Print Page Options
Previous Prev Day Next DayNext

Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
2 Reis 15:27-25:30

Peca reina em Israel

27 Peca, filho de Remalias, começou a reinar em Israel no quinquagésimo segundo ano do reinado de Uzias, rei de Judá. Reinou em Samaria por vinte anos. 28 Fez o que era mau aos olhos do Senhor. Não se afastou dos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia levado Israel a cometer.

29 Durante o reinado de Peca, Tiglate-Pileser, rei da Assíria, atacou Israel novamente e conquistou as cidades de Ijom, Abel-Bete-Maaca, Janoa, Quedes e Hazor. Também conquistou as regiões de Gileade e da Galileia, e todo o território de Naftali, e levou os habitantes cativos para a Assíria. 30 Então Oseias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, e o assassinou. Começou a reinar em Israel no vigésimo ano do reinado de Jotão, filho de Uzias.

31 Os demais acontecimentos do reinado de Peca e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Israel.

Jotão reina em Judá

32 Jotão, filho de Uzias, começou a reinar em Judá no segundo ano do reinado de Peca, filho de Remalias, rei de Israel. 33 Tinha 25 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por dezesseis anos. Sua mãe se chamava Jerusa e era filha de Zadoque.

34 Jotão fez o que era certo aos olhos do Senhor, como seu pai, Uzias. 35 Contudo, não destruiu os santuários idólatras, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso nesse lugares. Jotão reconstruiu a porta superior do templo do Senhor.

36 Os demais acontecimentos do reinado de Jotão e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. 37 Naqueles dias, o Senhor começou a instigar Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, a atacarem Judá. 38 Quando Jotão morreu, foi sepultado com seus antepassados na Cidade de Davi. Seu filho Acaz foi seu sucessor.

Acaz reina em Judá

16 Acaz, filho de Jotão, começou a reinar em Judá no décimo sétimo ano do reinado de Peca, filho de Remalias. Tinha 20 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por dezesseis anos. Ao contrário de seu antepassado Davi, não fez o que era certo aos olhos do Senhor, seu Deus. Em vez disso, seguiu o exemplo dos reis de Israel e até sacrificou seu filho no fogo. Desse modo, seguiu as práticas detestáveis das nações que o Senhor havia expulsado da terra diante dos israelitas. Ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos santuários idólatras, nos montes e debaixo de toda árvore verdejante.

Então Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram para atacar Jerusalém. Cercaram Acaz, mas não conseguiram derrotá-lo. Nessa época, o rei de Edom[a] recuperou a cidade de Elate para os edomitas.[b] Expulsou o povo de Judá e colocou edomitas[c] para morarem ali, onde estão até hoje.

O rei Acaz enviou mensageiros para dizer a Tiglate-Pileser, rei da Assíria: “Sou seu servo e seu súdito.[d] Venha salvar-me dos exércitos da Síria e de Israel que estão me atacando”. Então Acaz pegou a prata e o ouro do templo do Senhor e dos tesouros do palácio e os enviou como pagamento para o rei da Assíria. O rei da Assíria atendeu ao pedido e atacou Damasco, a capital da Síria, e deportou seus habitantes para Quir. Também matou Rezim, rei da Síria.

10 Então o rei Acaz foi a Damasco para encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria. Enquanto estava lá, viu o altar da cidade e enviou ao sacerdote Urias um modelo e um desenho detalhado do altar. 11 O sacerdote Urias seguiu as instruções do rei e construiu um altar exatamente igual, que ficou pronto antes de o rei voltar de Damasco. 12 Quando o rei voltou, viu o altar e ofereceu sacrifícios sobre ele. 13 Apresentou um holocausto, uma oferta de cereal e uma oferta derramada e aspergiu o altar com o sangue de uma oferta de paz.

14 O rei Acaz removeu o antigo altar de bronze de seu lugar, na frente do templo do Senhor, entre o novo altar e a entrada, e o colocou do lado norte do novo altar. 15 Disse ao sacerdote Urias: “Use o novo altar[e] para o holocausto da manhã, para a oferta de cereal da tarde, para o holocausto e a oferta de cereal do rei, e para o holocausto, a oferta de cereal e a oferta derramada de todo o povo. Com o sangue de todos os holocaustos e sacrifícios, faça aspersão sobre o novo altar. O altar de bronze será apenas para meu uso pessoal”. 16 Urias fez como o rei Acaz ordenou.

17 Depois, o rei Acaz tirou os painéis e as bacias das dez bases móveis usadas para levar água. Também removeu o grande tanque de bronze chamado Mar de cima dos touros e o colocou sobre o pavimento de pedra. 18 Por causa do rei da Assíria, removeu a cobertura construída dentro do templo para ser usada aos sábados,[f] bem como a entrada externa do rei para o templo do Senhor.

19 Os demais acontecimentos do reinado de Acaz e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. 20 Quando Acaz morreu, foi sepultado com seus antepassados na Cidade de Davi. Seu filho Ezequias foi seu sucessor.

Oseias reina em Israel

17 Oseias, filho de Elá, começou a reinar em Israel no décimo segundo ano do reinado de Acaz, rei de Judá. Reinou em Samaria por nove anos. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, mas não tanto quanto os reis que governaram Israel antes dele.

Salmaneser, rei da Assíria, atacou o rei Oseias e o obrigou a lhe pagar tributos. Oseias, porém, conspirou contra o rei da Assíria. Deixou de pagar o tributo anual e pediu ajuda a Sô, rei do Egito.[g] Quando o rei da Assíria descobriu a traição de Oseias, mandou colocá-lo na prisão.

Os assírios conquistam Samaria

O rei da Assíria ocupou todo o território de Israel e, durante três anos, cercou a cidade de Samaria. Por fim, no nono ano do reinado de Oseias, o rei assírio conquistou Samaria e exilou os israelitas na Assíria. Criou assentamentos para eles em Hala, ao longo das margens do rio Habor, em Gozã, e nas cidades da Média.

Isso aconteceu porque os israelitas adoraram outros deuses. Pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os havia tirado da terra do Egito e os livrado do poder do faraó, o rei do Egito. Seguiram as práticas das nações que o Senhor tinha expulsado de diante deles, bem como as práticas introduzidas pelos reis de Israel. Os israelitas também fizeram, em segredo, muitas coisas que não eram corretas diante do Senhor, seu Deus. Construíram santuários idólatras em todas as cidades, desde o menor posto de vigilância até a maior cidade murada. 10 Ergueram colunas sagradas e postes de Aserá no alto de todo monte e debaixo de toda árvore verdejante. 11 Queimaram incenso no topo dos montes, como faziam as nações que o Senhor havia expulsado de diante deles. Os israelitas praticaram muitos atos perversos que provocaram a ira do Senhor. 12 Adoraram ídolos,[h] apesar das advertências claras do Senhor contra isso.

13 Repetidamente, o Senhor enviou profetas e videntes para advertirem Israel e Judá, com esta mensagem: “Afastem-se de seus maus caminhos. Obedeçam a meus mandamentos e decretos, a toda a lei que ordenei a seus antepassados e que lhes entreguei por meio de meus servos, os profetas”.

14 Mas os israelitas se recusaram a ouvir. Foram tão teimosos quanto seus antepassados que não quiseram crer no Senhor, seu Deus. 15 Rejeitaram seus decretos e a aliança que ele havia feito com seus antepassados e desprezaram todas as suas advertências. Adoraram ídolos inúteis, de modo que eles próprios se tornaram inúteis. Seguiram o exemplo das nações ao redor e desobedeceram à ordem do Senhor para que não as imitassem.

16 Rejeitaram todos os mandamentos do Senhor, seu Deus, e fizeram dois bezerros de metal. Ergueram um poste de Aserá e adoraram Baal e todos os astros do céu. 17 Chegaram a sacrificar os próprios filhos e filhas no fogo. Consultaram adivinhos, praticaram feitiçaria, venderam-se para fazer o que é mau aos olhos do Senhor e provocaram sua ira.

18 O Senhor se indignou muito com Israel e o expulsou de sua presença. Com isso, restou somente a tribo de Judá. 19 Mesmo o povo de Judá, porém, não obedeceu aos mandamentos do Senhor, seu Deus, pois seguiu as práticas perversas introduzidas por Israel. 20 O Senhor rejeitou todos os descendentes de Israel. Como castigo, entregou-os a seus inimigos, até que expulsou Israel de sua presença.

21 Pois quando o Senhor[i] arrancou Israel do reino de Davi, os israelitas escolheram Jeroboão, filho de Nebate, como rei. Mas Jeroboão afastou Israel do Senhor e os levou a cometer grande pecado. 22 E os israelitas continuaram a seguir todos os caminhos maus de Jeroboão. Não se afastaram desses pecados, 23 até que, por fim, o Senhor os expulsou de sua presença, como todos os seus profetas haviam advertido. Assim, Israel foi deportado de sua terra para a Assíria, onde permanece até hoje.

Estrangeiros se estabelecem em Israel

24 O rei da Assíria trouxe povos da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os estabeleceu nas cidades de Samaria, em lugar dos israelitas. Eles tomaram posse de Samaria e habitaram em suas cidades. 25 Assim que chegaram, esses estrangeiros não adoravam o Senhor, de modo que o Senhor mandou leões, que mataram alguns deles.

26 Por isso, enviaram uma mensagem ao rei da Assíria: “O povo que o senhor deportou para as cidades de Samaria não conhece os costumes do deus da terra. Ele mandou leões para destruí-los, porque não conhecem suas exigências”.

27 Então o rei da Assíria deu esta ordem: “Enviem um dos sacerdotes exilados de volta a Samaria. Ele viverá ali e ensinará aos novos habitantes os costumes do deus da terra”. 28 Um dos sacerdotes exilados de Samaria voltou a Betel e ensinava os novos habitantes a adorarem corretamente o Senhor.

29 Contudo, cada um desses povos estrangeiros continuou a fazer seus deuses e adorá-los. Em todas as cidades onde habitavam, colocaram seus ídolos nos santuários idólatras que o povo de Samaria havia construído. 30 Os da Babilônia adoravam as imagens do deus Sucote-Benote. Os de Cuta adoravam o deus Nergal. Os de Hamate adoravam o deus Asima. 31 Os aveus adoravam os deuses Nibaz e Tartaque. E o povo de Sefarvaim até queimava os próprios filhos como sacrifício aos deuses Adrameleque e Anameleque.

32 Esses novos habitantes adoravam o Senhor, mas também nomeavam qualquer pessoa como sacerdote para oferecer sacrifícios nos lugares de culto. 33 E, embora adorassem o Senhor, continuavam a seguir seus próprios deuses, de acordo com os costumes de suas nações de origem. 34 Até hoje, continuam com suas antigas práticas em vez de adorar verdadeiramente o Senhor e obedecer aos decretos, estatutos, leis e mandamentos que o Senhor deu aos descendentes de Jacó, cujo nome ele mudou para Israel.

35 Pois o Senhor havia feito uma aliança com eles e ordenado: “Não adorem outros deuses, nem se prostrem diante deles, não os sirvam, nem lhes ofereçam sacrifícios. 36 Adorem somente o Senhor, que os tirou do Egito com grande força e com braço poderoso. Curvem-se somente diante dele e ofereçam sacrifícios a ele somente. 37 Tomem sempre o cuidado de obedecer aos decretos, estatutos, leis e mandamentos que ele lhes prescreveu. Não adorem outros deuses. 38 Não se esqueçam da aliança que fiz com vocês e não adorem outros deuses. 39 Adorem somente o Senhor, seu Deus. Ele os livrará de todos os seus inimigos”.

40 Mas o povo se recusou a ouvir e continuou com suas antigas práticas. 41 Assim, embora os novos habitantes adorassem o Senhor, também adoravam seus ídolos. E até hoje seus descendentes fazem a mesma coisa.

Ezequias reina em Judá

18 Ezequias, filho de Acaz, começou a reinar em Judá no terceiro ano do reinado de Oseias, filho de Elá, rei de Israel. Tinha 25 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por 29 anos. Sua mãe se chamava Abi e era filha de Zacarias. Ezequias fez o que era certo aos olhos do Senhor, como seu antepassado Davi. Removeu os santuários idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes de Aserá. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois os israelitas queimavam incenso para ela. A serpente de bronze se chamava Neustã.[j]

Ezequias confiava no Senhor, o Deus de Israel. Não houve ninguém como ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois. Ezequias se apegou ao Senhor, não se afastou dele e teve o cuidado de obedecer a todos os mandamentos que o Senhor tinha ordenado por meio de Moisés. Assim, o Senhor estava com Ezequias, e ele era bem-sucedido em tudo que fazia. Rebelou-se contra o rei da Assíria e não lhe pagou tributo. Derrotou os filisteus até Gaza e seu território, desde o menor posto de vigilância até a maior cidade fortificada.

No quarto ano do reinado de Ezequias, o sétimo ano do reinado de Oseias, filho de Elá, rei de Israel, Salmaneser, rei da Assíria, atacou a cidade de Samaria e a cercou. 10 Três anos depois, no sexto ano do reinado de Ezequias e no nono ano do reinado de Oseias, rei de Israel, Samaria foi conquistada. 11 O rei assírio deportou os israelitas para a Assíria e os colocou em assentamentos em Hala, ao longo das margens do rio Habor, em Gozã, e nas cidades da Média. 12 Isso aconteceu porque eles não ouviram nem obedeceram ao Senhor, seu Deus. Em vez disso, violaram sua aliança, todas as leis às quais Moisés, servo do Senhor, havia ordenado que obedecessem.

A Assíria invade Judá

13 No décimo quarto ano do reinado de Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou as cidades fortificadas de Judá e as conquistou. 14 Ezequias, rei de Judá, enviou esta mensagem ao rei da Assíria, em Laquis: “Cometi um erro. Se você se retirar, eu lhe pagarei qualquer tributo que exigir”. O rei da Assíria exigiu 10.500 quilos de prata e 1.050 quilos de ouro.[k] 15 Para juntar essa quantia, Ezequias usou toda a prata guardada no templo do Senhor e nos tesouros do palácio. 16 Arrancou até o ouro das portas e dos batentes do templo do Senhor que ele havia coberto com ouro e entregou tudo ao rei da Assíria.

Senaqueribe ameaça Jerusalém

17 Apesar disso, o rei da Assíria enviou, de Laquis, seu comandante em chefe, seu comandante de campo e seu porta-voz,[l] juntamente com um grande exército, para confrontarem o rei Ezequias em Jerusalém. Os assírios se posicionaram ao lado do aqueduto que abastece o tanque superior, perto do caminho para o campo onde se lava[m] roupa. 18 Mandaram chamar o rei Ezequias, mas ele enviou os seguintes oficiais ao encontro deles: Eliaquim, filho de Hilquias, o administrador do palácio; Sebna, o secretário da corte; e Joá, filho de Asafe, o historiador do reino.

19 O porta-voz do rei assírio mandou que transmitissem esta mensagem a Ezequias:

“Assim diz o grande rei da Assíria: Em que você confia, que lhe dá tanta segurança? 20 Pensa que meras palavras podem substituir experiência e força militar? Com quem você conta para se rebelar contra mim? 21 Com o Egito? Se você se apoiar no Egito, ele será como um junco que se quebra sob seu peso e perfura sua mão. O faraó, rei do Egito, não é digno de nenhuma confiança!

22 “Talvez vocês digam: ‘Confiamos no Senhor, nosso Deus!’. Mas não foi a ele que Ezequias insultou? Ezequias não destruiu os santuários e altares dele e obrigou todos em Judá e Jerusalém a adorarem somente no altar em Jerusalém?

23 “Vou lhes dizer uma coisa: Façam um acordo com meu senhor, o rei da Assíria. Eu lhes darei dois mil cavalos se forem capazes de encontrar homens em número suficiente para montá-los! 24 Com seu exército minúsculo, como podem pensar em desafiar até o contingente mais fraco do exército de meu senhor, mesmo com a ajuda dos carros de guerra e dos cavaleiros do Egito? 25 Além disso, imaginam que invadimos sua terra sem a direção do Senhor? Foi o próprio Senhor que nos disse: ‘Ataquem essa terra e destruam-na!’”.

26 Então Eliaquim, filho de Hilquias, Sebna e Joá disseram ao porta-voz: “Por favor, fale conosco em aramaico, pois entendemos bem essa língua. Não fale em hebraico,[n] pois o povo sobre o muro o ouvirá”.

27 O porta-voz, no entanto, respondeu: “Vocês pensam que meu senhor enviou essa mensagem apenas para vocês e para seu senhor? Ele quer que todo o povo a ouça, pois, quando cercarmos esta cidade, eles sofrerão junto com vocês. Ficarão tão famintos e sedentos que comerão as próprias fezes e beberão a própria urina!”.

28 Então o porta-voz se levantou e gritou em hebraico: “Ouçam esta mensagem do grande rei da Assíria! 29 Assim diz o rei: Não deixem que Ezequias os engane. Ele jamais será capaz de livrá-los de meu poder. 30 Não deixem que ele os convença a confiar no Senhor, dizendo: ‘Certamente o Senhor nos livrará; esta cidade jamais cairá nas mãos do rei da Assíria!’.

31 “Não deem ouvidos a Ezequias! Estas são as condições que o rei da Assíria oferece: Façam as pazes comigo, abram as portas e saiam. Então, cada um de vocês continuará a comer de sua própria videira e de sua própria figueira e a beber de seu próprio poço. 32 Depois, providenciarei que sejam levados a outra terra como esta, uma terra com cereais e vinho novo, com pão e vinhedos, com olivais e mel. Escolham a vida, e não a morte!

“Não deem ouvidos a Ezequias quando ele tentar enganá-los, dizendo: ‘O Senhor nos livrará!’. 33 Acaso os deuses de alguma outra nação livraram seu povo do rei da Assíria? 34 O que aconteceu aos deuses de Hamate e de Arpade? E quanto aos deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? Acaso algum deus livrou Samaria de meu poder? 35 Qual dos deuses de qualquer nação foi capaz de livrar seu povo de meu poder? O que os faz pensar que o Senhor pode livrar Jerusalém de minhas mãos?”.

36 Mas o povo permaneceu em silêncio e não disse uma palavra sequer, pois Ezequias havia ordenado: “Não lhe respondam”.

37 Então Eliaquim, filho de Hilquias, administrador do palácio, Sebna, secretário da corte, e Joá, filho de Asafe, historiador do reino, voltaram a Ezequias. Rasgaram suas roupas e foram contar ao rei o que o porta-voz tinha dito.

Ezequias busca a ajuda do Senhor

19 Quando o rei Ezequias ouviu esse relato, rasgou as roupas, vestiu-se com panos de saco e entrou no templo do Senhor. Enviou Eliaquim, o administrador do palácio, Sebna, o secretário da corte, e os principais sacerdotes, todos vestidos com panos de saco, ao profeta Isaías, filho de Amoz. Eles lhe disseram: “Assim diz o rei Ezequias: ‘Hoje é um dia de angústia, insulto e humilhação. É como quando a criança está prestes a nascer, mas a mãe não tem forças para dar à luz. Contudo, talvez o Senhor, seu Deus, tenha ouvido o porta-voz[o] que o rei da Assíria enviou para desafiar o Deus vivo e o castigue por suas palavras. Por favor, ore por nós que restamos!’”.

Depois que os oficiais do rei Ezequias transmitiram a mensagem ao profeta Isaías, ele respondeu: “Digam ao rei que assim diz o Senhor: ‘Não se assuste com os insultos que os mensageiros do rei da Assíria lançaram contra mim. Ouça! Eu mesmo agirei contra o rei da Assíria,[p] e ele receberá notícias que o farão voltar para sua terra. Ali eu providenciarei que ele seja morto à espada’”.

Enquanto isso, o porta-voz partiu de Jerusalém e foi consultar o rei da Assíria, pois tinha sido informado de que o rei havia deixado Laquis e estava atacando Libna.

Logo depois, o rei Senaqueribe recebeu a notícia de que Tiraca, rei da Etiópia,[q] havia saído com seu exército para lutar contra ele. Então enviou seus homens de volta a Ezequias em Jerusalém com a seguinte mensagem:

10 “Esta é uma mensagem para Ezequias, rei de Judá. Não deixe que seu Deus, em quem você confia, o engane com promessas de que Jerusalém não será conquistada pelo rei da Assíria. 11 Você sabe muito bem o que os reis da Assíria fizeram por onde passaram. Destruíram completamente todos que atravessaram seu caminho! Quem é você para escapar? 12 Acaso os deuses de outras nações, como Gozã, Harã, Rezefe, e o povo de Éden, que estava em Telassar, as livraram? Meus antecessores destruíram todos eles! 13 O que aconteceu ao rei de Hamate e ao rei de Arpade? O que aconteceu aos reis de Sefarvaim, de Hena e de Iva?”.

14 Depois que Ezequias recebeu a carta dos mensageiros e a leu, subiu ao templo do Senhor e a estendeu diante do Senhor. 15 Então Ezequias fez esta oração na presença do Senhor: “Ó Senhor, o Deus de Israel, que estás entronizado entre os querubins! Só tu és Deus de todos os reinos da terra. Sim, tu criaste os céus e a terra. 16 Inclina teus ouvidos, ó Senhor, e ouve! Abre teus olhos, ó Senhor, e vê! Ouve as palavras com as quais Senaqueribe desafia o Deus vivo!

17 “É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram todas essas nações. 18 Lançaram os deuses dessas nações no fogo e os queimaram. É claro que os assírios conseguiram destruí-los! Não eram deuses de verdade, mas apenas ídolos de madeira e pedra moldados por mãos humanas. 19 Agora, Senhor, nosso Deus, salva-nos do poder desse rei; então todos os reinos da terra saberão que somente tu, Senhor, és Deus!”.

Isaías prediz o livramento de Judá

20 Então Isaías, filho de Amoz, enviou esta mensagem a Ezequias: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Ouvi sua oração a respeito de Senaqueribe, rei da Assíria. 21 E o Senhor proferiu esta palavra contra ele:

“A filha virgem de Sião
o despreza e ri de você.
A filha de Jerusalém
balança a cabeça com desdém enquanto você foge.

22 “A quem você desafiou e de quem zombou?
Contra quem levantou a voz?
Para quem olhou com arrogância?
Para o Santo de Israel!
23 Por meio de seus mensageiros, desafiou o Senhor.
Disse: ‘Com meus numerosos carros de guerra,
conquistei os montes mais elevados,
sim, os picos mais remotos do Líbano.
Cortei seus cedros mais altos
e seus melhores ciprestes.
Cheguei a suas regiões mais distantes
e explorei suas florestas mais densas.

24 Cavei poços em muitas terras estrangeiras

e me refresquei com sua água.
Com a sola de meu pé,
sequei todos os rios do Egito!’.

25 “Mas você não sabe?
Eu decidi tudo isso há muito tempo.
Planejei essas coisas no passado distante,
e agora as realizo.
Planejei que você transformaria cidades fortificadas
em montes de escombros.
26 Por isso, seus habitantes perdem as forças
e ficam assustados e envergonhados.
São frágeis como a relva,
indefesos como brotos verdes e tenros.
São como capim que surge no telhado,
queimado antes mesmo de crescer.

27 “Mas eu o conheço bem:
sei onde está
e sei de suas idas e vindas;
sei como se enfureceu contra mim.
28 E, por causa de sua raiva contra mim
e de sua arrogância, que eu mesmo ouvi,
porei minha argola em seu nariz
e meu freio em sua boca.
Eu o farei voltar
pelo mesmo caminho por onde veio”.

29 Então Isaías disse a Ezequias: “Esta é a prova de que minhas palavras são verdadeiras:

“Neste ano vocês comerão somente o que crescer por si,
e, no ano seguinte, o que brotar disso.
Mas, no terceiro ano, semeiem e colham,
cuidem de suas videiras e comam de seus frutos.
30 Vocês que restarem em Judá,
os que escaparem da destruição,
lançarão raízes em seu próprio solo,
crescerão e darão frutos.
31 Pois um remanescente de meu povo sairá
de Jerusalém,
um grupo de sobreviventes partirá
do monte Sião.
O zelo do Senhor dos Exércitos[r]
fará que isso aconteça!

32 “E assim diz o Senhor a respeito do rei da Assíria:

“Seus exércitos não entrarão em Jerusalém,
nem dispararão contra ela uma só flecha.
Não marcharão com escudos fora de suas portas,
nem construirão rampas de terra contra seus muros.
33 O rei voltará à terra dele
pelo mesmo caminho por onde veio.
Não entrará na cidade,
diz o Senhor.
34 Por minha própria honra e por causa de meu servo Davi,
defenderei esta cidade e a libertarei”.

35 Naquela noite, o anjo do Senhor foi ao acampamento assírio e matou 185 mil soldados assírios. Quando os sobreviventes[s] acordaram na manhã seguinte, encontraram cadáveres por toda parte. 36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, levantou acampamento e partiu para sua terra. Voltou para Nínive e ali ficou.

37 Certo dia, enquanto ele adorava no templo de seu deus Nisroque, seus filhos[t] Adrameleque e Sarezer o mataram à espada. Fugiram para a terra de Ararate, e outro filho, Esar-Hadom, se tornou seu sucessor na Assíria.

A doença e a recuperação de Ezequias

20 Por esse tempo, Ezequias ficou doente e estava para morrer. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e transmitiu-lhe a seguinte mensagem: “Assim diz o Senhor: ‘Ponha suas coisas em ordem, pois você vai morrer. Não se recuperará dessa doença’”.

Quando Ezequias ouviu isso, virou o rosto para a parede e orou ao Senhor: “Ó Senhor, lembra-te de como sempre te servi com fidelidade e devoção, e de como sempre fiz o que é certo aos teus olhos”. Depois, o rei chorou amargamente.

Então, antes que Isaías deixasse o pátio intermediário,[u] recebeu esta mensagem do Senhor: “Volte a Ezequias, líder de meu povo, e diga-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus de seu antepassado Davi: ‘Ouvi sua oração e vi suas lágrimas. Vou curá-lo e, daqui a três dias, você sairá da cama e irá ao templo do Senhor. Acrescentarei quinze anos à sua vida e livrarei você e esta cidade do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa de minha honra e por causa de meu servo Davi’”.

Então Isaías disse: “Preparem uma pasta de figos”. Os servos de Ezequias fizeram a pasta e a espalharam sobre a ferida, e Ezequias se recuperou.

Ezequias tinha perguntado a Isaías: “Que sinal o Senhor dará como prova de que ele vai me curar e de que irei ao templo do Senhor daqui a três dias?”.

Isaías respondeu: “Este é o sinal do Senhor de que cumprirá o que prometeu. Você prefere que a sombra do relógio de sol avance dez graus ou recue dez graus?”.[v]

10 “É natural que a sombra avance”, disse Ezequias. “Isso seria fácil. Faça-a voltar dez graus.” 11 O profeta Isaías orou ao Senhor, e ele fez a sombra recuar dez graus no relógio de sol[w] de Acaz.

Mensageiros da Babilônia

12 Pouco tempo depois, Merodaque-Baladã,[x] filho de Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas e um presente para Ezequias, pois soube que o rei tinha estado muito doente. 13 Ezequias recebeu os mensageiros babilônios e lhes mostrou tudo que havia na casa do tesouro: a prata, o ouro, as especiarias e os óleos aromáticos. Também os levou para conhecer seu arsenal e lhes mostrou tudo que havia nos tesouros do rei. Não houve nada em seu palácio nem em seu reino que Ezequias não lhes mostrasse.

14 Então o profeta Isaías foi ver o rei Ezequias e lhe perguntou: “O que esses homens queriam? De onde vieram?”.

Ezequias respondeu: “Vieram da Babilônia, uma terra distante”.

15 “O que viram em seu palácio?”, perguntou Isaías.

“Viram tudo”, Ezequias respondeu. “Eu lhes mostrei tudo que possuo, todos os meus tesouros.”

16 Então Isaías disse a Ezequias: “Ouça esta mensagem do Senhor: 17 ‘Está chegando o dia em que tudo em seu palácio, todos os tesouros que seus antepassados acumularam até agora, será levado para a Babilônia. Não ficará coisa alguma’, diz o Senhor. 18 ‘Até mesmo alguns de seus descendentes serão levados para o exílio. Eles se tornarão eunucos e servirão no palácio do rei da Babilônia’”.

19 Ezequias disse a Isaías: “A mensagem do Senhor que você transmitiu é boa”. Pois o rei pensava: “Pelo menos haverá paz e segurança durante minha vida”.

20 Os demais acontecimentos do reinado de Ezequias, incluindo a extensão de seu poder e como construiu uma represa e cavou um túnel[y] para abastecer a cidade com água, estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. 21 Ezequias morreu e se reuniu a seus antepassados, e seu filho Manassés foi seu sucessor.

Manassés reina em Judá

21 Manassés tinha 12 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por 55 anos. Sua mãe se chamava Hefzibá. Manassés fez o que era mau aos olhos do Senhor e seguiu as práticas detestáveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas. Reconstruiu os santuários idólatras que seu pai, Ezequias, havia destruído. Construiu altares para Baal e ergueu um poste de Aserá, como Acabe, rei de Israel, havia feito. Também se curvou diante de todos os astros dos céus e lhes prestou culto.

Construiu altares idólatras no templo do Senhor, sobre o qual o Senhor tinha dito: “Meu nome permanecerá em Jerusalém para sempre”. Nos dois pátios do templo do Senhor, construiu altares para os astros do céu. Manassés também sacrificou seu filho no fogo. Praticou feitiçaria e adivinhação e consultou médiuns e praticantes do ocultismo. Fez muitas coisas perversas aos olhos do Senhor e, com isso, provocou sua ira.

Manassés chegou a fazer uma imagem esculpida da deusa Aserá e colocá-la no templo, sobre o qual o Senhor tinha dito a Davi e a seu filho Salomão: “Meu nome será honrado para sempre neste templo em Jerusalém, a cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel. Se os israelitas tiverem o cuidado de obedecer a meus mandamentos, todas as leis que meu servo Moisés lhes deu, não os expulsarei desta terra que dei a seus antepassados”. Mas o povo se recusou a ouvir, e Manassés os levou a fazer coisas piores do que as nações que o Senhor tinha destruído quando os israelitas entraram na terra.

10 Então o Senhor disse por meio de seus servos, os profetas: 11 “Manassés, rei de Judá, fez muitas coisas detestáveis. É ainda mais perverso que os amorreus que habitavam nesta terra antes de Israel e fez o povo de Judá pecar com seus ídolos.[z] 12 Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Trarei desgraça tão grande sobre Jerusalém e Judá que fará tinir os ouvidos daqueles que ouvirem a respeito. 13 Julgarei Jerusalém de acordo com o mesmo critério que usei para julgar Samaria[aa] e a família de Acabe. Limparei Jerusalém como quem limpa um prato e depois o vira de cabeça para baixo. 14 Rejeitarei até mesmo o remanescente de meu povo e o entregarei a seus inimigos como despojo. 15 Pois eles fizeram o que era mau aos meus olhos e provocaram minha ira desde que seus antepassados saíram do Egito”.

16 Além de levar o povo de Judá a pecar e fazer o que era mau aos olhos do Senhor, Manassés assassinou muitos inocentes, até encher Jerusalém do sangue deles, de uma extremidade à outra.

17 Os demais acontecimentos do reinado de Manassés e tudo que ele fez, incluindo os pecados que cometeu, estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. 18 Quando Manassés morreu e se reuniu a seus antepassados, foi sepultado no jardim de seu palácio, o jardim de Uzá. Seu filho Amom foi seu sucessor.

Amom reina em Judá

19 Amom tinha 22 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por dois anos. Sua mãe se chamava Mesulemete e era filha de Haruz, de Jotbá. 20 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seu pai, Manassés, havia feito. 21 Seguiu o exemplo de seu pai e adorou os mesmos ídolos que ele. 22 Abandonou o Senhor, o Deus de seus antepassados, e não andou nos caminhos do Senhor.

23 Os próprios oficiais de Amom conspiraram contra ele e o assassinaram em seu palácio. 24 Mas o povo da terra matou todos que haviam conspirado contra o rei Amom e proclamou rei seu filho Josias.

25 Os demais acontecimentos do reinado de Amom e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. 26 Ele foi sepultado em seu túmulo no jardim de Uzá. Seu filho Josias foi seu sucessor.

Josias reina em Judá

22 Josias tinha 8 anos quando começou a reinar, e reinou por 31 anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate. Josias fez o que era certo aos olhos do Senhor e seguiu o exemplo de seu antepassado Davi, não se desviando nem para um lado nem para o outro.

No décimo oitavo ano de seu reinado, o rei Josias enviou Safã, secretário da corte, filho de Azalias, filho de Mesulão, ao templo do Senhor. Disse-lhe: “Vá ao sumo sacerdote Hilquias e peça-lhe que pese a prata que os guardas das portas recolheram do povo no templo do Senhor. Entregue a prata aos homens encarregados de supervisionar a reforma do templo. Eles a usarão para pagar os trabalhadores que farão reparos no templo do Senhor. Precisarão de carpinteiros, construtores e pedreiros. Também deverão comprar a madeira e as pedras cortadas necessárias para os reparos no templo. Contudo, não exija que os supervisores prestem contas do valor que receberam, pois são homens de confiança”.

Hilquias encontra a lei de Deus

O sumo sacerdote Hilquias disse a Safã, secretário da corte: “Encontrei o Livro da Lei no templo do Senhor!”. E Hilquias entregou o livro a Safã, que o leu.

Safã voltou ao rei e relatou: “Seus oficiais entregaram a prata recolhida no templo do Senhor aos trabalhadores e supervisores no templo”. 10 Safã também disse ao rei: “O sacerdote Hilquias me entregou um livro”. E Safã leu o livro para o rei.

11 Quando o rei ouviu o que estava escrito no Livro da Lei, rasgou suas roupas. 12 Em seguida, deu estas ordens ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã, o secretário da corte, e a Asaías, conselheiro pessoal do rei: 13 “Vão consultar o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá. Perguntem a respeito das palavras escritas neste livro que foi encontrado. A grande ira do Senhor arde contra nós, pois nossos antepassados não obedeceram às palavras deste livro. Eles não fizeram tudo que ele diz que devemos fazer”.

14 Então o sacerdote Hilquias, Aicam, Acbor, Safã e Asaías foram ao Bairro Novo[ab] de Jerusalém consultar a profetisa Hulda. Ela era esposa de Salum, filho de Ticvá, filho de Harás, responsável pelo guarda-roupa do templo.

15 Ela lhes disse: “O Senhor, o Deus de Israel, falou! Voltem e digam ao homem que os enviou 16 que assim diz o Senhor: ‘Trarei desgraça sobre esta cidade[ac] e sobre seus habitantes. Todas as palavras escritas no livro que o rei de Judá leu se cumprirão. 17 Pois meu povo me abandonou e queimou incenso a outros deuses, e estou grandemente irado com eles por tudo que fizeram. Minha ira arderá contra este lugar e não será apagada’.

18 “Mas vão ao rei de Judá que os enviou para consultarem o Senhor e digam-lhe que assim diz o Senhor a respeito da mensagem que acabaram de ouvir: 19 ‘Você se arrependeu e se humilhou diante do Senhor quando ouviu o que eu disse contra esta cidade e contra seus habitantes, que esta terra seria amaldiçoada e se tornaria desolada. Você rasgou as roupas e chorou diante de mim. E eu certamente o ouvi, diz o Senhor. 20 Portanto, só enviarei a calamidade anunciada depois que você tiver se reunido a seus antepassados e tiver sido sepultado em paz. Você não verá a desgraça que trarei sobre esta cidade’”.

Então eles levaram a mensagem ao rei.

As reformas religiosas de Josias

23 Josias mandou chamar todas as autoridades de Judá e de Jerusalém. Então o rei subiu ao templo do Senhor com os sacerdotes e os profetas e com todo o povo de Judá e de Jerusalém, dos mais simples até os mais importantes. Leu para eles todo o Livro da Aliança encontrado no templo do Senhor. O rei ficou em pé no lugar de honra junto à coluna e renovou a aliança na presença do Senhor. Comprometeu-se a obedecer ao Senhor e a cumprir seus mandamentos, preceitos e decretos de todo o coração e de toda a alma. Confirmou, desse modo, os termos da aliança escritos no livro, e todo o povo se comprometeu com a aliança.

Em seguida, o rei deu ordens ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes auxiliares e aos guardas das portas do templo para que removessem do templo do Senhor todos os utensílios usados para o culto a Baal, a Aserá e a todos os astros do céu. Mandou queimar tudo fora de Jerusalém, nos terraços do vale de Cedrom, e levou as cinzas para Betel. Eliminou os sacerdotes idólatras nomeados por reis anteriores de Judá, pois haviam oferecido sacrifícios nos santuários idólatras em todo o território de Judá e nos arredores de Jerusalém. Também haviam oferecido sacrifícios a Baal, ao sol, à lua, às constelações e a todos os astros dos céus. Removeu do templo do Senhor o poste de Aserá e o levou para fora de Jerusalém, para o vale de Cedrom, onde o queimou. Depois, moeu as cinzas do poste e lançou o pó sobre os túmulos do povo. Também demoliu os alojamentos dos prostitutos e das prostitutas cultuais dentro do templo do Senhor, onde as mulheres teciam enfeites[ad] para o poste de Aserá.

Josias trouxe para Jerusalém todos os sacerdotes que moravam em outras cidades de Judá. Profanou os santuários idólatras, onde haviam queimado incenso, desde Geba até Berseba. Destruiu os santuários na entrada da porta de Josué, governador de Jerusalém, à esquerda de quem entra pela porta da cidade. Os sacerdotes que haviam servido nos santuários idólatras não tinham permissão de servir no[ae] altar do Senhor, em Jerusalém, mas podiam comer dos pães sem fermento junto com os outros sacerdotes.

10 O rei profanou o altar de Tofete, no vale de Ben-Hinom, a fim de que ninguém mais pudesse usá-lo para sacrificar no fogo um filho ou uma filha como oferta a Moloque. 11 Removeu da entrada do templo do Senhor as estátuas de cavalos que os reis anteriores de Judá haviam dedicado ao sol. Ficavam perto do alojamento do eunuco Natã-Meleque, oficial do templo.[af] O rei também queimou os carros de guerra consagrados ao sol.

12 Derrubou os altares que os reis de Judá haviam construído no terraço do palácio, sobre a sala de Acaz. Destruiu os altares que Manassés havia construído nos dois pátios do templo do Senhor. Despedaçou-os[ag] e espalhou o entulho no vale de Cedrom. 13 O rei também profanou os santuários idólatras a leste de Jerusalém, ao sul do monte da Corrupção, que Salomão, rei de Israel, havia construído para Astarote, a repulsiva deusa dos sidônios, e para Camos, o repulsivo deus dos moabitas, e para Moloque,[ah] o repugnante deus dos amonitas. 14 Fez em pedaços as colunas sagradas e cortou os postes de Aserá. Depois, espalhou sobre eles ossos humanos.

15 O rei também demoliu o altar em Betel, o santuário idólatra que Jeroboão, filho de Nebate, havia construído quando levou Israel a pecar. Queimou o santuário e o reduziu a pó e queimou o poste de Aserá. 16 Então Josias olhou ao redor e viu várias sepulturas na encosta do monte. Mandou retirar os ossos das sepulturas e os queimou no altar em Betel para profaná-lo. Tudo isso aconteceu exatamente como o Senhor havia anunciado por meio do homem de Deus, quando Jeroboão estava junto ao altar durante a festa.

Depois, Josias se voltou e viu o túmulo do homem de Deus[ai] que havia predito essas coisas. 17 “Que monumento é aquele ali?”, o rei perguntou.

E o povo da cidade lhe disse: “É o túmulo do homem de Deus que veio de Judá e anunciou exatamente o que o senhor acaba de fazer ao altar em Betel!”.

18 Josias respondeu: “Deixem-no em paz. Não mexam nos ossos”. Assim, não queimaram seus ossos, nem os ossos do profeta de Samaria.

19 Então Josias demoliu todos os santuários idólatras nas cidades de Samaria, como havia feito em Betel. Tinham sido construídos pelos reis de Israel e haviam provocado a ira do Senhor.[aj] 20 Matou os sacerdotes dos santuários idólatras em seus próprios altares e queimou ossos humanos sobre os altares para profaná-los. Por fim, voltou para Jerusalém.

Josias celebra a Páscoa

21 O rei Josias deu a seguinte ordem a todo o povo: “Celebrem a Páscoa do Senhor, seu Deus, como requer este Livro da Aliança”. 22 A Páscoa não havia sido celebrada dessa forma desde o tempo em que os juízes governavam Israel, nem nos dias dos reis de Israel e de Judá. 23 Mas, no décimo oitavo ano do reinado de Josias, a Páscoa foi celebrada ao Senhor em Jerusalém.

24 Josias também exterminou os médiuns e os praticantes de ocultismo, os ídolos do lar, os ídolos em geral[ak] e toda espécie de prática repulsiva tanto em Jerusalém como em todo o território de Judá. Fez isso em obediência às leis escritas no livro que o sacerdote Hilquias havia encontrado no templo do Senhor. 25 Nunca antes houve um rei como Josias, que se voltasse para o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças, e obedecesse a toda a lei de Moisés. E nunca mais houve um rei como ele.

26 Ainda assim, o Senhor continuou grandemente irado contra Judá, por causa de todas as coisas que Manassés havia feito para provocá-lo. 27 Pois o Senhor disse: “Também expulsarei Judá de minha presença, como expulsei Israel. E rejeitarei Jerusalém, a cidade que escolhi, e o templo onde meu nome deveria ser honrado”.

28 Os demais acontecimentos do reinado de Josias e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá.

29 Durante o reinado de Josias, o faraó Neco, rei do Egito, foi ao rio Eufrates dar apoio ao rei da Assíria. O rei Josias e seu exército saíram para lutar contra ele, mas o faraó[al] o matou quando se enfrentaram em Megido. 30 Os oficiais de Josias levaram seu corpo de volta num carro, de Megido para Jerusalém, e o sepultaram em seu próprio túmulo. Então o povo ungiu Jeoacaz, filho de Josias, e o proclamou rei.

Jeoacaz reina em Judá

31 Jeoacaz tinha 23 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por três meses. Sua mãe se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 32 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seus antepassados.

33 O faraó Neco prendeu Jeoacaz em Ribla, na terra de Hamate, para impedir que reinasse[am] em Jerusalém. Também exigiu que Judá pagasse um tributo de 3.500 quilos de prata e 35 quilos de ouro.[an]

Jeoaquim reina em Judá

34 Em seguida, o faraó Neco escolheu Eliaquim, outro filho de Josias, como sucessor de seu pai e mudou o nome dele para Jeoaquim. Jeoacaz foi levado como prisioneiro para o Egito, onde morreu.

35 A fim de obter o ouro e a prata que o faraó Neco havia exigido como tributo, Jeoaquim cobrou dos habitantes de Judá um imposto proporcional às posses de cada um.

36 Jeoaquim tinha 25 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por onze anos. Sua mãe se chamava Zebida e era filha de Pedaías, de Ruma. 37 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seus antepassados.

24 Durante o reinado de Jeoaquim, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu a terra de Judá. Jeoaquim se rendeu e lhe pagou tributo por três anos, mas depois se rebelou. Então o Senhor enviou bandos de saqueadores babilônios,[ao] sírios, moabitas e amonitas contra o reino de Judá para destruí-lo, como tinha anunciado por meio de seus profetas. Essas desgraças aconteceram a Judá por ordem do Senhor. Ele havia resolvido expulsar Judá de sua presença por causa dos muitos pecados de Manassés, que havia enchido Jerusalém de sangue inocente. O Senhor não perdoou esse pecado.

Os demais acontecimentos do reinado de Jeoaquim e tudo que ele fez estão registrados no Livro da História dos Reis de Judá. Quando Jeoaquim morreu e se reuniu a seus antepassados, seu filho Joaquim foi seu sucessor.

Depois disso, o rei do Egito não se atreveu a sair de suas fronteiras, pois o rei da Babilônia conquistou toda a região que antes havia pertencido ao Egito, desde o ribeiro do Egito até o rio Eufrates.

Joaquim reina em Judá

Joaquim tinha 18 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por três meses. Sua mãe se chamava Neústa e era filha de Elnatã, de Jerusalém. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como seus antepassados.

10 Durante o reinado de Joaquim, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, subiram contra Jerusalém e a cercaram. 11 O próprio Nabucodonosor chegou à cidade durante o cerco. 12 Então Joaquim, rei de Judá, a rainha-mãe, os conselheiros, os comandantes e os oficiais se renderam aos babilônios.

No oitavo ano de seu reinado, Nabucodonosor levou Joaquim como prisioneiro. 13 Conforme o Senhor havia declarado de antemão, Nabucodonosor levou embora todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real. Removeu[ap] todos os utensílios de ouro que Salomão, rei de Israel, havia colocado no templo. 14 O rei Nabucodonosor deportou gente de toda a cidade de Jerusalém, incluindo todos os comandantes e os melhores soldados, artífices e ferreiros, dez mil pessoas ao todo. Só ficaram na terra os mais pobres.

15 Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia o rei Joaquim, a rainha-mãe, as esposas e os oficiais do rei e todos os nobres de Jerusalém. 16 Também deportou sete mil soldados, todos fortes e aptos para a guerra, além de mil artífices e ferreiros. 17 Então o rei da Babilônia escolheu Matanias, tio de Joaquim,[aq] como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias.

Zedequias reina em Judá

18 Zedequias tinha 21 anos quando começou a reinar, e reinou em Jerusalém por onze anos. Sua mãe se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 19 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como Jeoaquim antes dele. 20 Estas coisas aconteceram por causa da ira do Senhor contra o povo de Jerusalém e de Judá. Por fim, ele os expulsou de sua presença e os mandou para o exílio.

A queda de Jerusalém

Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia.

25 Assim, em 15 de janeiro,[ar] durante o nono ano do reinado de Zedequias, Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército cercaram Jerusalém e construíram rampas de ataque contra os muros. Jerusalém permaneceu cercada até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias.

Em 18 de julho, no décimo primeiro ano do reinado de Zedequias,[as] a fome na cidade tinha se tornado tão severa que não havia mais nenhum alimento. Assim, abriram uma brecha no muro da cidade. Como a cidade estava cercada pelos babilônios,[at] os soldados esperaram até o anoitecer e fugiram[au] pelo portão entre os dois muros atrás do jardim do rei. Então seguiram em direção ao vale do Jordão.[av]

Contudo, o exército babilônio[aw] perseguiu o rei e o alcançou nas planícies de Jericó, pois todos os seus soldados o haviam abandonado e se dispersado. Capturaram Zedequias e o levaram ao rei da Babilônia, em Ribla, onde ele recebeu sua sentença. Mataram seus filhos diante dele, depois lhe arrancaram os olhos, o prenderam com correntes de bronze e o levaram para a Babilônia.

O templo é destruído

Em 14 de agosto daquele ano,[ax] o décimo nono do reinado de Nabucodonosor, Nebuzaradã, capitão da guarda e oficial do rei da Babilônia, chegou a Jerusalém. Queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém. Pôs fogo em todos os edifícios importantes[ay] da cidade. 10 Depois supervisionou o exército babilônio na demolição de todos os muros de Jerusalém. 11 Em seguida, Nebuzaradã, capitão da guarda, deportou o povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o restante da população. 12 Permitiu, no entanto, que alguns dos mais pobres ficassem para cuidar das videiras e dos campos.

13 Os babilônios despedaçaram as colunas de bronze na frente do templo do Senhor, as bases móveis de bronze e o grande tanque de bronze chamado Mar, e levaram todo o bronze para a Babilônia. 14 Também levaram os baldes para cinzas, as pás, os cortadores de pavios, as colheres e todos os outros utensílios de bronze usados para o serviço no templo. 15 O capitão da guarda levou ainda os incensários e as bacias e todos os outros utensílios de ouro puro ou prata.

16 Era impossível calcular o peso do bronze das duas colunas, do Mar e das bases móveis para levar água. Esses objetos tinham sido feitos para o templo do Senhor nos dias de Salomão. 17 Cada coluna media 8,1 metros[az] de altura. O capitel de bronze no alto de cada coluna media cerca de 2,25 metros[ba] de altura e era enfeitado ao redor com correntes entrelaçadas de romãs feitas de bronze.

18 O capitão da guarda levou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, o sacerdote auxiliar Sofonias e três dos principais guardas das portas. 19 Dentre o povo que ainda estava escondido na cidade, levou um oficial responsável pelo exército de Judá, cinco dos conselheiros pessoais do rei; o secretário do comandante do exército, que era encarregado do alistamento de soldados, e outros sessenta homens do povo. 20 Nebuzaradã, capitão da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, em Ribla. 21 E ali em Ribla, na terra de Hamate, o rei da Babilônia mandou executá-los. Assim, o povo de Judá foi enviado para o exílio, para longe de sua terra.

Gedalias governa em Judá

22 Nabucodonosor, rei da Babilônia, nomeou Gedalias, filho de Aicam, filho de Safã, como governador do povo que ele havia deixado em Judá. 23 Quando os comandantes do exército e seus homens souberam que o rei da Babilônia havia nomeado Gedalias governador, foram vê-lo em Mispá. Entre eles estavam Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho do netofatita Tanumete, Jezanias,[bb] filho do maacatita, e todos os seus homens.

24 Gedalias jurou a eles que os oficiais babilônios não tinham intenção de lhes fazer nenhum mal. “Não tenham medo deles”, disse. “Vivam na terra e sirvam ao rei da Babilônia, e tudo lhes irá bem.”

25 Mas, no sétimo mês desse mesmo ano,[bc] Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, que era da família real, foi com dez homens a Mispá e matou Gedalias. Também matou todos os judeus e babilônios que estavam com ele em Mispá.

26 Então todo o povo de Judá, dos mais simples até os mais importantes, bem como os comandantes do exército, fugiu para o Egito, com medo do que os babilônios lhe fariam.

Esperança para a linhagem real de Israel

27 No trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, Evil-Merodaque começou a reinar na Babilônia. Foi bondoso com[bd] Joaquim e o libertou[be] da prisão em 2 de abril daquele ano.[bf] 28 Falou com ele gentilmente e o colocou num lugar mais elevado que o de outros reis exilados na Babilônia. 29 Providenciou roupas novas para Joaquim, no lugar das roupas de prisioneiro, e permitiu que ele comesse na presença do rei enquanto vivesse. 30 Assim o rei lhe deu uma provisão diária de alimento pelo resto de sua vida.

Nova Versão Transformadora (NVT)

BÍBLIA SAGRADA, NOVA VERSÃO TRANSFORMADORA copyright © 2016 by Mundo Cristão. Used by permission of Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, Todos os direitos reservados.