Bible in 90 Days
O reinado de Peca, de Israel
27 No ano cinquenta e dois do reinado de Uzias, de Judá, Peca, filho de Remalias, se tornou rei de Israel e governou vinte anos em Samaria. 28 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor, e nunca abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.
29 Foi durante o reinado de Peca que Tiglate-Pileser, rei da Assíria, conquistou as cidades de Ijom, Abel-Bete-Maacá, Janoa, Quedes, Hazor e as regiões de Gileade, Galileia e Naftali e levou os seus moradores como prisioneiros para a Assíria.
30 No ano vinte do reinado de Jotão, filho de Uzias, como rei de Judá, Oseias, filho de Elá, fez uma revolta contra o rei Peca, matou-o e ficou no lugar dele como rei.
31 Todas as outras coisas que Peca fez estão escritas na História dos Reis de Israel.
O reinado de Jotão, de Judá(A)
32 No segundo ano do reinado de Peca, filho de Remalias, como rei de Israel, Jotão, filho de Uzias, se tornou rei de Judá 33 com a idade de vinte e cinco anos. Ele governou dezesseis anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Jerusa e era filha de Zadoque. 34 Seguindo o exemplo de Uzias, o seu pai, Jotão fez aquilo que agrada a Deus, o Senhor. 35 Mas os lugares pagãos de adoração não foram destruídos, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso naqueles lugares.
Foi Jotão quem construiu o Portão Norte do Templo.
36 Todas as outras coisas que Jotão fez estão escritas na História dos Reis de Judá. 37 Foi durante o reinado dele que pela primeira vez o Senhor mandou Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de Israel, atacar Judá. 38 Jotão morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Acaz ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Acaz, de Judá(B)
16 No ano dezessete do reinado de Peca, filho de Remalias, em Israel, Acaz, filho de Jotão, se tornou rei de Judá. 2 Acaz começou a reinar quando tinha vinte anos de idade. Ele governou dezesseis anos em Jerusalém. Acaz não seguiu o bom exemplo do seu antepassado, o rei Davi; pelo contrário, fez o que não agrada ao Senhor, seu Deus, 3 e seguiu o exemplo dos reis de Israel. Ele chegou até a oferecer o próprio filho, queimando-o como oferta aos ídolos, seguindo o nojento costume dos povos que o Senhor havia expulsado da Terra Prometida conforme os israelitas avançavam. 4 Acaz ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos lugares pagãos de adoração, nos morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra.
5 Rezim, rei da Síria, e o rei Peca, de Israel, atacaram e cercaram a cidade de Jerusalém, porém não puderam derrotar Acaz.
6 Nessa mesma época o rei de Edom reconquistou a cidade de Elate e expulsou os judeus que moravam lá. Os edomitas foram para Elate e ainda moram lá.
7 Acaz mandou alguns mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, para entregarem a ele esta mensagem: “Eu sou seu criado e seu filho. Venha me salvar dos reis da Síria e de Israel, que estão me atacando.”
8 Acaz pegou a prata e o ouro do Templo e o tesouro do palácio e mandou de presente ao rei da Assíria. 9 Em resposta ao pedido de Acaz, o rei da Assíria marchou com o seu exército para a cidade de Damasco, conquistou-a, matou o rei Rezim e levou o povo para Quir como prisioneiro.
10 O rei Acaz foi a Damasco para se encontrar com o rei Tiglate-Pileser e viu o altar que havia ali. Então mandou para o sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, com todos os detalhes. 11 E Urias construiu um altar, seguindo todas as instruções que o rei Acaz havia mandado de Damasco, e terminou o trabalho antes que Acaz voltasse. 12 Ao chegar de Damasco, Acaz viu que o altar estava pronto, 13 e então queimou sobre ele sacrifícios de animais, ofertas de cereais, e derramou em cima dele uma oferta de vinho e o sangue de uma oferta de paz. 14 O altar de bronze, que era dedicado ao Senhor Deus, ficava entre o novo altar e o Templo, e por isso Acaz o mudou para o lado norte do seu novo altar. 15 Então deu a Urias a seguinte ordem:
— Use este meu altar grande para as ofertas que são completamente queimadas de manhã e para a oferta de cereais da tarde, para as ofertas que são completamente queimadas e as ofertas de cereais do rei e do povo e também para as ofertas de vinho do povo. Derrame sobre o altar o sangue de todos os animais que forem sacrificados. Mas deixe o altar de bronze a fim de que eu o use para adivinhações.
16 E Urias fez o que o rei mandou.
17 O rei Acaz desmontou as carretas de bronze que eram usadas no Templo e tirou as bacias que estavam em cima delas. Tirou também o tanque de bronze de cima das costas dos doze touros e colocou-o sobre uma base de pedra. 18 E, para agradar o rei da Assíria, Acaz também tirou do Templo a plataforma onde ficava o trono real e fechou a entrada particular por onde os reis entravam no Templo.
19 Todas as outras coisas que o rei Acaz fez estão escritas na História dos Reis de Judá. 20 Acaz morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Ezequias ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Oseias, de Israel
17 No ano doze do reinado de Acaz, de Judá, Oseias, filho de Elá, se tornou rei de Israel e governou nove anos em Samaria. 2 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor, porém não tanto quanto os reis que governaram Israel antes dele. 3 O rei Salmaneser, da Assíria, fez guerra contra ele; Oseias foi dominado por Salmaneser e lhe pagava um imposto todos os anos. 4 Mas certo ano Oseias mandou alguns mensageiros a Sô, rei do Egito, pedindo a sua ajuda, e parou de pagar o imposto anual à Assíria. Quando Salmaneser soube dessa revolta, mandou prender Oseias e colocá-lo na prisão.
Os assírios conquistam Samaria
5 Então Salmaneser invadiu Israel e cercou a cidade de Samaria. No terceiro ano do cerco, 6 que era o nono ano do reinado de Oseias, o rei da Assíria conquistou a cidade de Samaria e levou os israelitas para a Assíria como prisioneiros. Ele mandou que alguns fossem morar na cidade de Hala, outros, perto do rio Habor, que fica no distrito de Gozã, e ainda outros, nas cidades da Média.
7 A cidade de Samaria foi conquistada porque os israelitas pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os havia livrado de Faraó, rei do Egito, e os havia tirado para fora daquele país. Eles adoraram outros deuses, 8 seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado conforme eles avançavam e seguiram também os costumes adotados pelos reis de Israel. 9 Os israelitas fizeram coisas que o Senhor, seu Deus, não aprova. Eles construíram lugares pagãos de adoração em todas as suas cidades, desde o menor povoado até a maior cidade. 10 Em todos os morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra, eles levantaram colunas do deus Baal e postes da deusa Aserá. 11 E também queimaram incenso em todos os altares pagãos, seguindo o costume dos povos que o Senhor havia expulsado da Terra Prometida. Eles provocaram a ira de Deus, o Senhor, com todas as coisas más que fizeram; 12 e adoraram ídolos, coisa que o Senhor havia proibido.
13 O Senhor Deus havia mandado mensageiros e profetas darem o seguinte aviso a Israel e a Judá: “Abandonem os seus maus caminhos e obedeçam aos meus mandamentos, que estão na Lei que eu dei aos seus antepassados e que entreguei a vocês por meio dos meus servos, os profetas.” 14 Mas os israelitas do Reino do Norte não quiseram obedecer; foram teimosos como os seus antepassados, que não confiaram no Senhor, o Deus deles. 15 Eles não quiseram obedecer aos seus ensinamentos e não guardaram a aliança que ele tinha feito com os seus antepassados e desprezaram os avisos dele. Adoraram ídolos sem valor e desse modo eles mesmos ficaram sem valor. Seguiram os costumes das nações vizinhas, desobedecendo à ordem que o Senhor tinha dado para que não as imitassem. 16 Eles desobedeceram a todas as leis do Senhor, seu Deus, e fizeram dois touros de metal para adorar. Também fizeram um poste da deusa Aserá, adoraram as estrelas e serviram o deus Baal. 17 Queimaram os seus filhos e filhas como sacrifício a deuses pagãos, consultaram médiuns e adivinhos e só fizeram coisas erradas, que o Senhor não aprova, e por isso ele ficou irado com eles. 18 O Senhor ficou tão irado, que os expulsou da sua presença, deixando somente o Reino de Judá.
19 Mas mesmo o povo de Judá não obedeceu às leis do Senhor, seu Deus; eles imitaram os costumes adotados pelo povo de Israel. 20 Por isso, o Senhor rejeitou todos os descendentes de Israel; ele os castigou, entregando-os a inimigos cruéis, e no fim os expulsou da sua presença.
21 Depois que o Senhor Deus separou Israel de Judá, os israelitas colocaram Jeroboão, filho de Nebate, como seu rei. Jeroboão os fez abandonar o Senhor e os levou a cometer um terrível pecado. 22 Os israelitas seguiram Jeroboão e continuaram a praticar todos os pecados que ele havia cometido, 23 até que finalmente o Senhor os expulsou da sua presença, como havia avisado por meio dos seus servos, os profetas. E assim o povo de Israel foi levado para o cativeiro na Assíria, onde eles moram até hoje.
Os assírios vão morar em Israel
24 O rei da Assíria trouxe gente das cidades de Babilônia, Cutá, Iva, Hamate e Sefarvaim e os fez morar nas cidades de Samaria, em lugar dos israelitas que haviam sido levados como prisioneiros. Esses assírios tomaram posse daquelas cidades e ficaram morando ali. 25 Quando foram morar lá, eles não adoravam a Deus, o Senhor, e por isso ele mandou leões, que mataram alguns deles. 26 O rei da Assíria ficou sabendo que as pessoas que ele havia mandado morar nas cidades de Samaria não conheciam a lei do deus daquela terra, e por isso esse deus havia mandado leões, que estavam matando aquelas pessoas. 27 Então o rei deu a seguinte ordem: “Mandem de volta um dos sacerdotes que nós trouxemos como prisioneiros. Façam com que ele volte e fique morando lá, para ensinar ao povo a lei do deus daquela terra.”
28 Então um sacerdote israelita que havia sido levado da cidade de Samaria foi e ficou morando em Betel, onde ensinava ao povo como adorar a Deus, o Senhor.
29 Mas o povo que ficou morando no território de Samaria continuou a fazer os seus próprios ídolos e os colocou nos santuários que os samaritanos haviam construído. Cada povo, nas cidades onde estava morando, fez os seus próprios ídolos: 30 isto é, o povo de Babilônia fez imagens do deus Sucote-Benote; o povo de Cutá, imagens de Nergal; o povo de Hamate, imagens de Asima; 31 o povo de Iva, imagens de Nibaz e Tartaque; e o povo de Sefarvaim queimava os seus filhos em sacrifício aos seus deuses Adrameleque e Anameleque. 32 Esses povos também adoravam a Deus, o Senhor, mas ao mesmo tempo escolhiam no meio deles todos os tipos de pessoas para servirem como sacerdotes nos lugares pagãos de adoração e para oferecerem sacrifícios por eles naqueles lugares. 33 E assim eles adoravam o Senhor, mas também adoravam os seus próprios deuses, de acordo com os costumes dos países de onde tinham vindo.
34 Até hoje eles continuam com os seus antigos costumes. Eles não adoram a Deus, o Senhor, nem obedecem às leis e aos mandamentos que ele deu aos descendentes de Jacó, a quem tinha dado o nome de Israel.
35 O Senhor havia feito uma aliança com eles e havia ordenado o seguinte: “Não adorem outros deuses; não se ajoelhem diante deles, não os sirvam, nem ofereçam sacrifícios a eles. 36 Obedeçam a mim, o Senhor, que tirei vocês do Egito com grande poder e força; ajoelhem-se diante de mim e ofereçam sacrifícios a mim. 37 Obedeçam sempre às leis e aos mandamentos que escrevi para vocês. Não adorem outros deuses, 38 nem esqueçam a aliança que fiz com vocês. 39 Adorem a mim, o Senhor, o Deus de vocês, e eu os livrarei de todos os seus inimigos.”
40 Mas esses povos não atenderam e continuaram a seguir os seus velhos costumes. 41 E assim eles adoravam a Deus, o Senhor, mas também adoravam os seus ídolos; e até hoje os seus descendentes continuam a fazer a mesma coisa.
O reinado de Ezequias, de Judá(C)
18 No terceiro ano do reinado de Oseias, filho de Elá, como rei de Israel, Ezequias, filho de Acaz, se tornou rei de Judá. 2 Quando isso aconteceu, Ezequias tinha vinte e cinco anos de idade. Ele governou vinte e nove anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Abia e era filha de Zacarias. 3 Seguindo o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, Ezequias fez aquilo que agrada a Deus, o Senhor. 4 Ele destruiu os lugares pagãos de adoração, quebrou as colunas do deus Baal e derrubou os postes da deusa Aserá. Também fez em pedaços a cobra de bronze que Moisés havia feito e que era chamada de Neustã. Até aquela época o povo de Israel queimava incenso em honra dela. 5 Ezequias confiou no Senhor, o Deus de Israel; Judá nunca teve um rei como ele, nem antes nem depois daquela época. 6 Ezequias ficou ligado com o Senhor e nunca desobedeceu a ele, mas guardou cuidadosamente todos os mandamentos que o Senhor Deus tinha dado a Moisés. 7 Por isso, o Senhor estava com ele, e ele teve sucesso em tudo o que fez. Ezequias se revoltou contra o rei da Assíria e não quis ser dominado por ele. 8 Venceu os filisteus, invadiu o seu território, desde o menor povoado até a maior cidade, e atacou a cidade de Gaza e a região ao seu redor.
9 No quarto ano do reinado de Ezequias, que era o sétimo ano do reinado de Oseias, filho de Elá, como rei de Israel, o rei Salmaneser, da Assíria, invadiu Israel, e o seu exército cercou a cidade de Samaria. 10 No terceiro ano do cerco, Samaria foi conquistada. Isso aconteceu no sexto ano do reinado de Ezequias, que era o nono ano do reinado de Oseias. 11 O rei da Assíria levou os israelitas como prisioneiros para a sua terra; mandou que alguns deles fossem morar na cidade de Hala, outros, perto do rio Habor, no distrito de Gozã, e ainda outros, nas cidades da Média.
12 Essas coisas aconteceram porque os israelitas não obedeceram ao Senhor, o Deus deles, mas quebraram a aliança que o Senhor havia feito com eles e desobedeceram a todas as leis dadas por Moisés, servo do Senhor. Eles não quiseram atender, nem obedecer.
Os assírios ameaçam Jerusalém(D)
13 No ano catorze do reinado de Ezequias, de Judá, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades de Judá que eram cercadas de muralhas e as conquistou. 14 Ezequias mandou uma mensagem a Senaqueribe, que estava em Laquis. A mensagem foi esta: “Eu errei. Por favor, saia do meu país, que eu pagarei tudo o que o senhor exigir.”
O rei mandou uma resposta, dizendo que Ezequias devia lhe mandar dez mil quilos de prata e mil quilos de ouro. 15 Então Ezequias mandou para ele toda a prata do Templo e do tesouro do palácio. 16 Ele também arrancou o ouro das portas do Templo e o ouro com que ele mesmo havia revestido os batentes e mandou tudo para Senaqueribe. 17 Mas o rei da Assíria mandou de Laquis um grande exército para atacar Ezequias em Jerusalém. O exército era comandado pelos seus três mais altos oficiais. Quando chegaram a Jerusalém, eles ocuparam a estrada onde os tintureiros trabalham, perto do canal que traz água do açude de cima. 18 Então os oficiais mandaram chamar o rei Ezequias, e três autoridades de Judá saíram para falar com eles. Eram Eliaquim, filho de Hilquias, que era o encarregado do palácio, Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, que era o conselheiro do rei. 19 Um dos oficiais assírios lhes disse:
— Levem para Ezequias esta mensagem do grande rei, o rei da Assíria: “Em que você está baseando a sua confiança? 20 Você está pensando que as palavras podem tomar o lugar da experiência militar e da força? Quem você pensa que vai ajudá-lo na sua revolta contra o rei da Assíria? 21 Você está confiando na ajuda do Egito, mas isso é o mesmo que usar um caniço como bengala, isto é, ele vai quebrar e furar a sua mão. Assim é Faraó, rei do Egito, para aqueles que confiam nele. 22 Ou, por acaso, você vai me dizer que confia no Senhor, seu Deus? E não foram os santuários e os altares do Senhor que Ezequias destruiu quando mandou que o povo de Judá e de Jerusalém adorasse somente no altar de Jerusalém? 23 Eu vou fazer um trato com você em nome do rei da Assíria. Eu lhe darei dois mil cavalos se você puder arranjar homens suficientes para montá-los. 24 Você não poderia vencer nem o oficial assírio menos graduado e, no entanto, espera que os egípcios lhe mandem carros de guerra e cavalaria! 25 Você pensa que eu ataquei e destruí o seu país sem a ajuda de Deus, o Senhor? Foi ele mesmo quem me mandou atacá-lo e destruí-lo!”
26 Então Eliaquim, Sebna e Joá disseram ao oficial:
— Fale em aramaico, pois nós entendemos. Não fale em hebraico, pois todas as pessoas que estão nas muralhas estão escutando.
27 Ele respondeu:
— Vocês pensam que o rei me mandou dizer todas essas coisas somente para vocês e para o seu rei? Não! Não foi só isso. Eu estou falando também com as pessoas que estão sentadas nas muralhas e que terão de comer as suas próprias fezes e beber a sua própria urina; e vocês também vão fazer isso.
28 Então o oficial ficou de pé e gritou em hebraico:
— Escutem o que o grande rei, o rei da Assíria, está dizendo a vocês! 29 Ele mandou avisar que não deixem que Ezequias os engane, pois ele não poderá salvá-los. 30 E não deixem que ele os convença a confiar em Deus, o Senhor. Não pensem que o Senhor os salvará e não deixará que o nosso exército assírio conquiste a cidade de vocês. 31 Não deem atenção a Ezequias. O rei da Assíria manda que vocês saiam da cidade e se entreguem. Vocês terão licença para comer uvas das suas próprias parreiras e figos das suas figueiras e para beber água dos seus próprios poços, 32 até que o rei os leve para morar num país parecido com o de vocês, onde há plantações de uvas para fazer vinho e onde há trigo para fazer pão. É uma terra de oliveiras, azeite e mel. Se fizerem o que ele está mandando, vocês não morrerão, mas viverão. Não deixem que Ezequias os engane, fazendo vocês pensarem que o Senhor vai salvá-los. 33 Será que os deuses das outras nações as salvaram do rei da Assíria? 34 Onde estão agora os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? Será que os deuses de Samaria salvaram Samaria do meu poder? 35 Quando foi que os deuses de todos esses países os salvaram do nosso rei? O que é, então, que faz vocês pensarem que o Senhor pode salvar Jerusalém do poder dele?
36 Mas o povo ficou calado, de acordo com a ordem do rei Ezequias; eles não disseram nem uma só palavra. 37 Então Eliaquim, Sebna e Joá rasgaram as suas roupas em sinal de tristeza e foram contar ao rei aquilo que o oficial assírio tinha dito.
O rei pede o conselho de Isaías(E)
19 Assim que o rei Ezequias ouviu o que eles contaram, rasgou as suas roupas em sinal de tristeza, vestiu uma roupa feita de pano grosseiro e foi para o Templo do Senhor. 2 Ele mandou que Eliaquim, o encarregado do palácio, Sebna, o escrivão, e os sacerdotes mais velhos fossem falar com o profeta Isaías, filho de Amoz. Eles também estavam vestindo roupas de pano grosseiro. 3 A mensagem que o rei mandou entregar a Isaías foi esta: “Hoje é um dia de sofrimento; nós estamos sendo castigados e estamos envergonhados. Somos como uma mulher que está para dar à luz, mas não tem forças para isso. 4 O rei da Assíria nos mandou o chefe do seu exército para insultar o Deus vivo. Que o Senhor, nosso Deus, escute esses insultos e castigue quem os disse! Portanto, ore a Deus pelas pessoas do nosso povo que ainda estão vivas.”
5 Os funcionários do rei Ezequias levaram a mensagem, 6 e Isaías mandou esta resposta: “O Senhor Deus diz que o senhor não deve deixar que os assírios o assustem, dizendo que Deus não pode salvá-lo. 7 Deus vai fazer o rei assírio ouvir uma notícia que o fará voltar para a terra dele, e Deus vai fazer com que ele seja morto ali.”
Os assírios ameaçam outra vez(F)
8 O oficial assírio soube que o rei da Assíria havia saído de Laquis e que estava lutando contra a cidade de Libna. Então foi até lá para falar com ele. 9 Os assírios souberam que o exército dos egípcios, comandado pelo rei Tiraca, da Etiópia, vinha vindo para atacá-los. Quando o rei da Assíria soube disso, mandou uma carta para o rei Ezequias, de Judá. 10 A carta dizia assim: “O seu deus, em quem você confia, lhe disse que Jerusalém não vai cair nas minhas mãos; mas não deixe que ele o engane. 11 Você já ouviu falar daquilo que um rei assírio faz com qualquer país que ele resolve destruir? Por acaso, você pensa que poderá escapar? 12 Os meus antepassados destruíram as cidades de Gozã, Harã e Rezefe e mataram o povo de Éden, que morava em Telassar, e nenhum dos seus deuses os pôde salvar. 13 Onde estão os reis das cidades de Hamate, Arpade, Sefarvaim, Hena e Iva?”
14 O rei Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então foi até o Templo, pôs a carta ali, na presença de Deus, o Senhor, 15 e orou assim:
— Ó Senhor, Deus de Israel, que estás sentado no teu trono que fica acima dos querubins! Só tu és Deus e governas todos os reinos do mundo. Tu fizeste os céus e a terra. 16 Ó Senhor, olha para o que está acontecendo com a gente. Escuta todas as coisas que Senaqueribe está dizendo a fim de insultar a ti, o Deus vivo. 17 Todos nós sabemos, ó Senhor, que os reis da Assíria destruíram muitas nações, arrasaram as suas terras 18 e queimaram os seus deuses, que não eram deuses de verdade e sim imagens de madeira e de pedra feitas por mãos humanas. 19 Agora, ó Senhor, nosso Deus, salva-nos dos assírios, para que todas as nações do mundo fiquem sabendo que só tu, ó Senhor, és Deus.
A mensagem de Isaías para o rei(G)
20 Então Isaías mandou uma mensagem para o rei Ezequias. Nela, ele dizia que, em resposta à oração do rei, 21 o Senhor, o Deus de Israel, tinha dito o seguinte: “A cidade de Jerusalém ri e caçoa de você, Senaqueribe. 22 Contra quem você pensa que falou? Para quem você olhou com orgulho? A quem você pensa que ofendeu e insultou? Você fez tudo isso contra mim, o Santo Deus de Israel. 23 Você me mandou os seus mensageiros para se gabarem de que com os seus muitos carros de guerra você conquistou as mais altas montanhas do Líbano. Você se gabou de ter cortado os mais altos cedros e os melhores ciprestes e de ter chegado até os lugares mais distantes das lindas florestas. 24 Você se gabou de ter cavado poços em terras estrangeiras e de ter bebido da água deles. Gabou-se também de que os pés dos seus soldados fizeram secar o rio Nilo.
25 “Por acaso, você não sabe que fui eu que planejei tudo isso há muito tempo e agora fiz tudo acontecer? Eu dei a você o poder de fazer cidades cercadas de muralhas virarem montões de entulho. 26 Por isso, os seus moradores ficaram fracos e andavam cheios de medo e de vergonha. Eles ficaram como o capim do campo e a erva verde e como a erva que cresce nos telhados, quando o vento quente do leste sopra e os faz secar.
27 “Mas eu o conheço muito bem; sei o que você faz e aonde vai. Sei que você me odeia. 28 Eu soube do seu ódio e do seu orgulho, e agora vou pôr uma argola no seu nariz e um freio na sua boca, e farei você voltar pelo mesmo caminho por onde veio.”
29 Depois Isaías disse ao rei Ezequias:
— Este é o sinal daquilo que vai acontecer: neste ano e no ano que vem, vocês terão para comer somente aquilo que nascer por si mesmo, sem ser plantado. Mas no ano seguinte vocês poderão semear e colher cereais, plantar parreiras e comer as uvas. 30 As pessoas de Judá que não tiverem morrido vão florescer como plantas que firmam as suas raízes na terra e dão frutas. 31 Pois ficará gente em Jerusalém e no monte Sião porque o Senhor Deus resolveu fazer com que isso aconteça.
32 Isaías continuou:
— Portanto, o Senhor Deus diz o seguinte a respeito do rei da Assíria: “Ele não entrará nesta cidade e não atirará uma só flecha contra ela. Nenhum soldado com escudo chegará perto da cidade, e não serão construídas rampas de ataque ao redor dela. 33 O rei da Assíria vai voltar pelo mesmo caminho por onde veio, sem ter entrado nesta cidade. 34 Eu defenderei e protegerei esta cidade por causa da minha honra e por causa da promessa que fiz ao meu servo Davi. Eu, o Senhor, falei.”
35 Naquela noite o Anjo do Senhor foi até o acampamento dos assírios e matou cento e oitenta e cinco mil soldados. De manhã, os que sobraram viram os corpos dos mortos. 36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, voltou para Nínive e ficou lá. 37 Certo dia, quando ele estava adorando no templo do seu deus Nisroque, os seus filhos Adrameleque e Sarezer o mataram à espada e fugiram para a terra de Ararate. Outro filho seu, chamado Esar-Hadom, ficou no lugar dele como rei.
O rei Ezequias é curado(H)
20 Por esse tempo, o rei Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e disse:
— O Senhor Deus diz: “Ponha as suas coisas em ordem porque você não vai sarar. Apronte-se para morrer.”
2 Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou assim:
3 — Ó Senhor Deus, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse.
E chorou amargamente.
4 Isaías saiu do quarto em que o rei estava, mas, antes que tivesse passado pelo pátio central do palácio, o Senhor Deus lhe disse:
5 — Volte e diga o seguinte a Ezequias, o governador do meu povo: “Eu, o Senhor, o Deus do seu antepassado Davi, escutei a sua oração e vi as suas lágrimas. Eu vou curá-lo, e daqui a três dias você irá até o Templo. 6 Vou deixar que você viva mais quinze anos. Livrarei você e esta cidade de Jerusalém do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa da minha honra e por causa da promessa que fiz ao meu servo Davi.”
7 Então Isaías disse:
— Ponham uma pasta de figos em cima da úlcera do rei, e ele ficará bom.
8 E o rei Ezequias perguntou:
— Qual será o sinal de que o Senhor Deus vai me curar e de que daqui a três dias eu poderei ir até o Templo?
9 Isaías respondeu:
— O Senhor lhe dará um sinal para provar que vai cumprir a sua promessa. O que você prefere: que a sombra da escadaria avance dez degraus ou volte dez degraus?
10 Ezequias respondeu:
— Fazer a sombra avançar dez degraus é fácil! Eu quero é que ela volte dez degraus.
11 Então Isaías orou a Deus, o Senhor, e ele fez a sombra voltar dez degraus na escadaria feita pelo rei Acaz.
Os mensageiros da Babilônia(I)
12 Por esse mesmo tempo, o rei da Babilônia, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, soube que o rei Ezequias havia estado doente. Então lhe mandou uma carta e um presente. 13 Ezequias recebeu bem os mensageiros e lhes mostrou toda a sua riqueza, isto é, a sua prata e o seu ouro, as suas especiarias, os seus perfumes e todas as suas armas. Não houve nada nos seus depósitos ou em qualquer outro lugar que Ezequias não mostrasse. 14 Então o profeta Isaías foi falar com ele e perguntou:
— De onde vieram esses homens, e o que foi que lhe disseram?
Ezequias respondeu:
— Eles vieram de um país que fica muito longe daqui. Vieram da Babilônia.
15 Isaías perguntou:
— O que foi que eles viram no palácio?
O rei respondeu:
— Viram tudo. Não houve nada nos depósitos que eu não lhes mostrasse.
16 Então Isaías disse ao rei:
— O Senhor Deus diz que 17 vai chegar o tempo em que tudo aquilo que está no seu palácio, isto é, tudo o que os seus antepassados ajuntaram até hoje, será levado para a Babilônia. Não ficará nada. 18 Alguns dos seus próprios filhos serão levados como prisioneiros e feitos eunucos para trabalhar no palácio do rei da Babilônia.
19 O rei Ezequias entendeu que isso queria dizer que durante a vida dele haveria paz e segurança. Por isso, disse:
— A mensagem do Senhor que você me deu é boa.
O fim do reinado de Ezequias(J)
20 Todas as outras coisas que o rei Ezequias fez, os seus atos de coragem, e como ele construiu um reservatório e cavou um túnel para levar água para dentro da cidade, tudo isso está escrito na História dos Reis de Judá. 21 Ezequias morreu, e o seu filho Manassés ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Manassés, de Judá(K)
21 Manassés tinha doze anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hefziba. 2 Manassés pecou contra Deus, o Senhor, seguindo os costumes nojentos das nações que o Senhor havia expulsado da terra conforme o povo de Israel avançava. 3 Ele construiu de novo os lugares pagãos de adoração que Ezequias, o seu pai, havia destruído. Construiu altares para a adoração do deus Baal e fez um poste da deusa Aserá, como Acabe, rei de Israel, havia feito. Manassés também adorou as estrelas 4 e construiu altares pagãos no Templo onde, conforme o Senhor Deus tinha dito, ele devia ser adorado. 5 Nos dois pátios do Templo, Manassés construiu altares para a adoração das estrelas. 6 Queimou o seu filho em sacrifício, fazia adivinhações e feitiçarias e consultava adivinhos e médiuns. Pecou muito contra Deus, o Senhor, e fez com que ele ficasse irado. 7 Manassés colocou uma imagem esculpida da deusa Aserá no Templo, o lugar a respeito do qual o Senhor tinha dito o seguinte a Davi e ao seu filho Salomão: “Em todo o território das doze tribos de Israel, escolhi este Templo, aqui em Jerusalém, para ser o lugar onde serei adorado para sempre. 8 E, se o povo de Israel obedecer a todos os meus mandamentos e fizer tudo o que manda a Lei que o meu servo Moisés deu a eles, então eu não deixarei que sejam expulsos da terra que dei aos seus antepassados.” 9 Mas o povo de Judá não obedeceu a Deus, e Manassés os levou a cometer pecados ainda piores do que aqueles cometidos pelas nações que o Senhor Deus havia destruído conforme o seu povo ia avançando.
10 Por meio dos seus servos, os profetas, o Senhor Deus disse:
11 — O rei Manassés, de Judá, tem feito essas coisas nojentas, coisas muito piores do que aquelas que os amorreus fizeram, e com os seus ídolos levou o povo de Judá a pecar. 12 Por isso, eu, o Senhor, o Deus de Israel, vou fazer cair sobre Jerusalém e sobre Judá uma desgraça tão grande, que todos aqueles que ouvirem contar a respeito dela ficarão espantados. 13 Eu castigarei Jerusalém como fiz com a cidade de Samaria e como fiz com o rei Acabe, de Israel, e com os seus descendentes. Deixarei Jerusalém limpa do seu povo, tão limpa como um prato que foi esfregado e virado de boca para baixo. 14 Eu abandonarei as pessoas que não tiverem morrido e as entregarei aos seus inimigos, que as prenderão e que roubarão tudo o que houver na sua terra. 15 Farei isso com o meu povo porque eles têm feito coisas erradas, que não me agradam, e me têm deixado irado desde o tempo em que os antepassados deles saíram do Egito até hoje.
16 Manassés matou tantas pessoas inocentes, que as ruas de Jerusalém ficaram alagadas de sangue. Além disso, ele cometeu o pecado de levar o povo de Judá a adorar ídolos, fazendo o que é errado, o que não agrada a Deus, o Senhor.
17 Todas as outras coisas que Manassés fez e também os pecados que ele cometeu, tudo isso está escrito na História dos Reis de Judá. 18 Manassés morreu e foi sepultado no jardim do palácio, o jardim de Uzá, e o seu filho Amom ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Amom, de Judá(L)
19 Amom tinha vinte e dois anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou dois anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Mesulemete e era filha de Haruz, da cidade de Jotbatá.
20 Como o seu pai Manassés, Amom fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor. 21 Ele imitou as ações do seu pai e adorou e serviu os ídolos que o seu pai havia adorado. 22 Assim Amom abandonou o Senhor, o Deus dos seus antepassados, e foi desobediente a ele.
23 Os oficiais de Amom fizeram uma revolta contra ele e o mataram no palácio. 24 Mas o povo de Judá matou todos os que haviam feito a revolta contra Amom e pôs o seu filho Josias como rei.
25 Todas as outras coisas que Amom fez estão escritas na História dos Reis de Judá. 26 Amom foi sepultado no seu túmulo, no jardim de Uzá, e o seu filho Josias ficou no lugar dele como rei.
O reinado de Josias, de Judá(M)
22 Josias tinha oito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou trinta e um anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Jedida e era filha de Adaías, da cidade de Boscate. 2 Josias fez o que agrada a Deus, o Senhor; ele seguiu o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, e não se desviou nem para um lado nem para o outro.
O Livro da Lei é achado(N)
3 No ano dezoito do seu reinado, Josias mandou que Safã, o escrivão, filho de Azalias e neto de Mesulã, fosse ao Templo. Josias deu a seguinte ordem:
4 — Vá falar com Hilquias, o Grande Sacerdote, e diga a ele que conte o dinheiro que os sacerdotes que tomam conta da entrada do Templo têm recebido do povo. 5 Ele que entregue esse dinheiro aos homens que estão encarregados dos consertos do Templo. Eles devem pagar 6 os carpinteiros, os construtores e os pedreiros e comprar a madeira e as pedras para os consertos. 7 Os homens que estão encarregados dos consertos são honestos em tudo, e por isso não é preciso pedir que eles prestem contas desse dinheiro.
8 Safã deu a ordem do rei a Hilquias, e este lhe contou que havia achado o Livro da Lei no Templo. Hilquias lhe entregou o livro, e ele o leu. 9 Depois Safã voltou e contou ao rei o seguinte:
— Os seus servidores pegaram o dinheiro que estava no Templo e o entregaram aos encarregados dos consertos.
10 E Safã disse também:
— Tenho aqui comigo um livro que Hilquias me entregou.
E leu o livro em voz alta para o rei. 11 Quando ouviu o que o Livro da Lei dizia, o rei rasgou as suas roupas em sinal de tristeza. 12 Então deu a Hilquias, o sacerdote, e a Aicã, filho de Safã, e a Acbor, filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servidor do rei, a seguinte ordem:
13 — Vão consultar a Deus, o Senhor, por mim e por todo o povo de Judá a respeito dos ensinamentos deste livro. Deus está irado conosco porque os nossos antepassados não fizeram o que este livro manda.
14 Hilquias, Aicã, Abdom, Safã e Asaías foram falar com uma profetisa chamada Hulda, que morava no bairro novo de Jerusalém. O marido dela, que se chamava Salum, filho de Ticva e neto de Harás, era o encarregado da rouparia do Templo. Eles contaram a Hulda o que havia acontecido, 15 e ela lhes disse que voltassem e dessem ao rei 16 a seguinte mensagem:
— Eu, o Senhor, o Deus de Israel, vou castigar a cidade de Jerusalém e todo o seu povo, como está escrito no livro que o rei leu. 17 Eles me abandonaram e têm oferecido sacrifícios a outros deuses e assim me fizeram ficar irado por causa de todas as coisas que têm feito. A minha ira se acendeu contra Jerusalém e não vai se apagar. 18 Eu, o Senhor, o Deus de Israel, digo isto a respeito do rei: “Você ouviu o que está escrito no livro, 19 e se arrependeu, e se humilhou diante de mim, rasgando as suas roupas e chorando quando ouviu como ameacei castigar a cidade de Jerusalém e o seu povo. Eu vou fazer com que Jerusalém vire um lugar horrível de se ver, e o nome desta cidade será usado para rogar pragas. Mas eu ouvi a sua oração 20 e por isso só depois da sua morte é que vou castigar Jerusalém. Vou deixar que você morra em paz.”
Então os homens levaram ao rei essa resposta.
A reforma religiosa feita por Josias(O)
23 O rei Josias ordenou que todos os líderes de Judá e de Jerusalém se reunissem com ele, 2 e eles foram todos juntos até o Templo, acompanhados pelos sacerdotes, pelos profetas e por todo o resto do povo, tanto os mais importantes como os mais humildes. Então o rei leu diante deles todo o Livro da Aliança que havia sido achado no Templo. 3 Ele ficou perto da coluna real, em pé, e fez com Deus, o Senhor, uma aliança pela qual eles lhe obedeceriam e guardariam as suas leis e mandamentos com todo o coração e com toda a alma. E também cumpririam tudo o que a aliança mandava fazer, como estava escrito no livro. E todo o povo prometeu cumprir a aliança.
4 Então Josias ordenou a Hilquias, o Grande Sacerdote, aos sacerdotes-ajudantes e aos guardas que estavam de serviço na entrada do Templo que tirassem para fora do Templo todos os objetos usados na adoração do deus Baal, da deusa Aserá e das estrelas. O rei queimou todos esses objetos fora da cidade, perto do vale do Cedrom, e mandou que levassem as cinzas para Betel. 5 Retirou do serviço os sacerdotes pagãos que os reis de Judá haviam nomeado para oferecer sacrifícios sobre os altares dedicados aos ídolos, nas cidades de Judá e nos lugares de perto de Jerusalém. Também retirou todos os sacerdotes que ofereciam sacrifícios ao deus Baal, ao sol, à lua, aos planetas e às estrelas. 6 Ele retirou do Templo o poste da deusa Aserá e o levou para fora da cidade, para o vale do Cedrom. Ali ele o queimou e fez virar cinza, que espalhou no cemitério público. 7 Ele destruiu os quartos do Templo onde ficavam os prostitutos. Era nesse lugar que as mulheres teciam as roupas usadas na adoração da deusa Aserá. 8 O rei Josias levou para Jerusalém os sacerdotes que estavam nas cidades de Judá e, por todo o país, desde Geba até Berseba, ele profanou os altares onde esses sacerdotes haviam oferecido sacrifícios. O rei também derrubou os altares dedicados aos demônios do deserto. Esses altares ficavam perto do portão construído por Josué, o governador da cidade. O portão ficava à esquerda de quem entrava na cidade pelo portão principal. 9 Esses sacerdotes estavam proibidos de oferecer sacrifícios no Templo de Deus, o Senhor, mas podiam comer os pães sem fermento junto com os outros sacerdotes.
10 O rei Josias também profanou Tofete, o lugar pagão de adoração que ficava no vale do Hinom, para que ninguém queimasse o seu filho ou filha como sacrifício ao deus Moloque. 11 Ele também retirou os cavalos que os reis de Judá haviam dedicado à adoração do sol e queimou os carros usados nessa adoração. Esses carros ficavam guardados no pátio do Templo, perto do portão e perto do quarto de Natã-Meleque, um alto funcionário. 12 O rei Josias derrubou os altares que os reis de Judá haviam construído no terraço do palácio, sobre a sala do rei Acaz, e também destruiu os altares construídos pelo rei Manassés nos dois pátios do Templo. Ele os fez em pedaços e jogou no vale do Cedrom. 13 Josias profanou também os altares que o rei Salomão havia construído a leste de Jerusalém, ao sul do monte das Oliveiras, para a adoração de Astarote, a nojenta deusa dos sidônios, para a adoração de Quemos, o nojento deus dos moabitas, e para a adoração de Moloque, o nojento deus dos amonitas. 14 O rei Josias fez em pedaços as colunas do deus Baal, derrubou os postes da deusa Aserá e cobriu de ossos de gente o lugar onde eles haviam estado.
15 Josias também derrubou o lugar de adoração que ficava em Betel e que havia sido construído pelo rei Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito o povo de Israel pecar. Josias derrubou o altar, quebrou as suas pedras em pedaços e as esmigalhou até virarem pó. Ele também queimou o poste da deusa Aserá. 16 Então Josias olhou em redor e viu algumas sepulturas ali no morro; mandou que tirassem delas os ossos e os queimou sobre o altar. Dessa maneira ele profanou o altar, fazendo aquilo que o profeta tinha dito que ia acontecer, isso há muito tempo, quando o rei Jeroboão estava perto do altar, durante uma festa. O rei Josias olhou em redor e viu a sepultura do profeta que havia feito aquela profecia. 17 Então perguntou:
— Que sepultura é esta?
O povo de Betel respondeu:
— É a sepultura do profeta que veio de Judá e profetizou as coisas que o senhor acabou de fazer com este altar.
18 — Deixem a sepultura como está! — ordenou Josias. — Não mexam nos ossos dele.
E assim os ossos daquele profeta ficaram junto com os ossos do profeta que tinha vindo de Samaria.
19 Em todas as cidades de Israel, Josias derrubou todos os lugares pagãos de adoração que haviam sido construídos pelos reis de Israel e que haviam provocado a ira do Senhor. Com todos esses altares ele fez aquilo que havia feito em Betel. 20 E também matou todos os sacerdotes pagãos sobre os altares onde eles haviam oferecido sacrifícios e queimou ossos de gente em todos os altares. Depois voltou para Jerusalém.
A Festa da Páscoa(P)
21 O rei Josias ordenou que todo o povo comemorasse a Festa da Páscoa em honra do Senhor, o Deus deles, conforme estava escrito no Livro da Aliança. 22 Desde a época em que os juízes governavam o país, nunca havia sido feita uma Festa da Páscoa como essa, por nenhum dos reis de Israel ou de Judá. 23 Foi no ano dezoito do reinado de Josias que essa Páscoa foi festejada em Jerusalém, em honra de Deus, o Senhor.
Outras reformas feitas por Josias
24 A fim de cumprir as leis escritas no livro que Hilquias, o Grande Sacerdote, havia achado no Templo, o rei Josias retirou de Jerusalém e do resto de Judá todos os médiuns e adivinhos e todos os deuses do lar, os ídolos e todos os outros objetos de adoração pagã. 25 Não houve antes nenhum rei como ele, que servisse a Deus, o Senhor, com todo o seu coração, mente e força, obedecendo a toda a Lei de Moisés; e depois nunca houve outro rei igual a ele.
26 Mas a ira terrível do Senhor havia sido provocada contra Judá por causa das coisas que o rei Manassés havia feito e essa ira ainda não havia passado. 27 O Senhor disse:
— Eu farei com Judá o mesmo que fiz com Israel: expulsarei da minha presença o povo de Judá e rejeitarei Jerusalém, a cidade que escolhi, e o Templo, o lugar onde eu disse que seria adorado.
O fim do reinado de Josias(Q)
28 Todas as outras coisas que o rei Josias fez estão escritas na História dos Reis de Judá. 29 Durante o reinado de Josias, Faraó Neco, rei do Egito, levou o seu exército até o rio Eufrates para ajudar o rei da Assíria. O rei Josias saiu para lutar contra o rei Neco, em Megido, e foi morto em batalha. 30 Os seus oficiais puseram o corpo dele num carro de guerra e o levaram de volta para Jerusalém, onde foi sepultado no seu túmulo.
O povo de Judá escolheu Joacaz, filho de Josias, e o ungiu como rei em lugar do seu pai.
O reinado de Joacaz, de Judá(R)
31 Joacaz tinha vinte e três anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, da cidade de Libna. 32 Seguindo o exemplo dos seus antepassados, Joacaz fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor. 33 O seu reinado acabou quando o rei Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, e obrigou o povo de Judá a entregar três mil e quatrocentos quilos de prata e trinta e quatro quilos de ouro. 34 Faraó Neco pôs Eliaquim, filho de Josias, como rei de Judá, no lugar de Josias, o seu pai, e mudou o nome dele para Jeoaquim. Joacaz foi levado pelo rei Neco para o Egito e morreu ali.
O reinado de Jeoaquim, de Judá(S)
35 O rei Jeoaquim cobrou do povo um imposto de acordo com as posses deles, a fim de juntar a prata e o ouro necessários para pagar o que o rei do Egito havia exigido.
36 Jeoaquim tinha vinte e cinco anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Zebida e era filha de Pedaías, da cidade de Ruma. 37 Seguindo o exemplo dos seus antepassados, Jeoaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor.
24 Durante o reinado de Jeoaquim, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, invadiu Judá, e durante três anos Jeoaquim foi dominado por ele, mas depois se revoltou.
2 Para destruir Judá, o Senhor Deus fez conforme tinha dito pelos seus servos, os profetas, isto é, ele mandou contra Jeoaquim bandos armados de babilônios, sírios, moabitas e amonitas. 3 Isso aconteceu com Judá por ordem do Senhor para expulsar o povo de Judá da sua presença, por causa de todos os pecados que o rei Manassés havia cometido 4 e principalmente por causa de todas as pessoas inocentes que ele havia matado. O Senhor não quis perdoar Manassés por esse pecado.
5 Tudo o que Jeoaquim fez está escrito na História dos Reis de Judá. 6 Jeoaquim morreu, e o seu filho Joaquim ficou no lugar dele como rei.
7 O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra com o seu exército, pois o rei da Babilônia havia conquistado todas as terras que tinham sido do Egito, desde o rio Eufrates até a fronteira norte do Egito.
O rei Joaquim, de Judá, é levado para a Babilônia(T)
8 Joaquim tinha dezoito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses em Jerusalém. A mãe dele se chamava Neústa e era filha de Elnatã, de Jerusalém. 9 Seguindo o exemplo do seu pai, Joaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor.
10 Foi durante o reinado de Joaquim que o exército da Babilônia, comandado pelos oficiais do rei Nabucodonosor, marchou contra Jerusalém e cercou a cidade. 11 Enquanto a cidade estava cercada, o próprio rei Nabucodonosor foi até lá, 12 e o rei Joaquim, a sua mãe, os seus filhos, os seus oficiais e os funcionários do palácio se entregaram aos babilônios. No oitavo ano do reinado de Nabucodonosor, ele levou Joaquim como prisioneiro. 13 Também levou para a Babilônia todos os tesouros do Templo e do palácio. Conforme o Senhor tinha dito, Nabucodonosor quebrou todos os objetos de ouro que o rei Salomão tinha feito para serem usados no Templo. 14 Nabucodonosor levou como prisioneiros toda a gente de Jerusalém, todos os príncipes e todos os cidadãos mais importantes, dez mil pessoas ao todo. Levou também todos os artesãos, incluindo os ferreiros. Ficaram em Judá somente as pessoas mais pobres.
15 Nabucodonosor levou Joaquim para a Babilônia como prisioneiro, junto com a mãe dele, as suas esposas, os seus oficiais e as pessoas mais importantes de Judá. 16 Nabucodonosor mandou todos os homens importantes para a Babilônia, sete mil ao todo, e mil artesãos, incluindo os ferreiros, todos eles treinados para lutar na guerra.
17 Nabucodonosor colocou Matanias, o tio de Joaquim, como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias.
O reinado de Zedequias, de Judá(U)
18 Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, da cidade de Libna. 19 O rei Zedequias fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o Senhor, como o rei Joaquim havia feito. 20 O Senhor ficou tão irado contra o povo de Jerusalém e de Judá, que os afastou da sua presença.
Os babilônios conquistam Jerusalém(V)
25 Zedequias se revoltou contra o rei Nabucodonosor, da Babilônia. Então Nabucodonosor veio com todo o seu exército e atacou a cidade de Jerusalém no dia dez do décimo mês do ano nove do reinado de Zedequias. Eles acamparam fora da cidade e construíram rampas de ataque ao redor dela. 2 Ficaram cercando a cidade até o ano onze do reinado de Zedequias. 3 No dia nove do quarto mês do mesmo ano, quando a cidade estava apertada pela fome, e não havia comida para o povo, 4 os babilônios conseguiram abrir uma brecha na muralha da cidade. Embora eles estivessem em volta da cidade, todos os soldados israelitas fugiram durante a noite. Eles saíram pelo caminho do jardim do rei, foram pelo portão que ligava as duas muralhas e fugiram na direção do vale do Jordão. 5 Mas o exército dos babilônios perseguiu o rei Zedequias, alcançou-o na planície de Jericó, e todos os seus soldados o abandonaram. 6 Zedequias foi preso e levado para o rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla. Ali Nabucodonosor pronunciou a sua sentença contra Zedequias. 7 Mataram os seus filhos na frente dele. Então Nabucodonosor mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze; depois o levaram para a Babilônia.
A destruição do Templo(W)
8 No dia sete do quinto mês do ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, da Babilônia, Nebuzaradã, conselheiro do rei e comandante-geral do seu exército, entrou em Jerusalém. 9 Ele incendiou o Templo, o palácio do rei e as casas de todas as pessoas importantes de Jerusalém, 10 e os seus soldados derrubaram as muralhas da cidade. 11 Então Nebuzaradã levou para a Babilônia as pessoas que haviam sido deixadas na cidade, o resto dos operários especializados e aqueles que haviam passado para o lado dos babilônios. 12 Mas deixou em Judá algumas das pessoas mais pobres e as pôs para trabalhar nas plantações de uvas e nos campos.
13 Os babilônios quebraram as colunas de bronze e as carretas que estavam no Templo e também o grande tanque de bronze. Então levaram todo o bronze para a Babilônia. 14 Também levaram embora as pás e as vasilhas usadas para carregar as cinzas do altar. Levaram ainda as tesouras de cortar pavios de lamparinas, as vasilhas de queimar incenso e todos os outros objetos de bronze usados no serviço do Templo. 15 Nebuzaradã levou embora tudo o que era feito de ouro ou de prata, incluindo as vasilhas pequenas e os pratos de carregar brasas. 16 Não foi possível calcular o peso dos objetos de bronze que o rei Salomão havia feito para o Templo, isto é, as duas colunas, as carretas e o grande tanque, pois eram pesados demais. 17 As duas colunas eram iguais, e cada uma tinha oito metros de altura, com um remate de bronze no alto, que media um metro e trinta de altura. Em toda a volta do remate havia um enfeite rendilhado e com romãs de bronze.
O povo de Judá é levado para a Babilônia(X)
18 Nebuzaradã, o comandante-geral do exército babilônio, também levou como prisioneiros Seraías, o Grande Sacerdote, e Sofonias, o segundo sacerdote, e os três outros oficiais de importância do Templo. 19 Da cidade ele levou o oficial que tinha sido o comandante das tropas, cinco conselheiros do rei que ainda estavam lá, o oficial encarregado de alistar homens para o exército e mais sessenta homens importantes. 20 Nebuzaradã os levou ao rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla, 21 na terra de Hamate. Ali o rei mandou surrá-los e depois matá-los.
Assim o povo de Judá foi levado como prisioneiro para fora da sua terra.
Gedalias, governador de Judá(Y)
22 O rei Nabucodonosor, da Babilônia, colocou Gedalias, filho de Aicã e neto de Safã, como governador de Judá e o encarregou de todos aqueles que não haviam sido levados para a Babilônia. 23 Os oficiais e os soldados israelitas que não se haviam entregado souberam disso e foram se encontrar com Gedalias em Mispa. Esses oficiais eram: Ismael, filho de Netanias; Joanã, filho de Careá; Seraías, filho de Tanumete, da cidade de Netofa; e Jazanias, de Maacá. 24 Gedalias disse a eles:
— Eu dou a minha palavra que vocês não precisam ter medo dos oficiais babilônios. Fiquem morando nesta terra, trabalhem para o rei da Babilônia, e tudo correrá bem para vocês.
25 Porém, no sétimo mês daquele ano, Ismael, filho de Netanias e neto de Elisama, que era da família do rei, foi até Mispa com dez homens, atacou Gedalias e o matou. Também matou os israelitas e babilônios que estavam ali com ele. 26 Então todos os israelitas, tanto os mais importantes como os mais humildes, junto com os oficiais do exército, saíram e foram para o Egito, pois estavam com medo dos babilônios.
Joaquim é libertado da prisão(Z)
27 No ano em que Evil-Merodaque se tornou rei da Babilônia, ele foi bondoso com o rei Joaquim, de Judá, e o libertou da prisão. Isso aconteceu trinta e sete anos, onze meses e vinte e sete dias depois que Joaquim havia sido levado como prisioneiro. 28 Evil-Merodaque tratou Joaquim com bondade e lhe deu uma posição mais alta do que a dos outros reis que eram prisioneiros com ele na Babilônia. 29 E assim deixaram que Joaquim tirasse as suas roupas de prisioneiro e vestisse as suas próprias roupas e comesse junto com o rei pelo resto da sua vida. 30 E todos os dias, enquanto viveu, recebeu do rei uma pensão para o seu sustento.
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