Bible in 90 Days
20 Então Jacó fez o seguinte voto: “Se, de fato, Deus for comigo e me proteger nesta jornada, se ele me providenciar alimento e roupa, 21 e se eu voltar são e salvo à casa de meu pai, então o Senhor certamente será o meu Deus. 22 E esta coluna memorial que eu levantei será um lugar de adoração a Deus, e eu entregarei a Deus a décima parte de tudo que ele me der”.
Jacó chega a Padã-Arã
29 Jacó seguiu viagem e, por fim, chegou à terra do leste. 2 Viu um poço ao longe e, junto ao poço, no campo, três rebanhos de ovelhas, à espera de que lhes dessem água. Uma pedra pesada cobria a boca do poço.
3 Era costume naquele lugar esperar que todos os rebanhos chegassem para, então, remover a pedra e dar água aos animais. Depois, a pedra era recolocada na boca do poço. 4 Jacó se aproximou dos pastores e perguntou: “De onde vocês são, amigos?”.
“Somos de Harã”, disseram eles.
5 “Conhecem um homem chamado Labão, neto de Naor?”, perguntou Jacó.
“Sim, conhecemos”, responderam eles.
6 “Ele vai bem?”, perguntou Jacó.
“Sim, vai bem”, disseram. “Olhe, ali vem Raquel, filha dele, com o rebanho.”
7 Jacó disse: “Ainda é dia claro, cedo demais para recolher os animais. Por que vocês não dão de beber às ovelhas, para que elas possam voltar a pastar?”.
8 “Não podemos dar de beber aos animais enquanto não chegarem todos os rebanhos”, responderam. “Só então os pastores removem a pedra da boca do poço e damos de beber a todas as ovelhas.”
9 Jacó ainda conversava com eles quando Raquel chegou com o rebanho de seu pai, pois era pastora. 10 Uma vez que Raquel era sua prima, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas pertenciam a seu tio Labão, Jacó foi até o poço, removeu a pedra que o cobria e deu de beber ao rebanho de seu tio. 11 Então Jacó beijou Raquel e chorou em alta voz. 12 Explicou para Raquel que era seu primo por parte do pai dela e filho de Rebeca, tia dela. Raquel foi correndo contar a seu pai, Labão.
13 Assim que Labão soube que seu sobrinho Jacó havia chegado, correu ao seu encontro. Ele o abraçou, o beijou e o levou para casa. Depois que Jacó lhe contou sua história, 14 Labão exclamou: “Você é, de fato, sangue do meu sangue!”.
Jacó se casa com Lia e Raquel
Quando Jacó estava na casa de Labão havia cerca de um mês, 15 Labão lhe disse: “Você não deve trabalhar de graça para mim só porque somos parentes. Diga-me qual deve ser o seu salário”.
16 Labão tinha duas filhas. A mais velha se chamava Lia, e a mais nova, Raquel. 17 Os olhos de Lia eram sem brilho,[a] mas Raquel tinha bela aparência e rosto atraente. 18 Visto que Jacó estava apaixonado por Raquel, disse a Labão: “Trabalharei para o senhor por sete anos se me der Raquel, sua filha mais nova, para ser minha esposa”.
19 “Melhor entregá-la a você do que a qualquer outro”, respondeu Labão. “Fique aqui e trabalhe comigo.” 20 Então Jacó trabalhou sete anos por Raquel. Ele a amava tanto que lhe pareceram apenas alguns dias.
21 Chegada a hora, Jacó disse a Labão. “Cumpri minha parte do acordo. Agora, dê-me minha esposa, para que eu me deite com ela.”
22 Labão convidou toda a vizinhança e preparou uma grande festa de casamento. 23 À noite, porém, quando estava escuro, Labão tomou Lia e a entregou a Jacó, e Jacó se deitou com ela. 24 (Labão deu sua serva Zilpa a Lia para servi-la.)
25 Na manhã seguinte, quando Jacó acordou, viu que era Lia. Então Jacó perguntou a Labão: “O que o senhor fez comigo? Trabalhei sete anos por Raquel! Por que o senhor me enganou?”.
26 Labão respondeu: “Aqui não é costume casar a filha mais nova antes da mais velha. 27 Espere, contudo, até terminar a semana de núpcias, e eu também lhe entregarei Raquel, desde que você prometa trabalhar mais sete anos para mim”.
28 Jacó concordou em trabalhar mais sete anos. Uma semana depois de Jacó ter se casado com Lia, Labão lhe entregou Raquel. 29 (Labão deu sua serva Bila a Raquel para servi-la.) 30 Jacó se deitou também com Raquel, a quem ele amava muito mais que a Lia. Então permaneceu ali e trabalhou mais sete anos para Labão.
Os filhos de Jacó
31 Quando o Senhor viu que Lia não era amada, permitiu que ela tivesse filhos; Raquel, porém, era estéril. 32 Lia engravidou e deu à luz um filho. Chamou-o de Rúben,[b] pois disse: “O Senhor viu minha infelicidade, e agora meu marido me amará”.
33 Pouco tempo depois, Lia engravidou novamente e deu à luz outro filho. Chamou-o de Simeão,[c] pois disse: “O Senhor ouviu que eu não era amada e me deu outro filho”.
34 Lia engravidou pela terceira vez e deu à luz outro filho. Chamou-o de Levi,[d] pois disse: “Certamente, desta vez meu marido terá afeição por mim, pois lhe dei três filhos!”.
35 Lia engravidou mais uma vez e deu à luz outro filho. Chamou-o de Judá,[e] pois disse: “Agora louvarei ao Senhor!”. Então, parou de ter filhos.
30 Quando Raquel viu que não dava filhos a Jacó, teve inveja da irmã e implorou a Jacó: “Dê-me filhos, ou morrerei!”.
2 Jacó se enfureceu com Raquel. “Por acaso sou Deus?”, perguntou ele. “Foi ele que não permitiu que você tivesse filhos!”
3 Raquel lhe disse: “Tome minha serva Bila e deite-se com ela. Ela dará à luz filhos em meu lugar[f] e, por meio dela, também terei uma família”. 4 Então Raquel entregou sua serva Bila a Jacó por mulher, e Jacó se deitou com ela. 5 Bila engravidou e deu um filho a Jacó. 6 Raquel o chamou de Dã,[g] pois disse: “Deus me fez justiça! Ouviu meu pedido e me deu um filho!”. 7 Bila engravidou novamente e deu a Jacó o segundo filho. 8 Raquel o chamou de Naftali,[h] pois disse: “Tive uma luta intensa com minha irmã e venci!”.
9 Quando Lia percebeu que tinha parado de engravidar, tomou sua serva Zilpa e a entregou a Jacó por mulher. 10 Pouco tempo depois, Zilpa deu um filho a Jacó. 11 Lia o chamou de Gade,[i] pois disse: “Como sou afortunada!”. 12 Então Zilpa deu a Jacó o segundo filho. 13 Lia o chamou de Aser,[j] pois disse: “Como estou alegre! Agora as outras mulheres celebrarão comigo”.
14 Certo dia, durante a colheita do trigo, Rúben encontrou algumas mandrágoras que cresciam no campo e as trouxe para Lia, sua mãe. Raquel suplicou a Lia: “Por favor, dê-me algumas das mandrágoras de seu filho”.
15 Lia, porém, respondeu: “Não basta ter roubado meu marido? Agora também quer roubar as mandrágoras de meu filho?”.
Raquel propôs: “Em troca de algumas mandrágoras, deixarei que Jacó se deite com você esta noite”.
16 Ao entardecer, quando Jacó estava voltando do campo, Lia foi ao seu encontro e disse: “Esta noite você deve se deitar comigo. Paguei por você com algumas mandrágoras que meu filho encontrou”. Assim, naquela noite Jacó se deitou com Lia. 17 Deus respondeu às orações de Lia, que engravidou novamente e deu a Jacó o quinto filho. 18 Chamou-o de Issacar,[k] pois disse: “Deus me recompensou porque entreguei minha serva por mulher a meu marido”. 19 Lia engravidou outra vez e deu a Jacó o sexto filho. 20 Chamou-o de Zebulom,[l] pois disse: “Deus me deu uma boa recompensa. Agora meu marido me tratará com respeito, porque lhe dei seis filhos”. 21 Depois, Lia deu à luz uma filha e a chamou de Diná.
22 Então Deus se lembrou de Raquel e, em resposta a suas orações, permitiu que ela se tornasse fértil. 23 Ela engravidou e deu à luz um filho. “Deus tirou a minha humilhação”, declarou, 24 e o chamou de José,[m] pois disse: “Que o Senhor me acrescente ainda outro filho!”.
As riquezas de Jacó aumentam
25 Logo depois que Raquel deu à luz José, Jacó disse a Labão: “Por favor, libere-me para que eu volte à minha terra natal. 26 Permita-me levar minhas mulheres e meus filhos, pelos quais o servi, e deixe-me partir. O senhor sabe muito bem como trabalhei arduamente a seu serviço”.
27 Labão respondeu: “Se mereço seu favor, fique. Eu enriqueci, pois[n] o Senhor me abençoou por sua causa. 28 Diga-me qual será seu salário e, qualquer que seja o valor, eu lhe pagarei”.
29 Jacó respondeu: “O senhor sabe como trabalhei arduamente a seu serviço e como seus rebanhos cresceram sob meus cuidados. 30 De fato, o senhor tinha pouco antes de eu chegar, mas sua riqueza aumentou consideravelmente. O Senhor o abençoou por meio de tudo que eu fiz. Mas e quanto a mim? Quando começarei a cuidar de minha própria família?”.
31 “Quanto quer receber de salário?”, perguntou Labão mais uma vez.
Jacó respondeu: “Não me dê coisa alguma. Se o senhor fizer o que lhe direi, continuarei a cuidar de seus rebanhos: 32 deixe-me inspecionar seus rebanhos hoje e remover todas as ovelhas e cabras salpicadas e malhadas, além de todas as ovelhas pretas. Elas serão o meu salário. 33 No futuro, quando o senhor conferir os animais que me deu como salário, verá que fui honesto. Se encontrar em meu rebanho alguma cabra que não seja salpicada ou malhada, ou alguma ovelha que não seja preta, saberá que as roubei do senhor”.
34 “Está bem”, respondeu Labão. “Será como você diz.” 35 Naquele mesmo dia, porém, Labão saiu e tirou do rebanho todos os bodes listrados e malhados, todas as cabras salpicadas e malhadas ou com manchas brancas, e todas as ovelhas pretas. Colocou os animais sob os cuidados de seus filhos, 36 que os levaram a um lugar a três dias de viagem de onde Jacó estava. Assim, Jacó ficou e tomou conta do resto do rebanho de Labão.
37 Então Jacó pegou alguns galhos verdes de álamo, amendoeira e plátano e removeu tiras das cascas, formando listras brancas nos galhos. 38 Em seguida, colocou os galhos descascados junto aos bebedouros onde os rebanhos iam beber água, pois era ali que se acasalavam. 39 Quando se acasalavam diante desses galhos descascados com listras brancas, davam crias listradas, salpicadas e malhadas. 40 Jacó separava esses cordeiros do rebanho de Labão. Na época do cio, colocava o rebanho de frente para os animais listrados e pretos de Labão. Assim, Jacó foi formando seu próprio rebanho, que mantinha separado do de Labão.
41 Sempre que as fêmeas mais fortes estavam no cio, Jacó colocava os galhos descascados nos bebedouros em frente delas, para que se acasalassem diante dos galhos. 42 Não fazia o mesmo, porém, com as fêmeas mais fracas, de modo que as crias mais fracas ficavam com Labão, e as mais fortes, com Jacó. 43 O resultado foi que Jacó se tornou muito rico, dono de grandes rebanhos e também de servos e servas e muitos camelos e jumentos.
Jacó foge de Labão
31 Logo, porém, Jacó percebeu que os filhos de Labão estavam reclamando dele: “Jacó roubou tudo que era de nosso pai! À custa de nosso pai, adquiriu toda a sua riqueza!”. 2 Jacó também começou a notar uma mudança na atitude de Labão para com ele.
3 Então o Senhor disse a Jacó: “Volte para a terra de seu pai e de seu avô, a terra de seus parentes, e eu estarei com você”.
4 Jacó mandou chamar Raquel e Lia ao campo onde ele cuidava de seus rebanhos 5 e disse a elas: “Notei que seu pai mudou de atitude em relação a mim. O Deus de meu pai, porém, tem estado comigo. 6 Vocês sabem como tenho trabalhado arduamente a serviço de seu pai. 7 Contudo, ele me enganou e mudou meu salário dez vezes. Mas Deus não permitiu que ele me prejudicasse. 8 Se ele dizia: ‘Os salpicados serão o seu salário’, o rebanho começava a dar crias salpicadas. E, quando mudava de ideia e dizia: ‘Os listrados serão o seu salário’, então o rebanho inteiro dava crias listradas. 9 Desse modo, Deus tirou os animais de seu pai e os deu a mim.
10 “Certa vez, na época do acasalamento, tive um sonho e vi que os bodes que se acasalavam com as cabras eram listrados, salpicados e malhados. 11 Então, em meu sonho, o anjo de Deus me disse: ‘Jacó!’. E eu respondi: ‘Aqui estou!’.
12 “E o anjo disse: ‘Levante os olhos e você verá que apenas os machos listrados, salpicados e malhados estão se acasalando com as fêmeas de seu rebanho, pois vejo como Labão tem tratado você. 13 Eu sou o Deus que lhe apareceu em Betel,[o] o lugar onde você ungiu a coluna de pedra e fez seu voto a mim. Agora, apronte-se, saia desta terra e volte à sua terra natal’”.
14 Raquel e Lia responderam: “Da nossa parte, tudo bem! Afinal, não herdaremos coisa alguma da riqueza de nosso pai. 15 Ele reduziu nossos direitos aos mesmos que têm as mulheres estrangeiras. Depois que nos vendeu, desperdiçou todo o dinheiro que você pagou por nós. 16 Toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai e deu a você é, por direito, nossa e de nossos filhos. Por isso, faça o que Deus ordenou”.
17 Então Jacó montou suas mulheres e seus filhos em camelos 18 e conduziu adiante todos os seus rebanhos. Juntou todos os bens que havia adquirido em Padã-Arã e partiu para a terra de Canaã, onde vivia Isaque, seu pai. 19 Quando partiram, Labão estava num lugar afastado, tosquiando suas ovelhas. Raquel roubou os ídolos da casa que pertenciam a seu pai e os levou consigo. 20 Assim, Jacó enganou Labão, o arameu, partindo sem avisá-lo de que iam embora. 21 Jacó levou todos os seus bens e atravessou o rio Eufrates,[p] rumo à região montanhosa de Gileade.
Conflito entre Labão e Jacó
22 Três dias depois, Labão foi informado de que Jacó havia fugido. 23 Reuniu um grupo de parentes e saiu em perseguição a Jacó. Sete dias depois o alcançou, na região montanhosa de Gileade. 24 Na noite anterior, porém, Deus havia aparecido em sonho a Labão, o arameu, e dito a ele: “Estou avisando: deixe Jacó em paz!”.
25 Labão o alcançou enquanto Jacó estava acampado na região montanhosa de Gileade e armou seu acampamento ali perto. 26 “O que você fez?”, perguntou Labão. “Como ousou me enganar e levar minhas filhas embora, como se fossem prisioneiras de guerra? 27 Por que fugiu em segredo? Por que me enganou? E por que não avisou que desejava partir? Eu lhe teria dado uma festa de despedida, com canções e música, ao som de tamborins e harpas. 28 Por que não me deixou beijar minhas filhas e meus netos e me despedir deles? Você agiu de forma extremamente tola! 29 Eu poderia destruí-lo, mas o Deus de seu pai me apareceu ontem à noite e me advertiu: ‘Deixe Jacó em paz!’. 30 Entendo sua vontade de partir e seu desejo de voltar à casa de seu pai. Mas por que roubou meus deuses?”
31 Jacó respondeu: “Fugi porque tive medo. Pensei que o senhor tiraria suas filhas de mim à força. 32 Quanto a seus deuses, veja se consegue encontrá-los, e quem os tiver roubado deve morrer! Se encontrar qualquer outra coisa que lhe pertença, identifique-a diante de todos estes nossos parentes, e eu a devolverei”. Jacó, porém, não sabia que Raquel havia roubado os ídolos da casa.
33 Labão foi procurar primeiro na tenda de Jacó e, depois, nas tendas de Lia e das duas servas, mas nada encontrou. Por fim, entrou na tenda de Raquel. 34 Acontece que Raquel havia pego os ídolos da casa e os escondido na sela do seu camelo, e estava sentada em cima deles. Quando Labão terminou de vasculhar toda a sua tenda sem encontrar os ídolos, 35 Raquel disse ao pai: “Por favor, perdoe-me por não me levantar para o senhor, mas estou em meu período menstrual”. Labão continuou a busca, mas não encontrou os ídolos da casa.
36 Jacó se enfureceu e discutiu com Labão. “Qual foi o meu crime?”, perguntou ele. “O que fiz de errado para o senhor me perseguir como se eu fosse um criminoso? 37 O senhor vasculhou todos os meus bens. Por acaso encontrou algum objeto que lhe pertença? Coloque-o aqui, diante de nossos parentes, para que todos vejam. Que eles julguem entre nós dois!
38 “Estive vinte anos com o senhor, cuidando de seus rebanhos. Ao longo de todo esse tempo, suas ovelhas e cabras nunca abortaram. Não me servi de um carneiro sequer de seu rebanho para alimento. 39 Quando algum deles era despedaçado por um animal selvagem, eu nunca lhe mostrava a carcaça. Não, eu mesmo arcava com o prejuízo! O senhor me obrigava a pagar por todo animal roubado, quer à plena luz do dia, quer na escuridão da noite.
40 “Trabalhei para o senhor em dias de calor escaldante e também em noites frias e insones. 41 Sim, por vinte anos trabalhei feito um escravo em sua casa! Trabalhei catorze anos por suas duas filhas e, depois, mais seis anos para formar meu rebanho. E dez vezes o senhor mudou meu salário. 42 De fato, se o Deus de meu pai não estivesse comigo, o Deus de Abraão e o Deus temível de Isaque,[q] o senhor teria me mandado embora de mãos vazias. Mas Deus viu como fui maltratado, apesar de meu árduo trabalho. Por isso ele lhe apareceu na noite passada e o repreendeu!”
O acordo entre Labão e Jacó
43 Labão respondeu a Jacó: “Essas mulheres são minhas filhas, as crianças são meus netos, e os rebanhos são meus rebanhos. Na verdade, tudo que você vê é meu. Mas o que posso fazer agora por minhas filhas e pelos filhos delas? 44 Façamos, portanto, você e eu, uma aliança que sirva de testemunho do nosso compromisso”.
45 Então Jacó pegou uma pedra e a colocou em pé como monumento. 46 Em seguida, disse aos membros de sua família: “Juntem algumas pedras”. Eles pegaram as pedras e as amontoaram. Jacó e Labão se sentaram perto do monte de pedras e fizeram uma refeição para selar a aliança. 47 A fim de comemorar a ocasião, Labão chamou o lugar de Jegar-Saaduta, e Jacó o chamou de Galeede.[r]
48 Labão declarou: “Este monte de pedras servirá de testemunha para nos lembrar da aliança que fizemos hoje”. Isso explica por que o lugar foi chamado de Galeede. 49 Também foi chamado de Mispá,[s] pois Labão disse: “Vigie o Senhor a você e a mim para garantir que guardaremos esta aliança quando estivermos longe um do outro. 50 Se você maltratar minhas filhas ou se casar com outras mulheres, mesmo que ninguém mais veja, Deus verá. Ele é testemunha desta aliança entre nós.”
51 “Veja este monte de pedras”, prosseguiu Labão. “Veja também este monumento que levantei entre nós dois. 52 Estão entre mim e você como testemunhas dos nossos votos. Nunca atravessarei para o lado de lá do monte de pedras a fim de prejudicá-lo, e você jamais deve atravessar para o lado de cá a fim de prejudicar-me. 53 Invoco o Deus de nossos antepassados, o Deus de seu avô Abraão e o Deus de meu avô Naor, para que sirva de juiz entre nós.”
Assim, diante do Deus temível de seu pai Isaque,[t] Jacó jurou respeitar a linha divisória. 54 Então Jacó ofereceu sacrifício a Deus na montanha e convidou todos para a refeição comemorativa. Depois de comerem, passaram a noite ali.
55 [u] Na manhã seguinte, Labão se levantou cedo, beijou seus netos e suas filhas e os abençoou. Depois, partiu e voltou para casa.
32 [v] Quando Jacó seguiu viagem, anjos de Deus vieram encontrar-se com ele. 2 Ao vê-los, Jacó exclamou: “Este é o acampamento de Deus!”. Por isso, chamou o lugar de Maanaim.[w]
Jacó envia presentes a Esaú
3 Então Jacó enviou adiante dele mensageiros a seu irmão Esaú, que vivia na região de Seir, na terra de Edom. 4 Disse-lhes: “Deem a seguinte mensagem ao meu senhor Esaú: ‘Assim diz seu servo Jacó: Até o momento, estava morando com nosso tio Labão 5 e, agora, tenho bois, jumentos, rebanhos de ovelhas e cabras, além de muitos servos e servas. Enviei estes mensageiros para informar meu senhor da minha chegada, na esperança de que me receba amistosamente”.
6 Depois de transmitirem a mensagem, voltaram a Jacó e lhe disseram: “Estivemos com seu irmão Esaú, e ele está vindo ao seu encontro com um bando de quatrocentos homens!”. 7 Quando ouviu a notícia, Jacó ficou apavorado. Dividiu em dois grupos sua família e seus servos, e também os rebanhos, os bois e os camelos, 8 pois pensou: “Se Esaú encontrar um dos grupos e atacá-lo, talvez o outro consiga escapar”.
9 Então Jacó orou: “Ó Deus de meu avô, Abraão, e Deus de meu pai, Isaque; ó Senhor, tu me disseste: ‘Volte para sua terra natal, para seus parentes’. E prometeste: ‘Tratarei bem de você’. 10 Não sou digno de toda a bondade e fidelidade que tens mostrado a mim, teu servo. Quando saí de casa e atravessei o rio Jordão, não possuía nada além de um cajado. Agora, minha família e meus servos formam duas caravanas! 11 Por favor, salva-me de meu irmão, Esaú. Estou com medo de que ele venha atacar tanto a mim quanto a minhas mulheres e meus filhos. 12 Mas tu prometeste: ‘Certamente tratarei bem de você e multiplicarei seus descendentes até que se tornem tão numerosos quanto a areia à beira do mar, que não se pode contar’”.
13 Jacó passou a noite ali. Depois, escolheu entre seus bens os seguintes presentes para seu irmão, Esaú: 14 duzentas cabras, vinte bodes, duzentas ovelhas, vinte carneiros, 15 trinta fêmeas de camelo com seus filhotes, quarenta vacas, dez touros, vinte jumentas e dez jumentos. 16 Dividiu esses animais em rebanhos, entregou cada rebanho a um servo e lhes disse: “Vão à minha frente com os animais, mas mantenham certa distância entre os rebanhos”.
17 Aos homens encarregados do primeiro grupo, deu as seguintes instruções: “Quando meu irmão, Esaú, se encontrar com vocês, ele perguntará: ‘De quem são servos? Para onde vão? Quem é o dono destes animais?’. 18 Respondam: ‘Eles pertencem ao seu servo Jacó, mas são um presente para Esaú, o senhor dele. Veja, ele está vindo atrás de nós’”.
19 Jacó deu a mesma instrução aos encarregados do segundo e do terceiro grupo e a todos que seguiam os rebanhos: “Digam a mesma coisa a Esaú quando o encontrarem, 20 e não se esqueçam de acrescentar: ‘Veja, seu servo Jacó está vindo atrás de nós’”.
Jacó pensou: “Tentarei apaziguá-lo com os presentes que estou enviando à minha frente. Quando o vir, quem sabe ele me receberá amistosamente”. 21 Assim, os presentes foram enviados à frente, enquanto Jacó passou aquela noite no acampamento.
Jacó luta com Deus
22 Durante a noite, Jacó se levantou, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e atravessou com eles o rio Jaboque. 23 Depois de levá-los para a outra margem, fez passar todos os seus bens.
24 Com isso, Jacó ficou sozinho no acampamento. Veio então um homem, que lutou com ele até o amanhecer. 25 Quando o homem viu que não poderia vencer, tocou a articulação do quadril de Jacó e a deslocou. 26 O homem disse: “Deixe-me ir, pois está amanhecendo!”.
Jacó, porém, respondeu: “Não o deixarei ir enquanto não me abençoar”.
27 “Qual é seu nome?”, perguntou o homem.
“Jacó”, respondeu ele.
28 O homem disse: “Seu nome não será mais Jacó. De agora em diante, você se chamará Israel,[x] pois lutou com Deus e com os homens e venceu”.
29 “Por favor, diga-me qual é seu nome”, disse Jacó.
“Por que quer saber meu nome?”, replicou o homem. E abençoou Jacó ali.
30 Jacó chamou aquele lugar de Peniel,[y] pois disse: “Vi Deus face a face e, no entanto, minha vida foi poupada”. 31 O sol estava nascendo quando Jacó partiu de Peniel,[z] mancando por causa do quadril deslocado. 32 (Até hoje, o povo de Israel não come o tendão perto da articulação do quadril, por causa do que aconteceu naquela noite em que o homem feriu o tendão do quadril de Jacó.)
A reconciliação de Jacó e Esaú
33 Jacó levantou os olhos e viu Esaú aproximando-se com seus quatrocentos homens. Assim, dividiu os filhos entre Lia, Raquel e as duas servas. 2 Colocou as servas e os filhos delas à frente, Lia e seus filhos em seguida, e Raquel e José por último. 3 Jacó passou à frente e, ao aproximar-se de seu irmão, curvou-se até o chão sete vezes. 4 Esaú correu ao encontro de Jacó e o abraçou; pôs os braços em volta do pescoço do irmão e o beijou. E os dois choraram.
5 Então Esaú viu as mulheres e as crianças e perguntou: “Quem são estas pessoas que estão com você?”.
Jacó respondeu: “São os filhos que Deus, em sua bondade, concedeu a seu servo”. 6 As servas e seus filhos se aproximaram e se curvaram diante de Esaú. 7 Em seguida, Lia e seus filhos vieram e se curvaram diante dele. Por fim, José e Raquel se aproximaram e se curvaram diante dele.
8 “E o que eram todos aqueles rebanhos que encontrei no caminho?”, perguntou Esaú.
Jacó respondeu: “São presentes, meu senhor, para garantir sua amizade”.
9 “Meu irmão, eu já tenho muitos bens”, disse Esaú. “Guarde para você o que é seu.”
10 Mas Jacó insistiu: “Não! Se obtive seu favor, peço que aceite meu presente. E que alívio é ver seu sorriso amigável! É como ver a face de Deus! 11 Por favor, aceite o presente que eu lhe trouxe, pois Deus tem sido muito bondoso comigo. Tenho mais que suficiente”. Diante da insistência de Jacó, Esaú acabou aceitando o presente.
12 Então Esaú disse: “Vamos andando. Eu o acompanharei”.
13 Jacó, porém, respondeu: “Como meu senhor pode ver, algumas das crianças são bem pequenas, e os rebanhos também têm crias. Se os forçarmos demais, mesmo que por um dia, pode ser que os animais morram. 14 Por favor, meu senhor, vá adiante do seu servo. Seguiremos mais devagar, em um ritmo que os rebanhos e as crianças possam acompanhar. Encontrarei com meu senhor em Seir”.
15 “Está bem”, disse Esaú. “Mas, pelo menos, permita-me deixar alguns dos meus homens para acompanhá-lo.”
Jacó respondeu: “Não é necessário. Para mim, ter sido bem recebido por meu senhor já é o bastante!”.
16 Esaú deu meia-volta e regressou a Seir naquele mesmo dia. 17 Jacó, por sua vez, viajou até Sucote, onde construiu uma casa para si e abrigos para seus rebanhos. Por isso, aquele lugar é chamado de Sucote.[aa]
18 Depois de percorrer todo o caminho desde Padã-Arã, Jacó chegou em segurança à cidade de Siquém, na terra de Canaã, e acampou em seus arredores. 19 Jacó comprou da família de Hamor, pai de Siquém, o terreno onde estava acampado, por cem peças de prata.[ab] 20 Ali, construiu um altar e o chamou de El-Elohe-Israel.[ac]
Vingança contra Siquém
34 Certa vez, Diná, filha de Jacó e Lia, saiu para visitar algumas moças que viviam na região. 2 O príncipe daquela terra era Siquém, filho de Hamor, o heveu. Quando ele viu Diná, a agarrou e a violentou, 3 mas depois apaixonou-se por ela e tentou conquistar sua afeição com palavras carinhosas. 4 Disse a seu pai, Hamor: “Consiga-me essa moça, pois quero me casar com ela”.
5 Jacó logo soube que Siquém tinha violentado Diná, sua filha. Mas, como seus filhos estavam no campo cuidando dos rebanhos, não disse nada até que eles voltassem. 6 Hamor, pai de Siquém, foi tratar da questão com Jacó. 7 Nesse meio-tempo, os filhos de Jacó voltaram do campo assim que souberam o que havia acontecido. Ficaram abalados e furiosos porque sua irmã havia sido violentada. Siquém tinha cometido um ato vergonhoso contra a família de Jacó,[ad] algo que jamais se deve fazer.
8 Hamor fez um pedido a Jacó e seus filhos: “Meu filho Siquém se apaixonou por sua filha. Por favor, permitam que ele se case com ela. 9 Aliás, podemos arranjar outros casamentos: vocês entregam suas filhas para nossos filhos, e nós entregamos nossas filhas para seus filhos. 10 Vocês poderão viver em nosso meio; a terra está à sua disposição! Estabeleçam-se aqui e façam negócios conosco. Fiquem à vontade para comprar propriedades na região”.
11 Então o próprio Siquém falou ao pai e aos irmãos de Diná: “Por favor, sejam bondosos comigo e deixem que eu me case com ela”, implorou. “Eu lhes darei o que me pedirem. 12 Seja qual for o dote ou o presente que pedirem, eu o pagarei, por maior que seja; só peço que me entreguem a moça para ser minha mulher.”
13 Os filhos de Jacó responderam com falsidade a Siquém e a seu pai, Hamor, uma vez que Siquém tinha violado Diná, a irmã deles. 14 Disseram: “Não podemos permitir uma coisa dessas, pois você não é circuncidado. Seria uma vergonha para nossa irmã casar-se com um homem como você. 15 Porém, temos uma solução. Se todos os homens do seu povo forem circuncidados, como nós somos, 16 entregaremos nossas filhas e nos casaremos com suas filhas. Viveremos entre vocês e nos tornaremos um só povo. 17 Mas, se não concordarem em ser circuncidados, tomaremos nossa irmã e iremos embora”.
18 Hamor e seu filho Siquém aceitaram a proposta. 19 Sem demora, Siquém fez o que tinham pedido, pois desejava ardentemente a filha de Jacó. Siquém era o mais respeitado dos membros de sua família 20 e foi com seu pai, Hamor, apresentar a proposta aos líderes que estavam à porta da cidade.
21 “Esses homens são nossos amigos”, disseram eles. “Devemos convidá-los para viver entre nós e negociar livremente conosco. Há bastante espaço para eles nesta terra. Podemos nos casar com as filhas deles, e eles, com as nossas. 22 Mas eles só aceitarão ficar aqui e tornar-se um só povo conosco se todos os nossos homens forem circuncidados, como eles são. 23 Se o fizermos, todos os seus rebanhos e bens passarão, com o tempo, a ser nossos. Aceitemos a condição deles e deixemos que se estabeleçam entre nós.”
24 Todos os membros do conselho da cidade concordaram com Hamor e Siquém, e todos os homens da cidade foram circuncidados. 25 Três dias depois, quando eles ainda sentiam dores, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná por parte de pai e mãe, tomaram suas espadas e entraram na cidade sem encontrar resistência. Então, massacraram todos os homens de lá 26 e mataram Hamor e seu filho Siquém ao fio da espada. Depois, tiraram Diná da casa de Siquém e voltaram para o acampamento.
27 Enquanto isso, os outros filhos de Jacó chegaram à cidade. Vendo eles que todos os homens estavam mortos, saquearam a cidade, pois sua irmã tinha sido violentada ali. 28 Levaram as ovelhas, os bois e os jumentos, tudo que conseguiram encontrar dentro da cidade e nos campos. 29 Tomaram todas as riquezas, saquearam as casas e levaram as crianças e mulheres como prisioneiras.
30 Depois de tudo isso, Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vocês arruinaram minha vida! Serei odiado por todos os povos desta terra, pelos cananeus e ferezeus. Somos tão poucos que eles se unirão e nos esmagarão. Eles me atacarão, e toda a minha família será exterminada!”.
31 Mas eles responderam: “Por acaso deveríamos permitir que nossa irmã fosse tratada como prostituta?”.
O retorno de Jacó a Betel
35 Deus disse a Jacó: “Apronte-se, mude-se para Betel e estabeleça-se ali. Ao chegar, construa um altar para o Deus que lhe apareceu quando você estava fugindo de seu irmão, Esaú”.
2 Jacó disse à sua família e a todos que estavam com ele: “Joguem fora todos os seus ídolos pagãos, purifiquem-se e vistam roupas limpas. 3 Vamos a Betel, onde construirei um altar para o Deus que respondeu às minhas orações quando eu estava angustiado. Ele tem estado comigo por onde ando”.
4 Então entregaram a Jacó todos os ídolos pagãos e as argolas que usavam nas orelhas, e ele os enterrou ao pé da grande árvore perto de Siquém. 5 Quando partiram, o terror de Deus se espalhou de tal forma entre os moradores das cidades próximas que ninguém atacou a família de Jacó.
6 Por fim, Jacó e todos que estavam com ele chegaram a Luz (também chamada Betel), em Canaã. 7 Jacó construiu um altar ali e chamou o lugar de El-Betel,[ae] pois Deus lhe havia aparecido em Betel quando ele estava fugindo de seu irmão.
8 Pouco tempo depois, Débora, a serva que havia amamentado Rebeca, morreu e foi sepultada ao pé do carvalho no vale perto de Betel. Desde então, a árvore é chamada de Alom-Bacute.[af]
9 Agora que Jacó havia regressado de Padã-Arã, Deus lhe apareceu outra vez em Betel e o abençoou: 10 “Seu nome é Jacó, mas você não se chamará mais Jacó. De agora em diante, seu nome será Israel”. Assim, Deus deu a ele o nome de Israel.
11 Deus também lhe disse: “Eu sou o Deus Todo-poderoso.[ag] Seja fértil e multiplique-se. Você se tornará uma grande nação, até mesmo muitas nações. Haverá reis entre seus descendentes. 12 Eu lhe darei a terra que dei a Abraão e Isaque. Sim, eu a darei a você e a seus descendentes”. 13 Em seguida, Deus se elevou do lugar onde havia falado a Jacó.
14 Jacó levantou uma coluna de pedra para marcar o lugar onde Deus lhe havia falado. Depois, derramou vinho sobre a coluna, como oferta a Deus, e a ungiu com azeite de oliva. 15 Chamou o lugar de Betel,[ah] pois ali Deus lhe havia falado.
A morte de Raquel e de Isaque
16 Depois que partiram de Betel, rumaram para Efrata. Raquel, porém, sentiu fortes dores e entrou em trabalho de parto quando ainda estavam a certa distância da cidade. 17 As dores de parto aumentaram, e a parteira lhe disse: “Não tenha medo! Você terá outro menino!”. 18 Raquel estava quase morrendo, mas, com seu último suspiro, chamou o menino de Benoni.[ai] O pai do bebê, no entanto, o chamou de Benjamim.[aj] 19 Assim, Raquel morreu e foi sepultada junto ao caminho para Efrata (ou seja, Belém). 20 Sobre o túmulo de Raquel, Jacó levantou um monumento de pedra, que está lá até hoje.
21 Então Jacó[ak] seguiu viagem e acampou além de Migdal-Éder. 22 Enquanto moravam ali, Rúben teve relações com Bila, concubina de seu pai, e Jacó ficou sabendo disso.
Estes são os nomes dos doze filhos de Jacó:
23 Os filhos de Lia foram Rúben (o filho mais velho de Jacó), Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom.
24 Os filhos de Raquel foram José e Benjamim.
25 Os filhos de Bila, serva de Raquel, foram Dã e Naftali.
26 Os filhos de Zilpa, serva de Lia, foram Gade e Aser.
Esses são os filhos que nasceram a Jacó em Padã-Arã.
27 Então Jacó voltou à casa de seu pai, Isaque, em Manre, perto de Quiriate-Arba (hoje chamada Hebrom), onde Abraão e Isaque viveram como estrangeiros. 28 Isaque viveu 180 anos. 29 Deu o último suspiro e, ao morrer em boa velhice, reuniu-se a seus antepassados. Seus filhos, Esaú e Jacó, o sepultaram.
Os descendentes de Esaú
36 Este é o relato dos descendentes de Esaú (também chamado Edom). 2 Esaú se casou com duas moças de Canaã: Ada, filha de Elom, o hitita, e Oolibama, filha de Aná e neta de Zibeão, o heveu. 3 Também se casou com sua prima Basemate, que era filha de Ismael e irmã de Nebaiote. 4 Ada deu à luz um filho chamado Elifaz. Basemate deu à luz um filho chamado Reuel. 5 Oolibama deu à luz filhos chamados Jeús, Jalão e Corá. Todos esses filhos nasceram a Esaú na terra de Canaã.
6 Esaú tomou suas mulheres, seus filhos e filhas e todos os de sua casa, além de seus rebanhos e o gado, toda a riqueza que havia adquirido na terra de Canaã, e se mudou para longe de seu irmão, Jacó. 7 Seus rebanhos e bens eram tantos que a terra onde moravam não era suficiente para sustentá-los. 8 Portanto, Esaú (também chamado Edom) se estabeleceu na região montanhosa de Seir.
9 Este é o relato dos descendentes de Esaú, os edomitas, que viviam na região montanhosa de Seir.
10 Estes são os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; e Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú.
11 Os descendentes de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz. 12 Timna, concubina de Elifaz, filho de Esaú, deu à luz um filho chamado Amaleque. Esses são os descendentes de Ada, mulher de Esaú.
13 Os descendentes de Reuel foram: Naate, Zerá, Samá e Mizá. Esses são os descendentes de Basemate, mulher de Esaú.
14 Esaú também teve filhos com Oolibama, filha de Aná, neta de Zibeão. Seus nomes eram: Jeús, Jalão e Corá.
15 Estes são os descendentes de Esaú que se tornaram chefes de vários clãs:
Os descendentes de Elifaz, filho mais velho de Esaú, se tornaram chefes dos clãs de Temã, Omar, Zefô, Quenaz, 16 Corá, Gaetã e Amaleque. Esses são os chefes de clãs descendentes de Elifaz na terra de Edom. Todos eles foram descendentes de Ada, mulher de Esaú.
17 Os descendentes de Reuel, filho de Esaú, se tornaram chefes dos clãs de Naate, Zaerá, Samá e Mizá. Esses são os chefes dos clãs descendentes de Reuel na terra de Edom. Todos eles foram descendentes de Basemate, mulher de Esaú.
18 Os descendentes de Esaú e sua mulher Oolibama se tornaram os chefes dos clãs de Jeús, Jalão e Corá. Esses são os chefes dos clãs descendentes de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná.
19 Esses são os clãs que descenderam de Esaú (também chamado de Edom), cada um identificado pelo nome de seu chefe.
Os habitantes originais de Edom
20 Estes são os nomes das tribos que descenderam de Seir, o horeu, que habitavam na terra de Edom: Lotã, Sobal, Zibeão e Aná, 21 Disom, Ézer e Disã. Estes são os chefes dos clãs horeus, descendentes de Seir, que habitavam na terra de Edom.
22 Os descendentes de Lotã foram: Hori e Hemã. A irmã de Lotã se chamava Timna.
23 Os descendentes de Sobal foram: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã.
24 Os descendentes de Zibeão foram: Aiá e Aná. (Foi este Aná que descobriu as fontes de águas quentes no deserto enquanto levava os jumentos de seu pai para pastar.)
25 Os descendentes de Aná foram: seu filho Disom e sua filha Oolibama.
26 Os descendentes de Disom[al] foram: Hendã, Esbã, Itrã e Querã.
27 Os descendentes de Ézer foram: Bilã, Zaavã e Acã.
28 Os descendentes de Disã foram Uz e Arã.
29 Estes, portanto, foram os chefes dos clãs horeus: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, 30 Disom, Ézer e Disã. Os clãs horeus são identificados pelo nome de seus chefes, que habitavam na terra de Seir.
Reis de Edom
31 Estes são os reis que governaram na terra de Edom antes de os israelitas terem rei:[am]
32 Belá, filho de Beor, reinou em Edom, na cidade de Dinabá.
33 Quando Belá morreu, Jobabe, filho de Zerá, de Bozra, foi seu sucessor.
34 Quando Jobabe morreu, Husã, da terra dos temanitas, foi seu sucessor.
35 Quando Husã morreu, Hadade, filho de Bedade, foi seu sucessor na cidade de Avite. Foi Hadade quem derrotou os midianitas na terra de Moabe.
36 Quando Hadade morreu, Samlá, da cidade de Masreca, foi seu sucessor.
37 Quando Samlá morreu, Saul, da cidade de Reobote, próxima ao Eufrates,[an] foi seu sucessor.
38 Quando Saul morreu, Baal-Hanã, filho de Acbor, foi seu sucessor.
39 Quando Baal-Hanã, filho de Acbor, morreu, Hadade[ao] foi seu sucessor na cidade de Paú. Sua mulher era Meetabel, filha de Matrede e neta de Mezaabe.
40 Estes são os nomes dos chefes dos clãs descendentes de Esaú, que habitavam nos lugares que têm seus nomes: Timna, Alvá, Jetete, 41 Oolibama, Elá, Pinom, 42 Quenaz, Temã, Mibzar, 43 Magdiel e Irã. Esses são os chefes dos clãs de Edom, relacionados de acordo com seus assentamentos na terra que ocupavam. Todos eles foram descendentes de Esaú, antepassado dos edomitas.
Os sonhos de José
37 Jacó passou a morar na terra de Canaã, onde seu pai tinha vivido como estrangeiro.
2 Este é o relato de Jacó e sua família. Quando José tinha 17 anos, cuidava dos rebanhos de seu pai. Trabalhava com seus meios-irmãos, os filhos de Bila e Zilpa, mulheres de seu pai, e contava para seu pai algumas das coisas erradas que seus irmãos faziam.
3 Jacó[ap] amava José mais que a qualquer outro de seus filhos, pois José havia nascido quando Jacó era idoso. Por isso, certo dia Jacó encomendou um presente especial para José: uma linda túnica.[aq] 4 Os irmãos de José, por sua vez, o odiavam, pois o pai deles o amava mais que a todos os outros filhos. Não eram capazes de lhe dizer uma única palavra amigável.
5 Certa noite, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles o odiaram ainda mais. 6 “Ouçam este sonho que tive”, disse ele. 7 “Estávamos no campo, amarrando feixes de trigo. De repente, meu feixe se levantou e ficou em pé, e seus feixes se juntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele!”
8 Seus irmãos responderam: “Você imagina que será nosso rei? Pensa mesmo que nos governará?”. E o odiaram ainda mais por causa de seus sonhos e da maneira como os contava.
9 Pouco tempo depois, José teve outro sonho e, mais uma vez, contou-o a seus irmãos. “Ouçam, tive outro sonho”, disse ele. “O sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim!”
10 Dessa vez, contou o sonho não apenas aos irmãos, mas também ao pai, que o repreendeu, dizendo: “Que sonho é esse? Por acaso eu, sua mãe e seus irmãos viremos e nos curvaremos até o chão diante de você?”. 11 Os irmãos de José ficaram com inveja dele, mas seu pai se perguntou qual seria o significado dos sonhos.
José é vendido como escravo
12 Pouco depois, os irmãos de José levaram os rebanhos de seu pai para pastar junto de Siquém. 13 Então Jacó disse a José: “Seus irmãos estão cuidando das ovelhas em Siquém. Apronte-se, e eu o enviarei até eles”.
“Estou pronto para ir”, respondeu José.
14 “Vá ver como estão seus irmãos e os rebanhos”, disse Jacó. “E traga-me notícias deles.” Jacó o enviou, e José viajou de sua casa no vale de Hebrom até Siquém.
15 Quando José chegou a Siquém, um homem da região notou que ele andava perdido pelos campos. “O que você está procurando?”, perguntou o homem.
16 “Estou procurando meus irmãos”, respondeu José. “O senhor sabe onde eles estão cuidando dos rebanhos?”
17 O homem lhe disse: “Sim, eles foram embora daqui, mas eu os ouvi dizer: ‘Vamos a Dotã’”. Então José foi atrás de seus irmãos e os encontrou em Dotã.
18 Quando os irmãos de José o viram, o reconheceram de longe. Antes que ele se aproximasse, planejaram uma forma de matá-lo. 19 “Lá vem o sonhador!”, disseram uns aos outros. 20 “Vamos matá-lo e jogá-lo numa dessas cisternas. Diremos a nosso pai: ‘Um animal selvagem o devorou’. Então veremos o que será dos seus sonhos!”
21 Mas, quando Rúben ouviu o plano, tratou de livrar José. “Não o matemos”, disse ele. 22 “Por que derramar sangue? Joguem-no nesta cisterna vazia aqui no deserto e não toquemos nele.” Rúben planejava resgatar José e levá-lo de volta ao pai.
23 Assim, quando José chegou, os irmãos lhe arrancaram a linda túnica que ele estava usando, 24 o agarraram e o jogaram na cisterna vazia, ou seja, sem água. 25 Mais tarde, quando se sentaram para comer, viram ao longe uma caravana de camelos vindo em sua direção. Era um grupo de negociantes ismaelitas, que transportavam especiarias, bálsamo e mirra de Gileade para o Egito.
26 Judá disse a seus irmãos: “O que ganharemos se matarmos nosso irmão e encobrirmos o crime?[ar] 27 Em vez de matá-lo, vamos vendê-lo aos negociantes ismaelitas. Afinal, ele é nosso irmão, sangue do nosso sangue!”. Seus irmãos concordaram. 28 Então, quando os ismaelitas, que eram negociantes midianitas, se aproximaram, os irmãos de José o tiraram da cisterna e o venderam para eles por vinte peças[as] de prata. E os negociantes o levaram para o Egito.
29 Algum tempo depois, Rúben voltou para tirar José da cisterna. Quando descobriu que seu irmão não estava lá, rasgou as roupas. 30 Voltou a seus irmãos e lamentou-se: “O menino sumiu! E agora, o que farei?”.
31 Então os irmãos mataram um bode e mergulharam a túnica de José no sangue do animal. 32 Enviaram a linda túnica para o pai, com a seguinte mensagem: “Veja o que encontramos. Não é a túnica de seu filho?”.
33 O pai a reconheceu de imediato e disse: “Sim, é a túnica de meu filho. Um animal selvagem o deve ter devorado. Com certeza José morreu despedaçado!”. 34 Jacó rasgou suas roupas e vestiu-se de pano de saco. Por longo tempo, lamentou profundamente a morte do filho. 35 A família toda tentou consolá-lo, mas ele se recusava. “Descerei à sepultura[at] lamentando a morte de meu filho”, dizia, e continuou a lamentar-se.
36 Enquanto isso, os negociantes midianitas[au] chegaram ao Egito, onde venderam José a Potifar, oficial e capitão da guarda do faraó.
Judá e Tamar
38 Por essa época, Judá saiu de casa e se mudou para Adulão, onde foi morar na casa de um homem chamado Hira. 2 Ali, Judá viu uma mulher cananita, filha de Suá, e se casou com ela. Teve relações com a mulher, 3 e ela engravidou e deu à luz um filho, que ele chamou de Er. 4 Ela engravidou novamente e deu à luz outro filho, que chamou de Onã. 5 Quando estavam morando em Quezibe, ela deu à luz o terceiro filho e o chamou de Selá.
6 No devido tempo, Judá arranjou o casamento de Er, seu filho mais velho, com uma moça chamada Tamar. 7 Mas Er era um homem perverso aos olhos do Senhor, por isso o Senhor lhe tirou a vida. 8 Então Judá disse a Onã, irmão de Er: “Case-se com Tamar, como é exigido para com a viúva do irmão. Você deve gerar um herdeiro para seu irmão”.
9 Onã, porém, não estava disposto a ter um filho que não seria seu herdeiro. Por isso, cada vez que tinha relações com a mulher de seu irmão, derramava o sêmen no chão. Desse modo, evitava que Tamar tivesse um filho que pertenceria ao irmão dele. 10 O Senhor, porém, considerou maldade a sua atitude e, por isso, também tirou a vida de Onã.
11 Então Judá disse à sua nora Tamar: “Volte para a casa de seus pais e permaneça viúva até que meu filho Selá tenha idade suficiente para se casar com você”. (Na verdade, Judá disse isso apenas porque temia que Selá também morresse, como seus dois irmãos.) Assim, Tamar voltou para a casa do pai.
12 Alguns anos depois, a mulher de Judá morreu. Quando terminou o período de luto, Judá e seu amigo Hira, o adulamita, subiram a Timna para supervisionar a tosquia das ovelhas de Judá. 13 Alguém disse a Tamar: “Seu sogro está subindo a Timna para tosquiar as ovelhas”.
14 Tamar sabia que Selá já era adulto, mas nenhuma providência havia sido tomada para que ela se casasse com ele. Por isso, trocou suas roupas de viúva e, para disfarçar-se, cobriu-se com um véu. Depois, foi sentar-se junto à entrada da vila de Enaim, no caminho para Timna. 15 Judá a viu e pensou que fosse uma prostituta, pois ela estava com o rosto coberto. 16 Ele parou à beira da estrada e, sem saber que era sua própria nora, disse: “Quero me deitar com você”.
“Quanto você me pagará para deitar-se comigo?”, perguntou Tamar.
17 “Eu lhe mandarei um cabrito do meu rebanho”, prometeu Judá.
“Mas o que me dá como garantia de que mandará o cabrito?”, perguntou ela.
18 “Que tipo de garantia você quer?”, replicou ele.
Ela disse: “Deixe comigo seu selo pessoal, junto com o cordão dele e o cajado que você está segurando”. Judá entregou os objetos. Depois, teve relações com Tamar, e ela engravidou. 19 Em seguida, Tamar voltou para casa, tirou o véu e tornou a vestir as roupas de viúva, como de costume.
20 Mais tarde, Judá pediu que seu amigo Hira, o adulamita, levasse o cabrito para a mulher e pegasse de volta as coisas que ele havia deixado como garantia. Hira, porém, não conseguiu encontrá-la. 21 Perguntou aos homens que moravam lá: “Onde posso encontrar a prostituta do templo que estava sentada junto à entrada de Enaim?”.
“Aqui nunca houve uma prostituta do templo”, responderam eles.
22 Então Hira voltou para onde Judá estava e lhe disse: “Não consegui encontrá-la em lugar algum, e os homens da vila disseram que lá nunca houve uma prostituta do templo”.
23 “Que ela fique com as minhas coisas”, disse Judá. “Mandei o cabrito como tínhamos combinado, mas você não a encontrou. Se voltássemos para procurá-la, o povo da vila zombaria de nós.”
24 Uns três meses depois, disseram a Judá: “Sua nora, Tamar, se comportou como prostituta e, por isso, está grávida”.
Judá ordenou: “Tragam-na para fora e queimem-na!”.
25 Quando a estavam tirando de casa para matá-la, ela enviou a seguinte mensagem a seu sogro: “Estou grávida do homem que é dono destes objetos. Olhe com atenção. De quem são este selo, este cordão e este cajado?”.
26 Judá os reconheceu de imediato e disse: “Ela é mais justa que eu, pois não tomei as providências para que ela se casasse com meu filho Selá”. E Judá nunca mais teve relações com Tamar.
27 Quando chegou a época de Tamar dar à luz, descobriu que teria gêmeos. 28 Durante o trabalho de parto, um dos bebês pôs a mão para fora. A parteira segurou a mão do bebê, amarrou um fio vermelho no pulso e anunciou: “Este saiu primeiro”. 29 O bebê, porém, recolheu a mão, e seu irmão saiu. Então a parteira disse: “Como você conseguiu sair primeiro?”. Por isso, ele recebeu o nome de Perez.[av] 30 Logo depois, o bebê com o fio vermelho no pulso nasceu e recebeu o nome de Zerá.[aw]
José na casa de Potifar
39 Quando José foi levado para o Egito pelos negociantes ismaelitas, eles o venderam a Potifar, um oficial egípcio. Potifar era capitão da guarda do faraó, o rei do Egito.
2 O Senhor estava com José, por isso ele era bem-sucedido em tudo que fazia no serviço da casa de seu senhor egípcio. 3 Potifar percebeu que o Senhor estava com José e lhe dava sucesso em tudo que ele fazia. 4 Satisfeito com isso, nomeou José seu assistente pessoal e o encarregou de toda a sua casa e de todos os seus bens. 5 A partir do dia em que José foi encarregado de toda a casa e de todas as propriedades de Potifar, o Senhor começou a abençoar a casa do egípcio por causa de José. Tudo corria bem na casa, e as plantações e os animais prosperavam. 6 Assim, Potifar entregou tudo que possuía aos cuidados de José e, tendo-o como administrador, não se preocupava com nada, exceto com o que iria comer.
José era um rapaz muito bonito, de bela aparência, 7 e logo a esposa de Potifar começou a olhar para ele com desejo. “Venha e deite-se comigo”, ordenou ela.
8 José recusou e disse: “Meu senhor me confiou todos os bens de sua casa e não precisa se preocupar com nada. 9 Ninguém aqui tem mais autoridade que eu. Ele não me negou coisa alguma, exceto a senhora, pois é mulher dele. Como poderia eu cometer tamanha maldade? Estaria pecando contra Deus!”.
10 A mulher continuava a assediar José diariamente, mas ele se recusava a deitar-se com ela. 11 Certo dia, porém, quando José entrou para fazer seu trabalho, não havia mais ninguém na casa. 12 Ela se aproximou, agarrou-o pelo manto e exigiu: “Venha, deite-se comigo!”. José se desvencilhou e fugiu da casa, mas o manto ficou na mão da mulher.
13 Quando ela viu que José tinha fugido, mas que o manto havia ficado na mão dela, 14 chamou seus servos. “Vejam!”, disse ela. “Meu marido trouxe esse escravo hebreu para nos fazer de bobos! Ele entrou no meu quarto para me violentar, mas eu gritei. 15 Quando ele me ouviu gritar, saiu correndo e escapou, mas largou seu manto comigo.”
16 Ela guardou o manto até o marido voltar para casa. 17 Então, contou-lhe sua versão da história. “O escravo hebreu que você trouxe para nossa casa tentou aproveitar-se de mim”, disse ela. 18 “Mas, quando eu gritei, ele saiu correndo e largou seu manto comigo!”
José é preso
19 Ao ouvir a mulher contar como José a havia tratado, Potifar se enfureceu. 20 Pegou José e o lançou na prisão onde ficavam os prisioneiros do rei, e ali José permaneceu. 21 Mas o Senhor estava com ele na prisão e o tratou com bondade. Fez José conquistar a simpatia do carcereiro, que, 22 em pouco tempo, encarregou José de todos os outros presos e de todas as tarefas da prisão. 23 O carcereiro não precisava mais se preocupar com nada, pois José cuidava de tudo. O Senhor estava com ele e lhe dava sucesso em tudo que ele fazia.
José interpreta o sonho de dois prisioneiros
40 Algum tempo depois, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros do faraó ofenderam seu senhor, o rei do Egito. 2 O faraó se enfureceu com os dois oficiais 3 e os mandou para a prisão onde José estava, no palácio do capitão da guarda. 4 Eles ficaram presos por um bom tempo, e o capitão da guarda os colocou sob a responsabilidade de José, para que cuidasse deles.
5 Certa noite, enquanto estavam presos, o copeiro e o padeiro tiveram, cada um, um sonho, e cada sonho tinha o seu significado. 6 Quando José os viu no dia seguinte, notou que os dois estavam perturbados 7 e perguntou: “Por que vocês estão preocupados?”.
8 Eles responderam: “Esta noite, nós dois tivemos sonhos, mas ninguém sabe nos dizer o que significam”.
“A interpretação dos sonhos vem de Deus”, disse José. “Contem-me o que sonharam.”
9 O chefe dos copeiros foi o primeiro a relatar seu sonho a José. “Em meu sonho, vi na minha frente uma videira”, disse ele. 10 “Havia três ramos que começaram a brotar e florescer e, em pouco tempo, produziram cachos de uvas. 11 Eu tinha na mão o copo do faraó. Tomei um dos cachos de uva, espremi o suco na taça e a coloquei na mão do faraó.”
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