa a abandonar o pecado, acumulando ira sobre si mesmo. Pois o dia da ira se aproxima, quando o justo juízo de Deus se revelará. 6 Ele julgará cada um de acordo com seus atos. 7 Dará vida eterna àqueles que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. 8 Mas derramará ira e indignação sobre os que vivem para si mesmos, que se recusam a obedecer à verdade e preferem entregar-se a uma vida de perversidade. 9 A todos que praticam o mal, ele trará aflição e calamidade: primeiro para os judeus, e também para os gentios.[h] 10 Mas, a todos que fazem o bem, ele dará glória, honra e paz: primeiro para os judeus, e também para os gentios. 11 Pois Deus não age com favoritismo.
12 Assim, todos os que pecarem, mesmo não tendo a lei escrita de Deus, serão destruídos. E todos os que pecarem estando sob a lei de Deus, de acordo com essa lei serão julgados. 13 Pois o simples ato de ouvir a lei não nos torna justos diante de Deus, mas sim a obediência à lei é que nos torna justos aos olhos dele. 14 Até mesmo os gentios, que não têm a lei escrita, quando obedecem a ela instintivamente, mostram que conhecem a lei, mesmo não a tendo. 15 Demonstram que a lei está gravada em seu coração, pois sua consciência e seus pensamentos os acusam ou lhes dizem que estão agindo corretamente. 16 Isso se confirmará no dia em que Deus julgar os segredos de cada um por meio de Cristo Jesus, de acordo com as boas-novas que anuncio.
Os judeus e a lei
17 Você, que se diz judeu, se apoia na lei de Deus e se orgulha de seu relacionamento especial com ele. 18 Conhece a vontade de Deus: sabe o que é certo, porque foi instruído em sua lei. 19 Está convencido de que é guia para os cegos e luz para os que estão perdidos na escuridão. 20 Considera-se capaz de instruir os ignorantes e ensinar os caminhos de Deus às crianças. Está certo de que a lei de Deus lhe dá pleno conhecimento e verdade.
21 Pois bem, se você ensina a outros, por que não ensina a si mesmo? Diz a outros que não roubem, mas você mesmo rouba? 22 Afirma que é errado cometer adultério, mas você mesmo adultera? Condena a idolatria, mas rouba objetos dos templos? 23 Você, que tanto se orgulha de conhecer a lei, desonra a Deus, desobedecendo à lei? 24 Não é de admirar que as Escrituras digam: “Os gentios blasfemam o nome de Deus por causa de vocês”.[i]
25 A prática judaica da circuncisão só tem valor se você obedece à lei de Deus. Mas se você, que é circuncidado, não obedece à lei de Deus, não é diferente de um gentio incircuncidado. 26 E, se os incircuncidados obedecerem à lei de Deus, acaso não serão também considerados circuncidados? 27 De fato, os gentios incircuncidados que cumprem a lei de Deus condenarão você, judeu, que é circuncidado e tem a lei de Deus, mas não obedece a ela.
28 Pois ser judeu exteriormente ou ser circuncidado não torna ninguém judeu de fato. 29 Judeu verdadeiro é quem o é no íntimo, e circuncisão verdadeira é a do coração, feita pelo Espírito, e não pela letra da lei, recebendo assim a aprovação de Deus, e não das pessoas.
A fidelidade de Deus
3 Então qual é a vantagem de ser judeu? A circuncisão tem algum valor? 2 Sim, há muitos benefícios. Em primeiro lugar, aos judeus foi confiada toda a revelação de Deus.[j]
3 É verdade que alguns deles foram infiéis, mas isso significa que Deus será infiel? 4 De maneira nenhuma! Ainda que todos sejam mentirosos, Deus é verdadeiro. E as Escrituras dizem a seu respeito:
“Será provado que tens razão no que dizes,
e ganharás tua causa no juízo”.[k]
5 Alguém poderia dizer: “Mas nosso pecado não cumpre um bom propósito, ajudando os outros a verem como Deus é justo? Não é uma injustiça, portanto, Deus nos castigar?”. (Estou seguindo o ponto de vista humano.) 6 Claro que não! Se fosse assim, como Deus poderia julgar o mundo? 7 Alguém poderia argumentar, ainda: “Mas por que Deus me condena como pecador se minha mentira ressalta sua verdade e lhe traz mais glória?”. 8 E alguns até nos difamam, afirmando que dizemos: “Quanto mais pecarmos, melhor!”. Quem diz essas coisas merece condenação.
Todos são pecadores
9 Pois bem, devemos concluir que nós, judeus, somos melhores que os outros? Não, de maneira nenhuma, pois já mostramos que todos, judeus ou gentios,[l] estão sob o poder do pecado. 10 Como afirmam as Escrituras:
“Ninguém é justo,
nem um sequer.
11 Ninguém é sábio,
ninguém busca a Deus.
12 Todos se desviaram,
todos se tornaram inúteis.
Ninguém faz o bem,
nem um sequer.”[m]
13 “Sua conversa é repulsiva,
como o odor de um túmulo aberto;
sua língua é cheia de mentiras.”
“Veneno de serpentes goteja de seus lábios.”[n]
14 “Sua boca é cheia de maldição e amargura.”[o]
15 “Apressam-se em cometer homicídio;
16 por onde passam, deixam destruição e sofrimento.
17 Não sabem onde encontrar paz.”[p]
18 “Não têm o menor temor de Deus.”[q]
19 É evidente que a lei se aplica àqueles a quem ela foi entregue, pois seu propósito é evitar desculpas e mostrar que todo o mundo é culpado diante de Deus. 20 Pois ninguém será declarado justo diante de Deus por fazer o que a lei ordena. A lei simplesmente mostra quanto somos pecadores.
Cristo tomou sobre si nosso castigo
21 Agora, porém, conforme prometido na lei de Moisés[r] e nos profetas, Deus nos mostrou como somos declarados justos diante dele sem as exigências da lei: 22 somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e isso se aplica a todos que creem, sem nenhuma distinção.
23 Pois todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus, 24 mas ele, em sua graça, nos declara justos por meio de Cristo Jesus, que nos resgatou do castigo por nossos pecados. 25 Deus apresentou Jesus como sacrifício pelo pecado,[s] com o sangue que ele derramou, mostrando assim sua justiça em favor dos que creem. No passado ele se conteve e não castigou os pecados antes cometidos, 26 pois planejava revelar sua justiça no tempo presente. Com isso, Deus se mostrou justo, condenando o pecado, e justificador, declarando justo o pecador que crê em Jesus.
27 Podemos então nos vangloriar de ter feito algo para sermos aceitos por Deus? Não, pois nossa absolvição não vem pela obediência à lei, mas pela fé. 28 Portanto, somos declarados justos por meio da fé, e não pela obediência à lei.
29 Afinal, Deus é Deus apenas dos judeus? Não é também Deus dos gentios? Claro que sim! 30 Existe um só Deus, e ele declara justos tanto judeus como gentios[t] somente pela fé. 31 Então, se enfatizamos a fé, quer dizer que podemos abolir a lei? Claro que não! Na realidade, é só quando temos fé que cumprimos verdadeiramente a lei.
Abraão como exemplo de fé
4 Do ponto de vista humano, Abraão foi o fundador de nossa nação. O que descobriu ele? 2 Se suas boas obras o tivessem tornado justo, ele teria motivo para se vangloriar, mas não perante Deus. 3 Pois as Escrituras dizem: “Abraão creu em Deus, e assim foi considerado justo”.[u]
4 O salário daquele que trabalha não é um presente, mas um direito. 5 Contudo, ninguém é considerado justo com base em seu trabalho, mas sim por meio de sua fé em Deus, que declara justos os pecadores. 6 Davi também falou a esse respeito quando descreveu a felicidade daqueles que são considerados justos sem terem trabalhado para isso:
7 “Como são felizes aqueles
cuja desobediência é perdoada,
cujos pecados são cobertos!
8 Sim, como são felizes aqueles
cujo pecado o Senhor não leva mais em conta!”.[v]
9 Por acaso essa bênção é apenas para os judeus, ou se estende também aos gentios incircuncidados?[w] Já dissemos que Deus considerou Abraão justo por meio de sua fé. 10 Mas como isso aconteceu? Ele foi considerado justo somente depois de ter sido circuncidado, ou antes disso? Está claro que foi antes de ele ser circuncidado.
11 A circuncisão era um sinal de que Abraão já possuía fé e de que Deus já o havia declarado justo, mesmo antes de ele ser circuncidado. Portanto, Abraão é o pai daqueles que têm fé mas não foram circuncidados. Eles são considerados justos por causa de sua fé. 12 E Abraão também é o pai daqueles que foram circuncidados, mas somente se tiverem o mesmo tipo de fé que Abraão tinha antes de ser circuncidado.
13 A promessa de que Abraão e seus descendentes herdariam toda a terra não se baseou em sua obediência à lei de Deus, mas sim no fato de ele ter sido considerado justo quando teve fé. 14 Portanto, se a herança prometida é apenas para aqueles que obedecem à lei, a fé é desnecessária, e a promessa, anulada. 15 Pois a lei traz ira sobre aqueles que tentam obedecer a ela. A única forma de não quebrar a lei é não ter lei nenhuma para quebrar!
16 É por isso que a promessa vem pela fé, para que ela seja segundo a graça e, assim, alcance toda a descendência de Abraão, não somente os que vivem sob a lei, mas todos que têm fé como a que teve Abraão. Pois ele é o pai de todos que creem. 17 Conforme aparece nas Escrituras: “Eu o fiz pai de muitas nações”.[x] Isso aconteceu porque Abraão creu no Deus que traz os mortos de volta à vida e cria coisas novas do nada.
18 Mesmo quando não havia motivo para ter esperança, Abraão a manteve, crendo que se tornaria o pai de muitas nações. Pois Deus lhe tinha dito: “Esse é o número de descendentes que você terá!”.[y] 19 E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinham vigor.
20 Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21 Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete. 22 Por isso, por sua fé, ele foi considerado justo. 23 E, quando Deus considerou Abraão justo, não o fez apenas para benefício dele. As Escrituras dizem 24 que foi também para nosso benefício, pois elas garantem que também seremos considerados justos por crermos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor. 25 Ele foi entregue à morte por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para que fôssemos declarados justos diante de Deus.
A fé produz alegria
5 Portanto, uma vez que pela fé fomos declarados justos, temos paz[z] com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós. 2 Foi por meio da fé que Cristo nos concedeu esta graça que agora desfrutamos com segurança e alegria, pois temos a esperança de participar da glória de Deus.
3 Também nos alegramos ao enfrentar dificuldades e provações, pois sabemos que contribuem para desenvolvermos perseverança, 4 e a perseverança produz caráter aprovado, e o caráter aprovado fortalece nossa esperança, 5 e essa esperança não nos decepcionará, pois sabemos quanto Deus nos ama, uma vez que ele nos deu o Espírito Santo para nos encher o coração com seu amor.
6 Quando estávamos completamente desamparados, Cristo veio na hora certa e morreu por nós, pecadores. 7 É pouco provável que alguém morresse por um justo, embora talvez alguém se dispusesse a morrer por uma pessoa boa. 8 Mas Deus nos prova seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós quando ainda éramos pecadores. 9 E, uma vez que fomos declarados justos por seu sangue, certamente seremos salvos da ira de Deus por meio dele. 10 Pois, se quando ainda éramos inimigos de Deus nosso relacionamento com ele foi restaurado pela morte de seu Filho, agora que já estamos reconciliados certamente seremos salvos por sua vida. 11 Agora, portanto, podemos nos alegrar em Deus, com quem fomos reconciliados por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
A diferença entre Adão e Cristo
12 Quando Adão pecou, o pecado entrou no mundo, e com ele a morte, que se estendeu a todos, porque todos pecaram. 13 É fato que as pessoas pecaram antes que a lei fosse concedida, mas, porque ela não existia, seus pecados não foram levados em conta. 14 Mesmo assim, do tempo de Adão até o de Moisés, todos morreram, incluindo os que não desobedeceram a uma ordem explícita de Deus, como Adão desobedeceu. Na verdade, Adão é um símbolo, uma representação daquele que ainda haveria de vir. 15 Mas há uma grande diferença entre o pecado de Adão e a dádiva de Deus. Pois o pecado de um único homem trouxe morte para muitos. Ainda maior, porém, é a graça de Deus e sua dádiva que veio sobre muitos por meio de um único homem, Jesus Cristo. 16 E o resultado da dádiva de Deus é bem diferente do resultado do pecado de um único homem, pois enquanto o pecado de Adão levou à condenação, a dádiva de Deus nos possibilita ser declarados justos diante dele, apesar de nossos muitos pecados. 17 A morte reinou sobre muitos por meio do pecado de um único homem. Ainda maior, porém, é a graça de Deus e sua dádiva de justiça, e todos que a recebem reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo.
18 É verdade que um só pecado de Adão trouxe condenação a todos, mas um só ato de justiça de Cristo removeu a culpa e trouxe vida a todos. 19 Por causa da desobediência a Deus de uma só pessoa, muitos se tornaram pecadores. Mas, por causa da obediência de uma só pessoa a Deus, muitos serão declarados justos.
20 A lei foi concedida para que todos percebessem a gravidade do pecado. Mas, à medida que o pecado aumentou, a graça se tornou ainda maior. 21 Portanto, assim como o pecado reinou sobre todos e os levou à morte, agora reina a graça, que nos declara justos diante de Deus e resulta na vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Libertos do poder do pecado
6 Pois bem, devemos continuar pecando para que Deus mostre cada vez mais sua graça? 2 Claro que não! Uma vez que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? 3 Ou acaso se esqueceram de que, quando fomos unidos a Cristo Jesus no batismo, nos unimos a ele em sua morte? 4 Pois, pelo batismo, morremos e fomos sepultados com Cristo. E, assim como ele foi ressuscitado dos mortos pelo poder glorioso do Pai, agora nós também podemos viver uma nova vida.
5 Uma vez que nossa união com ele se assemelhou à sua morte, assim também nossa ressurreição será semelhante à dele. 6 Sabemos que nossa velha natureza humana foi crucificada com Cristo, para que o pecado não tivesse mais poder sobre nossa vida e dele deixássemos de ser escravos. 7 Pois, quando morremos com Cristo, fomos libertos do poder do pecado. 8 Então, uma vez que morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. 9 Temos certeza disso, pois Cristo foi ressuscitado dos mortos e não mais morrerá. A morte já não tem nenhum poder sobre ele. 10 Quando ele morreu, foi de uma vez por todas, para quebrar o poder do pecado. Mas agora que ele vive, é para a glória de Deus. 11 Da mesma forma, considerem-se mortos para o poder do pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus.
12 Não deixem que o pecado reine sobre seu corpo, que está sujeito à morte, cedendo aos desejos pecaminosos. 13 Não deixem que nenhuma parte de seu corpo se torne instrumento do mal para servir ao pecado, mas em vez disso entreguem-se inteiramente a Deus, pois vocês estavam mortos e agora têm nova vida. Portanto, ofereçam seu corpo como instrumento para fazer o que é certo para a glória de Deus. 14 O pecado não é mais seu senhor, pois vocês já não vivem sob a lei, mas sob a graça de Deus.
15 Pois bem, uma vez que a graça nos libertou da lei, quer dizer que podemos continuar pecando? Claro que não! 16 Vocês não sabem que se tornam escravos daquilo a que escolhem obedecer? Podem ser escravos do pecado, que conduz à morte, ou podem escolher obedecer a Deus, que conduz à vida de justiça. 17 Graças a Deus, porque antes vocês eram escravos do pecado, mas agora obedecem de todo o coração a este ensino que lhes transmitimos. 18 Estão livres da escravidão do pecado e se tornaram escravos da justiça.
19 Uso o exemplo da escravidão para ajudá-los a entender isso tudo, pois sua natureza humana é fraca.[aa] No passado, vocês se deixaram escravizar pela impureza e pela maldade, o que os fez afundar ainda mais no pecado. Agora, devem se entregar como escravos à vida de justiça, para que se tornem santos.
20 Quando eram escravos do pecado, estavam livres da obrigação de fazer o que é certo. 21 E qual foi o resultado? Hoje vocês se envergonham das coisas que costumavam fazer, coisas que acabam em morte. 22 Agora, porém, estão livres do poder do pecado e se tornaram escravos de Deus. Fazem aquilo que conduz à santidade e resulta na vida eterna. 23 Pois o salário do pecado é a morte, mas a dádiva de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Libertos da lei
7 Agora, irmãos, vocês que conhecem a lei, não sabem que ela se aplica apenas enquanto a pessoa vive? 2 Por exemplo, quando uma mulher se casa, a lei a une a seu marido enquanto ele estiver vivo. No entanto, se ele morrer, as leis do casamento já não se aplicarão à mulher. 3 Portanto, enquanto o marido estiver vivo, se ela se casar com outro homem, cometerá adultério. Mas, se o marido morrer, ela ficará livre dessa lei e não cometerá adultério ao se casar novamente.
4 Assim, meus irmãos, vocês morreram para o poder da lei quando morreram com Cristo, e agora estão unidos com aquele que foi ressuscitado dos mortos. Como resultado, podemos produzir uma colheita de boas obras para Deus. 5 Quando éramos controlados pela natureza humana,[ab] desejos pecaminosos atuavam dentro de nós, e a lei despertava esses desejos maus, que produziam uma colheita de obras pecaminosas cujo resultado era a morte. 6 Agora, porém, fomos libertos da lei, pois morremos para ela e já não estamos presos a seu poder. Podemos servir a Deus não da maneira antiga, obedecendo à letra da lei, mas da maneira nova, vivendo no Espírito.
A lei de Deus expõe nosso pecado
7 Por acaso estou dizendo que a lei de Deus é pecaminosa? Claro que não! Na verdade, foi a lei que me mostrou meu pecado. Eu jamais saberia que cobiçar é errado se a lei não dissesse: “Não cobice”.[ac] 8 Mas o pecado usou esse mandamento para despertar dentro de mim todo tipo de desejo cobiçoso. Se não houvesse lei, o pecado não teria esse poder. 9 Houve um tempo em que eu vivia sem a lei. No entanto, quando tomei conhecimento do mandamento, o pecado ganhou vida, 10 e eu morri. Assim, descobri que os mandamentos da lei, que deveriam trazer vida, trouxeram, em vez disso, morte. 11 O pecado se aproveitou desses mandamentos e me enganou, e fez uso deles para me matar. 12 Isso, porém, só demonstra que a lei em si é santa, e santos, justos e bons são seus mandamentos.
13 Mas, então, a lei, que é boa, foi responsável por minha morte? Claro que não! O pecado usou o que era bom para me condenar à morte. Vemos, com isso, como o pecado é terrível, usando os bons mandamentos de Deus para seus próprios fins perversos.
A luta contra o pecado
14 O problema não está na lei, pois ela é espiritual e boa. O problema está em mim, pois sou humano,[ad] escravo do pecado. 15 Não entendo a mim mesmo, pois quero fazer o que é certo, mas não o faço. Em vez disso, faço aquilo que odeio. 16 Mas, se eu sei que o que faço é errado, isso mostra que concordo que a lei é boa. 17 Portanto, não sou eu quem faz o que é errado, mas o pecado que habita em mim.
18 E eu sei que em mim, isto é, em minha natureza humana,[ae] não há nada de bom, pois quero fazer o que é certo, mas não consigo. 19 Quero fazer o bem, mas não o faço. Não quero fazer o que é errado, mas, ainda assim, o faço. 20 Então, se faço o que não quero, na verdade não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.
21 Assim, descobri esta lei em minha vida: quando quero fazer o que é certo, percebo que o mal está presente em mim. 22 Amo a lei de Deus de todo o coração. 23 Contudo, há outra lei dentro de mim que está em guerra com minha mente e me torna escravo do pecado que permanece dentro de mim. 24 Como sou miserável! Quem me libertará deste corpo mortal dominado pelo pecado? 25 Graças a Deus, a resposta está em Jesus Cristo, nosso Senhor. Na mente, quero, de fato, obedecer à lei de Deus, mas, por causa de minha natureza humana, sou escravo do pecado.
A vida no Espírito
8 Agora, portanto, já não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. 2 Pois em Cristo Jesus a lei do Espírito que dá vida os libertou[af] da lei do pecado, que leva à morte. 3 A lei não era capaz de nos salvar por causa da fraqueza de nossa natureza humana,[ag] por isso Deus fez o que a lei era incapaz de fazer ao enviar seu Filho na semelhança de nossa natureza humana pecaminosa e apresentá-lo como sacrifício por nosso pecado. Com isso, declarou o fim do domínio do pecado sobre nós, 4 de modo que nós, que agora não seguimos mais nossa natureza humana, mas sim o Espírito, possamos cumprir as justas exigências da lei.
5 Aqueles que são dominados pela natureza humana pensam em coisas da natureza humana, mas os que são controlados pelo Espírito pensam em coisas que agradam o Espírito. 6 Portanto, permitir que a natureza humana controle a mente resulta em morte, mas permitir que o Espírito controle a mente resulta em vida e paz. 7 Pois a mentalidade da natureza humana é sempre inimiga de Deus. Nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá. 8 Por isso aqueles que ainda estão sob o domínio de sua natureza humana não podem agradar a Deus.
9 Vocês, porém, não são controlados pela natureza humana, mas pelo Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, a ele não pertence. 10 Uma vez que Cristo habita em vocês, embora o corpo morra por causa do pecado, o Espírito lhes dá vida porque vocês foram declarados justos diante de Deus. 11 E, se o Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vocês, o Deus que ressuscitou Cristo Jesus dos mortos dará vida a seu corpo mortal, por meio desse mesmo Espírito que habita em vocês.
12 Portanto, irmãos, vocês não têm de fazer o que sua natureza humana lhes pede, 13 porque, se viverem de acordo com as exigências dela, morrerão. Se, contudo, pelo poder do Espírito, fizerem morrer as obras do corpo, viverão, 14 porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
15 Pois vocês não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos.[ah] Agora nós o chamamos “Aba,[ai] Pai”, 16 pois o seu Espírito confirma a nosso espírito[aj] que somos filhos de Deus. 17 Se somos seus filhos, então somos seus herdeiros e, portanto, co-herdeiros com Cristo. Se de fato participamos de seu sofrimento, participaremos também de sua glória.
A glória futura
18 Considero que nosso sofrimento de agora não é nada comparado com a glória que ele nos revelará mais tarde. 19 Pois toda a criação aguarda com grande expectativa o dia em que os filhos de Deus serão revelados. 20 Toda a criação, não por vontade própria, foi submetida por Deus a uma existência fútil, 21 na esperança de que, com os filhos de Deus, a criação seja gloriosamente liberta da decadência que a escraviza. 22 Pois sabemos que, até agora, toda a criação geme, como em dores de parto. 23 E nós, os que cremos, também gememos, embora tenhamos o Espírito em nós como antecipação da glória futura, pois aguardamos ansiosos pelo dia em que desfrutaremos nossos direitos de adoção,[ak] incluindo a redenção de nosso corpo. 24 Recebemos essa esperança quando fomos salvos. (Se já temos alguma coisa, não há necessidade de esperar por ela, 25 mas, se esperamos por algo que ainda não temos, devemos fazê-lo com paciência e confiança.)
26 E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras. 27 E o Pai, que conhece cada coração, sabe quais são as intenções do Espírito, pois o Espírito intercede por nós, o povo santo, segundo a vontade de Deus. 28 E sabemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam[al] e que são chamados de acordo com seu propósito. 29 Pois Deus conheceu de antemão os seus e os predestinou para se tornarem semelhantes à imagem de seu Filho, a fim de que ele fosse o primeiro entre muitos irmãos. 30 Depois de predestiná-los ele os chamou, e depois de chamá-los, os declarou justos, e depois de declará-los justos, lhes deu sua glória.
Nada pode nos separar do amor de Deus
31 Que podemos dizer diante de coisas tão maravilhosas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Se ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas? 33 Quem se atreve a acusar os escolhidos de Deus? Ninguém, pois o próprio Deus nos declara justos diante dele. 34 Quem nos condenará, então? Ninguém, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou e está sentado no lugar de honra, à direita de Deus, intercedendo por nós.
35 O que nos separará do amor de Cristo? Serão aflições ou calamidades, perseguições ou fome, miséria, perigo ou ameaças de morte? 36 Como dizem as Escrituras: “Por causa de ti, enfrentamos a morte todos os dias; somos como ovelhas levadas para o matadouro”.[am] 37 Mas, apesar de tudo isso, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou.
38 E estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios,[an] nem o que existe hoje nem o que virá no futuro, nem poderes, 39 nem altura nem profundidade, nada, em toda a criação, jamais poderá nos separar do amor de Deus revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Deus escolhe Israel
9 Digo-lhes a verdade, tendo Cristo como testemunha, e minha consciência e o Espírito Santo a confirmam. 2 Meu coração está cheio de amarga tristeza e angústia sem fim 3 por meu povo, meus irmãos judeus.[ao] Eu estaria disposto a ser amaldiçoado para sempre, separado de Cristo, se isso pudesse salvá-los. 4 Eles são o povo de Israel, escolhidos para serem filhos adotivos de Deus.[ap] Ele lhes revelou sua glória, fez uma aliança com eles e lhes deu sua lei e o privilégio de adorá-lo e receber suas promessas. 5 Do povo de Israel vêm os patriarcas, e o próprio Cristo, quanto à sua natureza humana, era israelita. E ele é Deus, aquele que governa sobre todas as coisas e é digno de louvor eterno! Amém.[aq]
6 Acaso Deus deixou de cumprir sua promessa a Israel? Não, pois nem todos os descendentes de Israel pertencem, de fato, ao povo de Deus. 7 Só porque são descendentes de Abraão não significa que são, verdadeiramente, filhos de Abraão. Pois as Escrituras dizem: “Isaque é o filho de quem depende a sua descendência”.[ar] 8 Isso significa que os descendentes físicos de Abraão não são, necessariamente, filhos de Deus. Apenas os filhos da promessa são considerados filhos de Abraão. 9 Pois Deus havia prometido: “Voltarei por esta época, e Sara terá um filho”.[as]
10 Esse fato não é único. Também Rebeca ficou grávida de nosso antepassado Isaque e deu à luz gêmeos. 11 Antes de eles nascerem, porém, antes mesmo de terem feito qualquer coisa boa ou má, ela recebeu uma mensagem de Deus. (Essa mensagem mostra que Deus escolhe as pessoas conforme os propósitos dele 12 e as chama sem levar em conta as obras que praticam.) Foi dito a Rebeca: “Seu filho mais velho servirá a seu filho mais novo”.[at] 13 Nas palavras das Escrituras: “Amei Jacó, mas rejeitei Esaú”.[au]
14 Estamos dizendo, então, que Deus foi injusto? Claro que não! 15 Pois Deus disse a Moisés:
“Terei misericórdia de quem eu quiser,
e mostrarei compaixão a quem eu quiser”.[av]
16 Portanto, a misericórdia depende apenas de Deus, e não de nosso desejo nem de nossos esforços.
17 Pois as Escrituras afirmam que Deus disse ao faraó: “Eu o coloquei em posição de autoridade com o propósito de mostrar em você meu poder e propagar meu nome por toda a terra”.[aw] 18 Como podem ver, ele escolhe ter misericórdia de alguns e endurecer o coração de outros.
19 Mas algum de vocês dirá: “Então por que Deus os culpa? Não estão apenas cumprindo a vontade dele?”.
20 Ora, quem é você, mero ser humano, para discutir com Deus? Acaso o objeto criado pode dizer àquele que o criou: “Por que você me fez assim?” 21 O oleiro não tem o direito de usar o mesmo barro para fazer um vaso para uso especial e outro para uso comum? 22 Da mesma forma, Deus tem o direito de mostrar sua ira e seu poder, suportando com muita paciência aqueles que são objeto de sua ira, preparados para a destruição.[ax] 23 Ele age desse modo para que as riquezas de sua glória brilhem com esplendor ainda maior sobre aqueles dos quais ele tem misericórdia, aqueles que ele preparou previamente para a glória. 24 E nós estamos entre os que ele chamou, tanto dentre os judeus como dentre os gentios.
25 A esse respeito, Deus diz na profecia de Oseias:
“Chamarei ‘meu povo’
aqueles que não eram meu povo,
e amarei aqueles
que antes eu não amava”.[ay]
26 E também:
“No lugar onde lhes foi dito:
‘Vocês não são meu povo’,
eles serão chamados
‘filhos do Deus vivo’”.[az]
27 E, a respeito de Israel, o profeta Isaías clamou:
“Embora o povo de Israel seja numeroso como a areia do mar,
apenas um remanescente será salvo.
28 Pois o Senhor executará sua sentença sobre a terra
de modo rápido e decisivo”.[ba]
29 E, como Isaías tinha dito em outra passagem:
“Se o Senhor dos Exércitos
não houvesse poupado alguns de nossos filhos,
teríamos sido exterminados como Sodoma
e destruídos como Gomorra”.[bb]
A incredulidade de Israel
30 Que significa tudo isso? Embora os gentios não buscassem seguir as normas de Deus, foram declarados justos, e isso aconteceu pela fé. 31 Já o povo de Israel, que se esforçou tanto para cumprir a lei a fim de se tornar justo, nunca teve sucesso. 32 Por que não? Porque tentaram se tornar justos por meio de suas obras, e não pela fé. Tropeçaram na grande pedra em seu caminho, 33 e a esse respeito as Escrituras afirmam:
“Ponho em Sião uma pedra que os faz tropeçar,
uma rocha que os faz cair.
Mas quem confiar nele
jamais será envergonhado”.[bc]
10 Irmãos, o desejo de meu coração e minha oração a Deus é que o povo de Israel seja salvo. 2 Sei da dedicação deles por Deus, mas é entusiasmo sem entendimento. 3 Pois, não entendendo a maneira como Deus declara as pessoas justas diante dele, apegam-se a seu próprio modo de se tornar justos tentando seguir a lei, e recusam a maneira de Deus. 4 Pois Cristo é o propósito para o qual a lei foi dada.[bd] Como resultado, todo o que nele crê é declarado justo.
A salvação é para todos
5 Moisés escreve que o modo pelo qual a lei torna alguém justo exige obediência a todos os seus mandamentos.[be] 6 Mas o modo pelo qual a fé torna alguém justo diz: “Não diga em seu coração: ‘Quem subirá ao céu?’ (para trazer Cristo para a terra). 7 E não diga: ‘Quem descerá ao lugar dos mortos?’ (para trazer Cristo de volta à vida)”. 8 Na verdade, diz:
“A mensagem está bem perto;
está em seus lábios e em seu coração”.[bf]
E essa mensagem é a mesma que anunciamos a respeito da fé: 9 se você declarar com sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo. 10 Pois é crendo de coração que você é declarado justo, e é declarando com a boca que você é salvo. 11 Como dizem as Escrituras: “Quem confiar nele jamais será envergonhado”.[bg] 12 Nesse sentido, não há diferença entre judeus e gentios,[bh] uma vez que ambos têm o mesmo Senhor, que abençoa generosamente todos que o invocam. 13 Pois “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.[bi]
14 Mas como poderão invocá-lo se não crerem nele? E como crerão nele se jamais tiverem ouvido a seu respeito? E como ouvirão a seu respeito se ninguém lhes falar? 15 E como alguém falará se não for enviado? Por isso as Escrituras dizem: “Como são belos os pés dos mensageiros que trazem boas-novas!”.[bj]
16 Nem todos, porém, aceitam as boas-novas, pois o profeta Isaías disse: “Senhor, quem creu em nossa mensagem?”.[bk] 17 Portanto, a fé vem por ouvir, isto é, por ouvir as boas-novas a respeito de Cristo. 18 Mas eu pergunto: o povo de Israel ouviu, de fato, a mensagem? Sim, eles ouviram:
“Sua mensagem chegou a toda a terra,
e suas palavras alcançaram os confins do mundo”.[bl]
19 Volto a perguntar: será que o povo de Israel entendeu? Sim, eles entenderam, pois, já no tempo de Moisés, Deus disse:
“Provocarei seu ciúme por meio de um povo
que nem sequer é nação.
Provocarei sua ira por meio
de gentios insensatos”.[bm]
20 E, mais tarde, Isaías se pronunciou com ousadia:
“Fui encontrado por aqueles
que não me procuravam.
Revelei-me àqueles que
não perguntavam por mim”.[bn]
21 A respeito de Israel, porém, diz:
“O dia todo abri meus braços para eles,
mas foram desobedientes e rebeldes”.[bo]
A misericórdia de Deus para com Israel
11 Então pergunto: Deus rejeitou seu povo, a nação de Israel? Claro que não! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão e membro da tribo de Benjamim.
2 Não, Deus não rejeitou seu povo, que conheceu de antemão. Vocês sabem o que as Escrituras dizem a esse respeito? O profeta Elias se queixou a Deus sobre o povo de Israel, dizendo: 3 “Senhor, eles mataram teus profetas e derrubaram teus altares. Sou o único que restou, e agora também procuram me matar”.[bp]
4 E vocês se lembram da resposta de Deus? Ele disse: “Ainda tenho outros sete mil que jamais se prostraram diante de Baal”.[bq]
5 O mesmo acontece hoje, pois uns poucos do povo de Israel permaneceram fiéis,[br] escolhidos pela graça de Deus. 6 E, se a escolha se dá pela graça de Deus, então não se baseia nas obras deles, pois nesse caso a graça deixaria de ser o que verdadeiramente é, ou seja, gratuita e imerecida.
7 Portanto, a situação é esta: a maioria do povo de Israel não encontrou o que tanto buscava, mas uns poucos, aqueles que Deus havia escolhido, o encontraram, enquanto o coração dos demais foi endurecido. 8 Como dizem as Escrituras:
“Deus os fez cair em sono profundo.
Até hoje, fechou-lhes os olhos para que não vejam,
e tapou-lhes os ouvidos para que não ouçam”.[bs]
9 Da mesma forma, Davi disse:
“Que sua mesa farta se transforme em laço,
em armadilha que os faça pensar que tudo vai bem.
Que seus privilégios os façam tropeçar,
e que recebam o que merecem.
10 Que seus olhos se escureçam para que não vejam,
e que suas costas fiquem encurvadas para sempre”.[bt]
11 Acaso o povo de Deus tropeçou e caiu sem possibilidade de se levantar? Claro que não! Foram desobedientes e, por isso, Deus tornou a salvação acessível aos gentios, para que seu próprio povo sentisse ciúme. 12 Se os gentios foram enriquecidos porque os israelitas fracassaram ao rejeitar a salvação que Deus lhes oferece, imaginem como será maior a bênção para o mundo quando Israel for plenamente restaurado!
13 Dirijo-me especialmente a vocês, gentios. E, uma vez que fui designado apóstolo aos gentios, enfatizo isso 14 porque desejo que, de algum modo, o povo de Israel sinta ciúme e assim eu possa levar alguns deles à salvação. 15 Pois, se a rejeição deles possibilitou que o resto do mundo se reconciliasse com Deus, a aceitação será ainda mais maravilhosa. Será vida para os que estavam mortos!
16 Se a parte da massa entregue como oferta é santa, então toda ela é santa. E, se as raízes da árvore são santas, os ramos também o serão. 17 Mas alguns desses ramos, alguns do povo de Israel, foram cortados. E vocês, gentios, que eram ramos de uma oliveira brava, foram enxertados na árvore. Agora, portanto, participam do alimento nutritivo que vem da raiz da oliveira especial de Deus. 18 No entanto, não devem se orgulhar de terem sido enxertados no lugar dos ramos que foram cortados, pois é a raiz que sustenta o ramo, e não o contrário.
19 Talvez digam: “Esses ramos foram cortados para abrir espaço para nós”. 20 É verdade, mas lembrem-se de que esses ramos foram cortados porque não creram e que vocês estão ali porque creem. Portanto, não se orgulhem, mas temam o que poderia acontecer. 21 Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará[bu] vocês.
22 Observem como Deus é, ao mesmo tempo, bondoso e severo. É severo com os que lhe desobedecem, mas é bondoso com vocês, desde que continuem a confiar em sua bondade. Mas, se deixarem de confiar, também serão cortados. 23 E, se o povo de Israel abandonar sua incredulidade, será enxertado novamente, pois Deus tem poder para enxertá-los de volta na árvore. 24 Vocês eram, por natureza, o ramo cortado de uma oliveira brava. Portanto, se Deus se mostrou disposto a fazer algo contrário à natureza ao enxertá-los em sua árvore cultivada, estará ainda mais disposto a enxertar os ramos naturais de volta na árvore da qual eles fazem parte.
A misericórdia de Deus é para todos
25 Irmãos, quero que vocês entendam este mistério para que não se orgulhem de si mesmos. Alguns do povo de Israel têm o coração endurecido, mas isso durará apenas até que o tempo dos gentios se complete. 26 E assim todo o Israel será salvo. Como dizem as Escrituras:
“O libertador virá de Sião
e afastará Israel[bv] da impiedade.
27 E esta é minha aliança com eles:
eu removerei seus pecados”.[bw]
28 Muitos do povo de Israel agora são inimigos das boas-novas, e isso beneficia vocês, gentios. No entanto, porque ele escolheu seus patriarcas, eles ainda são o povo que Deus ama. 29 Pois as bênçãos de Deus e o seu chamado jamais podem ser anulados. 30 Em outros tempos, vocês, gentios, foram rebeldes contra Deus, mas agora, por causa da desobediência deles, vocês receberam misericórdia. 31 Agora eles são os rebeldes, e Deus foi misericordioso com vocês, para que eles também participem[bx] da misericórdia dele. 32 Pois Deus colocou a todos debaixo da desobediência para que de todos tivesse misericórdia.
33 Como são grandes as riquezas, a sabedoria e o conhecimento de Deus! É impossível entendermos suas decisões e seus caminhos!
34 “Pois quem conhece os pensamentos do Senhor?
Quem sabe o suficiente para aconselhá-lo?”[by]
35 “Quem lhe deu primeiro alguma coisa,
para que ele precise depois retribuir?”[bz]
36 Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele e são para ele. A ele seja toda a glória para sempre! Amém.
Sacrifício vivo para Deus
12 Portanto, irmãos, suplico-lhes que entreguem seu corpo a Deus, por causa de tudo que ele fez por vocês. Que seja um sacrifício vivo e santo, do tipo que Deus considera agradável. Essa é a verdadeira forma de adorá-lo.[ca] 2 Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.
3 Com base na graça que recebi, dou a cada um de vocês a seguinte advertência: não se considerem melhores do que realmente são. Antes, sejam honestos em sua autoavaliação, medindo-se de acordo com a fé que Deus nos deu.[cb] 4 Da mesma forma que nosso corpo tem vários membros e cada membro, uma função específica, 5 assim é também com o corpo de Cristo. Somos membros diferentes do mesmo corpo, e todos pertencemos uns aos outros.
6 Deus, em sua graça, nos concedeu diferentes dons. Portanto, se você tiver a capacidade de profetizar, faça-o de acordo com a proporção de fé que recebeu. 7 Se tiver o dom de servir, sirva com dedicação. Se for mestre, ensine bem. 8 Se seu dom consistir em encorajar pessoas, encoraje-as. Se for o dom de contribuir, dê com generosidade. Se for o de exercer liderança, lidere de forma responsável. E, se for o de demonstrar misericórdia, pratique-o com alegria.
9 Amem as pessoas sem fingimento. Odeiem tudo que é mau. Apeguem-se firmemente ao que é bom. 10 Amem-se com amor fraternal e tenham prazer em honrar uns aos outros. 11 Jamais sejam preguiçosos, mas trabalhem com dedicação e sirvam ao Senhor com entusiasmo.[cc] 12 Alegrem-se em nossa esperança. Sejam pacientes nas dificuldades e não parem de orar. 13 Quando membros do povo santo passarem por necessidade, ajudem com prontidão. Estejam sempre dispostos a praticar a hospitalidade.
14 Abençoem aqueles que os perseguem. Não os amaldiçoem, mas orem para que Deus os abençoe. 15 Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. 16 Vivam em harmonia uns com os outros. Não sejam orgulhosos, mas tenham amizade com gente de condição humilde. E não pensem que sabem tudo.
17 Nunca paguem o mal com o mal. Pensem sempre em fazer o que é melhor aos olhos de todos. 18 No que depender de vocês, vivam em paz com todos.
19 Amados, nunca se vinguem; deixem que a ira de Deus se encarregue disso, pois assim dizem as Escrituras:
“A vingança cabe a mim,
eu lhes darei o troco,
diz o Senhor”.[cd]
20 Pelo contrário:
“Se seu inimigo estiver com fome, dê-lhe de comer;
se estiver com sede, dê-lhe de beber.
Ao fazer isso, amontoará
brasas vivas sobre a cabeça dele”.[ce]
21 Não deixem que o mal os vença, mas vençam o mal praticando o bem.
Respeito pelas autoridades
13 Todos devem sujeitar-se às autoridades, pois toda autoridade vem de Deus, e aqueles que ocupam cargos de autoridade foram ali colocados por ele. 2 Portanto, quem se rebela contra a autoridade se rebela contra o Deus que a instituiu e será punido. 3 Pois as autoridades não causam temor naqueles que fazem o que é certo, mas sim nos que fazem o que é errado. Você deseja viver livre do medo das autoridades? Faça o que é certo, e elas o honrarão. 4 As autoridades são servos de Deus, para o seu bem. Mas, se você estiver fazendo algo errado, é evidente que deve temer, pois elas têm o poder de puni-lo, pois estão a serviço de Deus para castigar os que praticam o mal. 5 Portanto, sujeitem-se a elas, não apenas para evitar a punição, mas também para manter a consciência limpa.
6 É por esse motivo também que vocês pagam impostos, pois as autoridades estão a serviço de Deus no trabalho que realizam. 7 Deem a cada um o que lhe é devido: paguem os impostos e tributos àqueles que os recolhem e honrem e respeitem as autoridades.
O amor cumpre as exigências da lei de Deus
8 Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros. Quem ama seu próximo cumpre os requisitos da lei de Deus. 9 Pois os mandamentos dizem: “Não cometa adultério. Não mate. Não roube. Não cobice”.[cf] Esses e outros mandamentos semelhantes se resumem num só: “Ame o seu próximo como a si mesmo”.[cg] 10 O amor não faz o mal ao próximo, portanto o amor cumpre todas as exigências da lei de Deus.
11 Tudo isso é ainda mais urgente porque vocês sabem como é tarde; o tempo está se esgotando. Despertem, pois nossa salvação está mais próxima agora do que quando cremos no início. 12 A noite está quase acabando, e logo vem o dia. Portanto, deixem de lado as obras das trevas como se fossem roupas sujas e vistam a armadura da luz. 13 Uma vez que pertencemos ao dia, vivamos com decência, à vista de todos. Não participem de festanças desregradas, de bebedeiras, de promiscuidade sexual e de práticas imorais, e não se envolvam em brigas nem em invejas. 14 Em vez disso, revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não fiquem imaginando formas de satisfazer seus desejos pecaminosos.
Não julguem uns aos outros
14 Aceitem os que são fracos na fé e não discutam sobre as opiniões deles acerca do que é certo ou errado. 2 Por exemplo, um irmão crê que não é errado comer qualquer coisa. Outro, porém, que é mais fraco, come somente legumes e verduras. 3 Quem se sente à vontade para comer de tudo não deve desprezar quem não o faz. E quem não come certos alimentos não deve condenar quem o faz, pois Deus os aceitou. 4 Quem são vocês para condenar os servos de outra pessoa? O senhor deles julgará se estão em pé ou se caíram. E, com a ajuda de Deus, ficarão em pé e receberão a aprovação dele.
5 Da mesma forma, há quem considere um dia mais sagrado que outro, enquanto outros acreditam que todos os dias são iguais. Cada um deve estar plenamente convicto do que faz. 6 Quem adora a Deus num dia especial o faz para honrá-lo. Quem come qualquer tipo de alimento também o faz para honrar o Senhor, uma vez que dá graças a Deus antes de comer. E quem se recusa a comer certos alimentos deseja, igualmente, agradar ao Senhor e por isso dá graças a Deus. 7 Pois não vivemos nem morremos para nós mesmos. 8 Se vivemos, é para honrar o Senhor. E, se morremos, é para honrar o Senhor. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9 Por isso Cristo morreu e ressuscitou, para ser Senhor tanto dos vivos como dos mortos.
10 Então por que você julga outro irmão? Por que o despreza? Lembre-se de que todos nós compareceremos diante do tribunal de Deus, 11 pois as Escrituras dizem:
“‘Tão certo como eu vivo’, diz o Senhor,[ch]
‘todo joelho se dobrará para mim,
e toda língua declarará lealdade a Deus’”.[ci]
12 Assim, cada um de nós será responsável por sua vida diante de Deus. 13 Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, resolvam viver de modo a nunca fazer um irmão tropeçar e cair.
14 Eu sei, e estou convencido com base na autoridade do Senhor Jesus, que nenhum alimento é por si mesmo impuro. Mas, se alguém considera errado ingerir determinado alimento, para essa pessoa ele é impuro. 15 E, se outro irmão se aflige em razão do que você come, ao ingerir esse alimento você não age com amor. Não deixe que sua comida seja a causa da perdição de alguém por quem Cristo morreu. 16 Desse modo, você não será criticado por fazer algo que, a seu ver, é bom. 17 Pois o reino de Deus não diz respeito ao que comemos ou bebemos, mas a uma vida de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. 18 Se servirem a Cristo com essa atitude, agradarão a Deus e também receberão a aprovação das pessoas. 19 Portanto, tenhamos como alvo a harmonia e procuremos edificar uns aos outros.
20 Não destruam a obra de Deus por causa da comida. Embora todos os alimentos sejam aceitáveis, é errado comer algo que leve alguém a tropeçar. 21 É melhor deixar de comer carne, ou de beber vinho, ou de fazer qualquer outra coisa que leve um irmão a tropeçar.[cj] 22 Você tem direito a suas convicções, mas guarde isso entre você e Deus. Felizes são aqueles que não se sentem culpados por fazer algo que consideram correto. 23 Mas, se você tem dúvidas quanto ao que deve ou não comer, será culpado se comer, pois vai contra suas convicções. Se faz qualquer coisa sem convicção, está pecando.[ck]
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