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Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Juízes 3:28-15:12

28 Ele disse: “Sigam-me, pois o Senhor entregou Moabe, seu inimigo, em suas mãos”. Os israelitas o seguiram e assumiram o controle dos pontos mais rasos do Jordão, onde se atravessava para Moabe, e não deixaram ninguém passar.

29 Eles atacaram os moabitas e mataram cerca de dez mil de seus guerreiros mais fortes e valentes. Nenhum deles escapou. 30 Naquele dia, Israel derrotou Moabe, e houve paz na terra durante oitenta anos.

Sangar se torna juiz de Israel

31 Depois de Eúde, Sangar, filho de Anate, libertou Israel. Certa vez, ele matou seiscentos filisteus com um ferrão de conduzir bois.

Débora se torna juíza de Israel

Depois da morte de Eúde, os israelitas voltaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor. Por isso, o Senhor os entregou nas mãos de Jabim, rei cananeu de Hazor. O comandante de seu exército era Sísera, que habitava em Harosete-Hagoim. Sísera, que tinha novecentos carros de guerra com rodas de ferro, oprimiu cruelmente os israelitas durante vinte anos. Então o povo pediu socorro ao Senhor.

Quem julgava Israel nessa época era Débora, uma profetisa, mulher de Lapidote. Ela costumava sentar-se debaixo da Palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim, e os israelitas a procuravam para que ela julgasse suas questões. Certo dia, mandou chamar Baraque, filho de Abinoão, que morava em Quedes, no território de Naftali, e lhe disse: “O Senhor, o Deus de Israel, lhe dá a seguinte ordem: ‘Convoque dez mil guerreiros das tribos de Naftali e Zebulom para irem ao monte Tabor. Eu farei Sísera, comandante do exército de Jabim, ir com seus carros de guerra e guerreiros até o rio Quisom. Ali eu os entregarei em suas mãos’”.

Baraque disse a Débora: “Só irei se você for comigo; senão, não irei”.

Débora respondeu: “Está bem, eu irei, mas você não receberá a honra nesta missão, pois o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mulher”. Então Débora foi com Baraque a Quedes. 10 Ali, Baraque convocou as tribos de Zebulom e Naftali, e dez mil guerreiros subiram com ele. Débora também o acompanhou.

11 Héber, queneu descendente de Hobabe, cunhado[a] de Moisés, havia se separado dos outros membros de sua tribo e armado suas tendas junto ao carvalho de Zaanim, perto de Quedes.

12 Quando disseram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, havia subido ao monte Tabor, 13 ele mandou trazer seus novecentos carros de guerra com rodas de ferro e todos os seus guerreiros, e eles marcharam de Harosete-Hagoim até o rio Quisom.

14 Então Débora disse a Baraque: “Prepare-se! Este é o dia em que o Senhor entregará Sísera em suas mãos, pois o Senhor marcha adiante de você”. Baraque desceu a encosta do monte Tabor à frente de seus dez mil guerreiros para combater. 15 Quando Baraque atacou, o Senhor trouxe pânico sobre os carros de guerra e sobre os soldados de Sísera, que abandonou sua carruagem e fugiu a pé. 16 Baraque perseguiu os carros de guerra e o exército inimigo até Harosete-Hagoim e matou todos os guerreiros de Sísera. Nenhum deles escapou.

17 Enquanto isso, Sísera correu para a tenda de Jael, esposa de Héber, o queneu, pois havia paz entre a família de Héber e Jabim, rei de Hazor. 18 Jael saiu ao encontro de Sísera e disse: “Venha para minha tenda, senhor. Entre; não tenha medo”. Ele entrou na tenda de Jael, e ela o cobriu com uma manta.

19 “Por favor, dê-me um pouco de água”, disse ele. “Estou com sede.” Ela lhe deu leite de uma vasilha de couro e o cobriu novamente.

20 Sísera disse a ela: “Fique à porta da tenda. Se alguém chegar e perguntar se há alguém aqui, diga que não”.

21 Mas, quando Sísera, exausto, dormia um sono profundo, Jael, a esposa de Heber, se aproximou silenciosamente com um martelo e uma estaca de tenda na mão e atravessou o crânio dele com a estaca, que ficou presa ao chão. Foi assim que Sísera morreu.

22 Quando Baraque passou por lá à procura de Sísera, Jael saiu ao seu encontro e disse: “Venha! Eu lhe mostrarei o homem que o senhor está procurando”. Ele a seguiu até a tenda, onde encontrou o cadáver de Sísera, com o crânio atravessado pela estaca.

23 Naquele dia, o povo de Israel viu Deus derrotar Jabim, o rei cananeu. 24 Dali em diante, os israelitas se fortaleceram cada vez mais contra o rei Jabim, até que o eliminaram por completo.

O cântico de Débora

Naquele dia, Débora e Baraque, filho de Abinoão, entoaram este cântico:

“Os líderes de Israel assumiram o comando,
e o povo os seguiu de boa vontade.
Louvem a Senhor!
“Ouçam, reis!
Prestem atenção, governantes!
Pois eu cantarei ao Senhor;
sim, tocarei música para o Senhor, o Deus de Israel!

Senhor, quando saíste de Seir
e marchaste desde os campos de Edom,
a terra tremeu,
e as nuvens do céu despejaram chuva.
Os montes estremeceram na presença do Senhor,
o Deus do monte Sinai,
na presença do Senhor,
o Deus de Israel.

“Nos dias de Sangar, filho de Anate,
e nos dias de Jael,
ninguém passava pelas estradas,[b]
e os viajantes tomavam caminhos tortuosos.
Restavam poucos nos povoados de Israel,
até que Débora se levantou[c] como mãe para Israel.
Quando Israel escolheu novos deuses,
a guerra chegou às portas das cidades.
Mas não se via um só escudo ou lança,
entre quarenta mil guerreiros de Israel.
Meu coração está com os comandantes de Israel,
com aqueles que se ofereceram para lutar.
Louvem o Senhor!

10 “Considerem estas coisas,
vocês que montam em jumentas brancas,
que se sentam em finas mantas,
vocês que caminham pela estrada.
11 Ouçam os músicos dos povoados,
reunidos junto aos bebedouros.
Ali relatam as justas vitórias do Senhor,
as justas vitórias de seus camponeses em Israel.
Então o povo do Senhor
desceu às portas da cidade.

12 “Desperte, Débora, desperte!
Desperte, desperte e entoe um cântico!
Levante-se, Baraque!
Leve embora seus cativos, filho de Abinoão!

13 “Então os sobreviventes desceram contra os poderosos;[d]
o povo do Senhor marchou por mim contra os guerreiros.
14 Desceram de Efraim, terra que antes pertencia aos amalequitas;
seguiram você, Benjamim, com seus soldados.
De Maquir, desceram os comandantes;
de Zebulom, os que levam a vara de comando.
15 Os príncipes de Issacar estavam com Débora e Baraque;
sob suas ordens, desceram ao vale.
Mas, na tribo de Rúben,
houve grande indecisão.[e]
16 Por que ficaram entre os currais,
ouvindo os pastores assobiarem para seus rebanhos?
Sim, na tribo de Rúben
houve grande indecisão.
17 Gileade continuou a leste do Jordão,
e por que Dã ficou junto aos navios?
Aser sentou-se inerte na praia
e permaneceu em seus portos.
18 Mas Zebulom arriscou a vida,
assim como fez Naftali,
nas regiões altas do campo.

19 “Os reis de Canaã vieram e lutaram
em Taanaque, perto das águas de Megido,
mas não levaram despojos de prata.
20 Desde o céu as estrelas lutaram;
as estrelas, em suas órbitas, lutaram contra Sísera.
21 O rio Quisom os arrastou,
o antigo ribeiro, o Quisom;
que eu marche adiante com coragem!
22 Os cascos dos cavalos martelavam o chão;
galopavam, galopavam seus poderosos cavalos de guerra.
23 ‘Amaldiçoem os habitantes de Meroz’, disse o anjo do Senhor.
‘Amaldiçoem duramente,
pois não vieram ajudar o Senhor,
ajudar o Senhor contra fortes guerreiros.’

24 “Jael, esposa de Héber, o queneu,
é a mais abençoada entre as mulheres.
Que ela seja a mais abençoada das mulheres
que vivem em tendas!
25 Sísera lhe pediu água,
e ela lhe deu leite.
Numa vasilha digna dos nobres,
trouxe-lhe coalhada.
26 Com a mão esquerda, pegou uma estaca de tenda;
com a direita, o martelo de trabalhador.
Com eles atacou Sísera e esmagou sua cabeça;
de um só golpe, rachou e atravessou seu crânio.
27 Ele se curvou, caiu e ali ficou,
estirado aos pés de Jael.
E, no lugar onde se curvou,
ali caiu e morreu.

28 “Da janela, a mãe de Sísera olhava para fora;
atrás da treliça da janela, clamava:
‘Por que seu carro de guerra demora tanto?
Por que não se ouve o som de suas carruagens?’.

29 “Suas acompanhantes mais sábias respondiam,
e ela repetia estas palavras a si mesma:
30 ‘Devem estar repartindo os despojos que tomaram;
uma ou duas moças para cada homem.
Haverá túnicas coloridas para Sísera,
túnicas coloridas e bordadas.
Sem dúvida, no despojo haverá
túnicas coloridas e bordadas dos dois lados’.

31 Senhor, que todos os teus inimigos assim sejam destruídos!
Mas, aqueles que te amam, que se levantem como o sol com toda a sua força!”.

Então houve paz na terra durante quarenta anos.

Gideão se torna juiz de Israel

Os israelitas fizeram o que era mau aos olhos do Senhor. Por isso, o Senhor os entregou nas mãos dos midianitas durante sete anos. Os midianitas eram tão cruéis que os israelitas fizeram para si esconderijos nas montanhas, nas cavernas e nas fortalezas. Sempre que os israelitas faziam o plantio, saqueadores de Midiã, de Amaleque e de outros povos do leste atacavam Israel, acampavam na terra e destruíam as plantações até Gaza. Levavam ovelhas, bois e jumentos, e não deixavam coisa alguma para Israel comer. Esses bandos inimigos, que vinham com seus rebanhos e tendas, eram como uma praga de gafanhotos. Chegavam em camelos, tão numerosos que era impossível contá-los, e só partiam quando a terra estava devastada. Os midianitas reduziram Israel à mais absoluta pobreza, e o povo pediu socorro ao Senhor.

Quando os israelitas clamaram ao Senhor por causa de Midiã, o Senhor lhes enviou um profeta, que disse: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu os tirei da escravidão no Egito. Eu os livrei dos egípcios e de todos que os oprimiam. Expulsei seus inimigos e dei a vocês a terra deles. 10 Disse a vocês: ‘Eu sou o Senhor, seu Deus. Não adorem os deuses dos amorreus, em cujas terras agora vivem’. Mas vocês não me deram ouvidos”.

11 Então o anjo do Senhor veio e sentou-se debaixo do grande carvalho em Ofra que pertencia a Joás, do clã de Abiezer. Gideão, filho de Joás, estava debulhando trigo no fundo de uma prensa de uvas, a fim de não ser descoberto pelos midianitas. 12 O anjo do Senhor apareceu a Gideão e disse: “O Senhor está com você, guerreiro corajoso!”.

13 Gideão respondeu: “Meu senhor, se o Senhor está conosco, por que nos aconteceu tudo isso? E onde estão os milagres de que nossos antepassados nos falaram? Acaso não disseram: ‘O Senhor nos tirou do Egito’? Agora, porém, o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos dos midianitas!”.

14 Então o Senhor se voltou para ele e disse: “Vá com a força que você tem e liberte Israel dos midianitas. Sou eu quem o envia!”.

15 “Mas, Senhor, como posso libertar Israel?”, perguntou Gideão. “Meu clã é o mais fraco de toda a tribo de Manassés, e eu sou o menos importante de minha família!”

16 “Certamente estarei com você”, disse o Senhor. “E você destruirá os midianitas como se estivesse lutando contra um só homem.”

17 Gideão respondeu: “Se, de fato, posso contar com tua ajuda, dá-me um sinal de que é mesmo o Senhor quem fala comigo. 18 Por favor, não vás embora até que eu te traga a minha oferta”.

Ele respondeu: “Ficarei aqui até você voltar”.

19 Gideão foi depressa para casa. Cozinhou um cabrito e, com cerca de vinte litros[f] de farinha, preparou pães sem fermento. Depois, colocou a carne num cesto e o caldo numa panela, os levou para fora e os ofereceu ao anjo que estava debaixo da grande árvore.

20 O anjo de Deus lhe disse: “Coloque a carne e os pães sem fermento sobre esta pedra e derrame neles o caldo”. Gideão obedeceu. 21 Então o anjo do Senhor tocou na carne e nos pães com a ponta da vara que estava em sua mão, e fogo subiu da pedra e consumiu tudo que Gideão havia trazido. E o anjo do Senhor desapareceu.

22 Quando Gideão percebeu que era o anjo do Senhor, exclamou: “Ó Soberano Senhor, estou perdido! Vi o anjo do Senhor face a face!”.

23 “Fique em paz”, respondeu o Senhor. “Não tenha medo; você não morrerá.” 24 Então Gideão construiu um altar para o Senhor naquele local e o chamou de Javé-Shalom.[g] Até hoje o altar está em Ofra, no território do clã de Abiezer.

25 Naquela noite, o Senhor disse a Gideão: “Tome o segundo touro do rebanho de seu pai, aquele de sete anos. Derrube o altar que seu pai fez para Baal e corte o poste de Aserá que fica ao lado do altar. 26 Depois, construa um altar para o Senhor, seu Deus, no alto desta colina, arrumando as pedras com cuidado. Sacrifique o touro sobre o altar como holocausto e use como lenha a madeira do poste de Aserá que você cortará”.

27 Gideão levou dez de seus servos e fez o que o Senhor mandou. Porém, fez tudo de noite, com medo de sua família e do povo da cidade.

28 Logo cedo no dia seguinte, quando os habitantes da cidade começaram a despertar, alguém descobriu que o altar de Baal havia sido derrubado e que o poste de Aserá ao lado dele tinha sido cortado. Em seu lugar, havia um novo altar, sobre o qual estavam os restos do touro sacrificado. 29 Os habitantes perguntaram uns aos outros: “Quem fez isso?”. Depois de uma investigação cuidadosa, descobriram que tinha sido Gideão, filho de Joás.

30 “Traga seu filho para fora”, os homens da cidade exigiram de Joás. “Ele deve morrer, pois derrubou o altar de Baal e cortou o poste de Aserá!”

31 Joás, porém, gritou para a multidão que o confrontava: “Por que vocês defendem Baal? Acaso pretendem salvá-lo? Quem lutar pela causa dele será morto pela manhã! Se Baal é realmente um deus, que ele próprio se defenda e destrua quem derrubou seu altar!”. 32 Dali em diante, Gideão foi chamado de Jerubaal (isto é, “Que Baal lute com ele”), pois derrubou o altar de Baal.

Gideão pede um sinal

33 Pouco tempo depois, os exércitos de Midiã, de Amaleque e de outros povos do leste se uniram. Eles atravessaram o Jordão e acamparam no vale de Jezreel. 34 Então o Espírito do Senhor veio sobre Gideão, que tocou a trombeta de chifre de carneiro, convocando para a batalha, e os homens do clã de Abiezer o seguiram. 35 Também enviou mensageiros às tribos de Manassés, Aser, Zebulom e Naftali, convocando seus guerreiros, e todos atenderam ao chamado.

36 Então Gideão disse a Deus: “Se de fato vais me usar para salvar Israel, como prometeste, 37 dá-me uma prova da seguinte forma. Hoje à noite, deixarei um pouco de lã na eira, onde se peneiram os grãos. Se pela manhã a lã estiver molhada de orvalho, mas o chão estiver seco, saberei que vais me ajudar a salvar Israel, como prometeste”. 38 E foi exatamente o que aconteceu. Na manhã seguinte, bem cedo, Gideão se levantou, espremeu a lã e recolheu uma tigela cheia de água.

39 Então Gideão disse a Deus: “Peço que não fiques irado comigo, mas que me permitas fazer mais um pedido. Deixa-me usar esta lã para mais uma prova. Desta vez, que a lã fique seca e o chão ao redor dela fique coberto de orvalho”. 40 Naquela noite, Deus fez o que Gideão havia pedido. Pela manhã, a lã estava seca, mas o chão estava coberto de orvalho.

Gideão derrota os midianitas

Jerubaal (isto é, Gideão) e todo o seu exército se levantaram de madrugada e acamparam junto à fonte de Harode. Os exércitos de Midiã estavam acampados ao norte deles, no vale perto da colina de Moré. O Senhor disse a Gideão: “Você tem guerreiros demais. Se eu deixar todos vocês lutarem contra os midianitas, Israel se vangloriará diante de mim, dizendo que se libertou por sua própria força. Portanto, diga ao povo: ‘Quem estiver com medo e assustado pode deixar este monte[h] e voltar para casa’”. Vinte e dois mil homens voltaram para casa, restando apenas dez mil.

O Senhor, porém, disse a Gideão: “Seu exército ainda está grande demais. Desça com eles até a fonte, e eu os provarei para determinar quem irá com você e quem não irá”. Quando Gideão desceu com os guerreiros até a fonte, o Senhor lhe disse: “Separe os homens em dois grupos. Num grupo, coloque todos que bebem água das mãos, lambendo-a como fazem os cães. No outro grupo, coloque todos que se ajoelham e põem a boca na água para beber”. Apenas trezentos homens beberam água das mãos; os demais se ajoelharam e puseram a boca na água.

O Senhor disse a Gideão: “Com estes trezentos homens eu livrarei Israel e entregarei os midianitas em suas mãos. Mande para casa os demais”. Gideão ordenou que recolhessem as provisões e as trombetas de chifre de carneiro dos outros guerreiros e os mandou para casa, mas manteve consigo os trezentos homens.

O acampamento midianita ficava à frente de Gideão, descendo o vale. Naquela noite, o Senhor lhe disse: “Levante-se! Desça ao acampamento dos midianitas, pois eu os entreguei em suas mãos! 10 Mas, se você tem medo de atacá-los, desça até o acampamento com seu servo Purá. 11 Ouça o que os midianitas estão dizendo e você se encherá de coragem e terá ânimo para atacar”.

Então Gideão e seu servo Purá desceram até os limites do acampamento inimigo. 12 Os exércitos de Midiã, de Amaleque e dos povos do leste cobriam o vale como uma nuvem de gafanhotos. Seus camelos eram tão numerosos como os grãos de areia da praia, impossíveis de contar. 13 Gideão se aproximou no exato momento em que um homem contava um sonho a seu amigo. O homem disse: “Tive um sonho, no qual um pão de cevada veio rolando para dentro do acampamento midianita; então, bateu numa tenda e ela virou, desmontando-se!”.

14 O amigo respondeu: “O sonho só pode significar uma coisa: a espada de Gideão, filho de Joás, o israelita. Deus entregou todo o exército midianita nas mãos dele!”.

15 Quando Gideão ouviu o sonho e sua interpretação, prostrou-se em adoração. Voltou para o acampamento de Israel e gritou: “Levantem-se! O Senhor entregou o exército midianita em suas mãos!”. 16 Em seguida, dividiu os trezentos homens em três grupos e deu a cada homem uma trombeta e um vaso de barro com uma tocha dentro.

17 “Olhem para mim”, disse ele. “Quando chegarmos à beira do acampamento, façam o que eu fizer. 18 Assim que eu e todos os que estiverem comigo tocarmos nossas trombetas, toquem as suas também ao redor de todo o acampamento e gritem: ‘Pelo Senhor e por Gideão!’”

19 Pouco depois da meia-noite[i] e da troca da guarda inimiga, Gideão e seus cem homens chegaram aos limites do acampamento midianita. De repente, tocaram as trombetas e quebraram os vasos de barro. 20 Então os três grupos tocaram as trombetas e quebraram os vasos. Segurando a tocha na mão esquerda e a trombeta na direita, todos gritaram: “À espada, pelo Senhor e por Gideão!”.

21 Cada homem manteve sua posição ao redor do acampamento e viu todos os midianitas correrem de um lado para o outro, gritando apavorados enquanto fugiam. 22 Quando os trezentos israelitas tocaram as trombetas, o Senhor fez os guerreiros que estavam no acampamento lutarem uns contra os outros com suas espadas. Os que sobreviveram fugiram para lugares distantes como Bete-Sita, perto de Zererá, e para a divisa de Abel-Meolá, perto de Tabate.

23 Então Gideão convocou os guerreiros de Naftali, Aser e Manassés, que se juntaram aos demais para perseguir o exército midianita. 24 Gideão também enviou mensageiros a toda a região montanhosa de Efraim, dizendo: “Desçam e ataquem os midianitas! Não permitam que eles cheguem aos pontos mais rasos de travessia do Jordão em Bete-Bara”.

Todos os homens de Efraim obedeceram. 25 Capturaram Orebe e Zeebe, os dois comandantes midianitas, e mataram Orebe na rocha de Orebe e Zeebe na prensa de uvas de Zeebe. Depois, continuaram a perseguir os midianitas. Por fim, levaram a cabeça de Orebe e a de Zeebe para Gideão, que estava do outro lado do Jordão.

Gideão mata Zeba e Zalmuna

Então os homens da tribo de Efraim perguntaram a Gideão: “Por que você nos tratou dessa forma? Por que não nos chamou quando foi lutar com os midianitas?”. E o repreenderam duramente.

Gideão, porém, respondeu: “O que eu fiz em comparação com vocês? A sobra das uvas da colheita de Efraim não são melhores que toda a colheita do pequeno clã de Abiezer? Deus entregou em suas mãos Orebe e Zeebe, os comandantes do exército midianita. O que eu fiz em comparação com isso?”. Quando ouviram a resposta de Gideão, a indignação dos homens de Efraim diminuiu.

Então Gideão atravessou o rio Jordão com os trezentos homens e, embora estivessem exaustos, continuaram a perseguir o inimigo. Quando chegaram a Sucote, Gideão pediu ao povo da cidade: “Por favor, deem um pouco de comida aos meus guerreiros. Eles estão muito cansados. Estou perseguindo Zeba e Zalmuna, reis de Midiã”.

Mas os líderes de Sucote responderam: “Primeiro capture Zeba e Zalmuna, e então daremos comida ao seu exército”.

“Muito bem”, disse Gideão. “Depois que o Senhor entregar Zeba e Zalmuna em minhas mãos, voltarei e rasgarei a carne de vocês com espinhos e com espinheiros do deserto.”

Dali Gideão subiu a Peniel,[j] onde também pediu comida e recebeu a mesma resposta. Disse ele ao povo de Peniel: “Quando eu voltar vitorioso, derrubarei esta torre”.

10 A essa altura, Zeba e Zalmuna estavam em Carcor com cerca de quinze mil guerreiros. Era tudo que restava dos exércitos aliados do leste, pois 120 mil já haviam sido mortos. 11 Gideão subiu pela rota das caravanas, a leste de Noba e Jogbeá, e atacou de surpresa o exército midianita. 12 Zeba e Zalmuna, os dois reis midianitas, fugiram, mas Gideão os perseguiu e os capturou, derrotando seu exército.

13 Gideão, filho de Joás, voltou da batalha pelo desfiladeiro de Heres. 14 Ali, capturou um jovem de Sucote e exigiu que ele escrevesse o nome dos 77 oficiais e autoridades da cidade. 15 Então Gideão retornou a Sucote e disse ao povo: “Aqui estão Zeba e Zalmuna. Quando estivemos aqui antes, vocês zombaram de mim e disseram: ‘Primeiro capture Zeba e Zalmuna, e então daremos comida aos seus guerreiros exaustos’”. 16 Gideão prendeu as autoridades da cidade e os castigou com espinhos e espinheiros do deserto. 17 Também derrubou a torre de Peniel e matou os homens da cidade.

18 Depois disso, Gideão perguntou a Zeba e a Zalmuna: “Como eram os homens que vocês mataram em Tabor?”.

“Como você”, responderam eles. “Todos pareciam filhos de rei.”

19 “Eram meus irmãos, filhos de minha mãe!”, exclamou Gideão. “Tão certo como vive o Senhor, eu não mataria vocês se tivessem poupado a vida deles!”

20 Gideão se voltou para Jéter, seu filho mais velho, e disse: “Mate-os!”. Mas Jéter não tirou sua espada, pois ainda era jovem e teve medo.

21 Então Zeba e Zalmuna disseram a Gideão: “Seja homem! Mate-nos você mesmo!”. Gideão os matou e tirou os enfeites que estavam no pescoço dos camelos deles.

O colete sacerdotal de Gideão

22 Então os israelitas disseram a Gideão: “Seja nosso governante! Você, seu filho e seu neto nos governarão, pois nos libertou de Midiã”.

23 Gideão, porém, respondeu: “Nem eu nem meu filho governaremos vocês. O Senhor os governará! 24 Mas tenho um pedido a fazer. Cada um de vocês me dê uma argola de ouro que tomou de seus inimigos como despojo”. (Uma vez que os inimigos eram ismaelitas, todos usavam argolas de ouro.)

25 “Com todo o prazer!”, responderam eles. Estenderam uma capa, e cada um jogou ali uma argola de ouro que havia tomado como despojo. 26 O peso das argolas de ouro totalizou pouco mais de vinte quilos,[k] sem contar os enfeites, os pendentes e as roupas de púrpura que os reis de Midiã usavam, além das correntes que estavam no pescoço de seus camelos.

27 Com esse ouro, Gideão fez um colete sacerdotal e o colocou em Ofra, sua cidade. Todo o Israel, porém, se prostituiu, fazendo do colete objeto de adoração, e ele se tornou uma armadilha para Gideão e sua família.

28 Esse é o relato de como os israelitas derrotaram Midiã, que nunca se recuperou. Durante quarenta anos do restante da vida de Gideão, houve paz na terra.

29 Então Gideão,[l] filho de Joás, voltou para casa. 30 Gerou setenta filhos do sexo masculino, pois teve muitas esposas. 31 Também teve uma concubina em Siquém que deu à luz um filho seu, a quem ele chamou Abimeleque. 32 Gideão, filho de Joás, morreu quando era muito idoso e foi sepultado no túmulo de seu pai, Joás, em Ofra, no território do clã de Abiezer.

33 Logo depois da morte de Gideão, os israelitas se prostituíram, adorando imagens de Baal e fazendo de Baal-Berite seu deus. 34 Os israelitas se esqueceram do Senhor, seu Deus, que os havia livrado de todos os inimigos em redor. 35 Também não demonstraram lealdade alguma para com a família de Jerubaal (isto é, Gideão), apesar de todo o bem que ele havia feito a Israel.

Abimeleque governa sobre Siquém

Certo dia, Abimeleque, filho de Gideão,[m] foi a Siquém visitar os irmãos de sua mãe e disse a eles e aos demais membros do seu clã materno: “Perguntem aos líderes de Siquém se preferem ser governados por todos os setenta filhos de Gideão ou por um só homem. E lembrem-se de que eu sou da mesma carne e do mesmo sangue de vocês!”.

Então os tios de Abimeleque transmitiram sua mensagem a todos os líderes de Siquém, que, depois de ouvirem a proposta, decidiram em favor de Abimeleque, pois era parente deles. Deram-lhe setenta moedas de prata do templo de Baal-Berite, que ele usou para contratar indivíduos desocupados e desordeiros que concordaram em segui-lo. Ele foi à casa de seu pai em Ofra e ali, sobre uma pedra, matou todos os seus setenta meios-irmãos, os filhos de Gideão, exceto Jotão, o filho mais novo, que fugiu e se escondeu. Então os líderes de Siquém e Bete-Milo convocaram uma reunião debaixo do carvalho perto da coluna[n] em Siquém e proclamaram Abimeleque rei.

A parábola de Jotão

Quando Jotão soube disso, subiu ao topo do monte Gerizim e gritou:

“Ouçam-me, cidadãos de Siquém!
Ouçam-me se querem que Deus os ouça!
Certa vez as árvores resolveram ungir um rei.
Primeiro disseram à oliveira:
‘Seja nosso rei!’.

Mas a oliveira se recusou e disse:

‘Devo deixar de produzir o óleo que agrada a Deus e às pessoas,
só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’.

10 “Então disseram à figueira:

‘Seja nosso rei!’.

11 Mas a figueira também se recusou e disse:

‘Devo deixar de produzir meus frutos doces e deliciosos,
só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’.

12 “Então disseram à videira:

‘Seja nosso rei!’.

13 Mas a videira também se recusou e disse:

‘Devo deixar de produzir o vinho que alegra a Deus e às pessoas,
só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’.

14 “Por fim, todas as árvores se voltaram para o espinheiro e disseram:

‘Seja nosso rei!’.

15 E o espinheiro respondeu às árvores:

‘Se querem mesmo ungir-me seu rei,
venham abrigar-se à minha sombra.
Se não, que saia fogo de mim
e queime os cedros do Líbano’”.

16 Jotão prosseguiu: “Será que vocês de fato agiram de forma honrada e íntegra ao proclamar Abimeleque seu rei? Será que foram justos com Gideão e seus descendentes? Vocês o trataram como ele merece, tendo em vista tudo que realizou? 17 Meu pai lutou por vocês e arriscou a vida para libertá-los dos midianitas. 18 Mas hoje vocês se rebelaram contra ele e seus descendentes e mataram seus setenta filhos sobre uma pedra. Escolheram Abimeleque, filho da escrava dele, para ser rei só porque ele é seu parente.

19 “Se hoje agiram de forma honrada e íntegra com Gideão e seus descendentes, então que sejam felizes com Abimeleque, e ele seja feliz com vocês. 20 Mas, se não o fizeram, então que saia fogo de Abimeleque e queime os líderes de Siquém e Bete-Milo, e saia fogo dos líderes de Siquém e Bete-Milo e queime Abimeleque!”.

21 Então Jotão fugiu e foi morar em Beer, pois tinha medo de seu irmão Abimeleque.

Siquém se rebela contra Abimeleque

22 Depois que Abimeleque havia governado Israel por três anos, 23 Deus enviou um espírito que gerou discórdia entre Abimeleque e os líderes de Siquém, que se rebelaram. 24 Foi um castigo para Abimeleque por ele ter assassinado os setenta filhos de Gideão e para os líderes de Siquém por terem apoiado Abimeleque no assassinato de seus irmãos. 25 Os líderes de Siquém prepararam uma emboscada para Abimeleque no alto dos montes e assaltavam todos os que passavam por ali. Contudo, alguém alertou Abimeleque sobre essa conspiração.

26 Nessa época, Gaal, filho de Ebede, se mudou para Siquém com seus irmãos e ganhou a confiança dos líderes da cidade. 27 Depois de irem ao campo, colherem as uvas e pisarem nelas, realizaram uma festa da colheita, no templo do deus local. Foi servido vinho à vontade, e todos começaram a amaldiçoar Abimeleque. 28 “Quem é Abimeleque?”, disse em alta voz Gaal, filho de Ebede. “Se não é um verdadeiro filho de Siquém,[o] por que devemos servi-lo? É apenas filho de Gideão, e esse Zebul é apenas seu ajudante. Sirvam aos verdadeiros filhos de Hamor, o fundador de Siquém! Por que devemos servir a Abimeleque? 29 Se eu estivesse no comando, me livraria de Abimeleque. Diria a ele: ‘Convoque seus soldados e venha lutar!’.”

30 Mas, quando Zebul, que governava a cidade, tomou conhecimento das palavras de Gaal, ficou furioso. 31 Enviou mensageiros a Abimeleque em Arumá[p] para lhe dizer: “Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos se mudaram para Siquém e estão instigando a cidade a se rebelar contra você. 32 Venha de noite com seu exército e esconda-se nos campos. 33 Pela manhã, assim que o sol nascer, ataque a cidade. Quando Gaal e aqueles que o acompanham saírem para lutar contra você, faça com eles o que desejar”.

34 Então Abimeleque e todos os seus homens saíram de noite, dividiram-se em quatro grupos e armaram uma emboscada ao redor de Siquém. 35 Gaal, filho de Ebede, estava à porta da cidade quando Abimeleque e seu exército saíram de seus esconderijos. 36 Quando Gaal os viu, disse a Zebul: “Olhe, há pessoas descendo do alto das colinas!”.

Zebul respondeu: “São apenas as sombras dos montes que se parecem com homens”.

37 Mas Gaal insistiu: “Não! São pessoas descendo das colinas.[q] E outro grupo vem pela estrada que passa pelo Carvalho dos Adivinhos”.[r]

38 Zebul se voltou para ele e perguntou: “Onde foi parar toda a sua conversa? Não foi você que disse: ‘Quem é Abimeleque e por que deveríamos servi-lo?’. Os homens dos quais você zombou estão logo ali do lado de fora da cidade! Saia e lute contra eles!”.

39 Então Gaal marchou à frente dos líderes de Siquém para a batalha contra Abimeleque. 40 Abimeleque perseguiu Gaal, e muitos homens de Siquém foram feridos e caíram pelo caminho enquanto recuavam até o portão da cidade. 41 Abimeleque voltou a Arumá, e Zebul expulsou Gaal e seus irmãos de Siquém.

42 No dia seguinte, o povo de Siquém saiu para guerrear nos campos. Abimeleque soube disso, 43 dividiu seus homens em três grupos e armou emboscadas nos campos. Quando Abimeleque viu o povo sair da cidade, ele e seus homens saíram de seus esconderijos e atacaram. 44 Abimeleque e seu grupo tomaram de assalto o portão da cidade para impedir que os homens de Siquém voltassem para dentro. Enquanto isso, os outros dois grupos atacaram e mataram aqueles que estavam nos campos. 45 A batalha durou o dia inteiro. Por fim, Abimeleque tomou Siquém e matou seus habitantes. Depois, destruiu a cidade e espalhou sal em todo o solo.

46 Ao tomarem conhecimento do que havia acontecido, os líderes que viviam na torre de Siquém correram e se esconderam na fortaleza do templo de Baal-Berite.[s] 47 Quando alguém informou Abimeleque de que esses habitantes estavam reunidos ali, 48 ele levou seu exército ao monte Zalmom. Pegou um machado, cortou alguns galhos de uma árvore e os pôs sobre os ombros. “Rápido! Façam como eu!”, disse a seus homens. 49 Assim, cada um cortou alguns galhos e fez como Abimeleque. Então amontoaram os galhos junto às paredes do templo e puseram fogo. Todos que viviam na torre de Siquém morreram, cerca de mil homens e mulheres.

50 Em seguida, Abimeleque atacou a cidade de Tebes e a conquistou. 51 No meio da cidade, porém, havia uma torre forte, e toda a população, homens e mulheres, fugiu para lá. Trancaram-se por dentro e subiram até o terraço. 52 Abimeleque foi até a torre e a atacou. Mas, quando se preparava para incendiar a entrada da torre, 53 uma mulher que estava no terraço jogou na cabeça de Abimeleque uma pedra de moinho, que rachou seu crânio.

54 Sem demora, ele disse a seu jovem escudeiro: “Tire a espada e mate-me! Assim ninguém dirá que uma mulher matou Abimeleque!”. O jovem o atravessou com sua espada, e ele morreu. 55 Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, debandaram e voltaram para casa.

56 Desse modo, Deus castigou Abimeleque pelo mal que ele havia feito a seu pai, matando os setenta irmãos. 57 Deus também castigou os homens de Siquém por toda a sua maldade. Assim cumpriu-se a maldição de Jotão, filho de Gideão.

Tolá se torna juiz de Israel

10 Depois da morte de Abimeleque, Tolá, filho de Puá, filho de Dodô, foi o próximo libertador de Israel. Era da tribo de Issacar, mas morava na cidade de Samir, na região montanhosa de Efraim. Julgou Israel por 23 anos. Quando morreu, foi sepultado em Samir.

Jair se torna juiz de Israel

Depois que Tolá morreu, Jair, de Gileade, julgou Israel por 22 anos. Seus trinta filhos montavam trinta jumentos e possuíam na terra de Gileade trinta cidades que até hoje são chamadas de Cidades de Jair.[t] Quando morreu, foi sepultado em Camom.

Os amonitas oprimem Israel

Mais uma vez, os israelitas fizeram o que era mau aos olhos do Senhor. Serviram às imagens de Baal e Astarote e aos deuses da Síria, de Sidom, Moabe, Amom e da Filístia. Abandonaram o Senhor e deixaram de servi-lo. Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos dos filisteus e dos amonitas, que começaram a oprimi-los cruelmente naquele mesmo ano. Durante dezoito anos, oprimiram todos os israelitas a leste do Jordão na terra dos amorreus (isto é, em Gileade). Os amonitas também atravessaram para o lado oeste do Jordão e atacaram as tribos de Judá, Benjamim e Efraim.

Os israelitas ficaram muito angustiados 10 e, por fim, pediram socorro ao Senhor. “Pecamos contra ti”, disseram, “pois abandonamos nosso Deus e servimos às imagens de Baal!”

11 O Senhor respondeu: “Acaso não os livrei dos egípcios, dos amorreus, dos amonitas, dos filisteus, 12 dos sidônios, dos amalequitas e dos maonitas? Quando eles os oprimiram, vocês me pediram socorro, e eu os livrei. 13 E, no entanto, vocês me abandonaram e serviram a outros deuses. Por isso, não os livrarei mais. 14 Vão e clamem aos deuses que vocês escolheram! Que eles os livrem neste momento de angústia!”.

15 Mas os israelitas suplicaram ao Senhor: “Sim, pecamos! Castiga-nos como te parecer melhor, mas livra-nos hoje de nossos inimigos”. 16 Então eles se desfizeram dos deuses estrangeiros e serviram ao Senhor. E ele teve compaixão deles por causa de seu sofrimento.

17 Quando os exércitos de Amom foram convocados para guerrear e acamparam em Gileade, os israelitas se reuniram e acamparam em Mispá. 18 Os líderes de Gileade disseram uns aos outros: “O primeiro que atacar os amonitas governará todo o povo de Gileade”.

Jefté se torna juiz de Israel

11 Jefté era um guerreiro corajoso. Era filho de Gileade, mas sua mãe era uma prostituta. A esposa de Gileade teve muitos filhos, e quando esses meios-irmãos cresceram, expulsaram Jefté, dizendo: “Você não receberá parte alguma da herança de nosso pai, pois é filho de outra mulher”. Então Jefté fugiu de seus irmãos e foi viver na terra de Tobe. Em pouco tempo, passou a chefiar um bando de desocupados que se uniram a ele.

Por essa época, os amonitas começaram a guerrear contra Israel. Quando os amonitas atacaram, os líderes de Gileade mandaram buscar Jefté na terra de Tobe. “Venha e seja nosso comandante!”, disseram. “Ajude-nos a lutar contra os amonitas!”

Mas Jefté lhes disse: “Não são vocês os mesmos que me odiavam e que me expulsaram da casa de meu pai? Por que me chamam agora que estão em apuros?”.

“Porque precisamos de você”, responderam os líderes. “Se você nos comandar na batalha contra os amonitas, nós o proclamaremos governante de todo o povo de Gileade.”

Jefté lhes disse: “Quer dizer que se eu for com vocês e o Senhor me der a vitória sobre os amonitas, governarei todo o povo?”.

10 Os líderes de Gileade responderam: “O Senhor é nossa testemunha de que faremos exatamente como você disse”.

11 Então Jefté foi com os líderes de Gileade, e o povo o fez governante e comandante do exército. Em Mispá, na presença do Senhor, Jefté repetiu o que tinha dito aos líderes.

12 Jefté enviou mensageiros ao rei de Amom para perguntar: “Por que você saiu para guerrear contra minha terra?”.

13 O rei de Amom respondeu aos mensageiros de Jefté: “Quando saíram do Egito, os israelitas roubaram minhas terras desde o rio Arnom até o rio Jaboque, e até o Jordão. Agora, devolva-nos pacificamente esse território”.

14 Jefté enviou a seguinte mensagem em resposta ao rei amonita:

15 “Assim diz Jefté: Israel não roubou terra alguma de Moabe nem de Amom. 16 Quando o povo de Israel veio do Egito e chegou a Cades, depois de atravessar o mar Vermelho,[u] 17 enviou mensageiros ao rei de Edom e pediu: ‘Deixe-nos passar por sua terra’. Contudo, seu pedido foi negado. Então fizeram o mesmo pedido ao rei de Moabe, mas ele também não os deixou passar. Por isso, o povo de Israel ficou em Cades.

18 “Depois, passaram pelo deserto, contornando Edom e Moabe. Acompanharam a divisa de Moabe a leste e acamparam do outro lado do rio Arnom. Em momento algum atravessaram o Arnom para entrar em Moabe, pois o Arnom era a divisa de Moabe.

19 “Então Israel enviou mensageiros a Seom, rei dos amorreus, que governava em Hesbom, e pediu: ‘Deixe-nos passar por sua terra, para chegarmos ao nosso destino’. 20 O rei Seom, porém, não confiava em Israel o suficiente para deixar o povo passar por seu território. Em vez disso, mobilizou seu exército em Jaza e atacou Israel. 21 Mas o Senhor, o Deus de Israel, entregou o rei Seom nas mãos de seu povo, que derrotou os amorreus. Israel tomou posse de toda a terra dos amorreus que viviam naquela região, 22 desde o Arnom até o Jaboque, e desde o deserto até o Jordão.

23 “Como você vê, foi o Senhor, o Deus de Israel, que tirou a terra dos amorreus e a entregou a Israel. Por que, então, haveríamos de devolvê-la? 24 Fique com o que seu deus Camos lhe der, e nós ficaremos com o que o Senhor, nosso Deus, nos der. 25 Acaso você é melhor que Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe? Ele tentou disputar esses territórios com Israel? Entrou em guerra contra os israelitas?

26 “Israel vive aqui há trezentos anos. Habita em Hesbom e nos povoados ao redor, até Aroer e seus povoados, e todas as cidades às margens do rio Arnom. Por que, até agora, vocês não fizeram esforço algum para reaver esse território? 27 Portanto, não pequei contra você. Pelo contrário, você fez mal ao me atacar. Que o Senhor, o Juiz, decida hoje qual de nós está certo: Israel ou Amom”.

28 Mas o rei de Amom não deu atenção à mensagem de Jefté.

O voto de Jefté

29 Então o Espírito do Senhor veio sobre Jefté. Ele atravessou o território de Gileade e Manassés, incluindo Mispá em Gileade, e dali avançou contra os amonitas. 30 Jefté fez um voto ao Senhor: “Se entregares os amonitas em minhas mãos, 31 darei ao Senhor o que sair primeiro de minha casa quando eu regressar vitorioso. Eu o oferecerei como holocausto”.

32 Jefté saiu com seu exército para combater os amonitas, e o Senhor os entregou em suas mãos. 33 Ele aniquilou os amonitas e destruiu vinte cidades, desde Aroer até os arredores de Minite, chegando até Abel-Queramim. Assim, os israelitas derrotaram os amonitas.

34 Quando Jefté voltou para casa em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, tocando tamborim e dançando. Era sua única filha; ele não tinha nenhum outro filho nem filha. 35 Quando Jefté a viu, rasgou as próprias roupas e gritou. “Ah, minha filha! Você acabou comigo! Trouxe desgraça sobre mim! Fiz um voto ao Senhor e não posso voltar atrás!”.

36 Ela disse: “Pai, se fez um voto ao Senhor, faça comigo o que prometeu, pois o Senhor lhe deu grande vitória sobre seus inimigos, os amonitas. 37 Mas, primeiro, permita que eu ande pelos montes e chore com minhas amigas por dois meses, pois morrerei virgem”.

38 “Pode ir”, disse Jefté, e deixou que ela se ausentasse por dois meses. Ela e suas amigas foram para os montes e lamentaram, pois ela jamais teria filhos. 39 Quando ela voltou para casa, seu pai cumpriu o voto que havia feito, e ela morreu sem ter tido relações com homem algum.

Por isso, tornou-se costume em Israel 40 as moças israelitas saírem por quatro dias todos os anos para lamentar o destino da filha de Jefté, de Gileade.

Efraim luta contra Jefté

12 Então os homens de Efraim mobilizaram um exército e atravessaram o Jordão para Zafom. Enviaram a seguinte mensagem a Jefté: “Por que você não pediu nossa ajuda para lutar contra os amonitas? Vamos queimar sua casa, com você dentro!”.

Jefté respondeu: “Eu os convoquei no início do conflito, mas vocês se recusaram a vir! Não nos ajudaram na luta contra Amom. Por isso, quando vi que vocês não viriam, arrisquei a vida e saí para a batalha sem vocês, e o Senhor entregou os amonitas em minhas mãos. Por que agora vocês vêm lutar contra mim?”.

Os homens de Efraim responderam: “Vocês, de Gileade, não passam de fugitivos de Efraim e Manassés”. Então Jefté reuniu todos os guerreiros de Gileade, atacou os homens de Efraim e os derrotou.

Os homens de Gileade tomaram os pontos mais rasos de travessia do Jordão, e sempre que um fugitivo de Efraim tentava voltar para a outra margem, eles o confrontavam. “Você pertence à tribo de Efraim?”, perguntavam. Se o homem negasse, eles o mandavam dizer “Chibolete”. Se ele era de Efraim, dizia “Sibolete”, pois o povo de Efraim não consegue pronunciar essa palavra corretamente. Então eles o capturavam e o matavam no lugar de travessia do Jordão. Ao todo, foram mortos 42 mil homens de Efraim naquela ocasião.

Jefté julgou Israel durante seis anos. Quando morreu, foi sepultado numa das cidades de Gileade.

Ibsã se torna juiz de Israel

Depois que Jefté morreu, Ibsã, de Belém, julgou Israel. Ele teve trinta filhos e trinta filhas. Deu suas filhas em casamento a homens de fora de seu clã, e trouxe trinta moças de fora de seu clã para se casarem com seus filhos. Ibsã julgou Israel durante sete anos. 10 Quando morreu, foi sepultado em Belém.

Elom se torna juiz de Israel

11 Depois que Ibsã morreu, Elom, da tribo de Zebulom, julgou Israel durante dez anos. 12 Quando morreu, foi sepultado em Aijalom, no território de Zebulom.

Abdom se torna juiz de Israel

13 Depois que Elom morreu, Abdom, filho de Hilel, de Piratom, julgou Israel. 14 Ele teve quarenta filhos e trinta netos que montavam setenta jumentos. Abdom julgou Israel durante oito anos. 15 Quando morreu, foi sepultado em Piratom, no território de Efraim, na região montanhosa dos amalequitas.

O nascimento de Sansão

13 Mais uma vez, os israelitas fizeram o que era mau aos olhos do Senhor. Por isso, o Senhor os entregou nas mãos dos filisteus, que os oprimiram durante quarenta anos.

Naqueles dias, um homem chamado Manoá, da tribo de Dã, vivia na cidade de Zorá. Sua esposa era estéril, e eles não tinham filhos. O anjo do Senhor apareceu à esposa de Manoá e disse: “Embora você não tenha conseguido ter filhos até agora, ficará grávida e dará à luz um filho. Portanto, tenha cuidado; não beba vinho e nenhuma outra bebida fermentada, nem coma nenhum alimento que seja impuro. Você ficará grávida e dará à luz um filho, do qual jamais cortará o cabelo, porque ele será consagrado a Deus como nazireu desde o nascimento. Ele começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”.

A mulher foi correndo contar ao marido: “Um homem de Deus apareceu para mim! Era como um dos anjos de Deus, e sua aparência era assustadora. Não perguntei de onde era, e ele não me disse seu nome. Mas ele me disse: ‘Você ficará grávida e dará à luz um filho. Não beba vinho e nenhuma outra bebida fermentada, nem coma nenhum alimento que seja impuro. Seu filho será consagrado a Deus como nazireu desde o nascimento até o dia de sua morte’”.

Então Manoá orou ao Senhor: “Senhor, eu peço que o homem de Deus que enviaste volte e nos dê mais instruções a respeito desse filho que vai nascer”.

Deus atendeu à oração de Manoá, e o anjo de Deus apareceu outra vez à esposa quando ela estava sentada no campo. Seu marido, Manoá, não estava com ela. 10 Então ela foi correndo contar ao marido: “O homem que apareceu outro dia está aqui de novo!”.

11 Manoá voltou depressa com sua esposa e perguntou: “O senhor é o homem que falou com minha esposa outro dia?”.

“Sim, sou eu”, respondeu ele.

12 Então Manoá perguntou: “Quando suas palavras se cumprirem, como devemos criar o menino? Qual será o trabalho dele?”.

13 O anjo do Senhor respondeu: “Sua esposa deverá seguir as instruções que lhe dei. 14 Ela não deve comer uvas nem passas, não deve beber vinho e nenhuma outra bebida fermentada, nem deve comer nenhum alimento que seja impuro. Ela deverá fazer tudo que ordenei”.

15 Manoá disse ao anjo do Senhor: “Por favor, fique aqui até prepararmos um cabrito para o senhor”.

16 “Está bem, só que não comerei nada”, respondeu o anjo do Senhor. “Mas você pode preparar um holocausto como sacrifício ao Senhor.” Manoá ainda não havia percebido que era o anjo do Senhor.

17 Manoá perguntou ao anjo do Senhor: “Qual é seu nome? Queremos lhe prestar homenagem quando isso tudo se cumprir”.

18 “Por que quer saber meu nome?”, disse o anjo do Senhor. “Ele é tão maravilhoso que você não conseguiria entender!”

19 Então Manoá tomou um cabrito e uma oferta de cereal e os apresentou sobre uma rocha como sacrifício ao Senhor. Enquanto Manoá e sua esposa observavam, o Senhor fez algo extraordinário. 20 Quando as chamas do altar subiram ao céu, o anjo do Senhor subiu nas chamas. Ao verem isso, Manoá e sua esposa se curvaram com o rosto no chão.

21 O anjo do Senhor não voltou a aparecer a Manoá e sua esposa. Então Manoá finalmente percebeu que era o anjo do Senhor 22 e disse à sua esposa: “Com certeza vamos morrer, pois vimos a Deus!”.

23 Sua esposa, porém, disse: “Se o Senhor quisesse nos matar, não teria aceitado o holocausto e a oferta de cereal. Não teria aparecido a nós, nem nos teria revelado essas coisas maravilhosas!”.

24 Quando o menino nasceu, ela o chamou de Sansão. O Senhor o abençoou enquanto ele crescia, 25 e o Espírito do Senhor começou a agir nele quando ele morava em Maané-Dã, entre Zorá e Estaol.

O enigma de Sansão

14 Certo dia, Sansão estava em Timna e viu uma moça do povo filisteu. Quando voltou para casa, disse a seu pai e a sua mãe: “Vi uma moça filisteia em Timna. Quero me casar com ela. Consigam aquela moça para mim”.

Seu pai e sua mãe se opuseram: “Não há uma moça sequer em nossa tribo ou entre todo o nosso povo com quem você possa se casar? Por que tem de procurar uma esposa entre os filisteus pagãos?”.[v]

Mas Sansão disse a seu pai: “Consiga a moça para mim. É ela que eu quero”. Seus pais não sabiam que o Senhor estava agindo no meio disso tudo, para criar uma oportunidade de agir contra os filisteus que, na época, dominavam Israel.

Quando Sansão e seus pais estavam descendo a Timna, de repente um jovem leão atacou Sansão perto dos vinhedos de Timna. Naquele momento, o Espírito do Senhor veio sobre Sansão com tamanho poder que ele rasgou o animal pelas mandíbulas usando as próprias mãos, com a mesma facilidade que se despedaça um cabrito. Contudo, não contou a seus pais o que havia acontecido. Quando chegou a Timna, conversou com a moça e se agradou muito dela.

Algum tempo depois, quando voltou a Timna para o casamento, saiu do caminho para ver o cadáver do leão. Descobriu que um enxame de abelhas havia feito mel dentro da carcaça. Pegou um pouco de mel com as mãos e foi comendo pelo caminho. Também deu um pouco a seu pai e a sua mãe, e eles comeram. Mas Sansão não lhes contou que havia tirado o mel da carcaça do leão.

10 Enquanto seu pai estava em Timna para o casamento, Sansão ofereceu uma festa ali, como era costume entre os noivos. 11 Quando os pais da noiva[w] o viram, escolheram trinta rapazes da cidade para o acompanharem na festa.

12 Sansão lhes disse: “Vou lhes propor um enigma. Se conseguirem decifrá-lo durante estes sete dias de celebração, darei a vocês trinta camisas de linho fino e trinta conjuntos de roupa. 13 Mas, se não conseguirem decifrá-lo, vocês me darão trinta camisas de linho fino e trinta conjuntos de roupa”.

“Está bem”, concordaram eles. “Proponha seu enigma.”

14 Ele disse:

“Do que come veio algo para comer,
do que é forte veio algo doce”.

Três dias depois, eles ainda tentavam encontrar a resposta. 15 No quarto[x] dia, disseram à esposa de Sansão: “Convença seu marido a explicar o enigma; caso contrário, queimaremos vivos você e sua família! Você nos convidou à festa só para nos deixar pobres?”.

16 Então a esposa de Sansão lhe disse, aos prantos: “Você não me ama! Você me odeia! Propôs um enigma ao meu povo, mas não me contou a resposta!”.

Ele respondeu: “Não revelei o enigma nem a meu pai e minha mãe. Por que deveria contá-lo a você?”. 17 Ela chorava cada vez que estava com ele, e assim continuou até o último dia da festa. Por fim, de tanto importunar Sansão, no sétimo dia ele lhe contou a resposta. Então ela explicou o enigma aos rapazes.

18 Antes do pôr do sol do sétimo dia, os homens da cidade vieram dar a resposta a Sansão:

“O que é mais doce que o mel?
O que é mais forte que o leão?”.

Sansão respondeu: “Se vocês não tivessem arado com minha novilha, não teriam resolvido meu enigma!”.

19 Então o Espírito do Senhor veio com poder sobre Sansão. Ele desceu à cidade de Ascalom, matou trinta homens, tomou seus pertences e deu as roupas deles aos homens que haviam resolvido o enigma. Contudo, ficou furioso com o que tinha acontecido e voltou a morar na casa de seus pais. 20 A noiva de Sansão foi dada como esposa ao rapaz que o havia acompanhado na cerimônia.

Sansão se vinga dos filisteus

15 Algum tempo depois, durante a colheita do trigo, Sansão levou um cabrito de presente para sua esposa. “Vou ao quarto de minha esposa para dormir com ela”, disse ele. Mas o pai dela não o deixou entrar.

“Eu tinha certeza de que você a odiava”, explicou ele. “Por isso eu a dei como esposa a seu acompanhante de casamento. Mas veja, a irmã mais nova dela é ainda mais bonita. Case-se com ela.”

Sansão disse: “Desta vez ninguém poderá me culpar de tudo que eu fizer a vocês, filisteus”. Então saiu e capturou trezentas raposas. Amarrou-as em pares pela cauda e prendeu uma tocha em cada par de caudas. Depois, acendeu as tochas e soltou as raposas no meio das plantações de cereais dos filisteus. Assim, queimou tudo, tanto os feixes já ceifados como o cereal que ainda seria colhido. Também destruiu os vinhedos e os olivais.

“Quem fez isto?”, perguntaram os filisteus.

E responderam: “Foi Sansão, pois seu sogro, de Timna, deu a esposa de Sansão a seu acompanhante de casamento”. Então os filisteus queimaram vivos a mulher e seu pai.

Sansão disse aos filisteus: “Não descansarei enquanto não me vingar de vocês pelo que fizeram!”. Ele os atacou com grande violência e matou muitos deles. Depois, foi morar numa caverna na rocha de Etã.

Então os filisteus acamparam em Judá e se espalharam pelos arredores da cidade de Leí. 10 Os homens de Judá perguntaram aos filisteus: “Por que vieram nos atacar?”.

Os filisteus responderam: “Viemos capturar Sansão e nos vingar dele”.

11 Então três mil homens de Judá desceram para buscar Sansão na caverna da rocha de Etã. “Você não sabe que os filisteus nos dominam?”, disseram a Sansão. “O que você está fazendo conosco?”

Sansão respondeu: “Só fiz a eles o que fizeram a mim”.

12 Mas os homens de Judá lhe disseram: “Viemos amarrá-lo e entregá-lo aos filisteus”.

“Está bem”, disse Sansão. “Mas prometam que vocês mesmos não me farão mal.”

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