Print Page Options
Previous Prev Day Next DayNext

Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
O Livro (OL)
Version
1 Reis 16:21 - 2 Reis 4:37

Omri rei de Israel

21 Agora o próprio reino de Israel estava dividido em dois; metade era leal ao general Omri e outra metade seguia Tibni, filho de Ginate. 22 Contudo, o general saiu vitorioso e matou Tibni; Omri passou a reinar sem oposição.

23 O rei Asa de Judá tinha estado no trono 31 anos, quando Omri começou o seu reinado sobre Israel, o qual durou 12 anos, 6 dos quais em Tirza. 24 Omri comprou a colina, agora conhecida por Samaria, ao seu proprietário Semer, por 70 quilos de prata, e construiu ali uma cidade, chamando-lhe Samaria em honra do seu proprietário Semer.

25 Omri foi pior do que qualquer dos reis que o precederam, pois fez tudo o que era mau aos olhos do Senhor. 26 Prestou culto aos ídolos, tal como Jeroboão, filho de Nebate, e levou Israel a cometer o mesmo pecado, acendendo a ira do Senhor, Deus de Israel, com a sua inútil idolatria.

27 O resto da história de Omri está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. 28 Omri morreu e foi sepultado em Samaria; o seu filho Acabe reinou em seu lugar.

Acabe rei de Israel

29 O rei Asa de Judá tinha estado no trono 38 anos, quando Acabe se tornou rei de Israel. Acabe reinou 22 anos. 30 Acabe fez o que era mau aos olhos do Senhor, e foi pior do que o seu pai Omri e do que qualquer outro rei de Israel. 31 Como se não bastasse em pecar como Jeroboão, filho de Nebate, casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, rei dos sidónios, acabando por prestar culto a Baal. 32 Iniciou o culto a Baal, começando por construir um templo e um altar a esse deus em Samaria. 33 Depois fez outros postes ídolos de Achera, e acendeu ainda mais a ira do Senhor, o Deus de Israel, do que qualquer dos outros reis de Israel antes dele.

34 Foi durante o seu reinado que Hiel, um homem de Betel, reconstruiu Jericó. Quando colocou os alicerces, morreu-lhe o filho mais velho, Abirão. Quando completou as construções e colocou as portas da povoação, faleceu-lhe o filho mais novo, Segube. Porque esta tinha sido a maldição do Senhor sobre Jericó, declarada por Josué, filho de Num.

Elias anuncia uma seca

17 Elias, o tesbita, que morava em Gileade, disse ao rei Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, o Deus de Israel, o Deus a quem adoro e sirvo, te garanto que não haverá nem chuva nem orvalho durante vários anos, até eu dizer basta!”

O Senhor disse a Elias: “Vai para o oriente e esconde-te junto do ribeiro de Querite, num lugar a leste do rio Jordão. Bebe da água do ribeiro e come o que os corvos te trouxerem, porque mandei que eles te alimentassem.”

Elias fez como o Senhor lhe ordenara e foi viver para junto do ribeiro. Os corvos traziam-lhe pão e carne de manhã e à tarde e bebia a água do rio. Passado algum tempo o ribeiro secou, porque deixou de cair chuva sobre a terra.

A viúva de Zarefate

Então o Senhor disse-lhe: “Vai viver para a aldeia de Zarefate, perto da cidade de Sídon. Há lá uma viúva que te alimentará. Já lhe dei as minhas instruções.”

10 Então foi para Zarefate e quando ia a entrar na cidade viu uma mulher viúva a apanhar lenha e pediu-lhe de beber. 11 Quando ela ia buscar a água, ele pediu-lhe mais: “Traz-me também um pedaço de pão.”

12 Mas ela disse: “Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, que não tenho um só pedaço de pão em casa. Tenho apenas uma mão-cheia de farinha e uma pequena porção de azeite no fundo duma botija. Estava justamente a juntar alguns pedaços de lenha para cozinhar a minha última refeição e depois deixar-me morrer de fome com o meu filho.”

13 “Não tenhas medo! Vai e cozinha aquilo que consideras a tua última refeição, mas faz primeiro para mim um pequeno pão; depois verás que haverá alimento suficiente para ti e para o teu filho. 14 Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que haverá sempre farinha na panela e azeite na botija até que o Senhor mande a chuva e as searas tornem a crescer!”

15 Ela fez como Elias disse e tanto ela e o filho como o profeta continuaram a poder comer, tanto quanto lhes foi necessário. 16 A farinha não se acabou na panela nem o azeite na botija, tal como o Senhor prometera a Elias.

17 Um dia, o filho da mulher adoeceu de tal maneira que morreu. 18 “Ó homem de Deus”, clamou ela, “que foi que me fizeste? Vieste aqui para me castigar pelos meus pecados e matar-me o meu filho?”

19 “Dá-me o teu menino”, respondeu-lhe Elias. Pegou no corpo do rapaz, levou-o para cima, para o quarto onde vivia e deitou-o na sua cama. 20 E clamou ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, porque é que mataste o filho desta viúva em casa de quem estou alojado?”

21 E estendeu-se três vezes sobre o corpo do menino, rogando ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, imploro-te que o espírito deste menino volte para ele!” 22 O Senhor ouviu a oração de Elias e o espírito do rapaz voltou e este tornou a viver. 23 Elias pegou nele, desceu e entregou-o à mãe. “Olha! Aqui está ele, vivo!”

24 “Agora tenho a certeza de que és um homem de Deus”, retorquiu a mulher, “e que tudo o que dizes em nome do Senhor é verdadeiro!”

Elias e Obadias

18 Três anos mais tarde o Senhor disse a Elias: “Vai dizer ao rei Acabe que em breve enviarei chuva!” Elias foi dizer-lho. Entretanto, a fome tinha-se tornado extrema em Samaria.

O homem que servia de intendente da casa de Acabe era Obadias, um devoto e temente no Senhor. Certa vez, em que a rainha Jezabel tentara matar todos os profetas do Senhor, Obadias escondeu cem deles em duas grutas, cinquenta em cada uma, alimentado-os com pão e água.

Naquele mesmo dia, em que Elias ia a caminho para encontrar-se com o rei Acabe, este disse a Obadias: “Temos de ir a todas as correntes e ribeiros para ver se arranjamos erva, para salvar pelo menos alguns dos meus cavalos e mulas. Eu irei por um lado e tu por outro; percorreremos toda a terra.”

Assim fizeram, indo cada um por seu lado, sozinhos. De repente, Obadias viu Elias dirigindo-se na sua direção. Reconheceu-o logo e inclinou-se até ao chão. “És mesmo tu, meu senhor Elias?”, perguntou. “Sim, sou eu. Vai dizer ao rei que estou aqui.”

“Ó, meu senhor!”, protestou Obadias. “Que mal fiz eu para que me condenes dessa forma à morte? 10 Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, que o rei te tem mandado procurar de uma extremidade à outra da terra e em todas as nações e reinos. De cada vez que lhe diziam ‘Elias não está aqui’, forçava o rei dessa nação a jurar que falava a verdade. 11 Agora vens tu dizer-me: ‘Vai avisar o rei que Elias está aqui.’ 12 Aliás, assim que eu te deixasse, o Espírito do Senhor poderia transportar-te para longe, sabe-se lá para onde. Quando Acabe viesse e já não te encontrasse, eu seria um homem morto, e contudo tenho sempre sido um fiel servo do Senhor em toda a minha vida. 13 Ninguém te contou o que fiz quando, na altura em que a rainha Jezabel tentou matar os profetas do Senhor, escondi uma centena deles em duas grutas, alimentando-os com pão e água? 14 E agora vens dizer-me: ‘Vai avisar o rei que Elias está aqui.’ Se fizer isso, a minha vida está liquidada!”

15 Elias respondeu-lhe: “Tão certo como vive o Senhor dos exércitos, em cuja presença vivo, que me apresentarei, eu próprio, perante Acabe hoje mesmo.”

Elias no monte Carmelo

16 Obadias aceitou ir dizer a Acabe que Elias tinha regressado. Acabe foi ao seu encontro: 17 “És tu o homem que trouxe esta desgraça sobre Israel?”, disse-lhe Acabe quando o viu.

18 “Tu é que tens perturbado a Israel, não eu”, respondeu o profeta. “Porque tu e a tua família recusaram obedecer ao Senhor e têm prestado culto a Baal. 19 Convoca agora todo o povo de Israel para ir ao monte Carmelo, com todos os 450 profetas de Baal, mais os 400 profetas de Achera que são mantidos por Jezabel.”

20 Acabe convocou todo o povo e os profetas para o monte Carmelo. 21 Elias falou assim ao povo: “Até quando coxearão entre dois caminhos? Se o Senhor é Deus, sigam-no! Se Baal é que é Deus, então sigam-no antes a ele!”

22 E depois acrescentou: “Sou o único profeta do Senhor que ficou vivo, mas Baal tem 450 profetas. 23 Tragam dois novilhos. Os profetas de Baal que escolham um deles e cortem-no em peças e coloquem-nas sobre o seu altar, mas sem acender fogo. Quanto a mim, prepararei o outro novilho e o porei sobre a lenha, sem lhe pôr fogo. 24 Depois orem ao vosso deus e eu orarei ao Senhor. Aquele que responder, mandando fogo para acender a lenha, esse é o verdadeiro Deus!” E o povo todo concordou com esse teste.

25 Elias voltou-se para os profetas de Baal: “Primeiro vocês, porque são muitos; escolham um dos novilhos, preparem-no e clamem ao vosso deus; mas não acendam o fogo.”

26 Eles preparam um dos animais, puseram-no sobre o seu altar e clamaram a Baal toda a manhã, gritando: “Ó Baal, ouve-nos!” Mas não se via resposta alguma. Começaram mesmo a fazer danças em volta do altar.

27 Por volta do meio-dia, Elias ria-se deles: “Têm de gritar ainda mais alto para chamar a atenção do vosso deus! Talvez esteja a conversar com alguém, ou tenha ido tratar de algum assunto, ou pode estar a viajar; quem sabe até se não estará a dormitar um pouco e precise de ser despertado!”

28 “Eles gritavam cada vez mais alto e, segundo o seu costume, laceravam-se a si próprios com facas e espadas, cobrindo-se de sangue. 29 Assim estiveram, desesperados, até à altura do sacrifício da tarde, sem que se visse qualquer reação, ou se ouvisse alguma voz, ou houvesse uma resposta fosse de que tipo fosse.”

30 Então Elias chamou o povo para junto de si: “Cheguem-se todos aqui!” Toda a gente se concentrou à sua volta, enquanto arranjava o altar do Senhor, que tinha sido derrubado. 31 Pegou em doze pedras para representarem cada uma das tribos dos descendentes de Jacob, a quem a palavra do Senhor tinha sido dirigida, dizendo: “Teu nome será Israel.” 32 Empregou-as para levantar o altar do Senhor. Depois cavou um rego em volta, com a largura aproximada de um metro. 33 Dispôs a lenha sobre o altar e cortou o novilho em pedaços que arrumou sobre a lenha. 34 “Encham quatro cântaros de água!”, mandou ele. “Deitem-na sobre as peças de carne e sobre a lenha!” Depois de terem feito o que ordenara, insistiu: “Façam outra vez a mesma coisa.” Eles obedeceram. “Agora façam o mesmo uma terceira vez!” E fizeram. 35 A água escorria para o rego em volta do altar, enchendo-o.

36 Chegando a altura da oferta do sacrifício da tarde, o profeta Elias subiu ao altar e orou assim: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, prova hoje que és o Deus de Israel e que eu sou teu servo; prova que tudo o que eu tenho feito é por tua ordem. 37 Ó Senhor, responde-me! Responde-me, para que este povo saiba que tu és Deus e queres que o seu coração se arrependa.”

38 Então veio fogo do Senhor e queimou a carne do holocausto, a madeira do altar, as pedras, a terra, a ponto de fazer evaporar a água do rego! 39 Quando o povo viu aquilo, caiu com os seus rostos em terra, clamando: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!”

40 Elias mandou que agarrassem os profetas de Baal: “Não deixem escapar um só!” Apanharam-nos a todos. Elias levou-os para o ribeiro de Quisom e matou-os ali.

41 Depois disse a Acabe. “Podes ir tomar uma boa refeição! Estou a ouvir o ruído de uma grande chuvada que se aproxima!” 42 Acabe foi comer e beber. Elias, no entanto, subiu ao monte Carmelo e ficou de joelhos com o rosto em terra.

43 E disse ao seu criado: “Vai olhar na direção do mar.” Ele obedeceu e voltou dizendo: “Não vejo nada.” Elias respondeu: “Vai e retorna ao mesmo lugar!” E isto aconteceu por sete vezes.

44 Finalmente, à sétima vez, o criado disse-lhe: “Já vejo uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um ser humano, levantando-se sobre o mar.” Elias ordenou-lhe: “Corre, vai ter com Acabe e diz-lhe que se meta no seu carro e que desça já, se não quer ser apanhado pela chuva!”

45 Aquela pequena nuvem em breve se tornou num amontoado de grossas nuvens negras. Soprou uma forte ventania e caíram tremendas bátegas de água. Acabe foi para Jezreel. 46 O Senhor deu a Elias uma capacidade especial para conseguir correr e chegar à entrada da cidade à frente do carro de Acabe.

Elias foge para Horebe

19 Quando Acabe contou à rainha Jezabel o que Elias fizera, que tinha matado todos os profetas de Baal, ela mandou um recado a Elias: “Mataste os meus profetas, mas juro-te pelos deuses que amanhã, por esta altura, te matarei eu.”

Elias resolveu fugir para escapar com vida. Foi a Berseba, cidade de Judá e deixou ali o seu criado. Depois continuou sozinho pelo deserto, andando o dia inteiro. A certa altura, sentou-se debaixo dum zimbro e orou, pedindo que a morte o levasse: “Já basta, Senhor! Toma agora a minha vida. Tenho de morrer um dia, como todos os que me precederam e que morreram por te servir. Então que seja agora.”

Deitou-se e adormeceu ali, debaixo do zimbro. Enquanto dormia, um anjo chegou-se, tocou-lhe e disse-lhe que se levantasse e comesse. Olhou em volta e viu pão, que fora cozido sobre brasas, e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a deitar-se.

O anjo do Senhor veio de novo, tocou-lhe e disse-lhe: “Levanta-te, come mais alguma coisa, porque tens uma longa caminhada pela frente.”

Levantou-se então, comeu, bebeu, e aquele alimento deu-lhe forças bastantes para uma longa marcha de quarenta dias e quarenta noites, até ao monte Horebe, a montanha de Deus. Ali passou a noite numa gruta.

O Senhor aparece a Elias

Contudo, o Senhor disse-lhe: “Que fazes aqui, Elias?”

10 Elias respondeu: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos exércitos, mas o povo de Israel quebrou a aliança que fizeste com ele, derrubou os teus altares e matou os teus profetas; só eu fiquei e ainda procuram matar-me.”

11 “Sai daí; põe-te perante mim, nesta montanha.”

Elias assim fez e o Senhor passou por ele, ao mesmo tempo que soprava um fortíssimo vento sobre a montanha; era de tal intensidade que até as rochas se quebravam. Mas o Senhor não estava nesse vento. Depois houve um tremor de terra; mas também aí não estava o Senhor. 12 Posteriormente apareceu um fogo; mas também no fogo o Senhor não estava. Por fim, ouviu-se o ruído de um som delicado, como um sopro. 13 Ao ouvi-lo, Elias escondeu o rosto na capa, saiu da gruta e pôs-se à entrada.

Disse-lhe assim uma voz: “Que estás aqui a fazer, Elias?”

14 Respondeu de novo o profeta: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos, mas o povo de Israel quebrou a aliança que fizeste com ele, derrubou os teus altares e matou os teus profetas; só eu fiquei e ainda procuram matar-me.”

15 “Volta pelo caminho do deserto para Damasco; quando lá chegares unge Hazael como rei de Aram. 16 Depois unge também Jeú, o filho de Ninsi, como rei de Israel, e unge ainda Eliseu, o filho de Safate de Abel-Meolá, para te substituir como profeta. 17 Quem escapar de Hazael será morto por Jeú; os que escaparem de Jeú, serão mortos por Eliseu. 18 Acontece que ainda há 7000 pessoas em Israel que nunca se inclinaram perante Baal, nem o beijaram!”

A chamada de Eliseu

19 Elias partiu e encontrou Eliseu, lavrando um campo com doze juntas de bois; ele encontrava-se com a última junta. Elias foi ter com ele, lançou-lhe a capa sobre os ombros e continuou o seu caminho. 20 Eliseu deixou ali os bois e correu atrás de Elias dizendo: “Deixa-me ir primeiro dizer adeus aos meus pais e depois logo vou contigo!”

Elias respondeu-lhe: “Vai e volta depois! Bem viste o que eu te fiz!”

21 Eliseu voltou para os seus bois, matou-os e usou a madeira do arado para fazer fogo para assar a carne. Deu assim de comer a todo o povo. Depois seguiu Elias como seu assistente.

Ben-Hadade ataca Samaria

20 O rei Ben-Hadade de Aram mobilizou o exército e, com mais 32 nações aliadas com os seus batalhões de carros de combate e cavalaria, atacou Samaria, a capital israelita. Ben-Hadade mandou uma mensagem à cidade para o rei Acabe de Israel: “A tua prata e o teu ouro são meus, assim como as tuas mulheres mais bonitas e os melhores dos teus filhos!”

“Está bem, meu senhor”, respondeu Acabe. “Tudo o que tenho é teu!”

Os mensageiros de Ben-Hadade em breve voltaram com outra mensagem: “Não será apenas o ouro, a prata, as mulheres e os filhos que terás de me dar. Amanhã, por esta altura mandarei os meus homens fazer uma busca no teu palácio e nas casas do teu povo e trazer tudo o que lhes apetecer!”

Acabe convocou todos os anciãos do país: “Vejam bem o que este indivíduo está a fazer!”, lamentou-se ele. “Está decididamente a provocar-me para a guerra, a despeito de já lhe ter dito que podia ficar com as minhas mulheres, os meus filhos, o ouro e a prata, como exigira.”

“Então não lhes dês mais nada”, opinaram os anciãos.

Acabe deu esta resposta aos mensageiros: “Digam ao rei, meu senhor: Dar-te-ei tudo o que pediste da primeira vez, mas não deixarei que os teus homens entrem no meu palácio e nas casas do meu povo.” Os mensageiros regressaram com a resposta para Ben-Hadade.

10 Ben-Hadade tornou a enviar uma nova mensagem a Acabe. “Que os deuses me façam ainda pior do que aquilo que eu te fizer, se não tornar Samaria num montão de ruínas!”

11 O rei de Israel enviou-lhe a seguinte resposta: “Não contes com vitórias de guerras que ainda não travaste.”

12 Esta última resposta recebeu-a Ben-Hadade e os outros reis que estavam com ele, numa altura em que bebiam juntos na sua tenda de campanha. “Preparem o ataque!”, ordenou o rei arameu aos oficiais.

Acabe derrota Ben-Hadade

13 Então um profeta veio ter com Acabe e deu-lhe esta mensagem da parte do Senhor: “Vês todas estas forças inimigas? Vou entregá-las nas tuas mãos, hoje mesmo. Reconhecerás, enfim, que eu sou o Senhor.”

14 Acabe perguntou: “E quem é que vai fazer isso?” O profeta respondeu: “Serão as tropas das províncias.” Inquiriu ainda: “Quem começará a atacar?” Ao que lhe respondeu: “Tu.”

15 Assim contou os soldados das províncias, 232 mais o resto do exército israelita, 7000 homens. 16 Cerca do meio-dia, enquanto Ben-Hadade e os 32 reis aliados estavam ainda a beber, já embriagados, saíram as primeiras tropas de Acabe da cidade. 17 Durante a aproximação, as sentinelas de Ben-Hadade vieram dizer-lhe: “Estão a aproximar-se algumas tropas inimigas da Samaria!”

18 “Apanhem-nos vivos”, ordenou o rei, “venham para pedir tréguas ou para combater.”

19 Entretanto, o resto das tropas de Acabe tinham-se juntado para atacar. 20 Cada um matou um soldado arameu e, de repente, todo o exército de Ben-Hadade desertou em pânico. 21 Os israelitas perseguiram-nos; contudo, o rei e alguns outros conseguiram escapar a cavalo, mas a maior parte dos carros e da cavalaria foi capturada e muitos dos arameus foram mortos.

22 O profeta foi dizer a Acabe: “Vai e fortalece-te; atenta bem para as tuas atitudes, porque na próxima primavera o rei de Aram voltará a atacar-te!”

23 Porque, após esta derrota, os oficiais de Ben-Hadade disseram: “O Deus dos israelitas tem poder nas montanhas; por isso, é que eles ganharam; numa planície, facilmente os bateremos. 24 Da próxima vez substitui os reis por generais! 25 Recruta outro exército semelhante àquele que perdeste; dá-nos o mesmo número de cavalos, de carros e de homens; vencê-los-emos se for numa planície; não há sombra de dúvida que os liquidaremos.” Então o rei Ben-Hadade aceitou a sugestão.

26 No ano seguinte mobilizou o exército e marchou novamente contra Israel; desta vez em Afeque. 27 Israel convocou igualmente as suas tropas, que foram revistas; organizaram-se as linhas de abastecimento e deslocaram-se para a batalha; mas as forças israelitas mais pareciam dois pequenos rebanhos de cabritinhos em comparação com a imensa força militar dos arameus, que enchia por completo a paisagem.

28 Um homem de Deus foi ter com o rei de Israel para lhe dar a seguinte mensagem da parte do Senhor: “Visto que os arameus declaram: ‘O Senhor é Deus de colinas e não de planícies’, derrotarei este imenso exército e saberás, sem dúvida alguma, que eu sou o Senhor.”

29 Os dois exércitos formaram em linha de combate um em frente do outro e assim estiveram sete dias. Por fim, começou a peleja. Os israelitas mataram 100 000 homens de infantaria naquele primeiro dia. 30 O resto foi refugiar-se dentro das muralhas de Afeque; mas estas ruíram sobre eles, matando mais 27 000. Ben-Hadade fugiu também para dentro da povoação, escondendo-se no interior duma casa.

31 “Senhor”, disseram-lhe os seus oficiais, “ouvimos dizer que os reis de Israel são muito misericordiosos. Vamos pôr saco sobre nós e cordas ao pescoço e apresentar-nos perante o rei Acabe, pode ser que nos poupe a vida.”

32 Foram assim ter com o rei de Israel e imploraram: “O teu servo Ben-Hadade roga-te: ‘Deixa-nos viver!’ ” O rei de Israel respondeu: “O quê? Ele ainda está vivo? É meu irmão!”

33 Aqueles homens receberam aquelas palavras como um raio de esperança e apressaram-se a exclamar: “Sim, é verdade! É teu irmão!” O rei de Israel ordenou-lhes: “Vão já buscá-lo!” Quando Ben-Hadade chegou, convidou-o a subir para o seu carro.

34 O rei arameu disse-lhe: “Devolver-te-ei as povoações que o meu pai tomou ao teu e poderás estabelecer postos de comércio em Damasco, tal como o meu pai fez em Samaria.”

Acabe disse-lhe: “Vou deixar-te sair sob estas condições.” Fizeram então um tratado e Ben-Hadade foi em liberdade.

O profeta reprova Acabe

35 Entretanto, o Senhor deu instruções a um dos profetas para dizer a outro: “Fere-me, peço-te!” Mas aquele homem recusou. 36 Então o profeta disse-lhe: “Visto não teres obedecido à voz do Senhor, um leão matar-te-á assim que saíres daqui.” Com efeito, mal ele se foi, apareceu um leão que o matou.

37 O profeta voltou-se para outro homem e disse-lhe: “Fere-me com a tua espada.” O outro obedeceu e feriu-o.

38 O profeta ficou à espera do rei à beira da estrada, tendo vendado os olhos para se disfarçar. 39 Quando o rei passou, o profeta chamou-o: “Senhor, eu estive na batalha; um homem trouxe-me um prisioneiro e disse-me: ‘Guarda este indivíduo; se ele fugir, terás de morrer, ou então pagar-me 34 quilos de prata!’ 40 Enquanto eu fazia alguma coisa, o prisioneiro desapareceu.” O rei replicou: “Pois bem, a culpa é tua. Terás de pagar.”

41 Nessa altura, o profeta desvendou os olhos e o rei reconheceu-o como sendo um dos profetas. 42 Este disse-lhe: “Assim diz o Senhor: ‘Visto que poupaste o homem que eu disse que devia morrer, morrerás tu em seu lugar e o teu povo perecerá em lugar do dele.’ ” 43 O rei de Israel regressou a Samaria muito irritado e desgostoso.

A vinha de Nabote

21 Nabote, um indivíduo de Jezreel, tinha uma vinha nos subúrbios da cidade, perto do palácio do rei Acabe, rei da Samaria. Um dia, o rei propôs-lhe comprar-lhe aquele pedaço de terra. “Quero fazer um jardim”, explicou-lhe, “porque está junto ao palácio.” Ofereceu-se para lhe pagar em dinheiro ou dar-lhe em troca outra vinha melhor.

Nabote respondeu: “Nunca poderia vender essa terra, porque se trata de uma herança dos meus antepassados, já de há muitas gerações. O Senhor não o permite.” Acabe foi para casa abatido e indignado. Não queria comer e meteu-se na cama com a cara virada para a parede.

“Que desgosto tão grande é esse?”, perguntou-lhe a mulher, Jezabel. “Porque é que nem sequer queres comer?”

“Pedi a Nabote que me vendesse a vinha, ou que a desse em troca de outra e recusou!”, disse-lhe Acabe.

“Afinal, és ou não o rei de Israel? Trata de te levantar e andar normalmente, porque eu me ocuparei desse assunto; hei de conseguir essa vinha de Nabote!”

Jezabel escreveu uma série de cartas, em nome de Acabe, com o selo real, e endereçou-as aos líderes da cidade de Jezreel, onde vivia Nabote. Nelas dava a seguinte ordem:

“Façam uma proclamação, por toda a cidade, para que a população jejue. 10 Convoquem Nabote e arranjem dois marginais que o acusem de ter amaldiçoado a Deus e ao rei. Depois levem-no e apedrejem-no até morrer.”

11 Os chefes locais obedeceram àquelas instruções. 12-13 Convocaram uma reunião, acarearam Nabote com dois marginais, os quais o acusaram de ter amaldiçoado a Deus e ao rei. Nabote foi arrastado para fora da cidade e apedrejado até morrer. 14 Depois os líderes da cidade participaram a Jezabel que Nabote já estava morto.

15 Quando a rainha tomou conhecimento disso, falou a Acabe: “Lembras-te da vinha que Nabote não te queria ceder? Pois bem, já podes tê-la. O homem morreu!” 16 Então Acabe desceu para ir tomar posse da terra.

17 No entanto, o Senhor disse a Elias, o tesbita: 18 “Vai até Samaria falar com Acabe. Ele há de estar na vinha de Nabote, tomando posse dela. 19 Dá-lhe esta mensagem da minha parte: ‘Não terá sido bastante que tenhas morto Nabote? Irás ainda roubá-lo? Visto que fizeste tamanha maldade, o teu sangue virá a ser lambido por cães, fora da cidade, tal como lamberam o sangue de Nabote!’ ”

20 “Acabas sempre por me encontrar, meu inimigo!”, exclamou Acabe para Elias. “Sim, é verdade”, respondeu Elias. “Vim para te dar a conhecer a maldição que Deus colocou sobre ti, porque te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor. 21 Ele trará um grande mal sobre ti e não deixará que um só dos teus descendentes masculinos sobreviva! 22 Deus destruirá a tua família, como o fez com a de Jeroboão, filho de Nebate, e a do rei Bacha, filho de Aías, porque acendeste a sua ira muitíssimo e levaste todo o Israel a pecar. 23 O Senhor também me disse que os cães despedeçarão o corpo da tua mulher Jezabel junto à muralha de Jezreel. 24 Os membros da tua família que morrerem na cidade serão comidos pelos cães e os que morrerem no campo serão devorados pelas aves dos céus.”

25 Não houve ninguém que se tivesse vendido como Acabe, para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, instigado por sua mulher Jezabel. 26 A sua culpa era especialmente agravada porque prestava culto aos ídolos, tal como os amorreus, o povo que o Senhor tinha lançado fora da terra para dar lugar ao seu povo de Israel.

27 Quando Acabe ouviu estas profecias, rasgou a roupa que trazia vestida, cobriu-se com saco e até assim dormia, jejuou e andava profundamente triste.

28 Mais tarde, veio outra mensagem a Elias, o tesbita: 29 “Estás a ver como Acabe anda humilhado perante mim? Visto que tomou essa atitude, não farei o que lhe prometi durante o tempo da sua vida; isso dar-se-á com os seus filhos; destruirei os seus descendentes.”

Micaías profetiza contra Acabe

(2 Cr 18.1-27)

22 Durante três anos houve guerra entre a Aram e Israel. Durante o terceiro ano, enquanto o rei Jeosafá de Judá estava a visitar o rei Acabe de Israel, Acabe disse aos seus oficiais: “Estão a dar-se conta de como os arameus ainda ocupam Ramote-Gileade? E nós aqui estamos, sentados, sem nada fazer para a recuperar!”

Depois voltou-se para Jeosafá: “Estarias de acordo em enviar as tuas tropas com as minhas para reaver essa cidade?” Jeosafá respondeu ao rei Acabe: “Com certeza que sim! Tu e eu somos irmãos! O meu povo poderá ficar sob o teu comando e os meus cavalos ao teu serviço. No entanto, vamos primeiro consultar o Senhor sobre isso.”

O rei Acabe convocou 400 dos seus profetas pagãos e perguntou-lhes: “Devo ir à guerra contra Ramote-Gileade?” Eles responderam-lhe: “Vai, porque o Senhor te concederá a vitória!”

Por sua vez, Jeosafá perguntou: “Não haverá aqui um profeta do Senhor? Gostaria de o interrogar também.”

“Sim, há um”, respondeu o rei Acabe, “mas odeio-o, porque nunca profetiza nada de bom! É um tal Micaías, filho de Imlá.” Jeosafá replicou: “Acho que não devias falar assim.”

Então o rei de Israel chamou um dos seus ajudantes: “Vai buscar Micaías, o filho de Imlá, depressa!”

10 O rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, estavam sentados em tronos, com os seus trajes de gala, numa praça à entrada de Samaria, com todos os profetas pagãos profetizando em frente deles. 11 Um dos profetas, Zedequias, filho de Quenaana, fez uns chifres de ferro e declarou: “O Senhor promete que com estes chifres empurrarás na tua frente os arameus, até os teres destruído.”

12 E todos os outros concordavam: “Sim!”, diziam em coro. “Sobe a Ramote-Gileade e vencerás. O Senhor te fará prosperar nesse empreendimento.”

13 O mensageiro encarregado de ir buscar Micaías contou-lhe o que os profetas estavam a declarar e pressionou-o para que dissesse a mesma coisa. 14 Micaías, no entanto, respondeu-lhe: “Tão certo como vive o Senhor, que direi aquilo que o Senhor me mandar dizer.”

15 Quando chegou perante o rei, este perguntou-lhe: “Micaías, iremos nós à guerra contra Ramote-Gileade?” Micaías retorquiu: “Sim, com certeza. Terás uma grande vitória e o Senhor te ajudará!”

16 O rei disse-lhe com rispidez: “Quantas vezes te tenho dito que quero que me fales unicamente o que o Senhor te manda dizer?”

17 Então Micaías falou deste modo: “Tive uma visão em que vi todo o Israel disperso pelos montes como ovelhas sem pastor. E o Senhor disse: ‘Não têm pastor porque foi morto. Que cada um vá em paz para a sua casa!’ ”

18 Voltando-se para Jeosafá, Acabe lamentou-se: “Não te disse que era isto que iria acontecer? Ele nunca me diz nada de bom; fala sempre mal.”

19 Micaías continuou. “Ouve o resto da palavra do Senhor. Eu vi o Senhor sentado sobre o seu trono, com os exércitos celestiais à sua volta. 20 E o Senhor disse: ‘Quem irá convencer Acabe para que vá e morra em Ramote-Gileade?’ Várias sugestões foram feitas. 21 Finalmente, apresentou-se um espírito diante do Senhor que disse: ‘Vou eu. Eu o persuadirei.’ O Senhor perguntou-lhe: ‘Como?’

22 E ele respondeu: ‘Serei um espírito de mentira na boca dos profetas.’ E o Senhor disse: ‘Isso dará resultado; conseguirás o que pretendes; podes ir.’ ”

23 Micaías continuou, dirigindo-se ao rei: “Estás a ver que o Senhor pôs um espírito de mentira na boca destes teus profetas. Na realidade o que ele determinou foi o oposto do que têm estado a dizer!”

24 Então Zedequias, o filho de Quenaana, adiantou-se e deu uma bofetada no rosto de Micaías: “Quando foi que o Espírito do Senhor me deixou a mim para falar por ti?”

25 “Não tardará que tenhas a resposta”, respondeu-lhe Micaías, “quando te fores esconder no quarto interior!”

26 O rei Acabe mandou que prendessem Micaías: “Levem-no a Amom, o governador da cidade, e a Joás, o meu filho. 27 Digam-lhes: ‘O rei manda pôr este indivíduo no cárcere e alimentá-lo a pão e água, apenas o suficiente para que não morra, até que eu regresse em paz!’ ”

28 “Se voltares em paz”, insistiu Micaías, “isso será a prova de que o Senhor não falou por mim.” Depois voltou-se para o povo que estava a assistir: “Tomem bem nota do que eu disse!”

A morte de Acabe

(2 Cr 18.28-34)

29 O rei Acabe de Israel e o rei Jeosafá de Judá levaram os seus exércitos contra Ramote-Gileade. 30 O rei de Israel disse a Jeosafá: “Leva tu o fato real que eu irei disfarçado!” Então Acabe foi para a batalha trajando como um simples soldado.

31 O rei de Aram tinha dado ordens aos capitães dos 32 carros que lutassem apenas contra o Acabe. 32 Quando viram o rei Jeosafá vestido com os trajes reais, pensaram: “É este o homem que procuramos.” Rodearam-no para o atacar, mas Jeosafá gritou. 33 Logo que viram que não era o rei de Israel, deixaram-no.

34 Contudo, alguém atirou uma flecha ao acaso que foi precisamente ferir Acabe numa juntura da sua armadura. “Levem-me daqui para fora, porque estou ferido”, rouquejou ele ao condutor do carro.

35 A batalha ia-se tornando cada vez mais intensa, à medida que o dia avançava. Tiveram que manter o rei Acabe de pé no seu carro diante dos arameus. O sangue que saía da sua ferida escorria no fundo do carro. Finalmente, ao anoitecer, morreu. 36 Estava o Sol a pôr-se, quando começou a correr a notícia por entre as tropas: “Acabou-se, voltemos para casa! 37 O rei morreu!” O seu corpo foi levado para Samaria e enterrado ali. 38 Quando o carro e a armadura foram lavados junto dum poço em Samaria, onde as prostitutas se lavavam, os cães vieram e puseram-se a lamber o sangue do rei, tal como o Senhor dissera que haveria de acontecer.

39 O resto da história de Acabe, incluindo a descrição do seu palácio de marfim e as cidades que construiu, está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. 40 Acabe foi sepultado junto dos seus antepassados. Acazias, seu filho, tornou-se o novo rei de Israel.

O reinado de Jeosafá

(2 Cr 17.1–21.1)

41 Em Judá, Jeosafá, o filho de Asa, tinha sido coroado rei no quarto ano do reinado de Acabe de Israel. 42 Jeosafá tinha 35 anos quando ascendeu ao trono e reinou 25 anos em Jerusalém. A sua mãe chamava-se Azuba e era filha de Sili. 43 Fez o que seu pai Asa tinha feito, obedecendo ao Senhor em tudo, e fez sempre o possível por não se desviar dos caminhos de Deus, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor. 44 Contudo, não destruiu os santuários pagãos e continuou a queimar ali incenso. Fez também a paz com Acabe, rei de Israel.

45 O resto dos feitos de Jeosafá, o poder que revelou e as guerras que travou, está descrito no Livro das Crónicas dos Reis de Judá. 46 Também mandou fechar todas as casas de prostituição masculina que ainda se mantinham, depois do tempo do seu pai Asa.

47-48 Não havia rei em Edom nessa altura, apenas um governador nomeado pelo rei de Judá. O rei Jeosafá mandou construir grandes navios de Társis para irem a Ofir buscar ouro, mas nunca lá chegaram, porque naufragaram em Eziom-Geber. 49 Acazias, o filho e sucessor do rei Acabe, tinha proposto a Jeosafá que os seus homens fossem também, mas este recusou a sua oferta.

50 Quando Jeosafá morreu, foi enterrado junto dos seus antepassados, em Jerusalém, a cidade do seu antecessor David. O seu filho Jeorão ocupou o trono em seu lugar.

Acazias rei de Israel

51 Foi no décimo sétimo ano do reinado de Jeosafá, rei de Judá, que Acazias, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, e reinou durante 2 anos. 52 Não foi um bom rei, pois seguiu nas pisadas do seu pai e da sua mãe e também de Jeroboão, que levou Israel a pecar contra o Senhor. 53 Serviu o deus Baal e adorou-o. Por isso, Acazias suscitou muito a ira do Senhor, Deus de Israel, tal como antes fizera o seu pai.

O julgamento do Senhor sobre Acazias

Após a morte de Acabe, a nação de Moabe declarou a sua independência e recusou continuar a pagar impostos a Israel.

O novo rei de Israel, Acazias, caiu da varanda dum andar alto do seu palácio em Samaria e ficou gravemente ferido. Na sequência deste acontecimento, enviou mensageiros ao templo do deus Baal-Zebube, em Ecrom, para perguntarem se recuperaria.

Contudo, o anjo do Senhor disse a Elias, o tesbita: “Vai ao encontro desses mensageiros e pergunta-lhes: Será mesmo verdade que já não há Deus em Israel? Será por essa razão que vão ter com Baal-Zebube, o deus de Ecrom, para lhe perguntar se o rei há de recuperar? Visto que Acazias tomou uma decisão dessas, o Senhor manda dizer que nunca mais deixará a cama em que está deitado; infalivelmente morrerá.” Elias fez como o anjo lhe ordenou.

Depois de Elias lhes ter dito isto, os mensageiros regressaram apressadamente para falar com o rei. “Porque é que regressaram tão depressa?”, perguntou-lhes.

“É que veio ter connosco um homem que nos mandou regressar para te dizer o seguinte: ‘Diz assim o Senhor: “Por que razão vão dirigir perguntas a Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Será porque não há Deus em Israel? Visto que fizeste uma tal coisa, não deixarás mais a cama em que estás e com toda a certeza hás de morrer.” ’ ”

“Mas quem era esse homem?”, exigiu o rei. “Que aspeto tinha?”

“Tinha o cabelo comprido, vestia-se de peles e trazia um cinto de couro.” O rei exclamou: “É o profeta Elias, o tesbita!”

Mandou logo um grupo de cinquenta soldados, sob o comando de um oficial, para o prender. Acharam-no sentado no alto duma colina. Disse-lhe o oficial: “Ó homem de Deus, o rei ordena-te que venhas connosco.”

10 Elias respondeu: “Se sou um homem de Deus, que desça fogo do céu para vos destruir, a ti e aos teus cinquenta homens!” Então veio um raio que os matou a todos.

11 O rei mandou outro oficial com mais um grupo de cinquenta homens: “Ó homem de Deus, o rei manda que desças já daí!”

12 Elias respondeu: “Se sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e vos destrua, a ti e aos teus cinquenta soldados!” E novamente veio fogo, da parte de Deus, que os queimou.

13 Uma vez mais o rei enviou cinquenta soldados; mas desta vez o capitão caiu de joelhos perante Elias e rogou-lhe: “Ó homem de Deus, peço-te que me poupes a vida e a destes teus cinquenta servos. Tem misericórdia de nós! 14 Não nos destruas, como aconteceu com os outros!”

15 O anjo do Senhor disse a Elias: “Não tenhas receio. Podes ir com estes.” Elias foi então ter com o rei.

16 E disse-lhe: “Porque mandaste enviados a Baal-Zebube, o deus de Ecrom, para te informares sobre a tua doença, assim te diz o Senhor: ‘Será que não há Deus em Israel a quem te dirigires? Visto que fizeste uma tal coisa, não deixarás mais essa cama; com toda a certeza morrerás.’ ”

17 Assim morreu Acazias, tal como o Senhor dissera por intermédio de Elias. O seu irmão Jorão tornou-se o novo rei, porque Acazias não teve filhos que lhe sucedessem. Isto ocorreu no segundo ano do reinado do rei Jeorão, filho de Jeosafá de Judá. 18 O resto da história do reinado de Acazias está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Israel.

Elias é arrebatado

1-2 Tinha chegado a altura do Senhor levar Elias para o céu num remoinho. Elias disse a Eliseu, quando deixaram Gilgal: “Fica aqui, porque o Senhor disse-me que fosse a Betel.” Eliseu respondeu-lhe: “Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, que não te deixarei!” Foram pois a Betel juntos. Os jovens profetas da escola de Betel vieram ao encontro deles e perguntaram a Eliseu: “Sabes que o Senhor vai levar Elias hoje para si?” “Sim, calem-se!” respondeu Eliseu. “Já sei isso.”

Elias disse a Eliseu: “Peço-te que fiques aqui em Betel, porque o Senhor mandou-me a Jericó.” Eliseu tornou a responder: “Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma que não te deixarei.” Por isso, foram juntos até Jericó.

Os estudantes da escola de Jericó vieram ter com Eliseu e perguntaram-lhe: “Sabes que o Senhor vai levar o teu mestre para si?” Eliseu respondeu: “Estejam calados. Eu sei bem!”

Elias disse a Eliseu: “Por favor, fica aqui, porque o Senhor mandou-me ao rio Jordão.” Eliseu respondeu como anteriormente: “Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma que não te deixarei.”

Foram juntos e chegaram ao rio Jordão, enquanto os cinquenta jovens profetas ficavam a ver, à distância. Elias tirou a capa, dobrou-a e bateu com ela na água; a torrente dividiu-se e eles passaram a seco.

Quando chegaram ao outro lado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me o que quiseres, antes que eu seja levado.” E Eliseu respondeu: “Peço-te que me dês uma porção dobrada do teu poder profético.[a]

10 “Pedes uma dura coisa. Se puderes ver-me, quando for levado de junto de ti, obterás o que pretendes. Se não, não o obterás.”

11 Enquanto iam caminhando e conversando, de repente um carro de fogo apareceu e passou pelo meio deles, separando-os. Elias foi, assim, levado para os céus num remoinho. 12 Eliseu, que viu tudo, gritou: “Meu pai! Meu pai! Carro de Israel e seus condutores!” Quando o carro desapareceu, Eliseu rasgou a sua roupa.

13 Depois pegou na capa que Elias deixou cair e voltou para a margem do Jordão. 14 Pegou, então, na capa que Elias tinha deixado cair e bateu na água com ela, dizendo: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias?.” A corrente separou-se e Eliseu passou em seco para o outro lado.

15 Quando os jovens profetas de Jericó viram o que acontecera, disseram: “O poder profético de Elias ficou em Eliseu!” E foram ter com ele e inclinaram-se diante dele até ao chão. 16 “Senhor, basta que digas uma palavra e cinquenta dos nossos homens mais valentes irão à procura do teu senhor no deserto; talvez o Espírito do Senhor o tenha deixado sobre algum monte ou ravina.” Eliseu respondeu: “Não façam nada disso.”

17 Contudo, eles continuaram a insistir, a ponto de o importunarem; por fim acedeu: “Está bem! Vão lá!” Foram então cinquenta rapazes à procura dele durante três dias, mas não o acharam. 18 Eliseu estava ainda em Jericó quando eles voltaram: “Não vos disse para não irem?”

Purificação da água

19 Os responsáveis da cidade de Jericó vieram falar com Eliseu: “Temos um problema: a cidade está bem localizada, como podes ver, mas a água é má e a terra é estéril.”

20 “Tragam-me uma tigela nova cheia de sal.” Trouxeram-lha. 21 Depois, dirigiu-se ao poço da povoação e deitou lá para dentro o sal, dizendo: “O Senhor curou estas águas. Não mais causarão nem morte nem infertilidade.” 22 Na verdade, as águas ficaram purificadas, tal como Eliseu dissera.

Rapazes fazem troça de Eliseu

23 De Jericó dirigiu-se a Betel. Quando ia a caminho, alguns rapazes da cidade começaram a troçar dele. “Sobe, careca!”, gritavam eles. “Sobe, careca!” 24 Ele voltou-se e amaldiçoou-os em nome do Senhor. Apareceram então duas ursas que saíam dos bosques e mataram quarenta e dois deles. 25 Depois foi para o monte Carmelo e finalmente voltou para Samaria.

Moabe revolta-se

Jorão, o filho de Acabe, começou o seu reinado sobre Israel, quando corria o décimo oitavo ano do reinado de Jeosafá sobre Judá. E reinou 12 anos em Samaria, a capital. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, mas não tanto quanto o seu pai e a sua mãe, porque deitou abaixo o pilar que o pai erguera em honra de Baal. Contudo, aderiu ao pecado de Jeroboão, o filho de Nebate, que tinha levado o povo de Israel ao culto dos ídolos.

O rei Messa de Moabe e o seu povo eram negociantes de gado. Pagavam a Israel um tributo anual de 100 000 cordeiros e mais a lã de 100 000 carneiros. Contudo, após a morte de Acabe, o rei de Moabe rebelou-se contra Israel. Por isso, o rei Jeorão mobilizou o seu exército. Mandou mensageiros a Jeosafá, rei de Judá: “O rei de Moabe revoltou-se contra mim. Ajudas-me a combatê-lo?” Jeosafá respondeu: “Com certeza que sim. Podes dispor do meu povo e da minha cavalaria. Quais são os teus planos de combate?” Jorão respondeu: “Atacaremos a partir do deserto de Edom.”

Dessa forma, os dois exércitos, reforçados com as tropas de Edom, fizeram uma marcha de sete dias através do deserto, para rodearem o inimigo. No entanto, faltou-lhes a água para os homens e para os animais.

10 “O que vamos fazer agora?”, gritava o rei de Israel. “O Senhor trouxe-nos aqui para sermos derrotados pelo rei de Moabe!”

11 Jeosafá perguntou: “Não há nenhum profeta do Senhor entre a nossa gente? Se houvesse, saberíamos o que fazer!” Um dos oficiais do rei de Israel respondeu: “Há Eliseu!” E acrescentou: “Era o assistente de Elias.”

12 Jeosafá respondeu: “É o homem de que precisamos; ele fala a mensagem do Senhor.” E os três reis, de Israel, Judá e Edom, foram consultar Eliseu.

13 “Não tenho nada a ver contigo”, disse Eliseu ao rei Jorão de Israel. “Vai ter com os falsos profetas do teu pai e da tua mãe!” Mas o rei respondeu: “Não. Porque foi o Senhor quem nos enviou até aqui para sermos destruídos pelo rei de Moabe!”

14 “Tão certo como vive o Senhor dos exércitos, em cuja presença eu sirvo, que, se não fosse pela presença do rei Jeosafá, de Judá, não me incomodaria um bocadinho sequer contigo”, retorquiu Eliseu. 15 “Tragam-me então alguém que toque a harpa.” Quando o músico começou a tocar, Eliseu recebeu a mensagem do Senhor: 16 “O Senhor ordena que façam covas em todo este vale seco. 17 Não hão de ver nem vento, nem chuva; mas este vale encher-se-á de água e poderão saciar-se, tanto os homens como os animais! 18 Isto é só uma pequena amostra do que o Senhor pode fazer; ele vos tornará vitoriosos sobre as tropas de Moabe! 19 Conquistarão o melhor das suas povoações, mesmo as que são fortificadas, e encherão de pedras todos os bons campos.”

20 Com efeito, no dia seguinte, por altura em que o sacrifício da manhã deveria ser oferecido, apareceu água. Corria, vinda do lado de Edom, e em breve havia água por toda a parte.

21 Entretanto, quando o povo moabita ouviu falar dos três exércitos que vinham contra ele, mobilizaram todos os homens válidos para a guerra, velhos e novos, e dispuseram-se ao longo da fronteira. 22 Logo cedo, na manhã seguinte, o Sol refletindo nas águas dava-lhes um tom vermelho de sangue. 23 “É sangue!”, começaram a gritar. “Os três exércitos, com toda a certeza, voltaram-se uns contra os outros e estão a matar-se mutuamente! Vamos depressa à presa!”

24 Quando chegaram ao acampamento militar dos israelitas, estes caíram sobre eles e começaram a matá-los. A tropa moabita fugiu. Os israelitas avançaram pela terra de Moabe, destruindo tudo à sua frente. 25 Arrasaram povoações, lançaram entulho sobre as terras e para dentro dos poços, cortaram as árvores frutíferas. No fim, apenas a fortaleza de Quir-Haresete tinha ficado de pé e mesmo essa acabou também por ser tomada pelos soldados, armados com fundas.

26 Quando o rei de Moabe viu que a batalha tinha sido perdida, reuniu 700 dos seus homens que melhor lutavam à espada e, num esforço desesperado, tentou ainda confrontar-se com o rei de Edom, mas não conseguiu. 27 Pegou então no seu filho mais velho, que estava destinado a suceder-lhe no trono e, perante o horror do exército Israelita, matou-o e sacrificou-o sobre a muralha. O exército de Israel regressou indignado para a sua terra.

O azeite da viúva

Um dia, a mulher de um membro do grupo dos profetas veio comunicar a Eliseu a morte do marido. “Era um homem que temia ao Senhor”, afirmou ela. Ele tivera de pedir emprestado algum dinheiro. Se não o pagasse, o credor viria tomar-lhe os seus dois filhos como escravos.

“E que queres tu que eu faça?”, perguntou Eliseu. “Diz-me lá, o que tens em casa?” “Nada! Tudo o que tenho é um jarro com azeite”, respondeu-lhe.

“Então vai pedir emprestadas muitas vasilhas aos teus vizinhos. Volta para casa, fecha-te lá, com os teus filhos, e começa a encher todos esses recipientes, pondo-os de lado à medida que estiverem cheios.”

Ela assim fez. Os filhos iam-lhe trazendo vasilhas; ela ia-as enchendo, uma após outra. Em breve todos os recipientes ficaram cheios. “Tragam mais vasilhas”, disse aos filhos. “Já não há mais!”, responderam. E nessa altura o azeite parou.

Quando foi contar ao homem de Deus o que tinha acontecido, ele respondeu-lhe: “Agora vai vender o azeite e paga a dívida e ainda te ficará bastante dinheiro para viveres com os teus filhos.”

A ressurreição do filho da sunamita

Um dia, Eliseu foi para Sunem. Uma mulher rica que ali vivia convidou-o para tomar uma refeição. A partir de então, sempre que por ali passava, parava para comer. A mulher disse ao marido: “Tenho a certeza de que este homem que aqui vem de tempos a tempos é um santo homem de Deus. 10 Vamos preparar-lhe um quarto no sótão. Podemos lá pôr uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; ficará assim com um lugar certo para repousar sempre que por aqui passar.”

11 Uma vez, o profeta estava a descansar no quarto. 12 E disse para o seu criado Geazi: “Diz à mulher que preciso de lhe falar.” Quando ela apareceu, 13 pediu de novo a Geazi: “Explica-lhe que apreciamos muito a sua hospitalidade e pergunta-lhe o que podemos fazer em seu favor. Quererá ela, por exemplo, que apresente qualquer assunto junto do rei ou do comandante do exército?” Ela respondeu: “Não preciso de nada. Eu vivo bem, no meio da minha gente.”

14 “O que poderíamos fazer por ela?”, perguntou Eliseu de novo a Geazi, mais tarde. Por fim, este sugeriu: “Eles não têm filhos e o marido já é um homem idoso.”

15 “Chama-a lá outra vez.” Quando ela veio, o profeta disse-lhe, enquanto ela esperava à entrada do quarto: 16 “No ano que vem, na altura própria, terás um filho!” Ela exclamou: “Ó homem de Deus, peço-te que não me mintas dessa maneira!” 17 O certo é que isso aconteceu. A mulher em breve concebeu e teve depois um bebé, um rapaz, tal como Eliseu lhe prometera.

18 Um dia, quando o seu filho já era crescido, decidiu sair de casa para ir ter com o pai que se encontrava a trabalhar junto dos ceifeiros. 19 A certa altura, começou a queixar-se de fortes dores de cabeça: “Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça!”, gritava ele. O pai disse a um dos servos: “Leva-o à mãe, que está em casa.”

20 A mãe pô-lo sobre os joelhos e consolava-o, mas por volta do meio-dia acabou por falecer. 21 A mulher levou-o para cima, para o quarto do homem de Deus, deitou-o na cama e fechou a porta. 22 Depois, enviou um recado ao marido: “Manda um dos criados e um jumento; tenho de ir chamar o homem de Deus e voltar.”

23 “Porque precisas de ir hoje? Não é a festa da lua nova, nem dia de descanso.” Ela insistiu: “É muito importante que vá.”

24 Albardou o jumento e disse para o criado: “Depressa! Não abrandes a marcha, a menos que eu to diga.”

25 Quando já estavam próximos do monte Carmelo, Eliseu viu-a à distância e disse para Geazi: “Vem aí aquela mulher de Sunem. 26 Corre ao seu encontro e pergunta-lhe o que é que se passa. Pergunta-lhe se o marido e o filho estão bem.” Quando este a encontrou, ela respondeu a Geazi: “Tudo vai bem.”

27 No entanto, quando chegou junto de Eliseu, no monte, prostrou-se com o rosto no chão e agarrou-se aos seus pés. Geazi aproximou-se para tentar afastá-la, mas o homem de Deus disse-lhe: “Deixa-a em paz; a sua alma está carregada de amargura e o Senhor não me disse o que se passa.”

28 Depois ela falou: “Foste tu quem me disse que haveria de ter um filho e eu pedi-te que não me enganasses!”

29 Eliseu ordenou a Geazi: “Corre, vai já buscar o meu bordão e parte! Não saúdes a ninguém pelo caminho, nem respondas a ninguém. Chegando lá, põe o bordão sobre o rosto do menino.”

30 Mas a mãe disse: “Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, que não saio daqui enquanto não fores comigo.” Então Eliseu acompanhou-a.

31 Geazi partira à frente; chegando lá a casa, pôs o bordão sobre o rosto do menino. Contudo, nada aconteceu; não houve sinal de vida. Por isso, voltou. Encontrando-se com Eliseu, disse-lhe: “A criança ainda está morta.”

32 Quando Eliseu chegou, a criança estava efetivamente morta, deitada na cama do profeta. 33 O profeta entrou, fechou a porta atrás de si e orou ao Senhor. 34 Depois deitou-se sobre o corpo do menino, pondo a boca na dele, encostando os olhos aos dele e colando as mãos às da criança. O corpo do menino começou a aquecer de novo. 35 Então desceu e andou pela casa algum tempo; tornando a subir, estendeu-se novamente sobre a criança. Desta vez ela espirrou sete vezes e abriu os olhos.

36 O profeta chamou Geazi: “Diz à mãe que venha cá!” Quando ela apareceu, disse-lhe: “Aqui está o teu filho.” 37 Ela prostrou-se aos seus pés. Depois pegou no menino e desceu.

O Livro (OL)

O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.