Bible in 90 Days
11 Abra suas portas, ó Líbano,
para que o fogo devore seus bosques de cedro.
2 Chorem, ciprestes, por todos os cedros caídos;
até os mais majestosos tombaram.
Chorem, carvalhos de Basã,
pois os densos bosques foram derrubados.
3 Ouçam o gemido dos pastores,
pois os pastos verdes foram destruídos.
Ouçam os leões fortes rugirem,
pois as matas no vale do Jordão foram devastadas.
Os bons e os maus pastores
4 Assim diz o Senhor, meu Deus: “Vá e cuide do rebanho destinado para a matança. 5 Os compradores abatem suas ovelhas sem remorso, e os vendedores dizem: ‘Louvado seja o Senhor, pois fiquei rico!’. Nem mesmo os pastores têm compaixão das ovelhas. 6 Da mesma forma, não terei compaixão dos habitantes desta terra”, diz o Senhor. “Eu os entregarei nas mãos uns dos outros e nas mãos de seu rei. Eles devastarão a terra, e eu não os livrarei.”
7 Portanto, cuidei do rebanho destinado para a matança, o rebanho oprimido. Então peguei duas varas de pastor e chamei uma delas de Favor e a outra de União. 8 Num só mês, acabei com seus três pastores.
Contudo, perdi a paciência com as ovelhas, e elas também me odiaram. 9 Então eu lhes disse: “Não serei mais seu pastor. Não me importarei se morrerem ou se forem devoradas. E, aquelas que restarem, comam a carne umas das outras!”.
10 Em seguida, peguei a vara chamada Favor e a quebrei ao meio, para mostrar que havia cancelado a aliança que tinha feito com todas as nações. 11 Assim acabou minha aliança com elas. O rebanho aflito me observava e entendeu que o Senhor falava por meio de minhas ações.
12 Então eu lhes disse: “Se quiserem, paguem meu salário; mas, se não quiserem, não me paguem”. E eles me pagaram trinta moedas de prata.
13 Então o Senhor me disse: “Lance isso ao oleiro”,[a] esse preço fabuloso pelo qual me avaliaram! Peguei as trinta moedas de prata e as lancei ao oleiro no templo do Senhor.
14 Depois, peguei minha outra vara, União, e a quebrei ao meio, para mostrar que a união entre Judá e Israel havia se rompido.
15 Então o Senhor me disse: “Volte e faça agora o papel de pastor inútil, 16 para mostrar como entregarei esta nação a um pastor que não cuidará das ovelhas que estiverem morrendo, nem protegerá as pequenas; não curará as feridas, nem alimentará as saudáveis. Em vez disso, comerá a carne das ovelhas mais gordas e arrancará seus cascos.
17 “Que aflição espera esse pastor inútil,
que abandona o rebanho!
A espada cortará seu braço
e atravessará seu olho direito.
O braço ficará imprestável,
e o olho direito, totalmente cego”.
O livramento futuro de Jerusalém
12 Esta é a mensagem que o Senhor anunciou acerca do destino de Israel: “Mensagem do Senhor, que estendeu os céus, lançou os alicerces da terra e formou o espírito humano. 2 Farei que Jerusalém seja como uma bebida que deixará as nações vizinhas cambaleando quando enviarem seus exércitos para cercar Jerusalém e Judá. 3 Naquele dia, transformarei Jerusalém numa pedra pesada. Todas as nações se reunirão contra ela para tentar movê-la, mas só ferirão a si mesmas.
4 “Naquele dia”, diz o Senhor, “farei que todos os cavalos entrem em pânico e todos os cavaleiros enlouqueçam. Cuidarei do povo de Judá, mas cegarei todos os cavalos de seus inimigos. 5 E as famílias de Judá pensarão: ‘Os habitantes de Jerusalém encontraram força no Senhor dos Exércitos, seu Deus’.
6 “Naquele dia, farei que as famílias de Judá sejam como uma chama que põe fogo num monte de lenha, ou como uma tocha acesa no meio de feixes de cereal. Elas incendiarão todas as nações vizinhas, à direita e à esquerda, enquanto os habitantes de Jerusalém permanecerão em segurança.
7 “O Senhor dará vitória primeiro ao restante de Judá, antes de Jerusalém, para que a honra dos habitantes de Jerusalém e da linhagem real de Davi não seja superior à honra do restante de Judá. 8 Naquele dia, o Senhor defenderá os habitantes de Jerusalém; o mais fraco entre eles será como o rei Davi, e os descendentes do rei serão como Deus, como o anjo do Senhor que vai diante deles. 9 Pois, naquele dia, começarei a destruir todas as nações que atacarem Jerusalém.
10 “Então derramarei um espírito[b] de graça e oração sobre a linhagem de Davi e os habitantes de Jerusalém. Olharão para aquele a quem transpassaram e chorarão por ele como quem chora a morte do filho único; lamentarão amargamente por ele, como quem lamenta a perda do filho mais velho. 11 Naquele dia, o pranto em Jerusalém será como o grande pranto por Hadade-Rimom no vale de Megido.
12 “Todo o Israel chorará, cada família separadamente, os maridos longe das esposas. A família de Davi chorará separadamente, bem como a família de Natã, 13 a família de Levi e a família de Simei. 14 Cada uma das famílias sobreviventes de Judá chorará separadamente, os maridos longe das esposas.”
Uma fonte de purificação
13 “Naquele dia, uma fonte será aberta para a linhagem de Davi e para os habitantes de Jerusalém, uma fonte para purificá-los de todos os seus pecados e impurezas.
2 “Naquele dia”, diz o Senhor dos Exércitos, “eliminarei da terra a idolatria, de modo que até o nome dos ídolos será esquecido. Removerei da terra os falsos profetas e o espírito de impureza. 3 Se alguém continuar a profetizar, seu próprio pai e sua própria mãe lhe dirão: ‘Você deve morrer, pois profetizou mentiras em nome do Senhor’. E, enquanto ele estiver profetizando, seu pai e sua mãe o matarão.
4 “Naquele dia, as pessoas terão vergonha de dizer que têm o dom de profetizar. Ninguém vestirá roupas de profeta para enganar outros. 5 Dirá: ‘Não sou profeta; sou lavrador. Comecei a trabalhar no campo quando era menino’. 6 E se alguém perguntar: ‘Que feridas são essas em seu peito?’,[c] ele responderá: ‘Fui ferido na casa de meus amigos’.”
As ovelhas são dispersadas
7 “Desperte, ó espada, contra meu pastor,
o homem que é meu companheiro”,
diz o Senhor dos Exércitos.
“Fira o pastor,
e as ovelhas serão dispersas,
e eu me voltarei contra os cordeiros.
8 Dois terços dos habitantes da terra
serão feridos e morrerão”, diz o Senhor,
“mas restará um terço na terra.
9 Farei essa terça parte passar pelo fogo
e a purificarei.
Eu a refinarei como se refina a prata
e a purificarei como se purifica o ouro.
Ela invocará meu nome,
e eu lhe responderei.
Direi: ‘Este é meu povo’,
e ela dirá: ‘O Senhor é nosso Deus’.”
O Senhor governará a terra
14 Fiquem atentos, pois se aproxima o dia do Senhor, em que seus bens serão saqueados diante de vocês! 2 Reunirei todas as nações para lutarem contra Jerusalém. A cidade será conquistada, as casas serão saqueadas, e as mulheres, violentadas. Metade da população será levada para o exílio, e o restante será deixado na cidade.
3 Então o Senhor sairá para lutar contra essas nações, como fez no passado. 4 Naquele dia, seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém. O monte se dividirá ao meio, formando um vale muito amplo, de leste a oeste. Metade do monte se deslocará para o norte e metade para o sul. 5 Vocês fugirão pelo vale, pois ele se estenderá até Azal. Sim, vocês fugirão, como fugiram do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então o Senhor, meu Deus, virá com todos os seus santos.[d]
6 Naquele dia, as fontes de luz deixarão de brilhar;[e] 7 ainda assim, sempre será dia! Só o Senhor sabe como isso acontecerá. Não haverá dia nem noite como sempre houve, pois mesmo à noite haverá claridade.
8 Naquele dia, fluirão de Jerusalém águas que dão vida; metade das águas correrá para o mar Morto e metade para o Mediterrâneo.[f] Fluirão continuamente, tanto no verão como no inverno.
9 E o Senhor será rei sobre toda a terra. Naquele dia, haverá um só Senhor, e somente seu nome será adorado.
10 Toda a terra, desde Geba, ao norte de Judá, até Rimom, ao sul de Jerusalém, se tornará uma grande planície. Jerusalém, contudo, ficará em seu lugar elevado e será habitada desde o portão de Benjamim até o local do portão antigo, e dali até o portão da Esquina, e desde a torre de Hananel até as prensas de uvas do rei. 11 Jerusalém, por fim em segurança, ficará cheia de gente e nunca mais será amaldiçoada nem destruída.
12 O Senhor enviará uma praga contra todos os povos que guerrearam contra Jerusalém. Eles se transformarão em cadáveres ambulantes, com a carne em decomposição. Seus olhos apodrecerão nas órbitas, e a língua apodrecerá na boca. 13 Naquele dia, o Senhor os encherá de grande pânico, e eles lutarão uns contra os outros com as próprias mãos. 14 Judá também lutará em Jerusalém. A riqueza de todas as nações vizinhas será recolhida, grandes quantidades de ouro e prata e de roupas. 15 Essa mesma praga cairá sobre cavalos, mulas, camelos, jumentos e todos os outros animais dos acampamentos do inimigo.
16 No final, os inimigos que sobreviverem à praga subirão a Jerusalém a cada ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa das Cabanas. 17 Se alguma nação não quiser ir a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não receberá chuva. 18 Se o povo do Egito não quiser ir à festa, o Senhor o castigará[g] com as mesmas pragas que enviará sobre as outras nações que se recusarem a ir. 19 O Egito e as outras nações serão castigados se não forem celebrar a Festa das Cabanas.
20 Naquele dia, até mesmo os sinos dos cavalos terão gravadas estas palavras: Santo para o Senhor. E as panelas no templo do Senhor serão tão sagradas quanto as bacias usadas junto ao altar. 21 Na verdade, todas as panelas em Jerusalém e em Judá serão santas ao Senhor dos Exércitos. Todos que vierem oferecer sacrifícios poderão usar qualquer uma delas para cozinhá-los. E, naquele dia, não haverá mais comerciantes[h] no templo do Senhor dos Exércitos.
1 Esta é a mensagem que o Senhor anunciou a Israel por meio do profeta Malaquias.[i]
O amor de Deus por Israel
2 “Eu sempre amei vocês”, diz o Senhor.
Mas vocês perguntam: “De que maneira nos amou?”.
E o Senhor responde: “Foi desta maneira: amei seu antepassado Jacó, 3 mas rejeitei o irmão dele, Esaú, e devastei sua região montanhosa. Transformei a propriedade de Esaú num deserto para chacais”.
4 O povo de Edom talvez diga: “Fomos arrasados, mas reconstruiremos as ruínas”.
O Senhor dos Exércitos, porém, declara: “Podem reconstruir, mas eu demolirei tudo outra vez. Seu país ficará conhecido como ‘Terra da Maldade’, e seu povo será chamado de ‘Povo Contra o Qual o Senhor Está Irado Para Sempre’. 5 Quando vocês virem a destruição com os próprios olhos, dirão: ‘A grandeza do Senhor vai muito além das fronteiras de Israel!’”.
Sacrifícios indignos
6 O Senhor dos Exércitos diz aos sacerdotes: “O filho honra seu pai, e o servo respeita seu senhor. Se eu sou seu pai e seu senhor, onde estão a honra e o respeito que mereço? Vocês desprezam meu nome!
“Mas vocês perguntam: ‘De que maneira desprezamos teu nome?’.
7 “Vocês o desprezam oferecendo sacrifícios contaminados sobre meu altar.
“E vocês perguntam: ‘De que maneira contaminamos os sacrifícios?’.[j] “Vocês os contaminam dizendo que a mesa do Senhor não merece respeito. 8 Acaso não é errado sacrificarem animais cegos? Não é errado oferecerem animais aleijados e doentes? Apresentem ofertas como essas a seu governador e vejam se ele ficará satisfeito e se agradará de vocês!”, diz o Senhor dos Exércitos.
9 “Vão em frente, supliquem a Deus para que tenha compaixão de vocês. Mas por que ele atenderia, uma vez que apresentam esse tipo de oferta?”, diz o Senhor dos Exércitos.
10 “Quem dera um de vocês fechasse as portas do templo para que não se acendesse em vão o fogo do meu altar! Não me agrado de vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei suas ofertas. 11 Contudo, meu nome é honrado[k] de manhã até a noite por pessoas de outras nações. Em todo o mundo oferecem[l] incenso e sacrifícios puros em minha honra, pois meu nome é grande entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos.
12 “Mas vocês, com suas ações, desonram meu nome. Ao trazer alimentos desprezíveis, declaram que não há nada de errado em contaminar a mesa do Senhor. 13 Dizem: ‘É difícil demais servir ao Senhor!’ e desprezam minhas ordens”, diz o Senhor dos Exércitos. “Vocês trazem como ofertas animais roubados,[m] aleijados e doentes! Acaso devo aceitar de suas mãos esse tipo de oferta?”, diz o Senhor.
14 “Maldito seja o trapaceiro que promete um carneiro forte de seu rebanho, mas depois sacrifica ao Senhor um animal defeituoso. Pois eu sou o grande Rei”, diz o Senhor dos Exércitos, “e meu nome é temido entre as nações!”
Advertência aos sacerdotes
2 “Ouçam, sacerdotes! Este mandamento é para vocês. 2 Escutem-me e decidam honrar meu nome”, diz o Senhor dos Exércitos, “pois, do contrário, enviarei maldição sobre vocês. Amaldiçoarei até mesmo as bênçãos que receberem. Na verdade, já as amaldiçoei, pois vocês não levaram a sério minha advertência. 3 Castigarei seus descendentes, esfregarei em seu rosto o esterco dos sacrifícios que vocês ofereceram em suas festas sagradas e os lançarei no monte de esterco. 4 Assim, vocês saberão que enviei este mandamento para que minha aliança com os levitas continue”, diz o Senhor dos Exércitos.
5 “O propósito de minha aliança com os levitas era dar vida e paz, e foi o que lhes dei. Para isso, era necessário que me temessem, e eles demonstraram grande temor por mim e reverência por meu nome. 6 Transmitiram ao povo a verdade das leis que receberam de mim. Não mentiram nem enganaram; andaram comigo, vivendo de modo pacífico e justo, e desviaram muitos do pecado.
7 “As palavras do sacerdote devem guardar o conhecimento de Deus, e o povo deve buscar o sacerdote para receber instrução, pois ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos. 8 Mas vocês, sacerdotes, se desviaram dos caminhos de Deus. Suas instruções fizeram muitos caírem em pecado. Vocês quebraram a aliança que fiz com os levitas”, diz o Senhor dos Exércitos. 9 “Por isso fiz que vocês fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, pois não me obedeceram, mas mostraram parcialidade na aplicação de minha lei.”
Chamado à fidelidade
10 Não somos filhos do mesmo Pai? Não fomos todos criados pelo mesmo Deus? Então por que traímos uns aos outros e quebramos a aliança de nossos antepassados?
11 Judá foi infiel, e uma coisa detestável foi feita em Israel e em Jerusalém. Os homens de Judá contaminaram o santuário que o Senhor ama ao se casarem com mulheres que adoram deuses estrangeiros. 12 Que o Senhor elimine das casas de Israel[n] até o último homem que fez isso e que, ainda assim, apresenta uma oferta ao Senhor dos Exércitos.
13 Há outra coisa que vocês fazem. Cobrem de lágrimas o altar do Senhor, choram e gemem porque ele não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. 14 E ainda perguntam: “Por quê?”. Porque o Senhor foi testemunha dos votos que você e sua esposa fizeram quando jovens. Mas você foi infiel, embora ela tenha continuado a ser sua companheira, a esposa à qual você fez seus votos de casamento.
15 Acaso o Senhor não o fez um só com sua esposa? Em corpo e em espírito vocês pertencem a ele.[o] E o que ele quer? Dessa união, quer filhos dedicados a ele. Portanto, guardem seu coração; permaneçam fiéis à esposa de sua mocidade. 16 “Pois eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel. “Divorciar-se de sua esposa é cobri-la de crueldade”,[p] diz o Senhor dos Exércitos. “Portanto, guardem seu coração; não sejam infiéis.”
17 Vocês cansaram o Senhor com suas palavras.
“De que maneira o cansamos?”, vocês perguntam.
Vocês o cansaram dizendo que todos que praticam o mal são bons aos olhos do Senhor e que ele se agrada deles, e também ao perguntar: “Onde está o Deus da justiça?”.
O dia futuro de julgamento
3 “Vejam! Envio meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. Então, de repente, o Senhor a quem vocês buscam virá a seu templo. O mensageiro da aliança, por quem vocês anseiam, certamente virá”, diz o Senhor dos Exércitos.
2 “Mas quem poderá suportar quando ele vier? Quem permanecerá em pé em sua presença quando ele aparecer? Pois ele será como fogo ardente que refina o metal, como sabão forte que branqueia as roupas. 3 Ele se sentará como refinador de prata e queimará toda impureza. Purificará os levitas e os refinará como ouro e prata, para que voltem a oferecer sacrifícios aceitáveis ao Senhor. 4 Então o Senhor se agradará novamente das ofertas do povo de Judá e do povo de Jerusalém, como no passado.
5 “Naquele dia, eu julgarei vocês. Não demorarei para testemunhar contra todos os feiticeiros, adúlteros e mentirosos. Falarei contra aqueles que roubam o salário de seus empregados, que oprimem as viúvas e os órfãos, ou que privam os estrangeiros de seus direitos, pois essas pessoas não me temem”, diz o Senhor dos Exércitos.
Chamado ao arrependimento
6 “Eu sou o Senhor e não mudo. Por isso vocês, descendentes de Jacó, ainda não foram destruídos. 7 Desde os dias de seus antepassados vocês se afastaram de meus decretos e não os seguiram. Agora, voltem-se para mim, e eu me voltarei para vocês”, diz o Senhor dos Exércitos.
“Mas vocês perguntam: ‘De que maneira voltaremos?’.
8 “Acaso alguém pode roubar a Deus? Mas vocês têm me roubado!
“Perguntam: ‘Em que te roubamos?’.
“Vocês me roubaram nos dízimos e nas ofertas. 9 Estão sob maldição, pois a nação inteira tem me roubado. 10 Tragam todos os seus dízimos aos depósitos do templo, para que haja provisão em minha casa. Se o fizerem”, diz o Senhor dos Exércitos, “abrirei as janelas do céu para vocês. Derramarei tantas bênçãos que não haverá espaço para guardá-las! Sim, ponham-me à prova! 11 Suas colheitas serão fartas, pois as protegerei das pragas.[q] Suas uvas não cairão das videiras antes de amadurecerem”, diz o Senhor dos Exércitos. 12 “Então todas as nações os chamarão de abençoados, pois sua terra será cheia de alegria”, diz o Senhor dos Exércitos.
13 “Vocês falaram coisas terríveis contra mim”, diz o Senhor.
“Mas vocês perguntam: ‘O que falamos contra ti?’.
14 “Vocês disseram: ‘De que adianta servir a Deus? Que vantagem temos em obedecer a suas ordens ou chorar por nossos pecados diante do Senhor dos Exércitos? 15 De agora em diante, chamaremos de abençoados os arrogantes. Pois os que praticam maldades enriquecem, e os que provocam a ira de Deus nenhum mal sofrem’.”
O Senhor promete misericórdia
16 Então aqueles que temiam o Senhor falaram uns com os outros, e o Senhor ouviu o que disseram. Na presença dele, foi escrito um livro memorial para registrar os nomes dos que o temiam e que sempre honravam seu nome.
17 “Eles serão meu povo”, diz o Senhor dos Exércitos. “No dia em que eu agir, eles serão meu tesouro especial. Terei compaixão deles como o pai tem compaixão de seu filho obediente. 18 Então vocês verão outra vez a diferença entre o justo e o mau, entre o que serve a Deus e o que não serve.”
O dia do julgamento se aproxima
4 [r]Assim diz o Senhor dos Exércitos: “O dia do julgamento se aproxima e arde como uma fornalha. Naquele dia, serão queimados como palha os arrogantes e os perversos. Serão consumidos, desde as raízes até os ramos.
2 “Mas, para vocês que temem meu nome, o sol da justiça se levantará, trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão de alegria, como bezerros soltos no pasto. 3 No dia em que eu agir, vocês pisarão sobre os perversos como se eles fossem pó sob os seus pés”, diz o Senhor dos Exércitos.
4 “Lembrem-se de obedecer à lei de Moisés, meu servo, a todos os decretos e estatutos que dei a todo o Israel no monte Sinai.[s]
5 “Vejam, eu lhes envio o profeta Elias antes da vinda do grande e terrível dia do Senhor. 6 Ele fará que o coração dos pais volte para seus filhos e o coração dos filhos volte para seus pais. Do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.”
Os antepassados de Jesus Cristo
1 Este é o registro dos antepassados de Jesus Cristo,[t] descendente de Davi e de Abraão:[u]
2 Abraão gerou Isaque.
Isaque gerou Jacó.
Jacó gerou Judá e seus irmãos.
3 Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar.
Perez gerou Esrom.
Esrom gerou Rão.[v]
4 Rão gerou Aminadabe.
Aminadabe gerou Naassom.
Naassom gerou Salmom.
5 Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe.
Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute.
Obede gerou Jessé.
6 Jessé gerou o rei Davi.
Davi gerou Salomão, cuja mãe foi Bate-Seba, viúva de Urias.
7 Salomão gerou Roboão.
Roboão gerou Abias.
Abias gerou Asa.[w]
8 Asa gerou Josafá.
Josafá gerou Jeorão.[x]
Jeorão gerou Uzias.
9 Uzias gerou Jotão.
Jotão gerou Acaz.
Acaz gerou Ezequias.
10 Ezequias gerou Manassés.
Manassés gerou Amom.[y]
Amom gerou Josias.
11 Josias gerou Joaquim[z] e seus irmãos, nascidos no tempo do exílio na Babilônia.
12 Depois do exílio na Babilônia:
Joaquim gerou Salatiel.
Salatiel gerou Zorobabel.
13 Zorobabel gerou Abiúde.
Abiúde gerou Eliaquim.
Eliaquim gerou Azor.
14 Azor gerou Sadoque.
Sadoque gerou Aquim.
Aquim gerou Eliúde.
15 Eliúde gerou Eleazar.
Eleazar gerou Matã.
Matã gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, marido de Maria.
Maria deu à luz Jesus, que é chamado Cristo.
17 Portanto, são catorze gerações de Abraão até Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia e catorze do exílio na Babilônia até Cristo.
O nascimento de Jesus Cristo
18 Foi assim que nasceu Jesus Cristo. Maria, sua mãe, estava prometida para se casar com José. Antes do casamento, porém, ela engravidou pelo poder do Espírito Santo. 19 José, seu noivo, era um homem justo e resolveu romper a união em segredo, pois não queria envergonhá-la com uma separação pública.
20 Enquanto ele pensava nisso, um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, pois a criança dentro dela foi concebida pelo Espírito Santo. 21 Ela terá um filho, e você lhe dará o nome de Jesus,[aa] pois ele salvará seu povo dos seus pecados”.
22 Tudo isso aconteceu para cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta:
23 “Vejam! A virgem ficará grávida!
Ela dará à luz um filho,
e o chamarão Emanuel,[ab]
que significa ‘Deus conosco’”.
24 Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor lhe havia ordenado e recebeu Maria como esposa. 25 No entanto, não teve relações com ela até o menino nascer; e ele lhe deu o nome de Jesus.
Visitantes do Oriente
2 Jesus nasceu em Belém, na Judeia, durante o reinado de Herodes. Por esse tempo, alguns sábios[ac] das terras do Oriente chegaram a Jerusalém 2 e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
3 Ao ouvir isso, o rei Herodes ficou perturbado, e com ele todo o povo de Jerusalém. 4 Reuniu os principais sacerdotes e os mestres da lei e lhes perguntou: “Onde nascerá o Cristo?”.
5 Eles responderam: “Em Belém da Judeia, pois assim escreveu o profeta:
6 ‘E você, Belém, na terra de Judá,
não é a menor entre as principais cidades[ad] de Judá,
pois de você virá um governante
que será o pastor do meu povo, Israel’”.[ae]
7 Então Herodes convocou os sábios em segredo e soube por eles o momento em que a estrela tinha aparecido. 8 “Vão a Belém e procurem o menino com atenção”, disse ele. “Quando o encontrarem, voltem e digam-me, para que eu vá e também o adore.”
9 Após a conversa com o rei, os sábios seguiram seu caminho, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente. Ela ia adiante deles, até que parou acima do lugar onde o menino estava. 10 Quando viram a estrela, ficaram muito alegres. 11 Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e se prostraram e o adoraram. Então abriram seus tesouros e o presentearam com ouro, incenso e mirra.
12 Quando chegou a hora de partir, retornaram para sua terra por outro caminho, pois haviam sido avisados em sonho para não voltar a Herodes.
A fuga para o Egito
13 Depois que os sábios partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho. “Levante-se”, disse o anjo. “Fuja para o Egito com o menino e sua mãe. Fique lá até eu lhe dizer que volte, pois Herodes vai procurar o menino a fim de matá-lo.”
14 Naquela mesma noite, José se levantou e partiu com o menino e Maria, sua mãe, para o Egito, 15 onde ficaram até a morte de Herodes. Cumpriu-se, assim, o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: “Do Egito chamei meu filho”.[af]
16 Quando Herodes se deu conta de que os sábios o haviam enganado, ficou furioso. Enviou soldados para matar todos os meninos de dois anos para baixo em Belém e seus arredores, tomando por base o relato dos sábios acerca da primeira aparição da estrela. 17 Com isso, cumpriu-se o que foi dito por meio do profeta Jeremias:
18 “Ouviu-se um clamor em Ramá,
choro e grande lamentação.
Raquel chora por seus filhos
e se recusa a ser consolada,
pois eles já não existem”.[ag]
A volta para Israel
19 Quando Herodes morreu, um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito. 20 “Levante-se”, disse o anjo. “Leve o menino e a mãe de volta para a terra de Israel, pois já morreram os que tentavam matar o menino.”
21 Então José se levantou e se preparou para voltar à terra de Israel com o menino e sua mãe. 22 Soube, porém, que o novo governador da Judeia era Arquelau, filho de Herodes, e teve medo de ir para lá. Depois de ser avisado em sonho, partiu para a região da Galileia. 23 A família foi morar numa cidade chamada Nazaré, cumprindo-se, desse modo, o que os profetas haviam dito, que Jesus seria chamado nazareno.
João Batista prepara o caminho
3 Naqueles dias, João Batista apareceu no deserto da Judeia e começou a anunciar a seguinte mensagem: 2 “Arrependam-se, pois o reino dos céus está próximo”.[ah] 3 O profeta Isaías se referia a João quando disse:
“Ele é uma voz que clama no deserto:
‘Preparem o caminho para a vinda do Senhor![ai]
Abram a estrada para ele!’”.[aj]
4 As roupas de João eram tecidas com pelos de camelo, e ele usava um cinto de couro e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 5 Gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de todo o vale do Jordão ia até ele. 6 Quando confessavam seus pecados, ele os batizava no rio Jordão.
7 Mas, quando João viu que muitos fariseus e saduceus vinham ao lugar de batismo, ele os repreendeu abertamente. “Raça de víboras!”, exclamou. “Quem os convenceu a fugir da ira que está por vir? 8 Provem por suas ações que vocês se arrependeram. 9 Não pensem que podem dizer uns aos outros: ‘Estamos a salvo, pois somos filhos de Abraão’. Isso não significa nada, pois eu lhes digo que até destas pedras Deus pode fazer surgir filhos de Abraão. 10 Agora mesmo o machado do julgamento está pronto para cortar as raízes das árvores. Toda árvore que não produz bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
11 “Eu batizo com[ak] água aqueles que se arrependem. Depois de mim, porém, virá alguém mais poderoso que eu, alguém muito superior, cujas sandálias não sou digno de carregar. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.[al] 12 Ele já tem na mão a pá, e com ela separará a palha do trigo e limpará a área onde os cereais são debulhados. Juntará o trigo no celeiro, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga.”
O batismo de Jesus
13 Jesus foi da Galileia ao rio Jordão para que João o batizasse. 14 João, porém, tentou impedi-lo. “Eu é que preciso ser batizado pelo senhor”, disse ele. “Então por que vem a mim?”
15 Jesus respondeu: “É necessário que seja assim, pois devemos fazer tudo que Deus requer”.[am] E João concordou em batizá-lo.
16 Depois do batismo, enquanto Jesus saía da água, o céu se abriu,[an] e ele viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre ele. 17 E uma voz do céu disse: “Este é meu Filho amado, que me dá grande alegria”.
A tentação de Jesus
4 Em seguida, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. 2 Depois de passar quarenta dias e quarenta noites sem comer, teve fome.
3 O tentador veio e lhe disse: “Se você é o Filho de Deus, ordene que estas pedras se transformem em pães”.
4 Jesus, porém, respondeu: “As Escrituras dizem:
‘Uma pessoa não vive só de pão,
mas de toda palavra que vem da boca de Deus’”.[ao]
5 Então o diabo o levou à cidade santa, até o ponto mais alto do templo, 6 e disse: “Se você é o Filho de Deus, salte daqui. Pois as Escrituras dizem:
‘Ele ordenará a seus anjos que o protejam.
Eles o sustentarão com as mãos,
para que não machuque o pé em alguma pedra’”.[ap]
7 Jesus respondeu: “As Escrituras também dizem:
‘Não ponha à prova o Senhor, seu Deus’”.[aq]
8 Em seguida, o diabo o levou até um monte muito alto e lhe mostrou todos os reinos do mundo e sua glória. 9 “Eu lhe darei tudo isto”, declarou. “Basta ajoelhar-se e adorar-me.”
10 “Saia daqui, Satanás!”, disse Jesus. “Pois as Escrituras dizem:
‘Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele’.”[ar]
11 Então o diabo foi embora, e anjos vieram e serviram Jesus.
O início do ministério de Jesus
12 Quando Jesus soube que João havia sido preso, voltou à Galileia. 13 Saindo de Nazaré, mudou-se para Cafarnaum, junto ao mar da Galileia,[as] na região de Zebulom e Naftali. 14 Cumpriu-se, desse modo, o que foi dito por meio do profeta Isaías:
15 “Na terra de Zebulom e Naftali,
junto ao mar, além do rio Jordão,
na Galileia, onde vivem tantos gentios,
16 o povo que vivia na escuridão
viu uma grande luz,
e sobre os que viviam na terra
onde a morte lança sua sombra,
uma luz brilhou”.[at]
17 A partir de então, Jesus começou a anunciar sua mensagem: “Arrependam-se, pois o reino dos céus está próximo”.[au]
Os primeiros discípulos
18 Enquanto andava à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e André. Jogavam redes ao mar, pois viviam da pesca. 19 Jesus lhes disse: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de gente”. 20 No mesmo instante, deixaram suas redes e o seguiram.
21 Pouco adiante, Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, consertando redes num barco com o pai, Zebedeu. Jesus os chamou, 22 e eles também o seguiram de imediato, deixando para trás o barco e o pai.
Multidões seguem Jesus
23 Jesus viajou por toda a região da Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando as boas-novas do reino e curando as pessoas de todo tipo de doenças. 24 As notícias a seu respeito se espalharam até a Síria, e logo o povo começou a lhe trazer todos que estavam enfermos. Qualquer que fosse a enfermidade ou dor, quer estivessem possuídos por demônio, quer sofressem de convulsões, quer fossem paralíticos, Jesus os curava. 25 Grandes multidões o seguiam, gente da Galileia, das Dez Cidades,[av] de Jerusalém, de toda a Judeia e da região a leste do rio Jordão.
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